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Questões de Empresarial 2ª Fase da Ordem

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QUESTÕES 
COMENTADAS DA 2ª 
FASE DA OAB - 
EMPRESARIAL 
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QUESTÕES DE SEGUNDA FASE - XII EXAME UNIFICADO 
 
 
1) Pedro Afonso é funcionário público na cidade de Peixe, Estado do Tocantins, e 
também atua, em nome individual, como empresário na cidade de Araguacema, 
situada no mesmo Estado, onde está localizado seu único estabelecimento. Pedro 
Afonso não tem registro de empresário na Junta Comercial do Estado de Tocantins. 
Bernardo é credor de Pedro Afonso pela quantia de R$ 66.000,00 (sessenta e seis 
mil reais) consubstanciada em documento particular assinado pelo devedor e por 
duas testemunhas. Diante do não pagamento da obrigação, no vencimento, sem 
relevante razão de direito, o credor requereu a falência de Pedro Afonso, tendo 
instruído a petição com o título e o instrumento de protesto para fim falimentar. Em 
contestação e sem efetuar o depósito elisivo, Pedro Afonso requer a extinção do 
processo sem resolução de mérito por falta de legitimidade passiva no processo 
falimentar (Art. 267, VI, do CPC). 
 
Com base na hipótese apresentada, responda aos seguintes itens. 
 
a) Procede a alegação de ilegitimidade passiva apresentada por Pedro Afonso? 
 
b) O credor reúne as condições legais para o requerimento de falência? Justifique e 
dê amparo legal. 
 
 
Comentário 
 
Inicialmente, vejamos uma breve consideração acerca das condições legais para o 
requerimento da falência na impontualidade imotivada. 
 
Art. 94, I, e § 3º, da Lei n.11.101/2005 
Será decretada a falência do devedor que: 
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I - sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida 
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o 
equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; 
§ 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído 
com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9o desta Lei, 
acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para 
fim falimentar nos termos da legislação específica. 
a) Diante do que vimos no Instituto anterior, é infundada a alegação de Pedro, uma 
vez que o empresário pode ter sua falência requerida e decretada 
independentemente do registro na junta comercial, ou seja, mesmo irregular. Tal 
afirmação tem por base o Artigo 1° da lei 11.101/2005. É importante notarmos que, o 
registro de empresário é declaratório e não constitutivo da qualidade de empresário, 
e que, portanto, ao empresário impedido de exercer a atividade, que no caso seria 
um funcionário público, caberá a responsabilização pelas obrigações que contraiu, 
segundo o Artigo 973, do Código Civil. 
 
b) Por tratar-se de título extrajudicial, o docuemento particular do credor é legitimo 
com relação ao requerimento da falência, baseado nos artigos a seguir Art. 585, II, 
do CPC, e atendendo as exigências do Art. 94, I e seu § 3º, da Lei n. 11.101/2005. 
Vejamos: 
 
 Artigo 585, II, do CPC: São títulos executivos extrajudiciais: 
 
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o 
documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento 
de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos 
advogados dos transatores; 
 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: 
I - sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida 
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o 
equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; 
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§ 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído 
com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9o desta Lei, 
acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para 
fim falimentar nos termos da legislação específica. 
 
 
2) Vida Natural Legumes e Verduras Ltda. é uma sociedade empresária com sede em 
‘Kaloré, cujo objeto é a produção e comercialização de produtos orgânicos e 
hidropônicos. A sociedade celebrou contrato com duração de 5 (cinco) anos para o 
fornecimento de hortigranjeiros a uma rede de supermercados, cujos 
estabelecimentos são de titularidade de uma sociedade anônima fechada. Após o 
decurso de 30 (trinta) meses, a sociedade que até então cumprira rigorosamente 
todas as suas obrigações, tornou-se inadimplente e as entregas passaram a sofrer 
atrasos e queda sensível na qualidade dos produtos. O inadimplemento é resultado, 
entre outros fatores, da gestão fraudulenta de um ex-sócio e administrador, ao 
desviar recursos para o patrimônio de “laranjas”, causando enormes prejuízos à 
sociedade. 
A sociedade anônima ajuizou ação para obter a resolução do contrato e o pagamento 
de perdas e danos pelo inadimplemento e lucros cessantes. O pedido foi julgado 
procedente e, na sentença, o juiz decretou de ofício a desconsideração da 
personalidade jurídica para estender a todos os sócios atuais, de modo subsidiário, a 
obrigação de reparar os danos sofridos pela fornecida. Foi determinado o bloqueio 
das contas bancárias da sociedade, dos sócios e a indisponibilidade de seus bens. 
 
