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Recursos – artigos 893 a 901 CLT
Dos Pressupostos dos Recursos:
Os pressupostos dos recursos podem ser divididos em objetivos e subjetivos.
Objetivos
A)Previsão legal: o direito das partes a interposição de recurso deve estar previsto em lei, isto é, as partes tem direito a interposição do recurso que estiver previsto em lei, em decorrência do principio da legalidade.
No processo do Trabalho os recursos cabíveis são determinados no art 893(ordinário, revista, embargos, agravo de instrumento e de petição) e o extraordinário é cabível nas hipóteses previstas no inciso III, do artigo 102, da CF.
B)Adequação e cabimento: o ato a ser impugnado deve ensejar o apelo escolhido pelo recorrente. EX: da sentença da Vara cabe o recurso ordinário. Este também é cabível das decisões dos TRTs, no dissídio coletivo, mandado de segurança, ação recisória, por tratar-se de ações de competência originária dos tribunais.
C)Tempestividade: os recursos deverão ser interpostos dentro do prazo previsto na lei.
D)Preparo: no Processo do Trabalho para interposição do recurso devem ser recolhidas as custas processuais (calculadas sobre o valor de alçada ou da causa)juntamente com o Deposito recursal (garantia do juizado) previsto para à espécie de recurso interposto, chamados, de PREPARO RECURSAL. Caso não comprovado o recolhimento do Preparo (custas + depósito recursal) no prazo de oito dias, o recurso sera julgado deserto.
e)Representação: No processo do trabalho não há necessário da parte estar assistida por advogada (art 791 e 839 da CLT), podem as exercer o jus postulandi. Se a parte apresentar recurso por advogado, deve este ter procuração para esse fim. Não tendo procuração, o recurso não sera reconhecido, pois o juiz não terá que conceder prazo para regularização do mandato, mesmo que o advogado tenha protestado por posterior prazo para juntada, uma vez qye a interposição de recurso não se traduz em medida de urgência (tem prazo para interposição) V. inc I e II, da sumula n° 383 TST e sumula 164 do TST, Art 667 e parágrafos do CC de 2002
O proposito não tem poderes para representar o empregador assinado o recurso. A sua representação fica restrita apenas à audiência em 1° instancia (§1° do art 843 da CLT), cuja função é meramente de substituir o empregador na audiência.
Subejtivos
A)Legitimidade: Aquele que teve uma sentença que lhe foi desfavora´vel, no todo ou em parte, poderá recorrer. Pode, portanto, recorrer, a parte, o terceiro interessado e o Ministério Público do Trabalho ou Procuradoria do Trabalho. (Art 499 do CPC). Nos dissídios coletivos poderão recorrer os sindicatos, a União (art. 8° da Lei n° 5.584/70), o Presidente do Tribunal, etc – V. art 898 da CLT.
B)Capacidade: É necessário que as partes tenham capacidade para estar em juízo (V. Arts 3°, II CC e 8° CPC).
C)Interesse: deverá ter interesse jurídico. Nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial. Não bastando o interesse meramente econômico, mas jurídico, demonstrado que a sentença lhe trouxe uma situação jurídica desfavorável.
Recurso Ordinário Este recurso tem semelhança com o Recurso de Apelação no processo civil.
Está previsto no artigo 895 da CLT, sendo cabível:
Ver Inciso LV do art 5° da CF/88
a)das decisões definitivas do juiz do trabalho e do juiz de direito no prazo de oito dias;
b)das decisões definitivas, ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de oito dias, tanto para os dissídios individuais, como coletivos.
As decisões definitivas da Vara que caberá Recurso Ordinário são, em suma, as seguintes:
a)quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autos ( art 269, I. do CPC) ainda que parcialmente;
b)quando o juiz acolher a decadência ou prescrição (art 269, IV, do CPC).
Observação: no recurso ordinário somente haverá efeito devolutivo – não há necessidade do juiz dizer qual o efeito. Exceção apenas no dissidio coletivo, o presidente do TST poderá dar efeito suspensivo somente em MS e ação cautelar.
