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● Histórico - Amputações de MMII: # São tão antigas quanto à própria humanidade # Heródoto (IV e V a.C.) escape de tortura por amputação do pé # Documentos: vasos no museu de Louvre-Paris + Italiana (IV a.C.) + Grego (II a.C.) # Sistema de Guilhotina (Idade Média) – punições judiciais # Partes moles dos cotos com melhor atenção (XVII) # Primeiras desarticulações, mas não haviam componentes protéticos (XVII), sendo que o 1º joelho em sistema modular surgiu 200 anos mais tarde # No século XIX (corte com formão) # A descoberta da anestesia no ano de 1850, foi um marco histórico nas cirurgias e ajudou muito na evolução das amputações # No século XX, quanto mais alta as amputações, maiores eram os riscos de vida # Massagem e descarga de peso para conseguir pele mais resistente, o que não garante resultado satisfatório # Século passado: apoio distal para confecção do molde; importância da mioplastia (fixação das extremidades de músculos protegendo o coto ósseo) e miodese (reinserção de mm e tendões) # Primeiras mioplastias após 2ª Guerra Mundial - século XX preocupação com os valores de cada nível de amputação (amputar para salvar vida e não querer fazer coto com um bom nível) # Anos 70: conceito de protetização imediata # Houve praticamente uma estagnação das técnicas cirúrgicas em comparação a evolução tecnológica das próteses # Foi no século XX que tivemos o maior avanço tecnológico na área de componentes ortopédicos # A I Guerra Mundial aumentou o n° de amputados e forçou estudo maior sobre componentes protéticos. Até então tudo era feito de forma laminada (pé, joelho, etc). Após a II Guerra Mundial começou-se a fabricar componentes protéticos pré-fabricados, agilizando a confecção de uma prótese # Foi nesta época que surgiram indústrias que até hoje atuam somente fabricando componentes protéticos # Hoje protesistas deixaram de dedicar a fabricação de componentes, aprimorando as técnicas relacionadas à adaptação das próteses aos pacientes, obtendo evolução dos encaixes ● Considerações gerais - Amputação é uma palavra que deriva do latim, com o seguinte significado: ambi = em volta de; e putatio = podar/retirar - Definição: amputação é definida como sendo a retirada, normalmente cirúrgica, total ou parcial de um membro # Para os pacientes menos esclarecidos, o termo “amputação” está relacionado com o terror, derrota e mutilação, trazendo de forma implícita, uma analogia com a incapacidade e a dependência # Por vezes, a amputação de um membro corresponde mesmo ao último recurso para salvar uma vida # A amputação é a perda de uma parte do “EU”, em que a imagem corporal fica comprometida e profundamente alterada. Esta alteração produz uma desvantagem física permanente, provocando muitas vezes alterações das necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais # No entanto a amputação, de uma forma geral, provocada quer por problemas vasculares, traumatismo, diabetes, tumor, quer por deformidade congênita deve ser encarada como: Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG + Uma forma de tratamento, a qual, na maior parte das vezes, soluciona problemas relacionados à extremidade (membro) dolorosa e frequentemente sem função (Downie, 1983) + O único meio de fornecer uma melhoria de qualidade de vida (QV) e não um fim em si mesmo, sendo um processo através do qual se alcançam novos horizontes (Cruz, 1994) # Sequela importante impossibilitando descarga de peso e marcha funcional. Restringe qualidade de vida # A amputação deve ser vista pelo paciente como o início de uma nova fase, sem quaisquer patologias ou deformidades sérias, as quais poderiam incapacitar indivíduos # As amputações iniciam-se com um estudo cuidadoso das condições de permeabilidade vascular no nível da amputação e uma inspeção detalhada dos tecidos lesados # Um bom coto de amputação deve ser firme, sem aderências cicatriciais, contraturas articulares e neuromas, porém, isto dependerá de alguns fatores: + Mioplastia: utilizada fragmento de músculos para reparar uma perda de substância ou para corrigir deformidade + Miodese: reinserção dos músculos e tendões seccionados à extremidade óssea amputada, proporcionando poder de contração @ Coxim firme para o controle da prótese + Neurectomia: deve ser realizada com leve tração nervosa e corte brusco. O coto nervoso deve estar profundo + Tecidos ósseos: resecção das arestas e arredondamento das