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RESUMÃO DE HISTÓRIA DO DIREITO

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RESUMÃO DE HISTÓRIA DO DIREITO :
O Direito no Brasil Império :
Iniciou com a Independência, em 7 de setembro de 1822, e terminou com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889
Marcada pela a constituição de 1824 – A constituição do império , foi uma constituição outorgada. Instituiu um governo monarca e hereditário e instituía o poder Moderador 
A representatividade passava pela cláusula da idade, do saber e da renda: Para senador “Que tenha de rendimento anual, por bens, indústria, comércio ou empregos, a soma de oitocentos mil réis”. Para deputado exigia-se a renda mínima de 400 mil réis. (Os príncipes da Casa Imperial seriam senadores, contudo, logo que chegassem à idade de 25 anos). Do grupo de eleitores estavam excluídas as classes trabalhadoras e todos que não tivessem renda líquida anual correspondente a 1000 réis por bem de raiz. 
O poder moderador desmentia a farsa da divisão dos poderes, pois, por ele, o imperador podia fechar a Câmara dos Deputados e convocar novas eleições pela simples alegação de “salvação do Estado” ou expedir decretos e regulamentos com força de lei.
 O poder judiciário não escapava da sua interferência mesmo porque os juízes eram nomeados pelo imperador que concentrava também o poder executivo
O papel de interpretação da lei caberia ao poder Legislativo, função que passou, em 1841, para o Conselho de Estado, órgão composto por pessoas indicadas pelo Imperador.
Embora na constituição constasse o princípio iluminista da “inviolabilidade dos direitos civis e políticos dos cidadãos brasileiros” e da “liberdade de pensamento”, a escravidão era a marca da produção e da cultura do império e a religião que possibilitava o acesso aos registros civis era a católica e A pessoa do imperador é inviolável e sagrada; ele não está sujeito a responsabilidade alguma”. (art.99)
Constituem documentos jurídicos muito importantes neste período o Código Criminal de 1830, o Código de Processo Criminal de 1832 e o Ato Adicional de 1834
O Código de 1830 previa a pena de morte (exceto para mulheres grávidas), a de galés, de prisão com trabalho e prisão simples, a de banimento, de degredo e desterro e a maioria delas suspendia os direitos políticos do condenado. Havia também a pena de perda do emprego, multa e o uso da idéia de “dia-multa”, tão utilizada hoje em dia. O Código, apesar de inúmeras falhas, emprega muitos princípios importantes de Justiça. Introduz as modificações importantes do estatuto jurídico, como a noção de habeas corpus. O Ato Adicional de 1834 introduz mudanças necessárias à Regência e oscila entre centralização e descentralização. Os dois documentos foram balizas na história jurídica do mundo.
Leis abolicionistas :
Lei Euzébio de Queiroz (1850), pela qual, as embarcações brasileiras e/ou estrangeiras encontradas com escravos embarcados ou já os tendo desembarcado seriam apreendidas. Os escravos deveriam ser reenviados à África, o que na maior parte das vezes não acontecia, ficando eles sob a tutela de particulares a quem prestavam serviço por 14 anos até serem emancipados.
A Lei do Ventre Livre (1871) considerava em seu Artigo 1º. que seriam livres os filhos da mulher escrava que nascessem a partir daquela data. Contudo, nas especificidades da lei se verificaria que eles não seriam, na realidade, livres, mas ficariam em poder dos senhores (que deveriam mantê-los) até a idade de 8 anos. Depois desta idade, o proprietário ou entregava a criança ao estado recebendo 600 mil réis como indenização, ou ficava com o “liberto” até os 21 anos e até lá ele deveria trabalhar por seu sustento.
A Lei dos Sexagenários ou Saraiva Cotegipe (1885) decretava livres os escravos de 60 anos de idade, obrigando-os, contudo, a título de indenização pela sua alforria, a prestar serviços a seus ex-senhores pelo espaço de 3 anos (ou pagar a indenização em dinheiro). Mesmo depois deste período deveriam permanecer em companhia de seus ex-senhores que teriam a obrigação de “cuidar“ deles.
