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SEMINARIO AMPUTAÇÃO

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Amputação não é sinônimo de deformação de um corpo, e sim, restauração de uma vida.
É principalmente a comprovação de que uma pessoa não é um pedaço de corpo e sim um ser completo.
UNIP – FISIOTERAPIA
2016
AMPUTAÇÃO DE MEMBROS 
SUPERIORES
HISTÓRIA DA AMPUTAÇÃO
Amputação deriva do latim: Ambi = em volta de; e putatio = podar/retirar.
É a remoção, normalmente cirúrgica, total ou parcial de um membro.
São tão antigas quanto a própria humanidade, a mais antiga, é um crânio humano de 45 mil anos, com os dentes desgastados e alinhados, que indica a presença de membros superiores amputados.
Pinturas em cavernas na Espanha e França são evidências com mais de 36 mil anos, onde mostram mutilações de membros.
Os arqueólogos acreditam que a amputação de uma mão ou de um pé eram punições comuns em muitos e até hoje existentes em algumas tribos e culturas.
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AMPUTAÇÃO
 AMPUTAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES
Traumatismo: O suprimento sanguíneo do membro em questão é irreparavelmente destruído, ou quando o mesmo é tão firmemente danificado que qualquer reconstrução razoável é impossível . Ex: Acidente automobilístico, máquinas, catástrofes, armas perfuro-cortantes.
Queimaduras ou congelamentos: Como regra geral as feridas por queimaduras devem ser adequadamente avaliadas e a amputação realizada quando necessária. 
Infecção: Aguda e crônica, que não responde a tratamento médico ou outras medidas cirúrgicas, pode ser uma indicação de amputação. 
CAUSAS
Tumores: A amputação é em geral indicada nos tumores malignos sem evidência de disseminação metastásica.
Lesões nervosas: A indicação comum de amputação após lesões nervosas é o surgimento de úlceras tróficas num membro anestésico. A úlcera trófica na mão com frequência se torna infectada, levando a grande destruição de tecidos, por vezes, o membro se torna inteiramente sem função e a amputação e colocação de uma prótese está obviamente indicada.
Anomalias congênitas: A ressecção cirúrgica de parte ou total de um membro devido a malformação congênita pode ser indicada na infância ou na adolescência, o cirurgião pode prever uma função melhor após a cirurgia, favorecendo a substituição protética.
CAUSAS
A maioria das amputações resulta de trauma, doença vascular periférica (DVP), doenças vasoespasticas periféricas, infecções crônicas, lesões químicas, térmicas ou elétricas e tumores malignos. A decisão de amputar um MS pode ocorrer em resultado de uma lesão grave ou completa do plexo braquial​.
As amputações dos membros superiores ocorrem em menor número que as dos membros inferiores, provavelmente por serem estas últimas ocasionadas por grande número de alterações vasculares.​
Nas amputações de MMSS, as traumáticas somam 75% do total e ocorrem, principalmente, em homens entre 15 e 45 anos de idade. Os tumores e as doenças vasculares periféricas são responsáveis, em igual proporção, pelo restante das amputações.​
Em crianças, os tumores são responsáveis pelo maior número de amputações.​
ETIOLOGIA E INCIDENCIA
É a amputação necessária, com o objetivo de proporcionar o melhor potencial para a reabilitação e eventual protetização, esta deve ser funcional e dar atenção distinta aos diferentes tecidos.​
Nervos: devem ser seccionados cuidadosamente para permitir que se retraiam e não fiquem aderidos à cicatriz ou a áreas de contato com a prótese.​
Músculos: deve haver sobra suficiente para proporcionar bom controle motor de amputação sobre a prótese.​
Pele: deve permitir sobra suficiente para que não haja tensão no fechamento do coto e para que a cicatriz não fique aderida, em especial a uma eventual espícula óssea.​
Osso: é necessário arredondar e homogeneizar sua extremidade.​
Vasos: devem ser ligados à medida que os músculos forem seccionados.​
AMPUTAÇÃO FUNCIONAL
Amputações de membros superiores (MMSSs), a principal causa foi a traumática (70,3%).
 A principal causa de amputação não traumática foi a necrose de extremidades, seguida de osteomielite, infeccão, malformações congênitas e tumores.
Geralmente, as doenças vasculares acometem a população mais idosa, enquanto os acidentes traumáticos ocorrem entre os jovens e outras causas, como os tumores malignos, apresentam faixa etária variável. Entre as causas que levam à amputação, as principais são as traumáticas, as infecciosas, a tumoral e a vascular.
INCIDÊNCIA
CIRURGIA DE AMPUTAÇÃO
Amputação parcial de mão
Amputação de antebraço
Amputação de braço
AMPUTAÇÃO ≠ DESARTICULAÇÃO
NÍVEIS DE AMPUTAÇÕES
 
