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4. Moldagem Anatômica em Prótese Total

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Aula 03
MOLDAGEM ANATÔMICA 
EM PRÓTESE TOTAL
Introdução
Em 1900, os irmãos GREENE, utilizaram a godiva como o primeiro material de moldagem a reproduzir com detalhes as partes anatômicas;
ALDROVANI em 1946, afirmou que a reprodução dos tecidos da área chapeável representa um dos pontos mais importantes da moldagem;
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TAMAKI (1983) 
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Conceitos
Moldagem: é o ato de reproduzir em negativo os detalhes anatômicos e o contorno da área chapeável, por meio da ação dinâmica das estruturas relacionadas com a prótese;
Molde: é o resultado de uma moldagem. Sempre deve analisar o molde afim de encontrar ou não possíveis irregularidades do mesmo. 
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TAMAKI (1983) 
Generalidades
Para TAMAKI (1970), a moldagem de uma boca desdentada difere das moldagens de um dente, em função de que a fibromucosa deforma-se durante a moldagem, pela ação do material, dependendo da região da boca que apresenta áreas móveis, áreas compressíveis e áreas rígidas.
No conceito de TAMAKI (1970), a moldagem perfeita é aquela que deforma intencionalmente a fibromucosa, conforme as necessidades do caso.
As moldagens em prótese total são divididas em dois tipos: preliminar, ou anatômica, e funcional, ou secundária.
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REIS e colab. (2007) / GENARI FILHO (2013)
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IMPORTANTE SABER!
Fatores como a escolha incorreta da técnica e do material de moldagem, da manipulação inadequada dos materiais e da inabilidade do operador, contribuirão para a falta de adaptação da prótese.
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Objetivos
LEVIN (1984) e ZARB et al. (1997) descrevem a preservação dos tecidos bucais, a estabilidade, a retenção, o suporte e a estética como sendo os objetivos fundamentais a serem alcançados durante o ato de moldar o paciente desdentado total.
Atualmente, o conceito de moldagem mais utilizado é aquele que recomenda uma pressão seletiva, ou seja, seleciona áreas que devem ser comprimidas e outras que devem ser aliviadas, proporcionando cobertura máxima dentro da tolerância dos tecidos.
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REIS e colab. (2007) / GENARI FILHO (2013)
Requisitos do material de moldagem
Segundo ANUSAVICE (1998), os materiais de moldagem devem apresentar os seguintes requisitos:
 ser fluido bastante para adaptar aos tecidos bucais e ao mesmo tempo ter viscosidade suficiente para ficar contido na moldeira que o leva à boca;
 na boca, transformar-se em borrachóide em tempo não muito longo, 7 minutos seria o tempo total de presa;
 atingida a presa, não deve distorcer ou rasgar quando removido, mantendo-se dimensionalmente estável para ser vazado.
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PHILLIPS (Anusavice) 2005 
MOLDAGEM ANATÔMICA 
 Objetivos: 
Obter a reprodução da área basal, avaliar as inserções musculares que vêm terminar na zona de selado periférico, saber se há ou não necessidade de cirurgias pré-protéticas e obter o modelo de estudo sobre o qual será confeccionada a moldeira individual.
 FELTON et al. (1996) afirmaram que a moldeira, material de impressão e o método de moldagem são a chave para o sucesso nas moldagens em prótese total;
Os materiais de moldagem mais utilizados nesta função são o hidrocolóide irreversível (alginato) e a godiva em placa; 
 
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TAMAKI (1983) / REIS e colab. (2007) / GENARI FILHO (2013)
Hidrocolóide Irreversível (Alginato)
 Indicações:
Obtenção de modelos de estudo preliminares e para construção de moldeira individual para a confecção de uma segunda moldagem mais precisa. 
 Vantagens:
Facilidade de manipulação, conforto para o paciente, baixo custo e o fato de não exigir equipamentos sofisticados. 
 Precauções:
Quando o recipiente previamente agitado é aberto, uma poeira de finas partículas de sílica ficam suspensas, tornando-se um risco a saúde para o profissional e para o paciente, em que este poderá desenvolver silicose (fibrose pulmonar) ou hipersensibilidade pulmonar se autonegligenciar por longo tempo.
Deve-se espatular o alginato na quantidade correta para que não haja excesso de material, podendo escorrer para a garganta do paciente. 
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PHILLIPS (Anusavice) 2005 
IMPORTANTE SABER!
Alterando a proporção água/pó ou o tempo de espatulação, reduzirá a resistência ao rasgamento e/ou sua elasticidade;
Quanto mais alta for a temperatura da água, mais rápido será o tempo de presa (ou seja, a cada 10°C aumentados, ocorre redução de 1 minuto no tempo de presa). A temperatura confiável é entre 20°C; 
Em ambientes com altas temperaturas pode ser necessário o resfriamento do grau de borracha ou da espátula previamente;
A água deve ser colocada antes na cubeta para que se tenha um completo molhamento das partículas do pó. Caso contrário, aumentará o tempo para que se tenha uma mistura homogênea;
A espátula deve ser flexível para que comprima as partículas na parede da cubeta. Deve-se realizar uma espatulação vigorosa afim de que todo pó deve seja dissolvido resultando obrigatoriamente numa massa lisa e cremosa, que não se solta facilmente da espátula. O tempo de espatulação é entre 45 segundos a 1 minuto dependendo das normas do fabricante.
