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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE PSICOMOTRICIDADE E O IDOSO Por: Cristina França dos Santos Orientador Profª Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2005 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE PSICOMOTRICIDADE E O IDOSO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicomotricidade.... Por: . Cristina França dos Santos 3 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo demonstrar os benefícios da Psicomotricidade para o idoso; analisar o processo de envelhecimento (biológico, social, funcional e psicológico). O envelhecimento é uma etapa da vida que todos ou a maioria dos indivíduos deverão chegar. A população brasileira está envelhecendo. Já são mais de 10 milhões de brasileiros com mais de 65 anos e a previsão é de que esse crescimento se acelere. Com o avançar da idade aumentam os riscos de várias doenças, como por exemplo, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, hipertensão e entre outros – portanto é necessário redobrar os cuidados para viver a terceira idade com muita saúde. Com o envelhecimento da população cresce também a preocupação com a saúde. As medidas de prevenção de doenças devem ser focadas em aumentar os anos de vida vividos com a saúde, e não meramente prolongar a vida. O idoso brasileiro sobre com discriminação, para os mais jovens o idoso é uma pessoa que não serve para nada. Com isso, o corpo fica “mal-tratado” e sua auto estima baixa. Conclui-se que a psicomotricidade ajuda esse idoso a redescobrir seu corpo, fazendo com que se torne uma pessoa feliz e com vontade de viver, uma vez que muitos tem vergonha de falar de seu corpo. Vários fatores intrínsecos e extrínsecos estarão influenciando, exercendo poderosa influencia nos aspectos motor, cognitivo e sócio-afetivo. São milhares de feixes que direcionam nosso corpo para um declínio. Se mais lento ou mais rápido, o histórico de vida de cada um é que estará definindo. 4 METODOLOGIA Este trabalho foi realizado através de fontes bibliográficas, como: livros (como exemplo Fátima Alves, Estélio Dantas, Vitor da Fonseca, Érica Verderi, Regina Simões, entre outros) periódicos, revistas, artigos, internet, entre outros. 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 06 CAPÍTULO I - Conceito da Psicomotricidade 08 · Estruturas Psicomotoras 09 CAPÍTULO II - Teorias do Envelhecimento 19 2.1 Teorias do Envelhecimento Biológico 21 2.2 Teorias do Envelhecimento Psicológico 24 2.3 Teorias do Envelhecimento Social 25 2.4 Teorias do Envelhecimento Funcional 26 CAPÍTULO III – Benefícios da Psicomotricidade na 3ª idade 31 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41 Web Grafia 43 ANEXOS 44 6 INTRODUÇÃO Em paises como o nosso, cheios dos problemas derivados do subdesenvolvimento e de necessidades cada vez maiores, normalmente o Estado tende a fixar sua atenção e esforço na solução de problemas conjunturais, problemas que afligem à generalidade dos habitantes. O Estado empobrecido não prestigia determinados setores da população, como exigia a terceira idade. Por isso, é quase certo dizer que os idosos de nossa sociedade estão marginalizados. Eles estão excluídos da produção contra sua vontade, tornam-se pouco consumidores tende a consumir maiores recursos da saúde, e acabam sobrevivendo a expensas de uma sociedade quase sempre hostil, recebendo ajuda caridosas que esta se digna oferece-lhes. Estão excluídos da produção por que ninguém lhes da emprego, tornam-se pouco consumidores por que não têm dinheiro, não têm dinheiro por que ninguém lhes dá emprego, e consomem recursos da saúde por que adoecem, e adoecem mais por que não têm recursos para a saúde. Forma-se assim um deplorável ciclo vicioso. Um dos sintomas deste descuido social geral para o idoso é o escasso conhecimento que se tem de sua realidade psicológica, de sua subjetividade e da percepção que ele tem de si e do mundo em que vive. Os estudos referidos à velhice se concentram, em geral, nos aspectos demográficos, socioeconômicos, de seguridade social e de saúde física, deixando de lado a saúde emocional e o colorido dos sentimentos da pessoa que envelhece. O relacionamento do idoso com o mundo se caracteriza pelas dificuldades adaptativas, tanto emocionais quando fisiológicas; sua performance ocupacional e social, o pragmatismo, a dificuldade para aceitação do novo, as alterações na escala de valores e a disposição geral para o relacionamento objetivo. No relacionamento com sua historia o idoso pode atribuir novos 7 significados a fatos antigos e os tons mais maduros de sua afetividade passam a colorir a existência com novos matizes; alegres ou triste, culposas ou meritosas, frustrantes ou gratificantes, satisfatórias ou sofríveis. Por tudo isso a dinâmica psíquica do idoso é exuberante, rica e complicada. Do ponto de vista vivencial, o idoso está numa situação de perdas e continuadas; a diminuição do suporte sócio-familiar, a perda do status ocupacional e econômico, o declínio físico continuado, a maior freqüência de doenças físicas e a incapacidade pragmática crescente compõe o elenco de perdas suficientes para um expressivo rebaixamento do humor. Também do ponto de vista biológico, na idade avançada é mais freqüente o aparecimento de fenômenos ou doenças físicas capazes de produzir sintomatologia depressiva. Nos capítulos seguintes serão abordados o conceito da psicomotricidade e suas estruturas psicomotoras; as teorias do envelhecimento (biológico, psicológico, social e funcional); e a benefícios da psicomotricidade na terceira idade. 8 CAPÍTULO I PSICOMOTRICIDADE O CONCEITO Diversos autores apresentam conceitos relacionados à Psicomotricidade. Para Pierre Vayer (1986), a educação psicomotora é uma ação pedagógica e psicológica que utiliza os meios da educação física com o fim de normalizar ou melhorar o comportamento da criança. Segundo Jean Claude Coste (1978), é a ciência encruzilhada, onde se cruzam e se encontram múltiplos ponto de vista biológicos, psicológicos, psicanalíticos, sociológicos e lingüísticos. Para Jean de Ajuriaguerra (1670), é a ciência do pensamento através do corpo preciso, econômico e harmonioso. Podemos dizer a que Psicomotricidade é uma ciência que tem por objetivo o estudo do homem, através do seu corpo em movimento nas relações com o seu mundo interno e externo, bem como sua possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Procura fazer com que cada um possa adapta-se ao meio (familiar, social, escolar) sem que para isso tenha que renunciar à sua personalidade mas pelo contrario, desenvolvendo as possibilidades de troca e de comunicação com o exterior e, em primeiro lugar, sabendo conhecer e dominar o seu corpo, pela qual todas as trocas são possíveis.9 O objetivo da Psicomotricidade é ajudar as pessoas a conviverem melhor com elas mesmas e, consequentemente com o mundo em volta, ensinando-as a se movimentar melhor. A Psicomotricidade