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PAF e PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO

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PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL – decreto 70.235/1972
PROCESSO TRIBUTÁRIO – lei 6.830/80
Professora Ma. Anne Cabral
PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 
Existem PRINCÍPIOS e REGRAS que vinculam todo o PAF, seja federal, estadual ou municipal  DUE PROCESSO OF LAW  observar em seu aspecto formal (rito) ou material  Vide art. 5º, LIV, LV/CF. 
Sempre que o contribuinte se sentir lesado na cobrança de obrigação tributária poderá RECORRER ADMINISTRATIVAMENTE  Processo Administrativo Tributário.
Decisão final no PAF  Se o contribuinte vencer na esfera administrativa a decisão é DEFINITIVA (coisa julgada administrativa); se o Fisco vencer, o contribuinte sempre poderá ir ao judiciário (judicial review).  Por quê?  Porque o Fisco é orgão jurisdicional e parte ao mesmo tempo no PAF. 
PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 
As normas gerais sobre o processo administrativo da Lei 9.784/1999 aplicam-se também ao Processo Administrativo Tributário, por ser espécie do gênero processo administrativo, inclusive quanto PAF no âmbito estadual e municipal, porque representam reprodução de princípios constitucionais expressos ou implícitos. 
O Processo Administrativo Fiscal - PAF da União é regido pelo Decreto 70.235/1972 (tem força de lei). 
INÍCIO  NOTIFICAÇÃO (pode ser por AUTO DE INFRAÇÃO) = PRAZO DE 30 DIAS PARA O CONTRIBUINTE APRESENTAR IMPUGNAÇÃO*.
* Suspende a exigibilidade do crédito tributário. 
Em regra, ocorre o chamado Recurso Hierárquico Próprio  quando o contribuinte recorre administrativamente ao imediato superior hierárquico para dentro do poder de autotutela da administração rever o ato impugnado (normalmente auto de infração). 
PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 
Com a impugnação administrativa está dado início a fase litigiosa do procedimento fiscal.
Art. 16. A impugnação mencionará:
	I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;
	II - a qualificação do impugnante;
	III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir;
	IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu  perito.
No que diz respeito à prova documental (Art. 16, IV, Decreto 70.235/1972) o que se busca no processo administrativo é a verdade material.  Logo, consoante o princípio da informalidade deve ser considerado todos os argumentos da defesa, portanto a PROVA DOCUMENTAL pode ser produzida a qualquer tempo, até na 2ª instância (vide art. 16, §6º e jurisprudência), pois o interesse do Estado é que se pague apenas o que de fato é devido.  Assim, de acordo com o princípio da oficialidade permite-se que a própria autoridade julgadora formule quesitos suplementares para apuração da verdade material. 
PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 
Órgãos preparadores  autoridades locais responsáveis pela administração de determinado tributo, por exemplo, Agente, Delegado da Receita Federal, Inspetor da Receita Federal.
Órgão Julgadores:
1ª Instância  Delegacias da Receita Federal de Julgamento  órgão de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal do Brasil;
2ª Instância  CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais  órgão colegiado, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de 1ª instância, bem como recursos de natureza especial. 
OBS: Por decorrência do art. 5º, LV/CF entende-se que em todas as esferas (municipal, estadual e federal) é preciso ter TRIBUNAIS administrativos para julgar os recursos  Inadmissível municípios que não o tenham. 
PAF – PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 
Depósito prévio na esfera administrativa  o depósito do montante integral sempre suspenderá a exigibilidade do crédito tributário, porém a sua consequência mais importante é cessar os efeitos da inadimplência  CONTUDO, o depósito é facultativo  Não se podendo exigir depósito prévio como CONDIÇÃO para recurso administrativo (inconstitucional), posto que estar-se-ia ferindo o direito a ampla defesa (due process of law)  Jurisprudência consolidada do STF.
CICLO DA OT 
x 
AÇÕES DO CONTRIBUINTE
MOMENTODA OT
AÇÕES POSSÍVEIS
Instituiçãodo Tributo Afeta a Regra Matriz de Incidência Tributária –R.M.I.T.
Mandado de Segurança PREVENTIVO
AçãoDeclaratória de Inexistência da Relação Jurídico-Tributária
“Antes do Lançamento”
Mandado de SegurançaPreventivo fundamento: ameaça a direito líquido e certo  Art. 5º, LXIX; Lei 12.106/2009.