Com base nas informações acima, responda aos itens a seguir. 
 
a) No caso descrito pode o juiz decretar de ofício da desconsideração da 
personalidade jurídica? Fundamente com amparo legal. 
 
b) O descumprimento do contrato de fornecimento dá ensejo à desconsideração, 
com extensão aos sócios da obrigação assumida pela sociedade? 
 
 
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Comentário 
 
Devemos identificar que se trata de um contrato celebrado entre empresários e que, 
portanto, a relação jurídica é regrada pelas normas do Código Civil. Diante disso, são 
despropositadas as considerações com relação ao Código de Defesa do Consumidor 
(Artigo 28, caput e §5°). Primeiro a desconsideração objetiva, que diz respeito a do 
abuso da personalidade jurídica, e ainda com relação a existência de relação de 
consumo entre o fornecedor e o fornecido. Se o argumento utilizado for o da 
desconsideração da personalidade jurídica deverá estar baseado no Artigo 50, do 
Código Civil, que determina: Em caso de abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz 
decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber 
intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações 
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
 
a) O Art. 50, do Código Civil, deve ser citado, no que diz: somente autoriza ao juiz 
decidir pela desconsideração a requerimento da parte ou do Ministério Público, que 
não interveio no feito. Por não haver pedido de desconsideração por parte do autor, 
a decisão do juiz que decretou a desconsideração é ilegal. 
 
b) Devemos utilizar o critério subjetivo para a aplicação de desconsideração, que 
seria abuso da personalidade praticada pelos sócios. Diante desses fatos, conclui-se 
que a decisão foi equivocada no sentido de haver apenas o descumprimento do 
contrato de fornecimento, a ensejar responsabilização exclusiva da sociedade pelo 
ato do ex-sócio, que na época era administrador. Ainda devemos observar que o 
enunciado afirma que o ex-sócio e administrador não tiveram suas contas 
bloqueadas e bens indisponíveis,somente os sócios atuais. Dito isso, concluímos que 
o juiz imputou aos sócios o pagamento da indenização a que a sociedade fora 
condenada, quais sejam: 
 
- Responsabilidade objetiva; 
- Responsabilidade solidária e subsidiária. 
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O Juiz utilizou o critério objetivo para aplicar a desconsideração, que não é admitido 
pelo Artigo 50, do CC. 
 
 
3) Em 22 de agosto de 2012, o Presidente do Banco Central do Brasil decretou a 
liquidação extrajudicial do Banco Serra do Mel S. A., devido ao comprometimento 
patrimonial e financeiro da instituição, à incapacidade de honrar compromissos 
assumidos e à prática de graves irregularidades, configurando violação das normas 
legais e regulamentares que disciplinam a atividade bancária. A decretação da 
medida acarretou a indisponibilidade dos bens particulares dos atuais e ex-
administradores da instituição financeira. Messias Targino, ex-diretor do Banco 
Serra do Mel S.A., cujo mandato encerrara-se em 25 de abril de 2011, verificou que 
seu nome encontrava-se na relação de administradores que tiveram seus bens 
indisponíveis, consoante informação prestada pelo liquidante ao Banco Central do 
Brasil. Consultou sua advogada para saber da legalidade da medida e se poderia 
efetivamente ser atingido por ela. 
 