compreende, no fundo, uma mediação corporal e expressiva, na qual o professor especializado ou terapeuta, estuda e compensa condutas motoras inadequadas e inadaptadas em diversas situações geralmente ligadas a problemas: de comportamento, de desenvolvimento e de maturação psicomotora, de aprendizagem e de âmbito psico-afetivo. Visa privilegiar a qualidade da relação afetiva,a disponibilidade tonica, a segurança gravitacional e o controle postural, a noção do corpo, sua lateralização e direccionalidade e a planificação práxima, enquanto componentes essenciais e globais da aprendizagem e do seu ato mental concomitante. ESTRURURAS PSICOMOTORAS As estruturas psicomotoras definidas como básicas são; locomoção, manipulação e tônus corporal, que interagem com a organização espaço- temporal as coordenações finas e amplas, coordenação óculo-segmentar, o equilíbrio, a lateralidade, o ritmo e o relaxamento. Elas são traduzidas pelos esquemas posturais e de movimentos, como: andar, correr, saltar, lançar, rolar, oscilar, engatinhar, trepar e outros movimentos que se relacionam com os movimentos da cabeça, pescoço, mãos e pés. A psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, do corpo e da gestualidade. Podemos dividi-la em sois conceitos básicos: os funcionais e os relacionais. 10 Os conceitos funcionais são referentes à integração motora do indivíduo em um determinado espaço e tempo, cuja ação e qualidade podem ser percebidas e mensuradas. São eles: Coordenação Motora Ampla Possibilidade do controle e da organização da musculatura ampla para a realização de movimentos complexos. A coordenação está relacionada à atividades de grandes músculos. Através da movimentação e da experimentação, o indivíduo procura seu eixo corporal, buscando um equilíbrio cada vez melhor. Nesta busca, vai coordenando seus movimentos e tomando maior consciência do seu corpo. A coordenação motora ampla e a experimentação levam a criança a adquirir a associação do movimento, isto é, ela deve conseguir realizar múltiplos movimentos ao mesmo tempo, cada membro realizando uma atividade diferente havendo uma conservação da unidade do gesto. Diversas atividades levam à conscientização global do corpo: andar, correr, pular, rolar, arrastar-se, pegar, sentar, jogar, lançar, etc. Atividade: Andar com uma bola entre as pernas, saltar de diferentes formas: com um pé só, com os dois pés, por cima dos objetos. Ritmo É a força criadora que está presente em todas as atividades humanas e se manifesta em todos os fenômenos da natureza. Trabalho de tempo, ou seja, noções de tempo (acelerado, rápido, lento, etc) Toda criança tem um ritmo natural, muito deste ritmo se conserva por toda vida. Há três tipos de ritmo: motor, auditivo e visual. 11 Motor - Ligado ao movimento que se realiza em intervalos constantes: andar, correr, nadar. Auditivo – Normalmente é trabalhado em associação com movimentos: cantar, dançar, tocar alguns instrumentos. Visual – Diz respeito à exploração de um campo visual muito amplo para ser percebido em um só olhar. Exemplo: ler um texto. É necessário organização e fluidez para que a leitura faça sentido. Atividade: Dança das cadeiras; produzir sons com o corpo. Postura Está diretamente ligada ao tônus, construindo uma unidade tônico- postural, cujo controle facilita a possibilidade de canalizar a energia necessária para realizar os gestos, prolongar uma ação ou levar o corpo a uma posição determinada. Atividade: Andar em cima de uma corda estendida no chão. Coordenação Motora Fina Capacidade de controlar os pequenos músculos para exercícios refinados. Constitui um aspecto particular da coordenação-motora ampla. É de fundamental importância na gráfica. Entretanto, seu bom desenvolvimento não pode cultivar- se isoladamente. Apóia-se no trabalho da coordenação motora ampla. O ato de lançar, por exemplo, é particularmente interessante ao processo educativo. Devido à relação entre o campo visual e a motricidade do braço. A 12 interdependência braço e tronco, fator de precisão na coordenação viso manual, deverá ser trabalhada globalmente e também com exercícios específicos. O desenho e o grafismo são muito importantes no trabalho da coordenação motora fina. O ideal é que a preparação para a escrita seja feita antes da criança aprender a ler, proporcionando que leitura e escrita se desenvolvam simultaneamente e que questões da coordenação não dificultem a aprendizagem da leitura. É interessante que o simbolismo verbal se associe ao simbolismo gráfico, e que a criança, além da expressão verbal possa expressar-se através do grafismo. Exemplo: recorte, colagem, encaixe, etc. Atividade: pintar com os dedos dos pés, jogo de pega-varetas, fazer um nó simples, dobraduras, fazer um laço. Equilíbrio É a base de toda a coordenação dinâmica global. É a noção de distribuição do peso em relação a um espaço e a um tempo e em relação ao eixo de gravidade. Depende essencialmente do sistema plantar. Pode ser estático ou dinâmico. Segundo Ajuriaguerra (1972), “o tônus que prepara e guia o gesto é simultaneamente a expressão da realização ou frustração do indivíduo”. O tônus apresenta-se como uma tensão que regula e controla a atividade postural como suporte do movimento. 13 É também a base de toda a ação diferenciada dos segmentos corporais. Existem relações estreitas entre as alterações ou insuficiências do equilíbrio estático e dinâmico e os latentes estados de ansiedade ou insegurança. Atividade: Equilíbrio estático (capacidade do indivíduo parado): equilibra-se sobre um pé só, inclina-se verticalmente para frente e para trás. Equilíbrio dinâmico (movimento): andar na ponta dos pés, andar com um copo cheio de água na mão. Não pode haver coordenação de movimentos sem um bom equilíbrio, permitindo o ajustamento do homem ao meio. É um dos sentidos mais nobres do corpo humano. À medida que ele cresce e evolui, o equilíbrio torna-se cada vez mais importante e sua base de sustentação a seu tamanho e sua forma imprescindível para sua manutenção. Respiração O ato respiratório compreende duas fases: a ativa, inspiração, e a passiva, expiração. Atividade: Encher bolas de gás, desenhos soprados com canudinho de refresco e nanquim ou equilibrar bolinha de isopor de um canudinho de refresco. Imagem Corporal Representação do corpo, a impressão que a pessoa tem de si própria. Essa Imagem de si acompanha o nascimento do “eu” e do “eu corporal” e, posteriormente, o nascimento do objeto permanente. Ligada a aspectos relacionais e envolve experiências interiores, expectativas sociais e emoções. A imagem é tudo aquilo o que foi vivido. 