Dor fantasma e sensação fantasma: após a amputação, o paciente percebe uma sensação de que a parte amputada está ainda presente (sensação fantasma). Esta sensação pode ser perturbadora e dolorosa, o paciente pode relatar dor em um segmento que não existe (dor fantasma). Comumente tal sensação desaparece, principalmente se a prótese for usada com frequência. Na maioria das vezes a dor pode ser aliviada com a excisão de neuromas do coto (deve ser tratado com TENS e dessensibilização).
Dor no coto de amputação: pode ser causada por má distribuição de força no encaixe da prótese ou por pressões excessivas aplicadas sobre tecidos moles. 
Neuroma doloroso: o tecido seccionado pode formar um neuroma que pode tornar-se doloroso se estiver em contato com a pele. 
 Alterações dermatológicas: causados por processo alérgico e falta de hidratação. 
Espículas ósseas: (proliferação óssea a partir da manipulação do periósteo na extremidade do coto) formado por coto mal revestido com tecido, quando causador de dor ou resultem em drenagem requerem cirurgia. 
 
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
Registro mais antigo => 218 – 201 d.C, quando o general Marcus Sergius perdeu sua mão durante a Segunda Guerra Púnica. Na ocasião foi confeccionada uma mão de aço.​
O grande pioneiro na substituição dos mecanismos desenvolvidos durante a Idade Média foi Ambroise Paré, e uma de suas próteses construídas em Paris, em 1550, foi chamada “Le petit Lorrain” e adquiriu importância histórica. Paré, que viveu no século XVI, desenhou e construiu engenhosos aparatos que expressavam seu interesse na reabilitação do amputado. Seus croquis de prótese para o membro superior foram tecnicamente descritos na série “Dix Livres de La Chirurgie,” em 1564.​
1818 => Primeira prótese para cotovelo por meio de correias (Peter Bailiff). 
PRÓTESES
Mecânica: sua fonte de energia é interna, ou seja, o movimento é realizado por propulsão muscular. São as próteses denominadas ativas, acionadas pelo próprio paciente​
Elétrica: é aquela que pode ser controlada por chave ou sinais mioelétricos. Acionada pelo contato corporal​
Mioelétrica: é uma prótese “ativa” que, por meio de eletrodos, capta as contrações musculares, responsáveis pelo acionamento dos componentes​
Híbrida: combinam a força mecânica (prótese mecânica) com uma força mioelétrica, é mais funcional para o paciente. Indicada para pacientes com amputação acima do cotovelo ou desarticulação deste.​
Estética: pertencem ao grupo de próteses não funcionais, elas estabelecem o aspecto externo, sem proporcionar funções ativas, priorizando apenas o aspecto estético, embora ocasionalmente sirvam para segurar ou apoiar objetos.​
TIPOS DE PRÓTESES
Deve ser medido e registrado os atributos físicos do paciente, como as amplitudes de movimento ativos e passivos de todas as articulações.
 A analise do coto de amputação é fundamental neste processo ambulatorial. A cicatriz cirúrgica deve ser examinada, observando se está aderida ou sem aderência e de que forma se apresenta, se é terminal, anterior, posterior, caso esteja aberta deve ser relatado.
Dessensibilização
 Definição: são estímulos sensitivos que são realizados na extremidade distal do coto que irão levar ao saturamento dos receptores e das vias aferentes sensitivas, visando uma normalização da sensibilidade local.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
E REABILITAÇÃO
Objetivo: alcançar a diminuição da hipersensibilidade local para que seja suportável a adaptação à prótese, através de
movimentos lentos e graduais, começando do estimulo mais fino para o mais áspero, sendo passado de uma fase para outra à medida que o próprio paciente relate não ser mais um incomodo o estimulo realizado pelo terapeuta.
Etapas de Dessensibilização :
1º - Algodão
2º - Esponja de face fina
3º - Esponja de face grossa
4º - Lixa fina
5º - Lixa grossa
6º - Calor superficial pode ser utilizado, com o objetivo pré-cinético
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
E REABILITAÇÃO
Fortalecimento :
Restabelecimento Físico Geral: visamos a melhora do amputado , isto é, sua força , resistência , coordenação motora , respiração , etc. A cinesioterapia deve ser intensificada também de forma progressiva para potencializar toda sua musculatura.
 Cinesioterapia geral: é trabalhado todo o corpo através da cinesioterapia respiratória , fortalecimento e preparo para uso da prótese, priorizar o fortalecimento no membro não amputado para aumentar sua potência ,resistência e equilíbrio .
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
E REABILITAÇÃO
http://www.rescceafi.com.br/vol2/n2/Gleycykely-dos-Reis-52-62.pdf
http://reme.org.br/artigo/detalhes/275
Barnes, R. W. & Cox, B., Amputação Manual Ilustrado, Ed. Revinter; Rio de Janeiro;2003.
Carvalho, J. A., Amputações em Busca da Plena Reabilitação,Ed. Manole; São Paulo; 2003.
Crenshaw, A. H., Cirurgia Ortopédica de Campbell, Ed. Manole; Rio de Janeiro; 1997.
Hebert S. & Xavier R., Ortopedia e Traumatologia Principio e Prática, Ed. Artmed; São Paulo; 2003.
BIBLIOGRAFIA

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