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ELETROCONVULSOTERAPIA AULA

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Prof. Domingos de Oliveira
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A utilização tem tornado-se mais restrita e específica na medida em que surgem progressos no desenvolvimento científico e psicofarmacológico.
Ao profissional responsável por sua indicação são necessários uma cuidadosa atenção e experiência, pois seu uso é bastante delicado.
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A eletroconvulsoterapia (ECT) consiste na indução controlada de crises com finalidade terapêutica .
É um dos tratamentos biológicos utilizados em psiquiatria.
O uso da eletroconvulsoterapia tem gerado muita controvérsia, mas será que é um tratamento seguro?
É uma forma de tratamento muito questionada pelos profissionais da área e familiares.
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Foi Joseph Von Meduna neuropsiquiatra Húngaro,o primeiro a induzir convulsões com finalidade terapêutica;
Utilizando cânfora(planta utilizada para fabricação de incenso e medicamentos).
Em 1934 induziu uma série de convulsões em pacientes com quadros esquizofrênicos dos 26 tratados 10 apresentaram recuperação completa; 
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Em 1937 neuropsiquiatras italianos começaram a induzir convulsões com eletricidade;
Era mais fácil produzir convulsões e regular a eletricidade do que com agentes farmacológicos;
Tornou-se o principal tratamento biológico em psiquiatria naquela época;
Com o surgimento dos fármacos a ECT começou a declinar;
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Movimentos “contrários” criaram uma imagem negativa e estigmatizada desse tratamento;
Visto como ultrapassado,cruel e desumano;
Intervenção terapêutica mais polêmica da história;
Criação de leis proibindo o seu uso nos EUA e alguns países;
No Brasil não há lei que proíba esse tipo de tratamento.
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A ECT consiste na indução de uma crise convulsiva pelo uso de corrente elétrica ;
Apesar dos “supostos” benefícios para o cliente,o mecanismo de ação ainda não é totalmente conhecido; 
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A ECT é um tratamento eficaz e seguro,desde que indicado com critérios definidos ;
Depressão grave com risco de suicídio;
Psicoses agudas acompanhadas de delírios e alucinações;
Esquizofrenia catatônica;
MAS, SERÁ QUE ELA REALMENTE É EFICIENTE?
 
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Lesões cerebrais expansivas;
Aneurisma ou má-formação vascular;
Doença coronária crônica;
Hipertensão arterial não controlada;
Hipertensão intracraniana;
Glaucoma;
Deslocamento de retina;
Acidente vascular recente;
Luxação e subluxação cervical;
Contra-indicações de uso anestésico;
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Durante a gravidez, exige-se uma avaliação clinica acurada principalmente no terceiro trimestre da gestação.
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Uso de marca-passo cardíaco;
Arritmias;
Osteoporose e doenças ósseas;
Hipertensão arterial sistêmica;
Doença pulmonar;
Diabetes. 
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O número total de aplicações da ECT varia de acordo com o quadro clínico e do critério médico (inclusive financeiro).
Em geral vai de 6 a 12,podendo chegar a 20 sessões.
Sessões variam de 2 a 3 por semana, em dias alternados para uma melhor recuperação cognitiva;
Em alguns casos é necessário tratamento de manutenção em intervalos semanais,diminuindo as aplicações.
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Composta por:
Psiquiatra;
Anestesista;
Clínico/cardiologista;
Enfermeiro especialista;
Psicólogo;
Técnicos de enfermagem;
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O cliente deve ser submetido a avaliação clinica completa;
Avaliação neurológica;
Avaliação psiquiátrica;
Avaliação odontológica;
Exames laboratoriais;
Hemograma completo;
Glicemia de jejum;
Raio x de tórax;
Eletrocardiograma;
Hormônios tireoideanos.
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Uma unidade de terapia intensiva,contendo aparelhos de ECT e de eletrocardiograma(ECG) com monitores;
Oxímetro;
Aspirador;
Material completo para atender a uma parada cardio-respiratória;
Desfibrilador;
Cardioscópio;
Material para entubação;
Sala de recuperação anestésica.
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Pode ser estimulada por diferentes ondas elétricas;
Semelhante com os sinais elétricos endógenos do cérebro;
A voltagem deve ser ajustada de acordo com cada cliente;
Oscila entre 70 e 110v,quanto menor a voltagem maior a PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA.
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Bilateral=colocado frontotemporalmente;
Unilateral=um eletrodo estimulador é colocado na região frontotemporal não dominante,geralmente á direita
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20 segundos para resposta motora;
25 segundos para resposta eletroencefalográfica;
O início da convulsão deve ocorrer entre 20 e 40 segundos após a aplicação;
Caso a crise não ocorra(crise frustra),o médico deve fazer uma nova aplicação.
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Apesar da “eficácia e da segurança” oferecidas algumas pessoas podem apresentar:
Confusão mental passageira;
Cefaleia;
Dores musculares;
Náuseas;
Sonolência.
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Termo de Consentimento Livre e Esclarecido(que deve ser observado rigorosamente);
A compreensão do conteúdo tanto pelo cliente quanto pela família ou responsável;
Se o cliente não puder assinar,um responsável deve assinalá-lo;
Realizar avaliação clínica acurada;
Os procedimentos previstos na Resolução do Conselho Federal de Medicina Nº 1640/2002.
 
