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www.cpdec.com.br MULTIPLICADORES INTERNOS: COMO PLANEJAR E EXECUTAR TREINAMENTOS www.cpdec.com.br Whitepapers | CPDEC 2 É comum profissionais de diversas áreas serem convidados a ministrar treinamentos nas organiza- ções onde trabalham. Eles são conhecidos como Multiplicadores ou Instrutores Internos, que disse- minam conhecimentos sobre determinados temas. Os objetivos são diversos: melhorar a qualidade de atividades ou processos, estimular o desenvolvimento de competências, desenvolver uma cultura de compartilhamento de experiências e fortalecer a integração entre colaboradores. Em geral, os multiplicadores são profissionais que têm experiência e amplo conhecimento técnico, mas que carecem de capacitação sobre planejamento de treinamento, práticas didáticas e técnicas de motivação. Tomando como base o modelo escolar tradicional, muitos acreditam que ensinar é falar e que aprender é ouvir. Esperam, assim, que as competências se desenvolvam automaticamente. No entanto, a principal função do multiplicador interno é estimular os participantes, despertar o in- teresse sobre o tema, gerar questionamentos, demonstrar a necessidade de aprender, e não somente fornecer respostas. Sem dúvida, a tarefa é desafiadora, mas, quando realizada com dedicação, torna-se altamente gratificante. Este whitepaper fornece dicas de como os multiplicadores internos devem agir durante as etapas de planejamento e execução de um treinamento. MULTIPLICADORES INTERNOS: COMO PLANEJAR E EXECUTAR TREINAMENTOS 3 Perfil Objetivo COMO PLANEJAR O TREINAMENTO Saiba com antecedência para quem é o treinamento e quem são os membros do grupo. Busque informações sobre as necessidades, expectativas, características, áreas de atuação e nível de conhecimento dos aprendizes. O que é esperado deste treinamento? O que deve ser alcançado ao fim? Pense nessas questões e escreva por extenso o objetivo, que deve norteá-lo. O objetivo deve ser resumido em uma frase e começar sempre por um verbo. Exemplo: “Capacitar os participantes a manusear o sistema eletrônico e apresentar as novas ferramentas vigentes”. Treinamentos, cursos, workshops, palestras ou apresentações orais, curtas ou lon- gas, devem conter um cuidadoso planejamento por trás, mesmo que o tema seja extremamente familiar ao instrutor. O planejamento envolve busca, adaptação, pre- paração e antecipação. Whitepapers | CPDEC 4 Customização Conteúdo Atividades O objetivo do treinamento e as informações sobre os participantes o ajudarão a customizar o conteúdo: selecionar as informações mais relevantes, planejar os exercícios, calcular o tempo e determinar o nível de profundidade. Colete exemplos do dia a dia dos aprendizes. Escreva o conteúdo programático em bullets, em forma de lista, usando palavras-chave. Dessa forma, é possível visualizar a “cara” do treinamento e, se necessário, ainda fazer adaptações. Indique as técnicas didáticas e os recursos necessários (flip chart, papéis e canetas, projetor multimídia, notebooks individuais etc.). Para serem bem-sucedidas, as atividades devem ser planejadas (e não improvisadas) para atender a um propósito. Reflita: quais atividades são mais adequadas, por que são relevantes, como serão aplicadas (de forma individual ou em grupos?), como será feita a relação com os conteúdos e com cotidiano dos profissionais. Prepare uma “conclusão” para cada atividade, que evidencie a intenção por trás dela. MULTIPLICADORES INTERNOS: COMO PLANEJAR E EXECUTAR TREINAMENTOS 5 Espaço físico Ensaio Estímulos Busque formas criativas e estimulantes de tratar assuntos do dia a dia. Uma notícia de jornal, uma fotografia, uma cena de um filme, uma história podem ser excelentes recursos para engajar os aprendizes e promover avanços na aprendizagem. O espaço onde o treinamento irá ocorrer também merece atenção, pois determina o grau de proximidade que você pretende estabelecer com os participantes e entre eles. Informe-se sobre o formato da sala, a mobilidade e posicionamento das mesas e cadeiras, o local onde ficam os equipamentos, tomadas e materiais de suporte. Conhecer o espaço minimiza a ocorrência de surpresas desagradáveis. Revise o conteúdo e ensaie – em casa, no carro, no chuveiro, antes de dormir. Organize seu raciocínio e familiarize-se com as ideias e com a maneira que serão expostas. Quanto mais prática houver, mais natural tende a ser a sua performance como instrutor. Whitepapers | CPDEC 6 Acordos e agenda Nos primeiros minutos do treinamento, é aconselhável que sejam estabelecidos alguns “acordos de convivência” sobre o uso do celular e notebooks. Explique