14 A imagem corporal diz respeito aos sentimentos do indivíduo em relação à estrutura de seu corpo como a bilateralidade, lateralidade, dinâmica e equilíbrio corporal. As relações entre o corpo e os objetos situados no espaço ao seu redor referem-se aos conceitos direcionais do indivíduo e à consciência de si próprio e do desempenho do que ele cria no espaço. (Fátima Alves, 2003, p. 53) Apósa percepção global do corpo, vem a etapa de consciência de cada segmento corporal. Esta se realiza de forma interna (sentindo uma parte do corpo) e externa (vendo cada segmento em um espelho, em uma outra criança ou em uma figura). Esquema Corporal Elemento básico indispensável para a formação da personalidade da criança, sendo seu núcleo central, pois reflete o equilíbrio entre as funções psicomotoras e sua maturidade. Através do corpo a pessoa percebe as coisas que a cercam em função do seu corpo. É a representação que cada indivíduo faz de si mesmo e que permite orientar-se no espaço. Baseada em vários dados sensoriais proceptivos e esteroceptivos, esta representação esquematizada é necessária à vida normal. A estruturação do esquema corporal refere-se à possibilidade de descobrir e controlar o próprio corpo. O corpo é o canal para que a criança interaja com o meio experimentando sensações e expressando emoções. O indivíduo que não tem consciência do seu corpo pode apresentar dificuldades de percepção, controle, equilíbrio e coordenação dos movimentos, o que prejudica a execução das mais variadas atividades, desde vestir-se até jogar bola. 15 Atividade: Brincar de carrinho de mão, desenhar-se em tamanho natural no papel e depois contornar-se por cima do desenhado para posterior comparação. Organização e Estruturação Espacial É a orientação e a estruturação do mundo exterior, a partir do Eu depois a relação com outros objetos ou pessoas em posição estática ou em movimento. É fundamental no estabelecimento de relações físicas com as pessoas e objetos que compõem o meio que o circunda. A estruturação Espacial é: · Tomada de consciência da situação do seu próprio corpo em um meio ambiente, isto é, do lugar e da orientação que pode ter em às pessoas e coisas. · Tomada de consciência da situação das coisas entre si. · Possibilidade, para o sujeito, de organizar-se perante o mundo que o cerca, de organizar-se as coisas entre si, de colocá-las em um lugar, de movimentá-las. Atividade: Crianças sentadas em círculo, uma delas sai da sala, as outras mudam de lugar e a criança que saiu deve reconhecer quem mudou e para onde. Orientação Temporal A boa orientação temporal possibilita que o indivíduo seja capaz de conhecer conhecimentos passados e também de projetar seu futuro, planejando ações ligadas a situações ainda não vividas. Esse evento liga-se a um perfeito entendimento das noções de passado, presente e futuro. 16 “O espaço é um instantâneo tomado sobre o curso do tempo e o tempo é o espaço em movimento (...) o tempo é a coordenação dos movimentos: quer se trate dos deslocamentos físicos ou movimentos no espaço, quer se trate destes movimentos internos que são as ações simplesmente esboçadas, antecipadas ou reconstituídas pela memória, mas cujo desfecho e objetivo final é também espacial” (Jean Piaget) As orientações espacial e temporal são estudadas distintamente mas, na realidade, estão interligadas em uma organização espaço-temporal. Assim como à organização espacial, a organização temporal também não é inata, necessitando de um certo amadurecimento cognitivo para se desenvolver. A percepção temporal permite, além da consciência e da interiorização dos ritmos motores corporais, a percepção dos ritmos exteriores. Esta passagem é indispensável para que a criança possa tomar conta de seus próprios movimentos e organizá-los a partir da representação mental. Esta última possibilidade só se realizará no estágio seguinte do desenvolvimento psicomotor. Tipos de Tempo Tempo subjetivo - é aquele criado por nossa própria impressão, varia conforme as pessoas e a atividade do momento (uma atividade desagradável parece a custar mais a passar do que outra , vivenciada como agradável). Tempo objetivo – é o tempo matemático, sempre idêntico; uma hora dura sempre sessenta minutos. A consciência de que uma hora tem a mesma duração, tanto no que se refere a uma atividade prazerosa quanto a uma atividade desagradável. Isso é fundamental para a nossa organização cotidiana. 17 Lateralidade É a capacidade motora de percepção integrada dos dois lados do corpo: direito e esquerdo; é a capacidade de vivenciar a simetria do seu corpo: a bilateralidade, a unilateralidade e a dominância lateral; é a propensão do sujeito de utilizar preferencialmente mais um lado do corpo do outro. Existe a dominância de um lado dos lados, que apresenta maior força muscular, mais precisão e mais rapidez. Atividade: Percorrer espaços demarcados no chão com linhas, ora com um pé, ora com o outro; cruzar instruções: mão direita na orelha esquerda, calcanhar esquerdo no joelho direito. Tônus Refere-se a firmeza muscular, e está presente tanto nos músculos em repouso como em movimento. Atividade: Subir em corda com nós ou em barras simétricas. Serra Serra Serrador, também é uma ótima opção, que coaduna exercício com música. Organização Temporal É a capacidade de situar-se em função da sucessão de acontecimentos, da duração dos intervalos, da renovação cíclicas de certos períodos e do caráter irreversível do tempo. Atividade: Organizar o calendário da escola: contar o que já fez ontem, hoje e o que pretende fazer amanhã; compor sua árvore genealógica; marchar, andar, e rolar bolas com diferentes velocidades. 18 Organização Espaço-Temporal É a capacidade de avaliar tempo-espaço dentro da ação. · Percepção Visual – capacidade de receber informações do mundo através dos olhos. · Percepção Auditiva – capacidade de receber informações do mundo através dos ouvidos. Atividade: Andar livremente parando a um sinal determinado; pular corda de acordo com o seu próprio ritmo, em dupla, de acordo com o ritmo do outro. Relaxamento É uma forma de atividade psicomotora na qual se objetiva a redução das tensões psíquicas, levando à descontração muscular. Atividade: Cubo de gelo: ficar duro como um cubo de gelo e depois “derreter”. Percepção e Controle do corpo É a capacidade de identificar e localizar os diferentes segmentos corporais; vivenciar a amplitude destes segmentos e buscar formas diversas com seu corpo; vivenciar sensações diversas. Atividades: Jogos dêem oportunidades de trabalhar com noções de quente ou frio; duro ou macio; pesado ou leve; seco ou molhado; barulho ou silêncio, etc. CAPÍTULO II TEORIAS DO ENVELHECIMENTO 19 Todo organismo multicelular possui um tempo limitado de vida e sofre mudanças fisiológicas com o passar do tempo. A vida de um organismo multicelular costuma ser dividida em três fases: a fase de crescimento e desenvolvimento, a fase reprodutiva e a senescência, ou envelhecimento. Durante a primeira fase, ocorre o desenvolvimento e crescimento dos órgãos especializados, o organismo cresce e adquire habilidades funcionais que o tornam apto a se reproduzir. A fase seguinte é caracterizada pela capacidade de reprodução do indivíduo, que garante a sobrevivência e perpetuação. A terceira fase, a senescencia, é caracterizada pelo