A Lei Áurea (1888) extinguiu a escravidão no Brasil. O mérito é atribuído à Princesa Izabel, mas o golpe de misericórdia foi mesmo dos próprios escravos que, com o auxílio dos abolicionistas, começaram a abandonar as fazendas causando o caos no trabalho e tornando a situação insustentável. O desespero tomou conta dos escravistas que em vão tentaram incluir o exército no combate às fugas e rebeliões. A saída era única: a abolição. Muitos fazendeiros que haviam lutado contra a emancipação também viram isto
DIREITO NA REPÚBLICA VELHA:
 No dia 15 de novembro de 1889 decretou o regime republicano federalista, assegurou a continuidade da administração pública, tanto civil como militar, bem como da justiça. O país passou a se chamar Estados Unidos do Brasil e os estados foram autorizados a eleger os constituintes que iriam elaborar as novas leis. 
O sistema não declarado era o de uma ditadura militar “provisória”, uma vez que a Câmara havia sido fechada e a Constituição de 1824 deixara de viger. A família real foi banida por decreto, instaurou-se a força do exército, medidas severas de censura foram criadas, e presos muitos suspeitos de oposição
Foram considerados eleitores para votar nos elementos que iriam fazer parte da Assembléia que redigiria a nova constituição, todos os cidadãos brasileiros, no uso dos seus direitos civis e políticos, que soubessem ler e escrever. Como pouco mais de uma centena de milhares de pessoas sabiam ler 	e escrever e às mulheres era vedado o direito de voto, a eleição não foi representativa dos interesses da população como um todo, apenas dos grandes latifundiários
Constituição de 1891: Poder Executivo seria exercido pelo presidente da República. O Vice- Presidente, mero substituto, exerceria a presidência do Senado, função Legislativa, apenas com voto de qualidade. Integrariam o Poder Legislativo a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, cujos membros teriam imunidade parlamentar ampla. O Poder Judiciário foi montado, baseando-se no sistema dual, que ainda perdura no Brasil: Poder Judiciário Federal e poderes judiciários estaduais com funções separadas. A Justiça Federal ficou a cargo do Supremo Tribunal Federal em seu ápice, mas deixou em aberto a possibilidade do Congresso criar tantos juízes e tribunais Federais quantos considerassem necessários. O Supremo, além de guardião da Constituição, tinha jurisdição ordinária e de recurso, bem como de revisão ou apelação
Poderiam votar todos os maiores de 21 anos, sem limitação de renda, que soubessem ler e escrever, voluntariamente, uma vez que não era obrigatório o alistamento
Não poderiam ser eleitores: mendigos, religiosos de ordem, praças de pré e mulheres
Constituição de 1891 estabeleceu a separação entre Estado e Igreja, ao menos no papel, e liberdade de culto no país e o reconhecimento apenas do casamento civil. Ela institui o habeas corpus, com parâmetros um pouco mais claros acerca da legalidade da prisão e do princípio de Ampla Defesa, abole a pena de morte e a de galés, além de confirmar a redução para trinta anos das penas perpétuas, (como propunha o Decreto 774 de setembro de 1890).
O Código Penal de 1890 reformula o Código Criminal de 1830, obsoleto por força da Abolição da Escravatura e em desacordo com a nova realidade social
O Código Civil de 1916 foi o primeiro do Brasil, depois de quase um século de independência. Muitos questionamentos foram feitos a respeito da demora em se processar a elaboração do mesmo. Antes dele, o país ainda era subordinado a leis de uma metrópole que não existia mais, as Ordenações Filipinas, e demorou muito para que isso mudasse
DIREITO NA ERA VARGAS :
Constituição de 1934 
Intervenção da União nos Estados; indicação dos prefeitos de Capitais e das Estâncias Hidrominerais; legislação por meio de Disposições Transitórias;
Organização do Ministério Público;
Habeas corpus; proibição de foro privilegiado; o mandado de segurança e gratuidade da administração da justiça; 
Criação do Ministério do Trabalho (Decreto 19.433) e do Conselho Nacionaldo Trabalho (Decreto 14. 784)
Consolidação das Leis Trabalhistas
Foram estabelecidos o Código Eleitoral de 1932 (Decreto 21.076), o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais. Foi instituído o voto secreto e o voto feminino
excluídos os analfabetos, praças, mendigos e todos que estivessem afastados de seus direitos políticos
CONSTITUIÇÃO 1937
Embora ela afirmasse que o poder emana do povo, concentrou todos os poderes no “Presidente da República” que intervinha diretamente nos estados, mediante nomeação de interventores; governava por decretos-lei
A legislação trabalhista foi mantida, mas os sindicatos foram cada vez mais submetidos ao controle do Estado 
ao contrário da anterior, delegava a responsabilidade da educação às famílias, entrando o Estado como colaborador, sobretudo no caso de famílias numerosas. Institui a igualdade entre filhos legítimos e naturais, mas sem indicar os meios pelos quais isso seria feito, já que o Código Civil de 1916, em vigor, não os tratava de maneira igual.