bordas + Suturas: em planos e sem tensões exageradas para evitar aderências + Posicionamento: correto para se evitar as retrações e encurtamentos musculares ● Etiologia das amputações - Para Carvalho (2001), May (1993) e Eskelinen, et al (2004) as principais causas de amputação são: # Doença vascular periférica # Traumatismo # Tumor # Deficiência congênita # Infecciosa - Friedmann (1994), considera também as seguintes causas: # Queimaduras térmicas ou elétricas # Esmagamento - Amputações Congênitas # Geralmente realizadas em crianças e adultos jovens que apresentam deformidades importantes que podem impossibilitar a protetização ou dificultar a função do membro residual # Se a cirurgia for realizada tardiamente a criança, já maior pode participar da decisão # Crianças geralmente acostumam- se com facilidade a utilizar o membro malformado e uma prótese pode ser criada para torná-lo mais funcional # Por outro lado, quando realizada nos 1os anos de vida, têm-se uma reabilitação precoce e maior aceitação do paciente # Causa frequentemente desconhecida (medicamento usado por gestantes Talidomida) Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG - Amputações Tumorais # Incidência é maior em jovens entre 15 e 18 anos no sexo masculino e 10 a 14 no sexo feminino (Gonçalves & Cassone, 2001) # Tem diminuído consideravelmente devido ao diagnóstico precoce e aos bons resultados obtidos através das técnicas de tratamento (a radioterapia, a quimioterapia, a enxertos e a cirurgias conservadoras) - Amputações Infecciosas # Também têm sido menos frequentes em virtude dos grandes avanços laboratoriais e do desenvolvimento de medicamentos mais específicos # A meningite meningococcica é uma amputação infecciosa clássica, caracterizada por lesões cutâneas importantes que podem causar necroses das extremidades # As infecções também podem estar relacionadas a processos traumáticos e vasculares - Amputação Traumáticas # Mais frequente no do sexo masculino, em adolescentes e adultos jovens, porque esta faixa etária está mais exposta e sujeita a acidentes de trabalho, por meios de transporte, além de queimaduras e minas perdidas em alguns países # Ocasionalmente têm-se amputações decorrentes de lesões por arma de fogo # Com o advento de técnicas cirúrgicas e a utilização de fixadores externos, o índice de amputações por lesões traumáticas tem diminuído razoavelmente - Amputações Vasculares # Atinge pacientes com faixa etária mais avançada, os quais estão mais suscetíveis a como por exemplo arteriosclerose # Entre os fatores predisponentes encontram-se: hipertensão arterial, alto nível de colesterol, trigliceres e tabagismo # Dentre as patologias vasculares, podemos citar: doenças arteriais, venosas ou linfáticas, sendo as doenças arteriais a causa mais comum (arteriosclerose, tromboangeíte) # Neuropatia periférica: tb pode ser considerada uma etiologia para amputações, podendo ser causada por: diabetes melitus, alcoolismo, doenças infecciosas (Hansen, Polio) alterações medulares (espinha bífida e o trauma medular)- Neuropatia periférica # Diminuição ou perda da sensibilidade vibratória, térmica, tátil e dolorosa, aumentando o risco de úlcerações; # Perda da “sensibilidade protetora” que nos confere autoproteção dos traumas # Dores aumentam durante as atividades, quando os músculos necessitam de mais oxigênio # A neuropatia acomete os nervos causando fraqueza muscular e deformidades articulares # Orientações para pacientes com neuropatia: + Secar bem os pés após o banho + Cuidado com água quente (verificar antes com as mãos) + Cuidado com as unhas, é preferível lixá-las + Não caminhar descalço e evitar chinelo de dedo + Inspecionar os pés diariamente + Exercitar os pés e tornozelos + Usar calçados e palmilhas apropriadas + Não cortar calos (se for o caso ir ao podólogo) + Usar hidratante nos pés e meias em dias frios ● Indicações das amputações - As indicações geralmente ocorrem em caráter de urgência ou por indicação eletiva # Amputações de urgência: são indicadas em casos graves, como grandes traumas, tumores avançados ou sepse, condições que trazem risco a vida do paciente # Indicações eletivas: visam melhorar as condições de vida do paciente ● Níveis de amputação - O membro residual de amputação é denominado coto Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG - O coto de amputação, agora considerado como um novo membro, é o responsável pelo controle da prótese durante a posição