Com base na legislação aplicável à liquidação extrajudicial de instituição financeira, 
responda à consulta do cliente quanto ao ponto questionado. 
 
 
Comentário 
 
Para responder a essa questão, é importante conhecermos o efeito da decretação de 
liquidação extrajudicial de instituição financeira (Lei n° 6.024/74), que trata da 
indisponibilidade dos bens dos administradores e ex-administradores da instituição 
liquidanda. Os administradores jamais poderão, sob nenhuma exceção, alienar ou 
onerar os seus bens particulares, até o momento em que se dê a apuração e 
liquidação final de suas responsabilidades, segundo o Artigo 36, da Lei já citada. 
Essa indisponibilidade, sendo automática, é consequência do ato de decretar a 
liquidação extrajudicial. Esse ato atingirá todos aqueles que tenham estado no 
exercício das suas funções nos doze meses que antecederam o ato, de acordo com o 
artigo. 
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4) Iracema foi intimada pelo tabelião de protesto de títulos para pagar nota 
promissória no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por ela emitida em favor de 
Cantá & Cia Ltda. A devedora, em sua resposta, comprova que o vencimento ocorreu 
no dia 11 de setembro de 2009, conforme indicado na cártula, que esta foi 
apresentada a protesto no dia 30 de setembro de 2012 e a protocolização efetivada 
no dia seguinte. Iracema requer ao tabelião que o protesto não seja lavrado e 
registrado pela impossibilidade de cobrança da nota promissória, diante do lapso 
temporal entre o vencimento e a apresentação a protesto. Ademais, verifica-se a 
ausência de menção ao lugar de pagamento, requisito essencial à validade do título, 
segundo a devedora. 
 
Com base nas informações contidas no texto, legislação cambial e sobre protesto de 
títulos, responda aos itens a seguir. 
 
a) A ausência de menção ao lugar de pagamento invalida a nota promissória? 
Justifique com amparo legal. 
 
b) Nas condições descritas no enunciado, é lícito ao tabelião acatar os argumentos 
de Iracema e suspender a lavratura e registro do protesto? 
 
 
Comentário 
 
Fundamental para responder a essa questão é o conhecimento a respeito da Nota 
Promissória. Os requisitos essenciais e não essenciais da nota promissória: 
- o lugar de seu pagamento; 
- o prazo prescricional da pretensão de sua execução. 
 
A alegação de Iracema de que o protesto não pode ser lavrado não procede, pois 
atingido o prazo prescricional referente à ação cambial, o credor ainda dispõe de 
outros meios de cobrança, como, por exemplo, a ação monitória. Seguindo esse 
raciocínio, o Art. 9º da Lei n. 9.492/1997 determina que “Todos os títulos e 
documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus caracteres formais 
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e terão curso se não apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de Protesto 
investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade.” Por tanto, não cabe ao tabelião 
suspender o curso do procedimento de protesto pela alegação prescrição, mesmo 
sendo esta comprovada. 
 
a) Não. Diante do que dispõem o Artigo 76,3ª alínea do Decreto n. 57.663/66 (Lei 
Uniforme de Genebra), na falta de indicação especial, entende-se por local de 
emissão do título, o domicílio do subscritor. Portanto, é válida a nota promissória 
não obstante da omissão ao lugar de pagamento. 
 
b) Não. Mesmo havendo a prescrição da ação cambial, não está impedida a cobrança 
da dívida por outros meios ou até mesmo por meio de protesto, havendo 
investigação de ocorrência de prescrição ou caducidade, de acordo com o Art. 9º, da 
Lei n. 9.492/1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES DE SEGUNDA FASE XI EXAME UNIFICADO 
 
 
1) José, empresário individual que teve sua falência decretada em 20.10.2011, 
vendeu um sítio de sua propriedade para Antônio, em agosto de 2011. Antônio 
prenotou a escritura de compra e venda do sítio em 18.10.2011, mas o registro da 
transferência imobiliária só foi efetuado em 05.11.2011, 15 (quinze) dias após a 
decretação da falência. 
Isto posto, responda aos itens a seguir. 
 
a) É válida e eficaz a compra e venda acima referida? 
 
b) A referida compra e venda poderia eventualmente vir a ser revogada? 
 