O Código Penal de 1940 e o Código de Processo de 1941, contraditoriamente ao momento de ditadura trouxeram grandes avanços.
criou-se o Tribunal de Segurança Nacional, com o objetivo de manter o poder do governo através de atos policiais de terror
Em 1943 foi criada a CLT- Consolidação das Leis do Trabalho
DITADURA MILITAR 1964 Á 1985 
Manipulação de eleições;
Repressão e alienação popular por meio de propaganda direta ou subliminar;
Sucateamento da educação;
Restrição dos direitos políticos;
Normas jurídicas que sustentavam o regime de arbítrio;
Retirada de direitos, possibilidade de fechamento do Legislativo, intervenção federal, suspensão de garantias constitucionais da magistratura e outras formas de arbítrio (AI-5);
Não submissão dos Atos Institucionais ao Judiciário; 
Suspensão do habeas corpus para crimes políticos;
Violação da privacidade do lar e do segredo de correspondência;
Prisões sem mandato judicial, com presos mantidos em isolamento, sem comunicação e sem direito de defesa;
Admissão de tortura por métodos bárbaros, execuções, desaparecimentos;
Censura prévia à mídia e às manifestações artísticas e controle sobre os meios de comunicação de massa, em especial a televisão;
Censura nas Universidades, com aposentadoria e cassação de professores e pela proibição de atividades políticas estudantis;
Desarticulação do Poder Judiciário, com Ministros do STF sendo aposentados e tendo seus direitos políticos cassados;
Direitos políticos restringidos apenas os mais ricos e bem educados;
Ausência de serviços urbanos, de segurança e de justiça;
Precariedade dos direitos civil 
Ampliação dos direitos sociais;
Extensão da legislação social ao meio rural.
Nova republica :1985 a 2016 
Restrição do direito de voto aos constritos;
Distorção regional da representação parlamentar;
Falta de garantia dos direitos civis, sobretudo, no que tange à segurança individual, à integridade física e ao acesso à justiça, limitado a pequena parcela da população;
Inadequação dos órgãos encarregados da segurança pública;
Prática de tortura de suspeitos dentro de delegacias, extorsão, corrupção, abuso de autoridade por parte de policiais civis;
Judiciário pouco ativo em sua função, com acesso à justiça limitado à pequena parcela
da população;
Falta de credibilidade na Justiça – falta de punição para os ricos e falta de proteção para os pobres.
Garantia de Direitos Individuais Clássicos – liberdade de expressão, reunião, privacidade, inviolabilidade de domicílio e de correspondência;
Ampliação dos direitos políticos;
Voto facultativo aos analfabetos;
Direito de voto a partir dos 16 anos, sendo facultativo até os 18;
Garantias trabalhistas para trabalhadores urbanos e rurais; 
Universalização do direito de greve, incluindo-se funcionários públicos;
Jornada de trabalho de 44 horas semanais; 
Irredutibilidade do salário;
Participação nos lucros;
Salário-família; 
Licença maternidade (estendida a 120 dias) e licença paternidade;
Estabelecimento de multa para demissão sem justa causa (o que, na verdade, acabou gerando o aumento de contratação informal e de terceirização);
Autonomia funcional, administrativa e financeira do Poder Judiciário, bem como garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade;
Independência do Poder Legislativo, com possibilidade de poder ampliado;
Criação do habeas data – qualquer pessoa pode exigir do governo acesso às informações sobre ela nos registros públicos, mesmo as de caráter confidencial;
Criação do “mandado de injunção”, pelo qual pode se recorrer à justiça para exigir o cumprimento de dispositivos constitucionais ainda não regulamentados;
Definição do racismo como crime inafiançável e não-anistiável;
Criação da Lei de Defesa do Consumidor (1990);
Criação dos Juizados Especiais de Pequenas Causas Cíveis e Criminais (1995);
Criação do Programa Nacional dos Direitos Humanos (1996);
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Fim !

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