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MATERIAIS UTILIZADOS NA MOLDAGEM ANATÔMICA
 EPI’s 
 02 cubetas limpas e secas;
 Pacote de alginato; 
 Dosadores de pó e líquido para alginato;
 Espátula de plástico para alginato;
 Cera 7;
 Jogo de Moldeiras de estoque (metal lisa para desdentado);
 Lápis cópia;
 Desinfetante para alginato (hipoclorito de sódio 1%);
Babador odontológico
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Godiva em Placa 
(Componente de Moldagem)
Não precisam ser usadas em moldeira perfurada;
Apresentam a possibilidade de repetições de moldagens; 
Possibilitam afastamento dos tecidos na região de fundo de vestíbulo, obtendo-se adequada moldagem de borda;
Não devem ser indicadas para rebordos com regiões flácidas; 
Necessitam de equipamentos especiais para seu aquecimento e utilização; (aquecedora elétrico, microondas).
MATERIAIS COMPLEMENTARES: 
Plastificadora de godiva ou cubeta com água aquecida em microondas ou aquecedor elétrico mergulhado na cubeta com água; 
Moldeira lisa para desdentado
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PHILLIPS (Anusavice) 2005 
TÉCNICA DE MOLDAGEM POSIÇÃO DO PACIENTE 
E DO OPERADOR
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INFERIOR
Com as duas mãos na moldeira
SUPERIOR
Com as duas mãos na moldeira
TAMAKI (1983) 
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INCORRETO !!!
Sequência da moldagem PRELIMINAR
1. POSIÇÃO DO PACIENTE E OPERADOR;
2. SELEÇÃO E ADAPTAÇÃO DAS MOLDEIRAS DE ESTOQUE (SUPERIOR E INFERIOR);
3. NO CASO DE MOLDAGEM COM ALGINATO, INDIVIDUALIZAR AS MOLDEIRAS ADAPTADAS COM CERA UTILIDADE AFIM DE COPIAR ÁREAS ANATÔMICAS; 
4. PREPARO / ESPATULAÇÃO DO MATERIAL DE MOLDAGEM;
5. CARREGAMENTO DO MATERIAL DE MOLDAGEM NA MOLDEIRA SUPERIOR;
6. INTRODUÇÃO DA MOLDEIRA À BOCA;
7. CENTRALIZAÇÃO DA MOLDEIRA;
8. COMPRESSÃO / ESTABILIZAÇÃO / ASSENTAMENTO;
9. TRACIONAMENTO DAS INSERÇÕES MUSCULARES;
10. REMOÇÃO;
11. EXAME DO MOLDE;
12. DESINFECÇÃO DO MOLDE
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TÉCNICA COM 
ALGINATO
(SUPERIOR)
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TÉCNICA COM 
GODIVA EM PLACA
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TAMAKI (1983) 
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TÉCNICA MISTA 
GODIVA ou CERA 7 com ALGINATO
Essa técnica também é bastante eficaz, mas quase nunca usada. Consiste na moldagem com godiva em placa ou com cera utilidade juntamente com alginato; 
Essa técnica foi utilizada por NEIL & NAIRN (1990) o qual objetiva uma melhor reprodução de detalhes principalmente das áreas de rebordo e fundo de vestíbulo (bridas e freios);
No caso do uso da cera utilidade, precisa realizar pequenas incisões (cortes) em toda a área que foi moldada afim de que o alginato possa reter-se nesses espaços para não causar rasgamento no momento da retirada.
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GRATO PELA ATENÇÃO !!!
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REFERÊNCIAS 
Bibliográficas
1. NEILL, D. J., NAIRN, R. I., Complete Denture Prosthetics, 3ª Edição, Ed. Wright, 1990.
2. TAMAKI, Tadachi, Dentaduras Completas; 4ª Edição, Ed. Sarvier, 1983.
3. TELLES, Daniel, Prótese Total Convencional; 2ª Edição, Ed. Santos, 2011. 
4. REIS, J. M. S., PEREZ, L. E. C., NOGUEIRA, S. S., ARIOLLI FILHO, J. N., MOLLO JÚNIOR, F. A., Moldagem em Prótese Total – uma revisão da literatura; RFO, 12(1), 70-74, jan/abr, 2007.
5. GENNARI FILHO, H., Moldagem em Prótese Total; Revista Odontológica de Araçatuba, 34 (1), 50-55, jan/jun, 2013.
6. Materiais de Moldagem – Hidrocolóides Irreversíveis (Alginato), Clinical Update Dentsply, Atualização Profissional da Dentsply Brasil.
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