 
Comentário 
 
Importante os conceitos de ineficácia e a revogação dos atos praticados antes da 
falência. Importante também a aplicação dos artigos 129, VII e 130, da Lei n. 
11.101/05. 
 
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante 
conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não 
intenção deste fraudar credores: 
VII - os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por 
título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a 
decretação da falência, salvo se tiver havido prenotação anterior. 
 
Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, 
provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele 
contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida. 
 
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a) Sob o ponto de vista formal, a compra e venda do sítio é válida e eficaz, pois se 
insere na exceção ao ato ineficaz previsto no art. 129, VII, já citado, em razão de sua 
anotação prévia e provisória do protocolo ter ocorrido antes da data da decretação 
da falência. 
 
b) A compra e venda do sítio poderia ser revogada, por meio de ação revocatória, de 
acordo com o art. 130 da Lei n. 11.101/05, por se tratar de ato com o intuito de 
prejudicar credores, mediante prova de eventual conluio fraudulento entre José e 
Antônio, bem como o prejuízo sofrido pela massa. 
 
 
2) Os sócios da sociedade Rafael Jambeiro & Companhia Ltda. decidiram dissolvê-la 
de comum acordo pela perda do interesse na exploração do objeto social. Durante a 
fase de liquidação, todos os sócios e o liquidante recebem citação para responder aos 
termos do pedido formulado por um credor quirografário da sociedade, em ação de 
cobrança intentadacontra esta e os sócios solidariamente. Na petição inicial o 
credor invoca o art. 990 do Código Civil, por considerar a sociedade em comum a 
partir de sua dissolução e início da liquidação. Por conseguinte, os sócios passariam 
a responder de forma ilimitada e solidariamente com a sociedade, que, mesmo 
despersonificada, conservaria sua capacidade processual, nos termos do art. 12, VII, 
do Código de Processo Civil. Com base na hipótese apresentada, responda à seguinte 
questão. 
 
Tem razão o credor quirografário em sua pretensão de ver reconhecida a 
responsabilidade 
ilimitada e solidária dos sócios? Justifique e dê amparo legal. 
 
 
Comentário 
 
Primeiramente, devemos observar os efeitos da dissolução da sociedade. Ademais, 
importante atentar para os seguinte artigos do CC: 
 
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“Art. 51 do Código Civil: ”Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a 
autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até 
que esta se conclua”. 
 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou 
pela sociedade. 
 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao 
valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do 
capital social. 
 
No que diz respeito aos efeitos da dissolução da sociedade, é importante termos 
conhecimento desde a manutenção da personalidade jurídica até seu encerramento 
e baixa no órgão competente, como vimos no Artigo 51, do CC. Desse modo, o credor 
não tem razão em face dos sócios com base no que dispõe o artigo 990 do CC, que se 
aplica a à sociedade comum, não à personificada. Diante do exposto no Artigo 1.052 
do CC, concluí-se que durante a liquidação, os sócios permanecem responsáveis 
limitadamente. 
 
 
3) Damião, administrador da sociedade Gado Bravo Pecuária Ltda., consultou o 
advogado da sociedade sobre aspectos jurídicos referentes ao trespasse de um dos 
estabelecimentos, em especial os seguintes itens: 
 
a) O eventual adquirente é obrigado a assumir as obrigações decorrentes de 
contratos celebrados pela sociedade para a exploração da empresa, como, por 
exemplo, prestação de serviços médicos-veterinários para o rebanho? Justifique. 
 
b) O aviamento pode ser incluído no valor do trespasse do estabelecimento? 
Justifique. 
 