ortostática e a deambulação - Para que isso seja possível, ele deve apresentar algumas características, tais como: # Nível adequado: nem sempre o melhor coto é o mais longo # Coto estável: a presença de deformidades nas articulações proximais ao coto pode dificultar a deambulação e a protetização # Presença de um bom almofadamento # Bom estado da pele: coto com boa sensibilidade, sem úlceras e enxertos cutâneos facilita a reabilitação # Ausência de neuromas terminais: para certos níveis a presença de neuromas impede o contacto e/ou descarga distal # Boa circulação arterial e venosa, evitando isquemia e estase venosa # Boa cicatrização: as cicatrizes não devem ser irregulares, hipertróficas ou apresentar aderências, retracções, deiscências e supurações # Ausência de edema significativo - Sistema Internacional de classificação define os níveis de amputação: # Desarticulação interfalangiana + Causa traumática (amputação espontânea) ou vascular + Geralmente não apresenta problemas funcionais e estéticos ao paciente + Muitas vezes é preferível realizar uma amputação a permanecer com os próprios dedos não-funcionais, rígidos, deformados e dolorosos + Este tipo de amputação não altera o equilíbrio e a deambulação dos pacientes + Nas amputações de hálux procura-se manter a base da falange proximal, devido á inserção dos tendões extensor e flexor curto # Desarticulação metatarsofalangiana + Causa traumática, neuropática ou vascular + Amputações isoladas do 2º ao 5º dedo não causam alterações significativas na marcha + Amputações do 2º e do 3º dedo provocam desvios em hálux-valgo + A amputação do hálux é a mais comprometedora, dificultando a marcha especialmente durante a fase de impulso, mas quando mais lenta, é pouco observável + A amputação dos artelhos sobrecarrega os metatarsos, elevando a pressão local, provocando úlceras plantares, em pacientes com alterações vasculares e perda de sensibilidade protetora + Mal perfurante devido a descarga de peso desigual # Amputação transmetatarsiana + Amputação através da secção média de todos os metatarsos + A secção óssea pode ser realizada de forma discretamente oblíqua (1º = 2º > 3º > 4º > 5º), para melhor alinhamento metatarsal + Secção óssea realizada próxima à cabeça ou à base dos metatarsos pois a falange fina e longa pode causar desconforto ou perfurar o coxim + Há prejuízo na marcha (perda do rolamento final) # Desarticulação de Lisfranc + Desarticulação entre os metatarsos com o cubóide e cuneiforme + Comum deformidade em flexão plantar, as quais dificultam a protetização e limitam a descarga de peso distal total (a reinserção dos dorsoflexores nos óssos do tarso Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG tem dado bons resultados na prevenção dessas deformidades) + Sutura realizada no dorso do pé (assim como nas amputações vistas anteriormente), preservando o retalho plantar # Amputação naviculocuneiforme- transcubóide + Encontra-se entre os níveis de Lisfranc e Chopard, com a manutenção de todo o osso navicular e secção do cubóide ao nível da articulação naviculocuneiforme + A articulação tálus-navicular é mantida auxiliando a manutenção do posicionamento do tálus, o que não ocorre na amputação de Chopard # Desarticulação de Chopart + É uma desarticulação realizada entre os ossos navicular e cubóide com o tálus e o calcâneo, respectivamente + Conhecida como articulação do retropé, o coto na amputação apresenta um predomínio dos músculos flexores plantares inseridos na tuberosidade posterior do calcâneo + Em virtude do curto braço de alavanca, evolui frequentemente para um equino importante, diminuindo a área de apoio e muitas vezes tornando a amputação não-funcional + São em geral realizadas devido a patologias vasculares e em menor grau infecciosas, traumáticas e tumorais # Desarticulação de Syme + É a desarticulação tibio-társica com secção ao nível dos maléolos e manutenção da sindesmose tibiofibular, sendo a secção óssea paralela ao solo (em ortostatismo) + Realizada muitas vezes quando as amputações transmetatarsianas, de Lisfranc (desarticulação dos metatarsos) ou de Chopard (retira navicular e cubóide) não são possíveis + Permite descarga de peso distal sobre o coto e protetização futura com pé mecânico + Ponto desfavorável é a estética + Marcha sem protetização possível, mas com grande claudicação devido a discrepância entre membros + A amputação de Syme é bastante indicada por: @ Ser considerada um