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Resenha Crítica do Filme Intocaveis

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Resenha crítica do filme:
Intocáveis
Direção de: Eric Toledamo e Olivier Nakache
Viviane Ritter
Professora: Fernanda Furini
Componente: Psicologia e Saúde
Três de Maio, Dezembro de 2013.
Resenha Crítica do Filme:
Intocáveis
		Na sociedade em que vivemos costuma-se rotular o sujeito que possui alguma deficiência ou debilidade; exclui-se e abandona-o do meio em que vive. O sujeito passa a ser visto com dó, medo e compaixão. A ideia de saúde como norma e modelo é bem anterior à modernidade, Berlinguer (1978) afirmava que desde a antiguidade, a saúde significa a norma, o ideal e se refere aos padrões sociais aceitos, estimados e desejados. Hoje, a normalidade deixa de se restringir a um único padrão, deixando de ser um modelo predefinido de saúde e passa a se expressar de diferentes formas, para Canguilhem, a saúde implica poder adoecer e sair do estado patológico.
	O filme nos traz a história de Phillippe (François Cluzet), um tetraplégico milionário, que buscava alguém para cuidá-lo, o qual precisava de cuidados a todo instante. É em uma entrevista de emprego que ele conhece Driss (Omar Sy), um jovem negro da periferia, ex-presidiário, mas com uma enorme e cativante vontade de viver. No momento da entrevista, Phillippe se encantou no garoto por ver que ele não demonstrava nenhum sentimento negativo a respeito da doença dele; e por isso acabou por contratá-lo, foi então que iniciou-se uma comovente história de amizade, companheirismo e respeito. O vínculo entre duas pessoas, a transferência que surge entre uma relação é um dos melhores recursos para a cura de um sofrimento, muitas vezes melhor do que remédios e até internações.
	O grande diferencial de Driss foi esse olhar sobre Phillippe, ele conseguiu vê-lo não por sua condição de tetraplégico, mas por suas possibilidades de ser. Driss permitiu que Phillippe vivesse novamente, ele apenas foi o intermediário para que tudo acontecesse, Phillippe era a educação e a inteligência, já Driss seu corpo.
	No filme é mostrado o encontro entre dois universos diferentes onde formou-se um laço de amizade tão forte, o qual beneficiou aos dois de forma carismática, divertida e nem sempre correta. Conforme Freud e Lacan, é na relação com o outro que o individuo pode se deparar com as interdições e assimilá-las, inserindo-se no universo normativo e simbólico e se abrir as novas relações sociais.
	Não podemos deixar de observar a relação de paciente e analista que surge no filme, Driss passará a fazer as coisas conforme o desejo de Phillippe, nem que para isso, muitas vezes ele acaba por trazer a tona diversas lembranças e pensamentos antes recalcados por Phillippe, colocando-o em constantes enfrentamentos, sabendo até onde ele conseguiria chegar.
	A separação surge quando Phillippe se põe no lugar de analista de Driss, e o faz ir atrás de sua família, com a qual tinha diversos desentendimentos.
	É extremamente necessário entender, que somente as técnicas não são suficiente para você acolher alguém, você deverá ser sensível, humano e companheiro e aprender a ver nessa pessoa chances de mudar e crescer, convivendo com suas debilidades. Portanto, o filme não trata apenas de incluir deficientes físicos ou sociais na sociedade, mas trata de redescobrir a vida, de encontrar amor nas outras pessoas, saber amar e ser amado. Conforme Canguilhem e Foucault a prática clínica ligada a saúde não se resume na eliminação do sintoma; de acordo com a epistemologia médica terapêutica se deve respeitar o novo modo de vida instaurado pela doença.
	
Referências: 
Resenha do filme “Intocáveis” (2012). Retirado de 
http://amorpoesiaalegriaepsicologia.blogspot.com.br/2012/09/intocaveis.html
Resenha do filme “Intocáveis” (2012). Retirado de http://www.eleonorarosset.com.br/intocaveis/.
Toledano, E & Nakache, O. (2012). Intocáveis. California Filmes.
Coelho, M. T. Á. D., & Filho, N. A. Análise do Conceito de Saúde a partir da Epistemologia de Canguilhem e Foucault.

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