declínio da capacidade funcional do organismo. “A característica principal da velhice é o declínio, geralmente físico, que leva a alterações sociais e psicológicas. Os teóricos, classificam esse declínio de duas maneiras: a senescência e a sensibilidade. A senescência, que é um fenômeno fisiológico,arbitrariamente identificada pela idade cronológica, pode ser considerada um envelhecimento sadio, onde o declínio físico e mental é lento, sendo compensado, de certa forma, pelo organismo.” (Nadeau, p. 55, 1985) O envelhecimento e causado por alterações moleculares e celulares, que resultam em perdas funcionais progressivas dos órgãos e do organismo como um todo. Esse declínio se torna perceptível ao final da fase reprodutiva, muito embora as perdas funcionais do organismo comecem a ocorrer muito antes. O sistema respiratório e o tecido muscular, por exemplo, começam a decair funcionalmente já a partir dos 30 anos. Logo depois de atingir a maturidade reprodutiva as chances de sobrevivência do indivíduo já começam a diminuir. Essa tendência faz parte do processo de evolução de todos os organismos multicelulares. Assim, o desenvolvimento, a reprodução e o envelhecimento são etapas naturais da vida 20 de cada espécie, que ocorrem de forma seqüencial e interdependente: o inicio da senescência é dependente da fase reprodutiva que, por sua vez, é dependente do desenvolvimento. No entanto, não há uma separação rígida entre as três fases. O crescimento pode continuar mesmo depois da que a maturidade reprodutiva é atingida. A tendência normal do organismo de manter a estabilidade interna, ajustando processos metabólicos e fisiológicos em resposta as agressões, é chamada de homeostase. Quando a homeostase é perdida, a adaptabilidade do individuo ao estresse interno e externo decresce e a susceptibilidade à doenças aumentada. A morte ocorre em algum momento da senescência, quando o organismo não consegue mais restabelecer o equilíbrio funcional. De acordo com os gerontologistas, o processo de envelhecimento começa desde o momento da concepção, sendo então a velhice definida como um processo dinâmico e progressivo onde há modificações tanto morfológicas como funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam a progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionado maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que culminam por levá-los à morte. Conclui-se então que o processo de envelhecimento não é um processo unilateral, mas a soma de vários processos entre si, os quais envolvem os aspectos biopsicossociais. 2.1- Teorias do Envelhecimento Biológico 21 Segundo Moreira ( 2001, p.41) o envelhecimento biológico é caracterizado pela perda das reservas funcionais. De qualquer maneira, é evidente que cada espécie animal tem um tempo de vida próprio. Isso destaca a importância que têm os determinantes genéticos que regulam a longevidade e representam uma barreira biológica absoluta. As modificações no organismo dos indivíduos avançam proporcionalmente ao desenvolvimento e envelhecimento. Assim como o desenvolvimento inicial, o envelhecimento está geneticamente programado, sendo ambos inerentes ao longo da vida, cuja característica principal é a acentuada perda da capacidade de adaptação e menor expectativa de vida. As modificações variam de pessoa para pessoa, dependendo, entre outros aspectos, de suas condições físicas internas, do meio ambiente e do estilo de vida. “Essencialmente, marca-se o envelhecimento biológico pela diminuição da taxa metabólica refletindo na lentidão do intercambio de energia do organismo. A energia, quando usada em excesso, não é totalmente recuperada, uma vez que o aumento da idade celular decorrente de menor capacidade para divisão celular resulta em desaceleração funcional. Assim, o envelhecimento do tecido é o resultado da mudança das células renováveis para não renováveis.” (Simões, 1998,p46) A literatura enumera algumas características como: · Diminuição progressiva e irreversível de energia livre disponível no organismo; · Perdas celulares; · Enfermidades degenerativas próprias da velhice, como conseqüência geral; · Diminuição gradual da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente; · Aumento do tecido conjuntivo no organismo; · Perda gradual das propriedades elásticas dos tecidos conjuntivos; 22 · Desaparecimento de elementos celulares do sistema nervoso; · Redução da quantidade de células de funcionamento normal; · Aumento da quantidade de gordura; · Diminuição do consumo de O2; · Diminuição da quantidade de sangue que o coração bombeia em estado de repouso (braquicardia); · Diminuição do processo respiratório (processo mais lento); · Diminuição da força muscular; · Diminuição hormonal (excreção das glândulas sexuais/supra –renais); · Perda de massa óssea e sais de cálcio (osteoporose e hipocalcemia); · Pode ocorre a Osteomalácia ( falha na mineralização da matriz óssea; · Perdas hídricas (líquidos) redução de água corporal e do consumo basal de O2; · Deslocamento funcional da musculatura dos pés e pernas; · Aumento da espessura dos tecidos dos vasos capilares; · Diminuição da capacidade de coordenação e da habilidade; · Deficiência auditiva e visual; · Decréscimo do número e do tamanho das fibras musculares; · Diminuição da atividade elétrica do cérebro; · Baixa taxa de absorção de calorias; · Decréscimo de permeabilidade da membrana bocal dos capilares; · Alterações degenerativas arterioseleroticas; · Hipertensão; · Diminuição da mobilidade da caixa torácica; · Menor elasticidade pulmonar, número de alvéolos e capilares pulmonares; · Capacidade vital é diminuída; · Aparelho locomotor – ossos menos sólidos – ligamentos e tendões mais fracos, cápsula articulares com menos liquido sinovial; · Aparelho respiratório – deformação na coluna vertebral, por causa também da gravidade, ajudando na perda de elasticidade pulmonar; 23 · Circulação sanguínea – arteriosclerose, varizes, vasos diminuem de tamanho; · Coração – diminui a capacidade de performance devido a má circulação e perda da elasticidade das veias; · Sistema nervoso – diminuição da ação e reação, fadiga e vertigens; · Metabolismo – modificações a níveis celulares, problema de alimentação, fraca resistência à doenças.] · Insuficiências cardíacas; · Aneurisma dissecante; · Lesões valvulares; · Cardiomegalia; · Infarto e pós-infarto; · Forte insuficiência coronária apresentado sintomas subjetivos e eletrocardiográicos em esforço com cargas mínimas; · Aneurisma da parede cardíaca; · Embolias recentes na pequena ou grande circulação; · Grave lesão da função ventilatória; · Moléstias infecciosas agudas; · Trombo flebites; · Isquemia cerebral recente; · Hipertensão arterial interna e estabilizada; · Doenças metabólicas não controladas: diabetes, hipertireoidismo; · Obesidade marcante; · Perturbações eletrolíticas; · Certas modificações como a digitalis. 