Importante: Ao contrário do que consta na alínea “a” do art 895 da CLT, o recurso ordinário não é somente interponível das decisões definitivas das Varas ou Juizos de Direito, que são aquelas decisões em que se extingue o processo com julgamento do mérito , pois cabe também Recurso Ordinário, das decisões terminativas em que se extingue o processo sem julgamento do mérito como:
a) decisões interlocutórias, de caráter terminativo do feito, como a que acolhe a exceção de incompetência em razão da matéria ( § 2° do art 799 CLT);
b) do indeferimento da petição incial, seja por inépcia ou qualquer outro vício (art 267, I, do CPC);
c) do arquivamento dos autos em razão do não comparecimento do reclamante à audiência;
d) da paralisação do processo por mais de um ano, em razão da negligência das partes (art 267, II, do CPC); 
e) do não atendimento, pelo autor, do despacho que determinou que promovessem os atos e diligências que lhe competir, pelo abandono da causa por mais de 30 dias (art 267, II do CPC)
f) verificando o juiz a ausência dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo (art 267,IV CPC)
g) se o juiz acolher a alegação de litispendência ou coisa julgada (art 267,V, do CPC)
h) se o processo for extinto por carência da ação, por não estarem presentes as possibilidade jurídica do pedido de agir, ou a legitimidade da parte (art 267, VI, do CPC)
i) pela desistência da ação (art 267, VIII, do CPC)
j) se ocorrer confusão entre autor e réu (art X, CPC)
l)da decisão que aplica pena ao empregado de não poder reclamar por seis meses;
m) nos casos em que o juiz extinguir o processo sem julgamento de mérito por falta de pedido certo ou determinado e de indicação do valor correspondente no procedimento sumaríssimo.
Cabe também Recurso Ordinário, das decisões de processo de competência originária do TRT, como:
Dissídios coletivos;
Ação recisória;
Mandado de segurança
Habeas corpus;
Decisões que aplicam penalidades a servidores da Justiça do Trabalho.
Não cabe recurso ordinário de decisão que homologa acordo entre as partes (decisão irrecorrível) Art.831 CLT, a exceção do INSS, que pode recorrer desde que não tenha participado do acordo, porém a remessa não pode ser de ofício, ainda que se tratando de ente publico.
Das decisões proferidas pelos TRT em processo administrativo para o TST tão somente para o exame da legalidade do ato –Enunciado 321 TST.
Forma de Interposição: Conforme determina o art 899, o Recurso Ordinário é interposto por simples petição.
Quando a parte tiver advogado o recurso (petição) conterá:
a)nomes e qualificação das partes;
b)os fundamentos de fato e de direito;
c)pedido de nova decisão( art 514 CPC)
Ver arts 899, 791 e 839 CLT e súmula 422 TST.
Do Efeito: No recurso ordinário não haverá efeito suspensivo, apenas devolutivo, conforme o art 899 da CLT, não necessitando, portanto, que o juiz diga em qual efeito está recebendo o recurso, em seu despacho.
Exceção: Apenas no dissídio coletivo o presidente do TST poderá dar efeito suspensivo ao recurso ordinário. (Ver Art 14, da Lei n° 10.192/2001 e Súmula 414 TST)
Cabe Recurso Ordinário:
Das sentenças das Varas;
Das decisões dos TRTs, no dissídio coletivo, no mandado de segurança, na ação rescisória, por se tratar de ações de competência originais dos tribunais (quer nos dissídios individuais ou coletivos)
Recursos Cabíveis:
Embargos;
Recurso Ordinário;
Recurso de Revista;
Agravo de Instrumento;
Agravo de Petição
São pressupostos objetivos do Recurso:
a)Previsão legal;
b)Adequação de cabimento;
c)Tempestividade;
d)Preparo;
e)Adequação
“ius postuland” – sem advogado (parte)
“jus postuland” – com advogado
São pressupostos subjetivos do recurso:
Legitimidade, Capacidade e Interesse.
Podem Recorrer: A parte, o terceiro interessado, o MP do Trabalho e a Procuradoria do Trabalho.
Nos dissídios coletivos podem recorrer: Os sindicatos(interessados), a união,o presidente do tribunal e a procuradoria do trabalho.
Decisões definitivas: art 269 CPC com julgamento de mérito. Quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor, quando acolher a decadência ou prescrição.
*Da Decisão que homologa acordo entre as partes é irrecorrível (não cabe recurso) exceto do INSS, desde que não tenha participado do acordo. A remessa de recurso não pode ser.....
*Quando o recurso não for por advogado não há necessidade de fundamentação, basta o inconformismo.
*Quando for por advogado, deverá conter:
Nome e qualificação das partes, os fundamentos de fato e de direito.