procedimento tecnicamente fácil @ Apresentar coto bastante longo e durável com possibilidade de descarga distal @ Permitir uma reabilitação e protetização precoce # Amputação de Pirogoff + Similar à de Syme, porém é tecnicamente mais difícil e mais demorada Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG + Secção ao nível dos maléolos com “encaixe” da parte posterior do calcâneo (encontro entre calcâneo e tíbia) + Como resultado observa-se um espaço menor entre o coto e o solo, quando comparado à amputação de Syme # Amputação de Boyd + Similar a Pirogoff porem o corte a secção do calcâneo é horizontal + Neste nível continua discreta discrepância entre membros # Amputação transtibial + Este nível de amputação está entre a Desarticulação tibiotársica e a desarticulação do joelho + A amputação transtibial pode ser dividida em três níveis: @ Terço proximal: logo abaixo do tubérculo tibial com preservação do tendão do quadríceps para a extensão @ Terço médio: localizado na transição musculo-tendínea do tríceps sural. Considerado nível ideal, com bom suprimento sanguíneo, bom comprimento do coto, os pacientes não encontram dificuldades na reabilitação @ Distal: coto longo, com grande braço de alavanca, mas com coxim escasso de tecido subcutâneo e muscular e com suprimento sanguíneo precário + Para esses níveis de amputação devemos considerar a importância funcionalda articulação do joelho na reabilitação e na deambulação dos pacientes amputados + Os cotos transtibiais apresentam uma tendência à deformidade em flexão do joelho (tanto maior quanto mais proximal o nível da amputação) + Vantagens das amputações transtibiais quando comparadas a amputações mais altas: @ Manutenção da articulação do joelho @ Menor gasto energético durante a marcha @ Facilidade para colocação e remoção da prótese @ Marcha mais fisiológica # Desarticulação de joelho + Por muito tempo evitada e substituída pela amputação transfemoral (dificuldade e pela estética das protetizações) + Atualmente sabe-se das suas inúmeras vantagens em relação a amputação transfemoral + Preserva-se a patela + Em virtude do comprimento total do fémur, o paciente com desarticulação do joelho apresenta uma boa alavanca de movimento, conseguindo um grande controle sobre a prótese + Pode ocorrer um ligeiro grau de deformidade em flexão do quadril causadas por posturas inadequadas + Indicada a descarga distal, proporcionando maior propriocepção ao paciente amputado + Vantagens da Desarticulação do joelho em relação a amputação transfemural @ Maior braço de alavanca @ Maior força muscular @ Possibilidade de descarga distal @ Melhor suspensão protética @ Facilidade para colocação e remoção da prótese @ Menor gasto energético durante a deambulação Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG + Para pacientes com amputações bilaterais, teríamos como vantagem: @ Com equilíbrio na posição sentada @ Facilidade nas transferências @ Possibilidade de marcha sem prótese @ Evita contraturas em flexão de joelho, encontradas em cadeirantes transtibiais # Amputação transfemoral + Refere-se a toda amputação realizada entre a desarticulação do joelho e a do quadril + Para os pacientes transfemorais, está totalmente contra-indicada a descarga distal. Para isso, os encaixes protéticos são confeccionados de modo que suportem a descarga de peso em apoio isquiático e/ou nas paredes laterais do coto, dependendo do tipo de encaixe utilizado + Pode ser dividido em 3 níveis: terço proximal, médio e distal + Coto tende a deformar em abdução e flexão de quadril (glúteo médio íntegro enquanto ad são seccionados) + Pacientes apresentam durante a marcha um gasto energético 65% maior que cidadãos não amputados # Desarticulação de quadril + Consiste na retirada de todo o membro inferior, inclusive da cabeça do fêmur, mas a pelve permanece intacta + Não apresenta coto ósseo, restando apenas uma cobertura músculocutânea do glúteo máximo # Desarticulação sacroilíaca + Cirurgia radical, na qual é retirada metade da pelve + Indicações geralmente relacionadas à neoplasias; ● Avaliação funcional do amputado - A avaliação do nível da amputação e da qualidade do coto, são de fundamental importância, e destes aspectos depende em grande parte as possibilidades de reabilitação do indivíduo - O paciente amputado deve ser avaliado o quanto antes para que se possa dar início aos programas de reabilitação - Verificar se o coto ainda está edemaciado, indicando faixa