2.2 – Envelhecimento Psicológico 24 Segundo Verderi, para o geronte, o domínio psicológico torna-se mais difícil, pois a longa historia da vida acentuada as diferenças individuais, quer pela aquisição de um sistema de reivindicações e desejos pessoais, quer pela fixação de estratégias de comportamento. Através de uma barreira social, pessimismo face à existência, passividade e queixas somáticas, que têm sido erroneamente considerados como parte do processo normal do envelhecimento, mascaram-se a ansiedade, a depressão e a insônia, precursoras comuns de infarto do miocárdio. (2004, p54) O aspecto psicológico é (evidenciado por um processo dinâmico e extraordinariamente complexo muito influenciadopor fatores individuais que se iniciam com um declínio lento e depois acentuado das habilidades que o indivíduo desenvolvia anteriormente). · Aceitação ou recusa da situação do velho; · Aceitação ou rejeição pelo meio; · Atitude hostil ante o novo; · Diminuição da vontade, das aspirações e da atenção; · Enfraquecimento da consciência; · Apego ao conservadorismo; ao da memória; · Anomalias do caráter: desconfiança, irritabilidade e indocilidade; · Estreitamento da afetividade. · Depressão No decorrer dos anos, certas modificações se processam no intimo do indivíduo, de forma que ficam alterados seu valores e atitudes. Os entusiasmos são menores, a motivação tende a diminuir e são necessários, ao idoso, estímulos bem maiores para fazê-lo empreender uma nova ação. A auto-imagem e a auto-estima são modificadas no processo de envelhecimento, diminuindo a positividade. É como se ele carecesse de 25 reserva de força física ou psicológica para lutar contra fatores, tanto externos como internos, que ameacem a vida. 2.3 – Envelhecimento Social Segundo Verderi (2004), com o envelhecimento é comum o indivíduo sentir-se só. Nesta etapa da vida, o apoio da família, a convivência com amigos e a participação em um grupo social pode contribuir para ausência da solidão e da inutilidade. Nesse momento, destacam-se considerações quanto à aposentadoria, à família, aos amigos e ao ambiente que o cerca. (2004, p50) Sociologicamente, a idade não significa apenas um espaço de tempo, mas uma categoria, uma atividade sócio-econômica, modo diferente de vida, características pessoais, objetivos e conflitos de natureza variável, sentimentos positivos e negativos. Analisemos alguns fatores que levam ao envelhecimento social com curva de declínio mais acentuado: · Isolamento social; · Situação econômica crítica; · Insegurança social; · Estado de saúde insatisfatório; · Ruptura com a vida profissional; · Perda concomitante da função e do status social; · Falta de opção do idoso poder escolher ou rejeitar o lazer; · Falta de opção do idoso poder optar por uma aposentadoria ativa ou passiva (vítimas da normas pré-estabelecidas pela sociedade); · A experiência de vida que cada idoso traz consigo, sua repercussão no processo vital, os acontecimentos dos anos que somados e integrados constituem constituem a “historia de uma vida”, fundamentada na carga 26 hereditária, na bagagem genética, nos hábitos de vida adquiridos (alimentação, higiene, oportunidade escolar, oportunidade profissional, cultura, etc...) e na intercorrencia desses hábitos, direcionando situações de sucesso ou insatisfação. 2.4 – Envelhecimento Funcional No envelhecimento do organismo as alterações morfológicas e funcionais dos órgãos e tecidos não são sempre patológicas, no entanto, as patologias podem aparecer decorrente de desequilíbrios no processo de envelhecimento. Inúmeras alterações ocorrem com nossas funções ao longo dos anos. A partir dos anos 40 a estatura começa a diminuir perdendo cerca de 1 cm por década e acentua-se após ao 70 anos. Esse fato decorre principalmente da diminuição dos arcos plantares, encurtamento da coluna (diminuição do liquido transcelular, compressão dos discos intervertebrais e maior curvatura da cifose dorsal). O diâmetro da caixa torácica cresce em virtude do aumento da cifose, e a sua mobilidade está diminuída devido à calcificação dos arcos costais, das articulações condroesternais, das alterações degenerativas das articulações costovertebrais e da diminuição da força muscular. Há o aumento da caixa torácica e do crânio. O crescimento progressivo do nariz e dos pavilhões auditivos contribuem para uma conformação típica facial da pessoa idoso, devido ao acumulo da cartilagem. Ocorre alterações na composição corporal onde o aumento do tecido adiposo tende a se acumular nas regiões perierrenal e em substituição ao parênquima que se perde nos diversos órgãos. Em sua maioria, o idoso apresenta pela seca e inelástica. Este fato, bem como o aparecimento de rugas, pigmentação, manchas e verrugas, é explicado 27 pela diminuição da espessura da camada epitelial, das fibras elásticas, do colágeno e pela desidratação. Ocorre a diminuição de pêlos por todo o corpo, fazendo-se exceção as sobrancelhas, a orelha e as narinas. Ocorre a queda de cabelo pela inatividade ou morte das células do bulbo capilar. Estudos mostram que a partir de 60 anos ocorre uma produção mais lenta de proteínas com tendência à produção de estruturas alteradas, favorecendo ao individuo aquisição de algumas patologias. Conseqüentemente, inicia-se uma diminuição no numero da células.. A produção de anticorpos também será reduzida. Estaremos na fase da diminuição de nossas defesas, ou seja, queda da imunidade, favorecendo, assim, o aparecimento de varias patologias. Os hormônios também sofrem alterações, desestabilizando a função de vários órgão, deixando-nos pré-dispostos à hipertensão arterial, diabetes, alterações do sono e outras. O sistema respiratório sofre grandes perdas funcionais fisiológicas condicionadas pela idade. A expansibilidade do tórax é diminuída, favorecida pela redução da tonicidade dos músculos respiratórios, dilatação dos bronquíolos, atrofia dos músculos associados a respiração e diminuição da ventilação pulmonar. Pode ocorrer também o aparecimento de fibras cruzadas do tecido pulmonar, diminuição do numero de capilares alveolares, diminuição da elasticidade dos pulmões. Respiração menos profunda e mais acelerada e, conseqüentemente, um aumento da fadiga, iniciando um processo de “enfisema da velhice”. “A dinâmica da respiração fica diretamente afetada em decorrência de modificações da caixa torácica e no 28 parênquima pulmonar. O diafragma passa a trabalhar com mais intensidade, auxiliado pelas vísceras celíacas e pela musculatura da parede abdominal. A redução da expansibilidade do tórax vem em conseqüência da ossificação da parte anterior das costelas que funcionalmente garantem a mobilidade com o externo, o que permite as variações de diâmetro e da caixa torácica.” (Simões, 1998, p.52) O pulmão em envelhecimento, caracterizado por uma dilatação dos ductos alveolares, uma diminuição na elasticidade dos alvéolos e uma diminuição no número de alvéolos, provoca uma diminuição da superfície total respiratória; através do deslocamento da parcela não solúvel ocorre uma redução da elasticidade pulmonar. (Moreira, 2001, p.55) Envelhecimento do sistema nervoso, inicia-se um processo de diminuição do número de células do cérebro, diminuição da velocidade da passagem de mensagens pelos nervos, redução da sensibilidade tátil, diminuição das substancias químicas associadas à atividade neurotransmissora, diminuição do fluxo sanguíneo para o sistema nervoso, diminuição no equilíbrio e na coordenação motora. Os movimentos tornam-se mais lentos e diminui a atenção e concentração. “...) O peso do cérebro aumenta aproximadamente até 20anos, mantendo-se estável até por volta dos 60 anos, para então perder 1,4% a 1,7% de seu peso por década. Anatomicamente, os sulcos aumentam (diminui a espessura dos giros), os ventrículos aumentam e a camada cortical diminui. No estudo citológico a perda celular não é igual em todo o cérebro, predominando no neocórtex, cerebelo e hipocampo, sendo menos evidente nas regiões subcorticais. Há diminuição da rede dendrítica e do numero de sinapsesem nível cortical.”