O pedido de nova decisão.
Recurso de Revista: Revista, em sentido genérico significa rever, reexame(art 896 e 896-A CLT)
No caso de Recurso de Revista do Direito Processual do Trabalho, não vai fazer em reexame da decisão do TRT por tratar-se de um apelo técnico e extraordinário, estando sua admissibilidade subordinada ao atendimento de determinados pressupostos. Não se aplica a regra da interposição por simples petição (Art 899 CLT), ou seja, sem fundamentação, bastantado apenas a intenção de recorrer, que devolve à apreciação do tribunal Ad quem o exame de toda a matéria. È necessário que a parte demonstre divergência jurisprudencial, ou violação literal de dispositivo de lei ou da Constituição para seu conhecimento (art 896 A e C da CLT).
O objetivo do recurso de revista é uniformizar a jurisprudência dos tribunais regionais por intermédio das Turmas do TST.
O prazo para interposição do mesmo é de 8 dias contatos da publicação da súmula ou acórdão no órgão oficial, caso contrário não será conhecido (recurso adestempo ou extemporâneo) – antes do tempo). Ver Art 506, II, do CPC.
Admissibilidade: Se o juízo a quo (TRT) admitir a revista apenas por um dos fundamentos alegados pelo recorrente, não admitindo quanto ao outro, nada impede que o juízo ad quem (Turma do TST) dele conheça por ambos os fundamentos, ou pelo fundamento diverso daquele em que foi conhecido pelo TRT. Não cabe nesse caso agravo de instrumento (Súmula n°285 TST), por não estar se negando seguimento ao recurso. O tribunal ad quem não esta subordinado ao juízo de admissibilidade ao tribunal inferior, podendo conhecer do recurso pelo motivo que este entender ser possível, ou pelos dois motivos (divergências jurisprudencial e violação literal de dispositivo de lei).
No Recurso de Revista, somente após a verificação de sua admissibilidade é que o Presidente do TRT vai intimar a parte contrária para contra-razões recursais, ainda, assim, é facultativo ao presidente do TRT, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do Recurso de Revista.
Quanto o Efeito Suspensivo no Recurso de Revista somente se pode obtê-lo através de Ação de Mandado de Segurança, ou de Medida Cautelar, o que dificilmente será concedido pelo juízo, pois é necessária a demonstração inequívoca do “fumus boni iuris” e o “periculum in mora” ( a fumaça do bom direito e o perigo da demora).
É necessário, seja demonstrando ainda, as lesões ou prejuízos de difícil reparação sofrida pela parte, caso não se conceda esse efeito ao recurso.
Quanto a execução provisória do acórdão é permitido, desde que não haja execução provisória da sentença de primeiro grau.
Procedimento Sumaríssimo: Somente será admitido o Recurso de Revista por contrariedade à Súmula da Jurisprudência uniforme do TST e violação direta da CF.
Será portanto, vedada a interposição de RR nos casos em que os TRTs, Julgado Recurso Ordinário:
a)der ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro TR, em seu Pleno ou Turmas, ou a SDI do TST;
b)der ao mesmo dispositivo de lei estadual, convenção, acordo coletivo de trabalho, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do TRT prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alíena “a”;
c)proferir decisão com violação literal de disposição de lei federal (art 896 da CLT)
Quanto ao Acórdão: este deverá indicar de forma completa o que está sendo analisado e conter dispositivo para se entender perfeitamente o que foi julgado, que fará parte da certidão de julgamento. O Acórdão Regional não poderá ser confirmado por seus próprios fundamentos, mas deverá haver motivação da decisão, indicando por que o acórdão está sendo mantido ou reformado, ou, inclusive, por que o recurso não está sendo conhecido e os motivos para tanto.
Não há previsão na lei de Turmas especializadas para julgamento de RR em procedimentos Sumaríssimo.
Observe que no procedimento sumaríssimo (até 40 s.m.), somente será admitido o Recurso de Revista: Por contrariedade à súmula da jurisprudência uniforme do TST e violação direta da CF.
Recursos de Embargos: Artigo 894 da CLT.
Denominação: A palavra embargos pode tanto ter o significado de ação ou defesa, como ocorre nos embargos do devedor e nos embargos de terceiro, quanto de recurso como se observa nos embargos infringentes ou nos embargos para as seções especializadas do TST.