 
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Comentário 
 
Por oportuno, devemos observar um dos efeitos do trespasse do estabelecimento 
empresarial: a sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados, salvo disposição 
em contrário, para exploração do tal estabelecimento. Devemos lembrar igualmente 
que é possível a inclusão do aviamento no preço pago pelo adquirente pelo 
trespasse. Diante dessas noções iniciais, vamos agora responder as seguintes 
alternativas. 
 
a) Não tendo caráter pessoal, a consequência do trespasso do estabelecimento é a 
sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados para a sua exploração, salvo se 
houver cláusula no contrato contrária a tal disposição. Na ausência de tal cláusula, 
portanto, o adquirente responderá pelas obrigações decorrentes de contratos 
celebrados pela sociedade para a exploração da empresa, baseado no Artigo 1.148, 
do Código Civil. Vejamos: 
 
Art. 1.148. “Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do 
adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não 
tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a 
contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, 
a responsabilidade do alienante.” 
 
b) Sim. Como o aviamento, que está relacionado com a capacidade de gerar lucro, e 
constitui um sobrevalor, consequência da atuação do empresário na organização dos 
elementos da empresa (dentre eles o estabelecimento), este bem imaterial pode ser 
perfeitamente incluído no valor do trespasse. Em seu Artigo 1.187, mais 
especificamente no parágrafo único o Código Civil autoriza esta prática. Vejamos: 
Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão observados os critérios 
de avaliação a seguir determinados: 
I - os bens destinados à exploração da atividade serão avaliados pelo custo de 
aquisição, devendo, na avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o uso, 
pela ação do tempo ou outros fatores, atender-se à desvalorização respectiva, 
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criando-se fundos de amortização para assegurar-lhes a substituição ou a 
conservação do valor; 
II - os valores mobiliários, matéria-prima, bens destinados à alienação, ou que 
constituem produtos ou artigos da indústria ou comércio da empresa, podem ser 
estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre 
que este for inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou venal estiver 
acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo 
preço corrente, a diferença entre este e o preço de custo não será levada em conta 
para a distribuição de lucros, nem para as percentagens referentes a fundos de 
reserva; 
III - o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode ser determinado com base na 
respectiva cotação da Bolsa de Valores; os não cotados e as participações não 
acionárias serão considerados pelo seu valor de aquisição; 
IV - os créditos serão considerados de conformidade com o presumível valor de 
realização, não se levando em conta os prescritos ou de difícil liquidação, salvo se 
houver, quanto aos últimos, previsão equivalente. 
Parágrafo único. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se preceda, 
anualmente, à sua amortização: 
I - as despesas de instalação da sociedade, até o limite correspondente a dez por 
cento do capital social; 
II - os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima, no período antecedente ao 
início das operações sociais, à taxa não superior a doze por cento ao ano, fixada no 
estatuto; 
III - a quantia efetivamente paga a título de aviamento de estabelecimento adquirido 
pelo empresário ou sociedade. 
 
 
4) Antônio é portador legítimo de uma letra de câmbio aceita, cujo saque se deu no 
dia 10/01/2012, com vencimento à vista no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), 
nela constando o aval de Bruno no montante de R$5.000,00 (cinco mil reais). Em 
função disto, Antônio pretende endossar a Carla apenas a quantia de R$5.000,00 
(cinco mil reais). 
 
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Na qualidade de advogado(a) de Carla, responda aos seguintes itens, indicando os 
fundamentos e dispositivos legais pertinentes. 
 
a) É válido o aval realizado por Bruno? 
 
b) O endosso pretendido por Antônio é válido? 
 