(Moreira, 2001,p.50) 29 Envelhecimento do sistema cardiovascular: diminuição do numero de células do músculo cardíaco, decréscimo da elasticidade do mesmo; as válvulas do coração se tornam menos flexíveis, aumento da pressão arterial sistólica, surgimento de depósito de gordura nos vasos sanguíneos (colesterol), maior incidência de ateriosclerose entre outros. Os vasos sanguíneos, no entanto, na pessoa idosa, apresentam-se menos elásticos, tornando-se estreitos, aumentado assim a resistência do fluxo sanguíneo. O endurecimento das paredes dos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) ocasiona alterações no abastecimento de nutrientes aos vários sistemas e órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso central. A coordenação sensório-motora gradualmente torna-se menos eficiente, devido aos prejuízos que o sistema neuromuscular já apresenta; o idoso precisa, portanto, de instruções claras e concretas, e não de movimentos rápidos, uma vez que se preocupa em analisar a tarefa a ser executada antes de desempenhar ou não o ato motor. Acham-se também reduzidas as sensações do próprio corpo, a percepção do movimento de vibração e feedback de posicionamento. A manipulação de objetos pode ser impedida ou dificuldade não só pela problemática da visão mas também por intermédio das sensações proprioceptivas. A ligeira perda nas aptidões psicomotoras, em especial naquelas relacionadas à coordenação, à agilidade mental e aos sentidos (visão e audição) levando os idosos a um desempenho menos satisfatório quando submetidos a alguns testes que exigem rapidez de execução ou longa duração. Além disso, ocorre uma diminuição na velocidade dos reflexos e da execução de gestos e um aumento do tempo de reação devido a diminuição da resposta motora a um estimulo sensorial. 30 Quanto ao cansaço a recuperação do idoso é lenta por não apresentar a mesma capacidade para desenvolver suas tarefas. Esta ressalva justifica-se, por que o limiar anaeróbico é proporcionalmente mais baixo em relação ao seu volume máximo de oxigênio que nesta fase encontra-se mais reduzido. A articulação envelhecida é geralmente flexível e menos móvel. Alterações no tecido conjuntivo dos músculos, ligamentos, cápsulas articulares e tendões parecem responsável pela perda da flexibilidade e mobilidade. Portanto, torna-se importante ter em mente o que o envelhecimento causa na estruturas musculares, articulares e ósseas e consequentemente adotarmos uma postura preventiva dessas ocorrências fisiológicas do individuo. Essas atitudes de prevenção incluem a aquisição do hábito de atividades físicas regulares. No capítulo seguinte, veremos a importância da Psicomotricidade aplicada a terceira idade (o idoso). As considerações ousam uma forma de se procurar quantificar a qualidade de vida. Através das sugestões propostas, favorecer ao idoso, melhor desempenhar as funções do dia-a-dia, independentemente do seu contexto socioeconômico-cultural. 31 CAPITULO III BENEFÍCIOS DA PSICOMOTRICIDADE NA 3ª IDADE O corpo comunica-se por gestos e expressões, com uma parte ou pelo todo, com ou sem intenção, percebendo ou sem perceber. Através dos atos motores, ele expressa emoções, sensibilidade, entre outras manifestações. Segundo Gaiarsa (1989, p.62), o corpo revela os meandros e as curvas da historia pessoal: os segredos, os traumas e os triunfos de dias passados. Todos eles são corporificados em ligamentos e músculos e expressos na postura, nos movimentos, tendões, vitalidade. Podemos até afirmar que ele não mente; antes, revela o interior da pessoa. No entanto, em muitas situações e por diversos motivos, ele é um completo obscuro não revelado. O corpo conta coisa sobre nossa história emocional e nossos mais profundos sentimentos, nosso caráter e nossa personalidade. Ele se comunica através das palavras pronunciadas e escritas; todavia, o tom de voz e a musicalidade da frase colocada revelam o tempo emocional, os sentimentos que acreditamos estejam secretos, mas que muitas vezes não se percebe, apesar de sua existência. Muitas pessoas tem medo ou vergonha de sentir, de ver, de explorar, de conhecer e viver este corpo. A Psicomotricidade auxiliar esta pessoa a ver de maneira diferente seu corpo. O corpo é usado indiretamente para comer, para algumas relações sociais, um pouco para dançar, trabalhar, acariciar e muito pouco para o prazer social. O movimento corporal é o resultado das nossas emoções; portanto, torna- se impossível a separação entre corpo e mente. É conveniente lembrar que no 32 caso da pessoa idosa, as atitudes corporais refletem não só o seu estado interior, mas também o resultado de uma vida toda. As sensações negativas são expostas pela rejeição ao próprio corpo, julgando-o feio e incapaz, mascarando o aspecto mais positivo que é o viver ou o estar corporalmente vivo. A Psicomotricidade direcionada para a terceira idade, é um exemplo que irá contribuir para o prolongamento do tempo de vida, fazendo com que o idoso que estava em repouso, não permaneça sedentário, inerte, mais sim uma pessoa ativa em progresso. Embora certas experiências do dia a dia venham a contribuir para que o idoso sinta-se desanimado, quando se faz esforço para subir escadas, nas dificuldades de vestir uma roupa com zíper nas costas, calçar os sapatos, entrar e sair da banheira. Situações como estas exemplificadas, fazem com que o idoso sinta-se deprimido. Quando este se vê como dependente, precisando de ajuda. Promover a parte social durante uma aula de psicomotricidade é muito importante, pois nem sempre todos os alunos demonstram interesse na importância da atividade funcional; e havendo a fase social, esta contribuirá, de certa forma, para que os alunos permaneçam sempre integrados, participantes e motivados em todos os acontecimentos A preocupação em construir a imagem corporal não pode estar distante do que o corpo significa, das suas dimensões e de sua totalidade. É