também a programação do dia e indique quais serão os horários das pausas para evitar ansiedade. Durante a execução, fica claro se o planejamento foi bem feito. Esse é o momento de você demonstrar suas habilidades e conhecimentos, prender a atenção dos participantes e “calibrar” o ritmo das atividades. Aquecimento Crie uma boa impressão desde o começo: cumprimente os participantes, dê as boas- vindas, apresente-se e promova uma atividade inicial ( já planejada) para “quebrar o gelo”. Introdução Esclareça o objetivo do treinamento e reforce a relevância dos conteúdos. Faça um levantamento das expectativas e necessidades e cheque algumas informações sobre o que as pessoas já sabem sobre o tema. COMO EXECUTAR O TREINAMENTO MULTIPLICADORES INTERNOS: COMO PLANEJAR E EXECUTAR TREINAMENTOS 7 Olhar e postura Olhe para todos os lados da sala e mantenha contato visual com as pessoas. Procure explorar o espaço físico, caminhar e não se limitar a um único canto. Não vire de costas para os participantes e não fixe o olhar em slides ou anotações. Atente-se para a comunicação não-verbal, pois ela transmite mensagens e impacta na imagem profissional do instrutor. Por isso, suavize as expressões faciais, controle a gesticulação e evite movimentos exagerados ou repetitivos. Tenha cuidado na escolha da roupas e acessórios, que devem ser discretos e neutros. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL Interatividade Atividades em grupo, jogos, discussões, apresentações de cases são algumas das maneiras de estimular a interatividade e o compartilhamento de ideias. Chamar as pessoas pelo nome e valorizar as participações também são medidas que estimulam a interatividade. Perguntas Faça perguntas ao longo do dia, em vez de apenas fornecer respostas. Dar a resposta pronta é como contar o final de um filme! Estimule os aprendizes a refletirem, tire- os da acomodação. Perguntas são úteis também para verificar se os aprendizes estão acompanhando o conteúdo ou se têm dúvidas. Whitepapers | CPDEC 8 Dica Distribua bem o tempo: 2/6 (conteúdo); 1/6 (introdução); 1/6 (revisão, feedback, orientações, plano de ação). 2/6 (prática); Ajustes É possível (e recomendável) fazer pequenos ajustes – exercícios, slides, tempo – durante a execução. O treinamento não deve ser engessado. Afinal, certos fatos dependem de condições externas ou só são descobertos “in loco”. Por isso, mantenha-se atento para adaptar-se, quando necessário. Segurança Estabeleça uma relação de colaboração e confiança com os aprendizes para fomentar trocas de experiências e exposição de dúvidas. É dever do instrutor prezar por um ambiente seguro e, eventualmente, controlar situações que possam gerar desconfortos. Tempo Fique de olho no relógio, controle o tempo e respeite as pausas pré-determinadas. Sempre que propuser um exercício ou atividade, informe quantos minutos os participantes terão para concluir. Conte sempre com uma “margem de segurança”. Linguagem Atente-se para a linguagem, que deve ser compreensível a todos. Se for usar siglas, jargões ou termos técnicos, faça “traduções”ou certifique-se de que todos conhecem os significados. Se achar necessário, não hesite em perguntar se todos entendem determinados termos. MULTIPLICADORES INTERNOS: COMO PLANEJAR E EXECUTAR TREINAMENTOS 9 Avaliação Uma avaliação bem estruturada é extremamente útil para instrutor, participantes e empresa. A avaliação pode servir para medir o nível de aprendizado dos participantes (e, portanto, ajudá-los a identificar eventuais dificuldades e dúvidas), o nível de satisfação dos participantes em relação à qualidade do treinamento e do instrutor, além de coletar sugestões ou outras informações que podem ser úteis para a organização. O instrumento, que deve ser aplicado ao fim do treinamento, evidencia o que deu certo, os resultados alcançados e o que precisa melhorar. Lembre-se: um instrutor interno é um facilitador da aprendizagem, um agente de transformação, que contribui para desenvolvimento de pessoas. Aprimorando habilidades e investindo em capacitação, o desenvolvimento coletivo será alcançado com sucesso. Fechamento Reserve um momento para fazer o fechamento do treinamento: resuma os principais pontos levantados e deixe uma mensagem final positiva, indicando expectativas, ações ou próximos passos. Agradeça e coloque-se à disposição. www.cpdec.com.br Este whitepaper foi desenvolvido pela equipe de Comunicação do CPDEC. Consulte-nos sobre programas e treinamen- tos personalizados que podem ser ministra- dos em sua empresa. (19) 3289.8338 www.cpdec.com.br cpdec@cpdec.com.br
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