 
Comentário 
 
a) Diante do exposto no Artigo 30 da Lei Uniforme de Genebra: “O pagamento de 
uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval”, podemos concluir que é 
válido o aval realizado por Bruno. 
 
b) O Artigo 12 da Lei Uniforme de Genebra determina que: O endosso deve ser puro 
e simples. Qualquer condição a que ele seja subordinado considera-se como não 
escrita, sendo, portanto, inválido endosso parcial pretendido por Antônio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES DE SEGUNDA FASE X EXAME UNIFICADO1) A Saúde Vital Farmacêutica S.A. é uma companhia fechada, cuja diretoria é 
composta por quatro membros: Hermano, diretor presidente, Paulo, diretor 
financeiro, Roberto, diretor médico e Pedro, diretor jurídico. Todos possuem 
atribuições específicas estabelecidas no Estatuto da Companhia. Não há Conselho de 
Administração. Em dezembro de 2010, os acionistas apuraram que três funcionários 
da área financeira da Companhia desviaram, ao longo do ano, R$ 3.000.000,00 
(três milhões de reais) das contas da companhia, promovendo saídas de capital que 
poderiam ser facilmente identificadas por meio de simples extratos bancários. Os 
extratos bancários eram enviados, mensalmente, a todos os diretores da companhia. 
Os acionistas da Saúde Vital Farmacêutica S.A. procuram um advogado com o 
objetivo de, independente das penalidades cabíveis aos funcionários, responsabilizar 
a administração da Companhia. 
 
A partir do caso apresentado, responda aos seguintes itens. 
 
A) Qual o procedimento judicial a ser adotado? 
 
B) Quem pode ser responsabilizado pelo desvio dos recursos? Somente Paulo ou 
também os demais diretores? 
 
 
Comentário 
 
Devemos estar atentos para a Lei de Sociedades por Ações, no que diz respeito aos 
deveres legais dos administradores (em destaque o dever de diligência), bem como a 
responsabilidade dos mesmos. 
 
a) O objetivo dos acionistas é o de responsabilizar a administração da Companhia, e 
o procedimento judicial adotado à ação de responsabilidade civil contra os 
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administradores. Tal ação deve ser previamente aprovada em Assembléia geral da 
companhia. Vejamos o dispositivo a seguir: 
 
Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembléia-geral, a 
ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao 
seu patrimônio. 
 
b) Vejamos o Artigo 153 da Lei n° 6.404/1976: 
 
Art. 153. O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas 
funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na 
administração dos seus próprios negócios. 
 
Resta claro, pois, que os Diretores foram negligentes, por isso, diante da lei anterior, 
todos podem responder pelo desvio dos recursos, uma vez que descumpriram o 
dever estabelecido em lei de diligências. Devemos notar também que, nas 
companhias fechadas, mesmo havendo atribuição específica para cada um dos 
diretores, todos são solidários na responsabilidade pelo descumprimento de dever 
imposto por lei, de acordo com o Artigo a seguir: 
 
Art. 158. O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que 
contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gestão; responde, 
porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder: 
§ 2º Os administradores são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados 
em virtude do não cumprimento dos deveres impostos por lei para assegurar o 
funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais deveres não 
caibam a todos eles. 
 
 
2) Os sócios da Sociedade Gráfica Veloz Ltda., atuante no setor de impressões, 
vinham passando por dificuldades em razão da obsolescência de seus equipamentos. 
Por este motivo, decidiram, por unanimidade, admitir Joaquim como sócio na 
referida sociedade. Joaquim subscreveu, com a concordância dos sócios, quotas no 
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montante de R$100.000,00 (cem mil reais), se comprometendo a integralizá-las no 
prazo de duas semanas. O ato societário refletindo tal aumento de capital foi 
assinado por todos e levado para registro na Junta Comercial competente. Contando 
com os recursos financeiros oriundos do aumento de capital e na esperança de 
recuperar o mercado perdido, os administradores da Gráfica Veloz Ltda. adquiriram 
os equipamentos necessários ao aprimoramento dos serviços prestados pela 
sociedade, comprometendo-se a efetuar o pagamento de tais aparelhos dentro do 
prazo de dois meses. Como Joaquim não integralizou o valor subscrito no prazo 
acertado, a Sociedade Gráfica Veloz Ltda. o notificou a respeito do atraso no 
pagamento e, após 1 (um) mês do recebimento desta notificação, Joaquim não 
integralizou as quotas subscritas. Em função do inadimplemento de Joaquim, a 
Gráfica Veloz Ltda. assumiu expressiva dívida, na medida em que atrasou o 
pagamento dos equipamentos adquiridos e teve que renegociar seu débito, 
submetendo-se a altos juros. 
 