preciso que a expressão do corpo se traduza pelo registro das reações emocionais, afetivas, conscientes ou inconscientes, em face da percepção que o rodeia. Através da exploração e de experiências com seu próprio corpo, o ser humano começa a diferenciar suas capacidades e seus limites. Se o corpo é 33 considerado sem importância, insignificante, então pode estar limitado à estrutura da auto-estima (Marsh, 1994) O destino humano depende sobremaneira do autoconceito. A visão que tem de si mesmo promove as escolhas, as decisões, as preferências, como que determinando o tipo de vida e, simultaneamente, realimentando positiva ou negativamente o autoconceito. Ao atingir a terceira idade, porém, surgem novas transformações biológicas, sociais e psicológicas. Observa-se, freqüentemente, como a autodesvalorização que se segue perturba a integração total da personalidade. A motricidade realça o corpo e o autoconceito, em interdependência com o meio ambiente; eis a chave para o desenvolvimento humano, em todas as etapas da existência nos idosos. A psicomotricidade, além de “trabalhar” o corpo e ser saudável, de ser um meio contra o isolamento social, a solidão, a rejeição, de reunir os mais velhos em grupos com igual objetivo, age como incentivadora do autoconceito, influenciando a mudança de suas atitudes, ao longo do tempo. Omovimento abarca a totalidade do ser; ultrapassa e vai além de melhorias aparentemente só motoras, associando-se aos desenvolvimentos cognitivos, volitivos e sociais. Os idosos mostram-se mais abertos, emocionalmente equilibrados, bem humorados, com atitudes positivas mediante os fatos da vida, o que contribui para o encontro de uma nova identidade. O bem-estar do idoso não pode ser considerado simplesmente como um estado físico. Será um processo contínuo de mudança e desenvolvimento, onde ele possa conservar e trabalhar suas energias, sua saúde biopsicossocial, de 34 melhor maneira possível, e ajustar-se às mudanças e perdas decorrentes do processo da senescência. No âmbito das relações familiares, sentimentos como os de perda da ocupação e a tendência à solidão podem surgir em função da independência dos filhos, viuvez e conseqüente esvaziamento da casa (Mota, 1990). A relação afetiva no contexto familiar é um dos principais fatores de equilíbrio e bem estar dos que envelhecem. Assim, a aceitação e respeito, raiva ou rancor são frutos de laços sentimentais construídos ao longo do tempo que repercutem no apoio ao idoso e que, de maneira relevante, irão exigir um novo mapeamento das relações familiares de convivência social (Novaes, 1995). Há que se considerar aqui os efeitos da perda da autoridade na subjetividade da pessoa idosa, que, por doença, pobreza e/ou fragilidade emocional tende a progressivamente perder espaço para os mais jovens, filhos e netos, na decisão de aspectos centrais de sua vida (Mota, 1990). Outro fato relevante é a existência de conflitos familiares, os quais contribuem para a desestabilização do processo de ajuste social nesta nova fase da vida. Isto pois, na sociedade de consumo em que vivemos, onde o valor social prioritário é o poder econômico, o velho é discriminado e excluído por não ser mais “produtivo” nem se integrar aos padrões de beleza e juventude culturalmente valorizados, ou seja, não tem mais nenhum valor produtivo e atrativo para a sociedade (Birman. 1994). Sendo assim, a velhice reserva-se uma série de preconceitos e tabus que, incorporados e reproduzidos pelos próprios idosos, acentuam a tendência de segregação dos mais velhos, sustentada pela idéia de que são pessoas que existiram no passado, que realizaram o seu percurso psicossocial e que esperam simplesmente o momento de se despedir do mundo (Birman, 1994). 35 Deve-se observar a tendência do idoso ao entrar no ciclo vicioso do envelhecimento e que um programa de exercícios esteja dirigido para quebrar tal ciclo (Teixeira, em Faria Júnior, 1986). A prescrição de exercícios para os idosos deve ser projetada em função da idade de cada indivíduo, do nível de preparo e da condição de saúde. Os objetivos da atividade física devem voltar-se para o aumento da resistência cardiorrespiratória, da composição corporal, da flexibilidade, da força muscular e da resistência (Elia, 1991). A elaboração de uma aula para idosos deve considerar a individualidade e suas possibilidades, para que o mesmo possa desempenhar suas atividades diárias com autonomia. Favorecer para o que o mesmo não perca sua auto- suficiência, através da manutenção de sua saúde física e mental. Alguns fatores de risco devem ser considerados: quedas, arritmia cardíaca, alterações cardíacas agudas, alterações da visão, alterações da função vestibular, distúrbios do equilíbrio pela instabilidade do corpo que ocorre com o aumento da idade, doenças do nervo periféricos, doenças musculares, osteoporose, transtornos da marcha por depressão entre outros. O compromisso das aulas de psicomotricidade é resgata as capacidades físicas, o social, o psicológico e o funcional que sejam pré-requisito básicos para a reconquista de novas possibilidade. Abaixo algumas destas capacidades físicas: Coordenação – faz-se importante promover aos idosos movimentos com varias ações musculares e em seqüência de movimentos. Ritmo – exercícios com variações de ritmos (lento, moderado, acelerado, etc) Velocidade – atividades em que o idoso realizem sucessões rápidas de gestos. 36 Agilidade – favorecer atividades que estimulem os gestos rápidos e mudanças de direção e de gestos no menor tempo possível. Equilíbrio – através do equilíbrio o geronte será capaz de realizar as atividades físicas diárias com mais segurança, com mais domínio dos movimentos e o risco de quedas será menor. Na aplicabilidade das atividades, o domínio dos movimentos e o risco da queda será menos provável. Na aplicabilidade das atividades, o domínio do equilíbrio estático e dinâmico devem ser estimulados. Com a prática das atividades físicas, os envelhecentes passam a sentir uma nova e agradável disposição física e mental. Com o convívio regular adquirem um ótimo relacionamento com o grupo, trocando experiências e anseios, o que contribui sobretudo para a alegria de viver. Na prática de atividades físicas, as mesmas necessitam ser adaptadas aos fatores referentes à prescrição e à adequação dos exercícios, de forma correta e segura, para cada idoso. Cumpre, pois, observar com que método, com qual freqüência, com qual duração e com qual intensidade se obtêm resultados satisfatórios e benefícios que atendam ao grupo de idosos. O exame médico obrigatório é ponto de partida para a prática de alguma atividade física. Os programas das atividades devem ser alegres, motivantes, de forma a deixar os senescentes à vontade e descontraídos. Após uma sessão de qualquer atividade espera-se que se sintam animados e descansados, com atenuação e até mesmo com o desaparecimento da angústia e da depressão. É por meio da praticidade das