elástica até o edema diminuir - Verificar o nível da amputação e testar a possibilidade de descarga terminal total para todos os níveis que permitem esse tipo de descarga (parciais do pé, desarticulação do joelho e desarticulação do quadril) - Verificar más posições do coto - Verificar as partes ósseas, essenciais na confecção dos encaixes (pacientes diabéticos e com hanseníase, precisam de isolamento ósseo maior pela falta de sensibilidade) - Espículas ósseas, neuromas e peles aderentes são problemas sérios que podem inviabilizar a protetização - Fatores fundamentais para a correta indicação da prótese # Estado geral de saúde do paciente (inclusive o membro contralateral não amputado) # Idade # Profissão # Peso # Atividade física # Prática de esportes # Sexo # Acessibilidade no trabalho e moradia # Condição sócio-econômica Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG # Grau de instrução do paciente - A melhor prótese para um determinado paciente não é sempre a mais moderna e onerosa - Com uma boa amputação, um bom nível, um encaixe e um alinhamento perfeito, o paciente se reabilitará até mesmo com componentes mais baratos e não tão modernos ● Reabilitação - Reabilitar um amputado não significa necessariamente protetizá-lo - Para os candidatos à protetização, a reabilitação só finaliza quando atingem o uso da prótese com controle total e independência nas atividades diárias, profissionais e recreativas - Pré-amputação # Nem sempre pode ser realizada com todos os pacientes # Indicada para pacientes que apresentam uma deficiência funcional global (no sistema cárdiorrespiratório e musculoesquelético) - Preconiza-se na reabilitação pré- amputação, os itens: # Aliviar o quadro de ansiedade e depressão do paciente # Conscientizar o paciente sobre os recursos protéticos # Mobilidade no leito (prevenir deformidades e úlceras) # Exercícios de fortalecimento de membro inferior contralateral à amputação, de MMSS e tronco # Manter ou ganhar ADM (passivo e ativo) # Manter ou restabelecer a capacidade respiratória # Treinar independência nas atividades de vida diária # Treinar transferências, equilíbrio e marcha - Pós-amputação: # Nesta fase, realiza-se além dos itens da reabilitação pré-amputação, cuidados com o coto # Em alguns pacientes, realiza-se a protetização imediata + Cuidado especial com o local da sutura durante exercícios + Orientação quanto à más posturas (prevenir deformidades) + Orientar que o coto deve estar paralelo ao membro contralateral - Principais objetivos do tratamento pós- amputação # Prevenir contraturas articulares # Fortalecer e restabelecer o controle motor do membro amputado # Fortalecer e manter ADM do membro não amputado # Manter edema do coto controlado # Estimular independência, autonomia e a deambulação precoce com dispositivos auxiliares da marcha - Protetização imediata # Executada por médicos cirurgiões e técnicos ortopédicos no centro cirúrgico, durante o pós-operatório # Objetiva-se acelerar a reabilitação # Indicado para pacientes jovens e com amputações traumáticas transtibiais e programadas # Realiza-se um curativo rígido com alívio das extremidades ósseas e dos pontos de descarga de peso (algodão, malha tubular, enfaixamento gessado) # Prende-se um adaptador na região distal do curativo, por meio de ataduras gessadas, onde serão fixos componentes modulares, posteriormente (tubo e pé) Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG # Paciente acordará com o membro adaptado, preservando sua imagem corporal (menor choque) # Contribui para manutenção do ortostatismo e dos sistemas cardiorrespiratório e musculoesquelético # Curativo gessado deve ser trocado avaliando condição da pele e a cicatrização # Observar sinais infecciosos (febre, odor do coto, dor, etc) # Após cicatrização total, confecciona-se uma prótese intermediária, em seguida, após maturação do coto, uma definitiva (30 a 45 dias) - Protetização precoce # Visa recuperação mais rápida e segura, iniciada logo após cicatrição do coto, utilizando componentes mecânicos definitivos - Vantagens da protetização imediata: # Maior controle do edema do coto # Estabilização muscular # Melhor vascularização # Menor atrofia muscular # Deambulaçãoprecoce # Maior independência # Menor tempo de internação # Maior aceitação da amputação # Menor aparecimento de dores fantasmas Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG
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