Ação Declaratória Fundamento: Art. 19, I, CPC/2015 + Tutela Antecipada  Efeitos da Sentença: a) proíbe o FISCO de lançar; b) dá liberdade ao FISCO para lançar.
CICLO DA OT 
x 
AÇÕES DO CONTRIBUINTE
MOMENTO DA OT
AÇÕES POSSÍVEIS
LANÇAMENTO
AçãoAnulatória de Débito Fiscal
Mandado de Segurança
Ação de Consignação em Pagamento
Ação Anulatória Fundamento:Art. 38, Lei 6.830/1980 – LEF – “ação anulatória de ato declarativo da dívida”  Busca anular o lançamento  Efeitos da Sentença: a) desconstituir a OT; b) autoriza o prosseguimento do ciclo de vida da OT  O depósitonãopode ser condição para o processamento da ação, o depósito é facultativo.
Mandado de Segurança fundamento: LESÃO a direito líquido e certo  Art. 5º, LXIX; Lei 12.106/2009.
Ação Consignatória Art. 164, CTN; Art. 539 essdo CPC/2015  Efeitos da Sentença: a) a importância depositada será convertida em renda e oCT extinto; b) autoriza-se o Fisco a cobra o tributo.
MOMENTODA OT
AÇÕES POSSÍVEIS
Inscriçãoem Dívida Ativa
AçãoAnulatória de Débito Fiscal
Mandado de Segurança
Ação de Consignação em Pagamento
EMBARGOS DO DEVEDOR
EMBARGOS DO DEVEDOR Art. 16, Lei 6.830/1980 – LEF;Art. 914 essdo CPC/2015  Prazo = 30 dias  Requisito = garantido o juízo, vide art. 9º, I a IV, §1º a §6º, LEF [OBS: STJ – legitima a recusa do exequente de bem de difícil alienação]  É necessário juntar a prova da fiança bancária ou da intimação da penhora no Embargos à Execução Ação incidental que visa desconstituir o título exequendo cabe todos os argumentos de defesa  Objetivo da Execução Fiscal = constrição patrimonial para satisfazer o crédito  Efeitos da Sentença: a)constitutivo-negativa, quando o contribuinte vence; b) autorizar o início da fase expropriatória, quando o Fisco vence.  Do efeito suspensivo: Art. 919, CPC/2015 – não tem efeito suspensivo, é preciso pleitear nos embargos, com fulcro no art. 24, I, LEF analogamente, “se a execução não for embargada”, logo está se admitindo o efeito suspensivo.
Exceção de Pré- Executividade
Só é possível a defesa do executado se garantir o juízo? Não  se for caso de nulidade absoluta ou matéria de ordem pública, que pode ser conhecida de ofício, cabe entrar com a exceção de pré-executividade. 
Fundamento: i) carência econômica do executado (art. 5º, XXXV e LV/CF); ii) ausência no título executivo dos requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade (nula executio sine titulo)  Vide art. 783 CPC/2015.
Processa-se por simples petição incidentalmente na execução, independente de embargos ou de penhora  Porém apenas são arguidos matérias de ordem pública e nulidades absolutas, nas quais não enseje dilação probatória  Ex: prescrição, vícios do processo administrativo fiscal, nulidades na execução. 
O excipiente (executado) deve manifestar-se na primeira oportunidade que tiver  Não há procedimento previsto em lei, logo não obedece prazo específicos. 
CICLO DA OT 
x 
AÇÕES DO CONTRIBUINTE
MOMENTO DA OT
AÇÕES POSSÍVEIS
Extinçãoda OT Pagamento!!!
Ação de Repetição do Indébito Tributário
Ação de Repetição do Indébito Fundamento: art. 165, CTN  Visa restituir pagamento indevido ou a maior exige como prova apenas a apresentação da guia de recolhimento.  Cabe ao contribuinte ou responsável ir a proposição da ação.  Restitui-se: i)tributo indevidamente pago; ii) multa indevidamente
paga; iii) o montante dos juros de mora, não capitalizáveis, contados do trânsito em julgado da decisão que determinar a restituição; iv) o montante da correção monetária, a contar do pagamento indevido (art. 167, CTN)  A ação que o art. 169 versa, na verdade é a ação de repetição do indébito.

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