aulas de Psicomotricidade, que o professor e/ou psicomotricista irá despertar o interesse do idoso através da motivação. A 37 motivação faz com que se desenvolva: a satisfação, a criatividade, o ânimo, o bem estar espiritual e social e a integração do aluno com as inovações. É certo que a dinâmica da vida não permite procedimentos estáticos, retrocessos. Valorizemos no geronte o que foi vivido, o que se tornou possível viver. Os profissionais do envelhecimento devem ter a constante preocupação de resgatar o esquecido, promover o desconhecido e torná-lo real. Recolocar os gerontes “no tabuleiro”, afinal, o jogo ainda não acabou e estes são peças importantes e decisivas em jogadas futuras. “Uma peça” experiente e ainda capaz de administrar a sua vida, e por que não? “Uma peça” que já administrou ou ajudou a administrar outras vidas, não deve ser ignorada. CONCLUSÃO 38 A sociedade atual, nos âmbitos político, financeiro e estrutural, persegue o “progresso” através do alto desenvolvimento tecnológico, levando os indivíduos a necessitarem cada vez menos de movimentos em seu cotidiano, prejudicando assim a manutenção das atividades físicas naturais, acostumando-os a uma vida sem esforços corporais. Os meios de transporte em geral substituem as caminhadas. A própria distância entre os lugares leva-nos a permanecer nestes transportes por volta de 30 horas semanais. O elevador poupa subir escadas, a televisão e o trabalho nos mantêm sentados por horas seguidas, impossibilitando-nos do convívio alegre em família nas atividades recreativas e esportivas. O sedentarismo efetivou-se como um dos males das grandes cidades.Concluir que o processo de envelhecimento depende de quatro fatores principais: o biológico, o psicológico, o social e o funcional. São estes fatores que podem preconizar a velhice, acelerando ou retardando as doenças e os sintomas da idade madura. É fato que a nossa relação com o mundo nos afeta fisiologicamente, mas o inverso também é verdadeiro, já que mudanças fisiológicas, principalmente endócrinas e neurológicas, as quais podem afetar o nosso comportamento. Assim, podemos dizer que uma boa qualidade de vida na terceira idade depende do tipo de hábito que a pessoa adquire desde a juventude e da relação que a pessoa mantém com a juventude quando do seu envelhecimento. Por isso para se ter uma boa qualidade de vida na terceira idade é imprescindível hábitos alimentares saudáveis e a pratica regular de exercícios físicos, além de se manter um contato social saudável e de reciprocidade com a família e a sociedade. Além dos fatores biológicos, a deterioração da saúde pode ser causada não somente por um “processo natural”, mas também por uma falta ou qualidade 39 de relações sociais e vice-versa. Desta forma, o aspecto psicossocial se torna fundamental para planejarmos o futuro, no sentido de promover relações sociais estáveis entre jovens e idosos e também entre as pessoas idosas, já que efeitos são positivos quando causados por um caráter voluntário, associando-se a idéia da independência nas relações sociais, tornando-se possível as manter, aumentando o bem-estar físico e psicológico. A capacidade e a possibilidade de ajudar, de participar como sujeito ativo nas interações, podem promover resultados positivos na saúde, principalmente na saúde mental das pessoas idosas. É certo que não se pode evitar o envelhecimento. Porém, podemos interferir na maneira de como envelhecer, contribuindo para um significativo bem estar em nossas atividades e relacionamento social. É necessário que se mantenha um equilíbrio entre o fator fisiológico, psíquico e social, para que se possa ter uma voa qualidade de vida quando o indivíduo alcançar a senescência. Entretanto, envelhecer não significa necessariamente redução de capacidade e diminuição de atividades. Envelhecer pode significar enriquecimento espiritual e uma vida aprazível. Apesar de alguns decréscimos de eficiência e capacidade físico-motora, à medida que envelhecemos, não se deixa de ser possível manter um nível relativamente alto de desempenho físico e mental por alguns anos. Aqueles que mantêm uma vida ativa de forma física, cognitiva e social serão sempre privilegiados. Realmente, hoje estamos diante de uma escolha fundamentada em novos paradigmas do envelhecimento, dando-nos a opção de desistir de nossa dependência ou de assumir o controle sobre nossas funções, direcionando-as para melhores opções e maior qualidade de nossos anos a vindar, fazendo valer a frase de Almir Sater: “Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz”. 40 O trabalho com os idosos, em nosso entender, deve enfocar a conscientização deste ser idoso-corpo-no-mundo. O idoso deve ter certeza que seu corpo ainda pode realizar e participar de muitas atividades e ações que produzam vida. E a produção e manutenção da vida é, sem dúvida, a melhor forma de contribuir para a conscientização do fenômeno corporeidade. É certo que a dinâmica da vida não permite procedimentos estáticos, retrocessos. Valorizemos no idoso o que foi vivido, o que se tornou possível viver. Os profissionais do envelhecimento devem ter a constante preocupação de resgatar o esquecido, promover o desconhecido e torna-lo real. A aula deve ser um local de as pessoas se encontrem para satisfazer suas necessidades mútuas, realizar trocas importantes, desfrutando de amizades. Deve ser uma experiência enriquecedora e gratificante, com incentivo à participação na busca de realização de objetivos comuns. É a oportunidade que eles terão de utilizar o grande cabedal de experiências adquiridas ao longo de suas vidas e realizar a troca das mesmas. Diferenças e contratempos existirão sempre, e sempre estarão vinculados a características comportamentais e de experiências vivencias de cada idoso. Resta-nos a identificá-las, adaptá-las e aplica-las em benefício de cada um deles. No feixe das emoções, liberar as tensões e as inseguranças. No pensar de cada dia, a satisfação de que estaremos contribuindo para minimizar, eliminar os males do envelhecimento psicológico, social e funcional. BIBLIOGRAFIA 41 A, de Méier e L, Staes. Psicomotricidade: Educação e Reeducação; São Paulo: Editora Manole, 1984. Alves, Fátima. Psicomotricidade, corpo, ação e emoção; Rio de Janeiro: Wak, 2003. Alves, Fátima. Como aplicar a psicomotricidade: uma atividade multidisciplinar com amor e união; Rio de Janeiro: Wak, 2004. Ajuriaguerra, J. de. Manual de psiquiatria infantil; Paris: Masson, 1974. Arnaiz Sanches, Pilar. A psicomotricidade na educação infantil: uma prática preventiva e educativa; Porto Alegre: Artmed, 2003. Birman, J. O futuro de todos nós. Temporalidade, memória e terceira idade. Estudos em saúde coletiva nº 86; Rio de Janeiro: IMS/UERJ, 1994. Borges, Célio. Educação física para o pré-escolar; São Paulo: Sprint, 1996. Costa, Marcelo G. Ginástica localizada; 2ª Edição; RJ: Sprint, 1991. Dantas, Estélio H. M. 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