Na qualidade de advogado dos sócios da Gráfica Veloz Ltda., responda aos seguintes 
itens. 
 
a) É possível excluir Joaquim da sociedade? 
 
b) É possível cobrar de Joaquim os prejuízos sofridos pela sociedade, caso ele 
permaneça como sócio da Gráfica Veloz Ltda.? 
 
 
Comentário 
 
Devemos observar a legislação aplicável às sociedades limitadas, no que diz respeito 
ao sócio remisso. Vejamos os seguintes artigos do CC: 
 
Art. 1.058. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito, ou 
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado, exceto nos 
casos dos arts. 955, 956 e 957. 
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Parágrafo único. O caso fortuito, ou de força maior, verifica-se no fato necessário, 
cujos efeitos não era possível evitar, ou impedir. 
 
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio 
ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por 
falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade 
superveniente. 
Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado 
falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do 
art. 1.026. 
 
a) Após a análise dos artigos acima, podemos concluir que em razão da mora na 
integralização das quotas, ao invés de promover a cobrança judicial ou amigável da 
dívida, pode a sociedade excluir o sócio Joaquim, nos termos do Art. 1.058 do 
Código Civil. Por tratar-se de hipótese de exclusão extrajudicial de sócio, não será 
aceito como fundamentação legal do Artigo 1.030, que regula a exclusão 
extrajudicial. 
 
b) Segundo o caput do Artigo “os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, 
às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos 
trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo 
dano emergente da mora,” e portanto, caso Joaquim permaneça na sociedade, a 
mesma pode cobrar de Joaquim indenização pelos prejuízos sofridos com mora. Não 
foi aceita, nessa questão, fundamentações que se baseassem no parágrafo único do 
artigo citado acima. 
 
 
3) Uma letra de câmbio foi sacada tendo como beneficiário Carlos e foi aceita. 
Posteriormente, Carlos endossou a letra em preto para Débora, que, por sua vez, a 
endossou em branco para Fábio. Após seu recebimento, Fábio cedeu, mediante 
tradição, sua letra para Guilherme. Na data do vencimento, a letra não é paga e 
Guilherme exige o pagamento de Carlos, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de 
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que endossou a letra de câmbio para Débora e não para Guilherme e de que Débora 
é sua devedora, de modo que as dívidas se compensam. 
 
Com base situação hipotética, responda aos itens a seguir, indicando os 
fundamentos e dispositivos legais pertinentes. 
 
a) Guilherme poderá ser considerado portador legítimo da letra de câmbio? Contra 
quem Guilherme terá direitode ação cambiária? 
 
b) A alegação de Carlos é correta? 
 
 
Comentário 
 
a) O examinando deverá demonstrar conhecimento sobre a definição de portador 
legítimo da letra de câmbio objeto de endossos sucessivos (artigo 16 da LUG), assim 
como as possibilidades que dispõe o endossatário em branco em relação à 
transferência do título sobre (artigo 14 da LUG). Exige-se também conhecimento 
sobre a responsabilidade solidária do aceitante e dos endossantes, tanto em branco 
quanto em preto, perante o portador da letra de câmbio (art. 47 da LUG). Assim, 
Guilherme é considerado portador legítimo do título e justifica seu direito pela série 
de endossos regular, ainda que um deles seja em branco (princípio da literalidade). 
Guilherme poderá promover ação cambial em face do sacador, do aceitante, de 
Carlos (endossante) e de Débora (endossante). Fábio não é legitimado passivo na 
ação cambial porque não endossou o título, apenas realizou a tradição do mesmo a 
Guilherme, autorizado pelo art. 14, 3º, da LUG. Por conseguinte, pelo princípio da 
literalidade, não se obriga como devedor cambiário. 
 
b) A princípio devemos observar o princípio da indisponibilidade das exceções 
pessoais, que só será aplicado ao terceiro que realiza o negócio de boa-fé, sem a 
consciência de seus vícios, e com base nele a afirmação de Carlos sobre que diz 
respeito a compensação de dívidas não procede, pois é fundada em exceção pessoal 
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oponível a Débora, mas não em face do portador/endossatário Guilherme, de acordo 
com o Art. 17 da LUG. Vejamos: 
 
Art. 17. As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador 
exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os 
portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido 
conscientemente em detrimento do devedor. 
 