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Preparar o cliente e família sobre o tratamento;
Esclarecer dúvidas, mitos e receios;
Verificar a aceitação do tratamento;
Verificar se já foi submetido previamente a outros tratamentos.
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Orientar a necessidade do jejum;
Orientar não usar maquiagem nem esmalte;
Ter os cabelos limpos e secos;
Usar roupas confortáveis;
Necessidade de um acompanhante adulto.
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Certificar-se da assinatura do termo de Livre Consentimento;
Esclarecer as dúvidas sobre o tratamento;
Oferecer apoio para que eles sintam segurança;
Informar-se sobre comportamento do cliente;
Registrar o comportamento do cliente;
Assegurar o jejum e mantê-lo assim até sua recuperação anestésica evitando refluxo,vômito e possível risco de aspiração. 
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Conduzi-lo ao sanitário, pois o tratamento provoca relaxamento dos esfíncteres anal e uretral;
Não ingerir água nesse momento;
Vestir roupas confortáveis;
Retirar óculos, lentes de contato,prótese ocular,auditiva e dentária;
Verificar sinais vitais;
Se houver alterações discutir com a equipe de ECT sobre a realização da sessão.
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Manter acesso venoso calibroso;
Aspirar vias aéreas);
Instalar o monitor cardíaco para verificar o traçado do ECG;
Colocar o manguito para monitorar a pressão arterial;
Instalar o oxímetro para verificar a saturação do oxigênio;
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Colocar o protetor das arcadas dentárias;
Observar e registrar no prontuário o tipo de crise,duração e intercorrências;
Ficar atento aos parâmetros vitais até a sua normalização
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Manter paciente em decúbito lateral,para evitar aspiração de vômito;
Aferir sinais vitais;
Ouvir queixas do cliente sendo as mais comum cefaléia;
Permanecer ao lado do cliente até que este esteja desperto; 
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Com as novas tecnologias (ex. medicamentos) questiona-se se há necessidade deste tipo de tratamento em decorrência dos riscos deste tratamento;
O uso anestésico reduziu a ansiedade e o medo, mas e as complicações;
“A ECT para ser realizada, deve-se levar em conta os riscos e os benefícios à saúde das pessoas, assim como as complicações decorrentes e a implicação na qualidade de vida”.
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	Relatório da I Caravana Nacional de Direitos Humanos da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (2000)
	“Que o Ministério da Saúde elabore uma portaria específica regulamentando o emprego da ECT no Brasil no sentido de restringi-la ao máximo.Que esta norma estabeleça claramente a indicação médica exclusiva para casos de depressão gravíssima ; que exija o parecer prévio de junta interdisciplinar independente; que disponha sobre o procedimento de consentimento informado aos familiares; que determine o uso obrigatório de anestesia, etc.”
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	O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou resolução que afirma que o uso da Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) deve ser feito exclusivamente
por médicos. A notícia tem sido divulgada no Brasil todo.
	A técnica passa a ser cientificamente válida para utilização na prática médica nacional, com indicação para depressões uni e bipolar, alucinações auditivas nas esquizofrenias e planejamento de neurocirurgia. Esta é uma nova técnica que tem sido utilizada para o tratamento de transtornos neuropsiquiátricos. Sendo um tratamento experimental, cujo aparelho estimulador cria um campo magnético variável no tempo sobre o crânio. 
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De acordo com o psiquiatra do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), Daniel Hercos, Uberaba possui apenas uma média de seis psiquiatras na ativa para tratar a população, de quase 300 mil habitantes. “Acredito que ninguém esteja atualizado e tenha conteúdo para essa técnica ainda. É uma tecnologia de ponta e que só existe nos grandes centros, como São Paulo e Ribeirão Preto. Infelizmente, ainda é muito fora da realidade da psiquiatria em Uberaba. 
O médico destaca que Uberaba ainda não possui nenhum centro qualificado para atender com esta tecnologia de alta complexidade e por isso a farmacoterapia continua sendo o tratamento usual e já confirmado como altamente eficaz para doenças neuropsiquiátricas. E, não havendo resultados, o caso é encaminhado para centro de psiquiatria em São Paulo. 
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