Buscar

PAPILOMA VÍRUS HUMANO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV)
O que é HPV?
O HPV é um vírus que infecta exclusivamente os seres humanos e ataca as células do epitélio da pele e da mucosa. A ação do vírus sobre as células da pele favorece a formação de tumores, a maioria deles pequenos e benignos, tais como as verrugas comuns de pele ou as verrugas genitais. Porém, quando área infectada é a mucosa do colo do útero, da vagina, do pênis ou do ânus, o vírus pode induzir a formação de tumores malignos, gerando, por exemplo, o câncer do colo do útero e o câncer anal. Existem mais de 150 subtipos de HPV. Cada subtipo do vírus tem atração por uma determinada área do corpo. Por exemplo, o HPV- 2 e o HPV-4 estão associados às verrugas comuns de pele, enquanto o HPV-1 provoca verrugas que acometem preferencialmente as plantas dos pés. Já o HPV-6 e o HPV-11 estão relacionados ao desenvolvimento das verrugas genitais. O câncer do colo uterino pode ser provocado por vários subtipos, conforme veremos a seguir, mas a maioria dos casos ocorre quando a mulher se infecta com o HPV-16 ou o HPV-18.
Tipos de vírus HPV
Atualmente existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 45 deles apresentam a capacidade de infectar o trato ano-genital, tanto do homem quanto da mulher. Os diferentes tipos são denominados por números (exemplo HPV 1, HPV 6, etc.), de acordo com sua descoberta e sequenciamento genético. Destes 45, há 2 grupos importantes que denominamos Grupo de Alto Risco Oncogênico, ou seja, estão associados ao câncer genital e o Grupo de Baixo Risco Oncogênico que causam apenas as lesões benignas. Do grupo de alto risco, os HPV 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo uterino. Do grupo de baixo risco, os HPV 6 e 11 são responsáveis por mais de 90% dos casos de condilomas.
Tipos de HPV de baixo risco
Alguns tipos de HPV podem causar verrugas genitais com formato de couve-flor ou em torno dos genitais e ânus tanto em homens quanto em mulheres. Nas mulheres, as verrugas também podem aparecer no colo do útero e vagina. Este tipo de "verruga genital" é denominado condiloma acuminado e é mais frequentemente causado pelo HPV-6 e HPV-11. Como as verrugas genitais raramente se transformam em câncer, tanto o HPV-6 como o HPV-11 são denominados vírus de baixo risco. Estes tipos de HPV de baixo risco, também podem causar mudanças de baixo grau nas células cervicais que não se transformam em câncer.
Tipos de HPV de alto risco
Outros tipos de HPV têm sido associados a câncer dos órgãos genitais tanto em homens como em mulheres. Esses tipos são chamados de "alto risco" porque podem causar a doença. Além disso, provocam mudanças de baixo grau e alto grau nas células cervicais assim como condições pré-cancerígenas. Os médicos estão mais preocupados com as mudanças de alto grau e os pré-cânceres uma vez que estas tendem a se transformar em câncer com o tempo. 
Os tipos de HPV de alto risco mais comuns incluem:
HPV-16.
HPV-18.
HPV-31.
HPV-35.
HPV-39.
HPV-45.
HPV-51.
HPV-52.
HPV-58.
O HPV genital é um vírus comum. Alguns médicos acreditam que este vírus é quase tão comum quanto o vírus do resfriado. O HPV genital é especialmente comum entre jovens. Um estudo realizado em 2011 indicou que 45% das mulheres entre 20 e 24 anos tinham um alto risco de HPV. Além disso, entre os jovens de 14 a 19 anos, 25% tiveram um alto risco de HPV. Não há teste de HPV para os homens, embora estudos mostrem que 1 em cada 3 homens (com 18 anos ou mais) são positivos para os tipos de HPV de alto risco.
Formas de contágio do HPV
Os HPV que infectam a pele e provocam as verrugas comuns são normalmente contraídos quando há pequenas lesões da pele, como cortes ou arranhões, que permitem a invasão do vírus para dentro do organismo. A transmissão é feita, portanto, com o contato de pele com pele. Os subtipos de HPV que provocam as verrugas comuns não têm relação com os cânceres que ocorrem na mucosa da genitália, do ânus ou do colo do útero, pois eles não têm capacidade de infectar esta região. O oposto também é verdadeiro, já que os subtipos que habitualmente provocam lesão das mucosas não costumam atacar a pele. Entretanto, existem algumas exceções à regra acima. Alguns subtipos capazes de provocar verrugas na pele também podem, eventualmente, provocar verrugas genitais, tais como o HPV-1, HPV-2 e HPV-4. Esses subtipos, porém, raramente causam verrugas genitais e quando o fazem têm baixa capacidade de gerar tumores malignos. O contágio das mucosas da vagina, vulva, ânus, pênis e colo do útero se dá através da via sexual. Muitos não sabem, mas a infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo, muito mais frequente que AIDS, gonorreia, sífilis ou qualquer outra DST famosa. A transmissão do HPV pelo sexo oral é possível, mas é bem menos comum do que a transmissão através do sexo vaginal ou anal. Alguns casos de câncer da orofaringe, laringe e esôfago estão relacionados a este tipo de contaminação. Exceto pelo compartilhamento de objetos sexuais, a transmissão do HPV por outros tipos de objetos inanimados, como toalhas, roupa de cama ou roupas íntimas, não parece ocorrer. Da mesma forma, não se pega HPV em banheiros públicos, piscina, sauna ou praia.