No decorrer do tempo a palavra embargos passou a ter significado tanto de recurso (embargos de nulidade), Infringentes (interpostos contra decisão unânime) ou de divergência (contra decisão que apresenta divergência jurisprudencial), quanto de ação (embargo do devedor, de terceiro, à arrematação, à adjudicação etc).
Esse tipo de recurso somente é cabível no TST, no prazo de 8 dias contados da publicação da conclusão do acórdão, ou seja, de seu inteiro teor (relatório, voto do relator e dos demais integrantes da Turma, etc).
Esses recursos não são permitidos nas instancias inferiores, ou seja, contra decisões de primeiras e segundas instancias (Varas e TRT).
Estão regulamentados no art 894 da CLT. Ocorre que o texto do artigo consolidado sofreu várias alterações através de leis publicadas posteriormente à CLT. O texto constante na CLT apresenta redação dada pela Lei n° 5.442/1968.
Não devem ser confundidos com os Embargos à Execução previsto no Capitulo V, seção III, do Artigo 884 da CLT, cujo prazo de interposição é de 5 dias contados da assinatura do Auto da Penhora, por tratar-se este, de ação incidental na execução de sentença, sendo a matéria restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida.
Embargos para a Vara: A parte inconformada com a decisão judicial recorria para o mesmo órgão prolator da sentença, visando com que este se retratasse, caso este juízo houvesse dado interpretação diversa em relação a um mesmo dispositivo de lei, que já houvera sido interpretado por outros juízes do trabalho ou de direito investidos na jurisdição trabalhista. Representava apenas o duplo grau de exame da decisão e não representava o duplo grau de jurisdição.
Embora fosse previsto no Decreto n° 1.237/1937 e ainda inserido no artigo 652, alínea “c”, da CLT, não mais é utilizado no processo trabalhista, pois com o advento da Lei n° 5.442/68, que deu nova redação ao artigo 894 da CLT, esse recurso não mais existe, uma vez que a parte final do Inciso VI do art 659 da CLT foi derrogada pela Lei n° 5.442/68, extinguindo a necessidade de fundamentação da justificação em despacho da manutenção da sentença de primeiro grau e eliminado o recurso de embargos infringentes ou de nulidade para a própria vida.
Embargos nos Tribunais Regionais: com a nova redação dada ao art 678 da CLT, pela Lei n° 5.442/68 os Embargos ao Pleno dos Tribunais Regionais divididos em Turmas não mais existem, exceto no caso de recurso contra multas impostas pelas Turmas
No processo do trabalho, não são utilizados os embargos infringentes, previstos nos arts 530 a 534 do CPC, que tem por objetivo atacar decisão não unanime do Tribunal.
Os embargos previstos no direito Processual do Trabalho são apenas os dirigidos ao TST, mesmo que a decisão das turmas ou grupos de turmas não seja unanime, sendo, portanto, incabível qualquer recurso para o Pleno do Tribunal Regional correspondente, não se socorrendo o interprete do CPC, poisnão há omissão, sendo a CLT expressa quanto aos recursos cabíveis na Justiça do Trabalho e os embargos infringentes (interpostos contra decisões não unanimes) não estão incluídos nas hipóteses elencadas no art 893 da CLT, que é taxativa.
Embargos no Tribunal Superior do Trabalho – TST: como inicialmente dito, os embargos estão previstos no art 894 da CLT, tendo os mesmos natureza recursal.
A finalidade dos embargos é a unificação da interpretação jurisprudencial das Turmas do TST ou de decisões não unanimes em processos de sua competência originária.
Antigamente, os embargos eram dirigidos ao Pleno do TST, previsão esta modificada pela Lei n° 7.701/88 que dividiu o TST em Seção de Dissídios Individuais (SDI) e Seção de Dissidios Coletivos (SDC), além das Turmas e do Pleno que já eram previstos anteriormente.
Com essa nova previsão não existe mais grau de jurisdição entre as turmas e as seções especializadas do TST, ficando as Turmas encarregadas de apreciar os Recursos de Revista e do Acórdão que julgar este recurso é que caberão Embargos para a Seção de Dissídios Individuais (SDI).
Os embargos visam à uniformização da jurisprudência das turmas do TST, que em muitos casos divergem em seus entendimentos, servindo, assim, a SDI para unificar a divergência jurisprudencial das Turmas do TST, dando ao Recurso de Embargos cunho nitidamente extraordinário, assemelhando-se ao recurso interposto ao Pleno do STF após as Turmas julgarem o recurso extraordinário.