 
4) José da Silva constituiu uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
com a seguinte denominação – Solução Rápida Informática EIRELI. No ato de 
constituição foi nomeada como única administradora sua irmã, Maria Rosa. A 
pessoa jurídica celebrou um contrato de prestação de serviços e nesse documento 
José da Silva assinou como administrador e representante da EIRELI. 
 
Com base na situação hipotética apresentada, responda aos itens a seguir. 
 
a) Foi correto o uso do nome empresarial por Jose na situação descrita no 
enunciado? Justifique e dê amparo legal. 
 
b) Na omissão do ato constitutivo, Maria Rosa, na condição de administradora, 
poderia outorgar procuração em nome da pessoa jurídica a José da Silva? Por quê? 
Justifique e dê amparo legal. 
 
 
Comentário 
 
Importante para resolvermos essa questão, a observância das normas que regem a 
administração da empresa individual de responsabilidade limitada, especialmente a 
quem cabe o uso do nome empresarial, bem como a possibilidade do administrador 
constituir mandatários da pessoa jurídica. Necessário também o conhecimentos dos 
seguintes artigos: 
 
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Art. 980-A, § 6º do Código Civil: “A sentença que decretar ou homologar a separação 
judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, 
antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.” 
 
Art. 1.064 do Código Civil: “O uso da firma ou denominação social é privativo dos 
administradores que tenham os necessários poderes.” 
 
Art. 1.018. “Ao administrador é vedado fazer-se substituir no exercício de suas 
funções, sendo-lhe facultado, nos limites de seus poderes, constituir mandatários da 
sociedade, especificados no instrumento os atos e operações que poderão praticar.” 
 
Art. 1.052. “Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao 
valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do 
capital social.” 
 
Tendo em vista o que diz o Art. 980-A, § 6º do Código Civil, aplicam-se à empresa de 
José da Silva, as regras previstas para uma sociedade limitada. Diante disso e do que 
diz o Art. 1.064 do Código Civil, o uso de tal denominação é privativo de Maria Rosa, 
a única administradora da pessoa jurídica, sendo o uso do nome por José da Silva 
incorreto, mesmo que ele seja o instituidor da empresa. Maria Rosa, na qualidade de 
administradora, poderá outorgar procuração em nome da pessoa jurídica a José da 
Silva porque, pode constituir mandatários da pessoa jurídica nos limites de seus 
poderes, segundo o Art. 1.018 do Código Civil, aplicável a EIRELI por força dos 
artigos 980-A, § 6º e 1.053, caput, do Código Civil. 
 
a) Incorreto o uso do nome empresarial por José, pois ele não está investido de 
poderes de administrador, e o fato de ter instituído a empresa não lhe concede o 
direito a tais poderes. Somente Maria Rosa, sendo única administradora, poderia 
usar a denominação, baseado no que determina o Artigo 1.064 do CC, já citado, e 
que se aplica a EIRELI por força do Art. 980-A, § 6º, do Código Civil. 
 
b) Sim. Maria Rosa, como única administradora pode, nos limites de seus poderes, 
constituir mandatários da pessoa jurídica, baseado no Art. 1.018 do Código Civil que 
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diz: “Ao administrador é vedado fazer-se substituir no exercício de suas funções, 
sendo-lhe facultado, nos limites de seus poderes, constituir mandatários da 
sociedade, especificados no instrumento os atos e operações que poderão praticar”, 
aplicável à EIRELI por força dos artigos 980-A, § 6º e 1.053, caput, do Código Civil.

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