A transmissão só ocorre na presença de verrugas?
Não. Na presença de lesões planas, não visíveis a olho nu, pode haver transmissão.
Quanto tempo após o indivíduo ser infectado surgem as lesões ou as verrugas genitais?
O período necessário para surgirem as primeiras manifestações da infecção pelo HPV é de aproximadamente 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos. Assim, devido a esta ampla variabilidade para que apareça uma lesão, torna-se praticamente impossível determinar em que época e de que forma um indivíduo foi infectado pelo HPV.
O que pode ocorrer durante a gestação quando há infecção por HPV?
Devido às alterações hormonais que ocorrem durante a gestação, as verrugas podem aumentar em tamanho e número. Somente se as lesões forem muito grandes a ponto de interferir na passagem do bebê pelo canal de parto é que a cesariana poderá ser indicada. Caso contrário, lesões pequenas, microscópicas ou latentes não contraindicam o parto vaginal.
Existe a possibilidade de o HPV ser transmitido para o feto ou recém-nascido e causar verrugas na laringe do recém-nascido e/ou verrugas na genitália. Entretanto, o risco parece ser maior nos casos de lesões como as verrugas genitais. Mesmo nestes casos o risco de ocorrer este tipo de transmissão é baixo. É muito importante que a gestante informe ao seu médico, durante o pré-natal, se ela ou seu parceiro sexual já tiveram ou têm HPV.
Diagnóstico do HPV
Nos casos das verrugas de pele ou genitais, o diagnóstico do HPV é clínico, através de um simples exame físico. Basta identificar a presença da verruga, não são necessários outros testes. No caso específico das verrugas genitais, apesar do diagnóstico do HPV ser óbvio, é importante que o(a) paciente seja testado(a) para outras DST, pois é muito comum que uma pessoa tenha mais de uma DST ao mesmo tempo.
Já o diagnóstico do HPV nas mulheres com o colo do útero infectado é mais complexo. Não há sintomas e nem sempre os achados no exame Papanicolau são característicos de infecção pelo HPV. Para pesquisar a presença do vírus, o ginecologista precisa colher durante o exame ginecológico uma pequena amostra de material do colo do útero e do interior da vagina. Esse material é enviado para o laboratório para que o mesmo possa procurar pela presença do HPV. Se houver HPV presente, o laboratório é capaz de informar qual é o subtipo do vírus responsável pela infecção.
Tratamento do HPV
Na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é eliminado espontaneamente pelo corpo. Entretanto, de 30 a 40% dos tipos existentes de HPV podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando lesões como as verrugas genitais e as alterações pré-cancerígenas no colo do útero. A forma de tratamento deverá ser escolhida levando-se em conta a idade da paciente,o tipo de HPV, a extensão e a localização das lesões.
Verrugas genitais
O tratamento para as verrugas genitais é bastante trabalhoso, já que elas podem voltar a aparecer várias vezes em até 50% dos casos, exigindo muitas aplicações, ao longo de semanas ou meses. É importante ter disciplina e paciência. Pode ser feito por laser, crioterapia (congelamento) ou cirurgia com uso de anestésicos locais. Podem ser utilizadas substâncias químicas diretamente nas verrugas, como a podofilina e seus derivados, e o ácido tricloroacético. Além disso, existem compostos que estimulam o sistema imune quando aplicados topicamente.
Câncer de colo de útero
O tratamento depende do estágio do câncer. Em alguns casos em que o câncer está restrito ao revestimento do colo do útero, o médico pode conseguir removê-lo completamente, por meio de bisturi ou excisão eletrocirúrgica.
Como o câncer pode reincidir, os médicos aconselham as mulheres a retornarem ao controle e à realização do exame de Papanicolau e da colposcopia a cada seis meses. Após dois resultados negativos, o seguimento passa a ser a cada três anos.
Quando o câncer se encontra em um estágio mais avançado, a histerectomia radical (cirurgia para a retirada do útero e das estruturas adjacentes) e a remoção dos linfonodos são necessárias. A radioterapia é altamente eficaz no tratamento do câncer de colo do útero avançado que não se disseminou além da região pélvica. Apesar de a radioterapia geralmente não provocar muitos problemas imediatos, pode irritar o reto e a vagina. Uma lesão tardia da bexiga ou do reto pode ocorrer e, geralmente, os ovários deixam de funcionar. Quando há disseminação do câncer além da pelve, a quimioterapia é algumas vezes recomendada.
Câncer de boca
Dependendo do local, da extensão do tumor primário e do status dos linfonodos cervicais, o tratamento do câncer da cavidade bucal pode ser cirúrgico, radioterápico ou uma combinação de ambos

Outros materiais