Dessa forma, com a edição da Lei n°7.701/88, foram implementadas algumas mudanças quanto à competência do Pleno do TST, que passou a ter competência para:
a)declarar a inconstitucionalidade, ou não, das leis ou de atos normativos do Poder Público;
b)aprovar os enunciados das Súmulas de jurisprudências predominante nos dissídios individuais;
c)julgar os incidentes de uniformização de jurisprudência em dissídios individuais;
d)aprovar os precedentes jurisprudenciais predominantes em dissídios coletivos,
e)aprovar tabelas de custas e emolumentos, de acordo com o que for preconizado em lei;
f) elaborar seu Regimento Interno, exercendo as atribuições administrativas disciplinadas pela lei ou pela Constituição.
Pela redação do artigo 894 CLT, os embargos eram cabíveis para o Pleno do TST:
a)em julgamentos de dissídios coletivos que excedessem a jurisdição dos Tribunais Regionais, bem como que tivessem reviso suas próprias decisões normativas;
b)das decisões que homologassem os acordos celebrados nos dissídios coletivos.
Poderiam, ainda, ser interpostos das decisões das Turmas:
a)contrárias à letra da lei federal;
b)divergentes entre si.
Assim, resumindo, podemos dizer que, atualmente, só existem dois recursos de embargos no âmbito do TST: os infringentes (contra decisão não unanime proferida em dissidio coletivo de competência originária do TST) e os de divergência.
Embargos infringentes: Os embargos infringentes, recurso de natureza ordinária, são de competência da SDC = Seção Especializada em Dissidios Coletivos, cabível para impugnar decisões não unanimes proferidas em processos de dissídios coletivos de sua competência originaria, ou seja, em dissídios que excedam a área de jurisdição de um TRT (ex: dissidio coletivo do Banco do Brasil, Petrobrás etc).
Tal recurso estava previsto no art 2°, II, c, da Lei 7.701/88, dispondo que, no TST, competiria à SDC- seção especializada em dissídios coletivos, em ultima instancia julgar:
“os embargos infringentes interpostos contra decisão não unanime proferida em processo de dissídio coletivo de sua competência originaria, salvo se a decisão atacada estiver em consonância com precedentes jurisprudencial do TST ou de Súmula de sua jurisprudência dominante.”
Não obstante, a Lei n° 11.496/2007, deu nova redação ao art 894 da CLT, a saber:
“Art 894, no Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 dias:
I-de decisão não unanime de julgamento que:
a)conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei.”
Assim, pela interpretação sistemática dos arts 894, I, a, da CLT e 2° da Lei n° 7.701/88, autoriza concluir que são admissíveis os embargos infringentes de decisão não unanime da SDC, salvo se esta estiver em consonância com precedentes (ou OJ da SDC) ou Sumula do TST.
Esse recurso também está previsto no art 232 do Regimento Interno do TST (RITST), aprovado pela Resolução Administrativa n° 1.295Q2008 (DOU 9.5.2008), segundo o qual: “cabem embargos infringentes das decisões não unanimes proferidas pela Seção Especializada em dissídios coletivos, no prazo de 8 dias, contados da publicação do acordao no órgão oficial, nos processos de dissídios coletivos de competência originaria de Tribunal.”
Afunilando ainda mais o cabimento do recurso em análise, o Paragrafo único do art 232 do RITST, disciplina que os “embargos infringentes serão restritos à clausula em que há divergência, e, se esta for parcial, ao objeto da divergência.”
Mantendo, assim, consonância com o que preceitua o art 530 do CPC, que restringe os embargos à matéria objeto da divergência.
Competência:
A competência funcional para julgar os embargos infringentes é da própria SDC, consoante preceitua o art 70, II,C, do RITST.
Os embargos infringentes por ser recurso de natureza ordinária, comportam devolutibilidade ampla, abrangendo matéria fática e jurídica, desde que restritas a clausula em qe não tenha havido julgamento unanime. Alem disso, possuem efeito meramente devolutivo.
É, também, assegurada a interposição de Embargos no procedimento sumaríssimo, pois a lei não veda expressamente tal apelo. Assim, será plenamente cabível a interposição desse recurso de acordo com o Art 894 da CLT.
Procedimento
O procedimento dos embargos infringentes está previsto nos arts 233 e 234 do RITST, que prevê o seguinte:
Registrado o protocolo na petição a ser encaminhada Á Secretaria do órgão julgador competente, no caso a SDC, está juntará o recurso aos autos respectivos e abrirá vistas à parte contrária para impugnação no prazo legal de 8 dias.
Transcorrido o prazo, o processo será remetido à unidade competente, para ser imediatamente distribuído. Caso não sejam atendidas as exigências legais relativas ao cabimento dos embargos infringentes (CLT, art 894, I, a, RITST, art 232) o Relator denegará seguimento ao recurso, facultando à parte a interposição de agravo regimental. Em sendo atendidas toas as exigências legais, dar-se-á seguimento ao recurso de embargos.
Embargos de Divergência:
 O Recurso de Embargos de Divergencia estava previsto no art 3°,III, b (primeira parte), da Lei n° 7.701/88 (compete a SDI julgar em ultima instancia os embargos divergentes das decisões das turmas, ou destas com decisão da SDI, ou com enunciado da Súmula da jurisprudência uniforme do TST), que havia revogado tacitamente o art 894,b, da CLT.
De igual modo, o regimento interno do TST, também prevê os embargos de divergência no art 71, I e II, a, assim estabelece:
“Art 71 Á seção Especializada em Dissidios Individuais, em composição plena ou dividida em duas Subseções, compete:
I-em composição plena, julgar, em caráter de urgência e com preferencia na pauta, os processo nos quais tenha sido estabelecida, votação, divergência entre subseções I e II da Seção especializada em Dissidios Individuais, quanto à aplicação de dispositivo de lei federal ou da Constituição da Republica.
II-Julgar os embargos interpostos contra decisões divergentes das Turmas ou destas que divirjam de decisão da Seção de Dissidios individuais, de orientação jurisprudencial ou de Súmula.
Além dos dispositivos acima citados, os embargos de divergência também estão previstos no art 231, do RITST, que assim preceitua:
“Art 231. Cabem embargos, por divergência jurisprudencial, das decisões das turmas ente a SBBDI-1 E SBDI-2. Entretanto pela interpretação sistemática do art894, II da CLT e das normas previstas no RITST, conclui-se que os embargos de divergência são cabíveis das decisões:
a)divergentes entre a SBDI-1 e SBDI-2 a respeito da aplicação de norma prevista em lei federal ou na Constituição da República;
b)divergentes entre duas ou mais Turmas;
c)de uma ou mais turmas que divergirem de orientação jurisprudencial ( da SDI ou SDC);
e)de uma ou mais turmas que divergirem de Sumula do TST.
É importante salientar que na hipótese de alínea a, a competência funcional originária para julgar os embargos de divergência é da SDI, em sua composição plena; nas demais hipóteses, da SBKI-1.
O Recurso de Embargos de Divergência, assim como o Recurso de Revista, tem natureza extraordinária, havendo, inclusive, alguns pontos de similitude entre essas duas espécies recursais, media em que um dos objetivos da Revista é uniformizar a jurisprudência dos Tribunais Regionais, enquanto que o escopo dos embargos de divergência reside na uniformização jurisprudencial interna no âmbito do TST.
Necessário salientar que as controvérsias já superadas por interativa, notória e atual jurisprudência do TST em matérias relacionadas a processos individuais (Orientações Jurisprudenciais das SDDI-1 e 2) não se prestam a sustentar interposição de recurso de embargos nem recurso de revista (TST Súmula n°333), salvos se a jurisprudência do TST colidir com a do STF (Súmula n°401), por razoes muito simples tal exceção, já que em matéria de interpretação de norma constitucional, cabe ao STF a última palavra sobre a uniformização jurisprudencial.
De conformidade com a Orientação Jurisprudencial n°95 da SDI do TST, a divergência para efeito de cabimento de embargos deverá ocorrer entre Turmas do TST, não se admitindo embargos de acórdão da mesma turma do TST, mesmo que com composição diversa, objetivando a uniformização da jurisprudência entre as turmas.
A comprovação da divergência de julgados sera feita na forma da Súmula n°337 do TST.
Procedimentos: O procedimento dos embargos de divergência esta previsto no paragrafo único do artigo 231 do RITST.
Assim, registrado o protocolo na petição recursal a ser encaminhada à Coordenadoria da Turma prolatora da decisão embargada, esta juntará o recurso aos autos respectivos e abrira vista à parte contrária para impugnação no prazo legal de 8 dias.
Transcorrido o prazo, o processo será remetido à unidade competente para ser imediatamente distribuído.
A comprovação da divergência de julgados será feita na forma de Súmula n°337 do TST.
Depósito: Nos embargos, há necessidade de que, não atingindo o limite total da condenação, a parte pague até R$ xxxxx, como depósito para a interposição do apelo (art 40 da Lei n° 8.177/91, com redação determinada pela Lei n° 8.542/92).
Processamento: A petição inicial dos embargos é dirigida ao Presidente da Turma que julgou o recurso de revista. As razões para apreciação deverão ser dirigidas à SDI. Na SDC a petição é dirigida ao presidenta da referida seção e as razões à própria seção V art 239 do Regimento do TST.
***No rito sumaríssimo não há rito diferenciado, segue aquela dado aos demais ritos.
***O prazo para interposição é de 8 dias.
***V. art 533 e 534 do CPC.
Agravo de Petição: art 897 da CLT.
Denominação: A denominação da palavra agravo vem do latim aggravare, destinando-se a impugnar gravame.
Conceito: É o recurso que serve para atacar as decisões do juiz nas execuções (arts 897, a, da CLT).
Cabimento: Dispõe a letra a do art 897 da CLT que o agravo de petição cabe da decisão do juiz na execução, não sendo cabível na fase de conhecimento processual.
Distinção: Distingue-se o agravo de petição do de instrumento, pois o primeiro é cabível das decisões do juiz na execução, o segundo é o recurso cabível quando o juiz nega seguimento o recurso interposto pela parte.
Pela regra geral prevista no art 504 do CPC, não cabe qualquer recurso contra os despachos de mero expediente, posição esta adotada no processo trabalhista, pela aplicação subsidiaria do CPC permitida pela própria CLT.
Assim, não cabe agravo de petição contra decisões interlocutórias na execução, que somente serão recorríveis quando da apreciação do mérito nas decisões definitivas- Ex: decisões que entende não ser o caso de produção de determinada prova na execução, da que recusa a nomeação de bens á penhora, por não obedecer a ordem legal; dos despachos de mero expediente, das decisões interlocutórias, do despacho que determinou ou não a pericia contábil, da decisão que manda levantar depósitos na execução.
Portanto, somente poderá haver recurso de agravo da decisão definitiva na execução, já que de conformidade com o §4° do art 884 da CLT, na sentença de liquidação somente poderá ser impugnada na oportunidade dos embargos à execução.
Alguns autores entendem que cabe agravo de petição na decisão que julga não provados os artigos de liquidação, entretanto a Lei n° 2.244, suprimiu o agravo de petição contra sentença de liquidação. Evidente que não eram cabíveis frente ao fato de que a decisão que aprova ou não os artigos de liquidação é considerada interlocutória (não cabendo agravo), já que estes podem ser renovados e provados pelo exequente.
Caso a parte perca o prazo para apresentar embargos à execução ou impugnação à sentença de liquidação não poderá se utilizar de agravo de petição, pois esse recurso não substitui os embargos ou a impugnação.
Igualmente não cabe agravo de petição na execução provisória, já que esta vai só ate a penhora, podendo a sentença ser modificada por recurso no tribunal (art 899 da CLT).
Relativamente a remição, adjudicação ou arrematação não ensejam agravo de petição, mas embargos, por envolver decisões interlocutórias e meros despachos, cabendo, porem, agravo de petição, da decisão que julgar os embargos do devedor, de terceiros, à praça, à arrematação, à adjudicação, a impugnação à sentença de liquidação, da decisão que julga extinta a execução, a decisão que acolhe a prescrição (por serem decisões de mérito), a decisão que entende haver incompetência da Justiça do Trabalho para determinada questão, da decisão do Juiz de direito que julgar a execução em processo do trabalho de sua competência, ou ainda, no despacho que anulou o acordo e pôs termo à execução, por ser terminativo de instancia;
Depósito: não é necessário, pois não incluindo no rol do §2°, do art 40 da Lei 8.177/91, podendo haver somente em caso de elevação do valor do débito e a garantia feita na execução ter se tornado insuficiente (IN/TST n°393).
Custas: Não há necessidade de pagamento de custas – art 799-A da CLT
Prazo: 8 dias para particulares. Entidades públicas, autárquicas e fundações que não explorem atividade econômica e o MP, será de 16 dias o prazo.

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