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AN02FREV001/REV 4.0 37 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE TREINAMENTO FUNCIONAL Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 38 CURSO DE TREINAMENTO FUNCIONAL MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 39 MÓDULO III 3 CORE TRAINNING O treinamento do core, assim como o treinamento funcional, tem sido utilizado em programas de exercícios voltados para a qualidade de vida, a saúde e a melhora de dores nas costas. Em tradução literal do inglês, a palavra Core significa ao centro, núcleo. O Core se refere aos músculos que controlam e estabilizam os movimentos da pelve e da coluna lombar, e pode ser identificado como o complexo lombo-pélvico. Portanto, o Core se trata de um programa de treinamento preocupado com a região do corpo em que se encontra o centro de gravidade e o centro de força, e é nessa região que todos os movimentos têm início. O “CORE” é uma unidade integrada composta por 29 pares de músculos (musculatura profunda) que suportam o complexo quadril-pélvico-lombar e tem as seguintes funções: manter um adequado alinhamento da coluna lombar contra a ação da gravidade, estabilizar a coluna e pélvis durante os movimentos, gerar força para os movimentos do tronco e prevenir lesões. Nessa região do core localiza-se também o centro de gravidade, e é nessa região que todos os movimentos têm início. O enfraquecimento dos músculos do CORE pode gerar alterações na posição do quadril, flacidez abdominal, dores na região da coluna lombar e possibilidade de aparecimento de hérnia de disco. O programa de treinamento do CORE é desenvolvido para ajudar um indivíduo a ganhar força, controle neuromuscular, potência e resistência muscular do complexo quadril-pélvico-lombar. O benefício dessa forma de treinamento é a conquista de um sistema globalmente desenvolvido, promovendo seu funcionamento de maneira eficiente. Como resultado, há: AN02FREV001/REV 4.0 40 Distribuição adequada das forças produzidas pelo indivíduo; Aumento da eficiência dos movimentos; Adaptações positivas na estabilidade; Controle neuromuscular mais eficiente, Postura e equilíbrio do complexo lombo pélvico do indivíduo; O aprimoramento do desempenho. O treinamento de “CORE” tem sido utilizado em programas de exercícios físicos para atletas e não atletas. Inicialmente estudiosos apontavam o cuidado com o “CORE” principalmente à queixa de dor lombar, relacionada por muitas vezes, com a fraqueza dos cerca de 29 músculos inseridos no Complexo Lombo-pélvico. Os estudos demonstram que o treinamento dos grupos musculares envolvidos diretamente na região, tais como, abdominais, paravertebrais, glúteos, diafragma e o assoalho pélvico, favorece a sua estabilidade por meio da contribuição de três mecanismos: aumento da pressão intra-abdominal, diminuição de forças compressivas na coluna vertebral e melhora da força do quadril e tronco. Segundo Monteiro e Evangelista (2010), o “CORE” opera como uma unidade funcional integrada, por meio do qual toda a cadeia cinética trabalha sinergicamente para produzir força, reduzir e estabilizar dinamicamente contra uma força anormal. Em um estado eficiente cada componente estrutural, distribui peso, absorve forças e transfere forças de reação do solo. Esse sistema integrado e interdependente necessita ser treinado de forma apropriada para permitir seu funcionamento eficiente durante as atividades funcionais. De acordo com Willardson, J. M. (2007), em uma revisão da literatura, pesquisas na área de reabilitação física tem demonstrado a eficácia dos exercícios para estabilidade do “CORE” para redução de lesões em segmento lombar e extremidades inferiores, entretanto, há poucas pesquisas que conduzem à comprovação dos benefícios aos atletas. Baseando-se na literatura atual, as prescrições dos exercícios de estabilização do “CORE”, pode variar de acordo com a fase e o estado de saúde do atleta. O complexo lombo-pélvico eficiente permite a manutenção de relações ótimas de comprimento-tensão de músculos agonistas e antagonistas, e das forças AN02FREV001/REV 4.0 41 inerentes produzidas nesta região, contribuindo para uma boa cinética e cinemática articular durante movimentos funcionais, além de contribuir com a eficiência neuromuscular em toda a cadeia cinética. Isso permite ao sistema musculoesquelético acelerar, desacelerar e estabilizar toda a cadeia muscular de forma integrada e dinâmica durante os movimentos. Recentemente, é sugerido que a coativação dos agonistas e antagonistas vertebrais funcionem aumentando a rigidez dos segmentos móveis e aprimorando a estabilidade vertebral. No entanto, são necessários níveis apenas relativamente moderados de coativação dos músculos paravertebrais e da parede abdominal para proporcionar a boa estabilidade vertebral necessária para as tarefas da vida diária. Muitos indivíduos têm força e potência musculares bem desenvolvidas para realizar atividades específicas, mas poucos desenvolveram os sistemas de estabilização otimamente. Pesquisas recentes sugerem que a diminuição da estabilidade central pode predispor a coluna lombar e membros inferiores à lesão musculoesquelética. Tendo em vista que a fraqueza ou falta de controle motor na musculatura que constitui o Core pode levar a movimentos menos eficientes e que pode levar à lesão do indivíduo. Um reforço global ou facilitação destes músculos do núcleo tem sido defendido como uma forma de prevenir e reabilitar de déficits da coluna lombar e para vários distúrbios osteomusculares, e como uma forma de melhorar o desempenho atlético. 3.1 MÚSCULOS DO CORE Os músculos do core tem como função a estabilização e manutenção da postura em movimentos amplos ou pequenos. Estes músculos devem ser treinados, pois diminuem a incidência de dores lombares, evitam lesões; melhoraram o equilíbrio e estabilização corporal durante a prática de exercícios físicos e para melhora da qualidade de vida em geral. Os músculos do core são 29 pares de músculos, descritos na tabela abaixo: AN02FREV001/REV 4.0 42 Tabela 04: Função dos músculos Core MÚSCULO FUNÇÃO Oblíquos internos Igual ao oblíquo externo, mas realiza a rotação para o mesmo lado da contração. Oblíquos externos Contração Unilateral: rotação do tronco para o lado oposto Contração bilateral: flexão do tronco Transverso do abdômen Aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da coluna lombar. Reto abdominal Aumento da pressão intra-abdominal. Glúteos Glúteo Máximo: extensão, rotação externa do quadril. Glúteo Médio: abdução do quadril. Glúteo mínimo: abdução, rotação interna e flexão quadril. Multifidos Estabilização e extensão da coluna vertebral além da rotação e inclinação lateral. Quadrado lombar Inclinação homolateral (mesmo lado) do tronco. Os músculos do assoalho pélvico, que também fazem parte dos músculos do Core, são um grupo de músculos de controle voluntário, em forma de rede que se localizam na porção inferior da bacia, especificamente entre as coxas e tem a função de sustentar os órgãos internos. Os músculos da camada superficial são: bulbocavernoso (BC), isquiocavernoso (IC), transverso superficial e profundo e esfíncter anal externo os quais participam do mecanismo de continência urinária e fecal e da esfera sexual, promovendo a ereção do pênis e do clitóris, a ejaculação e as contrações da vagina durante o orgasmo. A frouxidão dos músculos vaginais pode modificar a sensação durante a relação sexual tanto na mulher como no seu parceiro. Os músculos da camada profunda são os músculos levantadores do ânus (pubococcígeo, puborretal, pubovaginal, elevador da próstata e iliococcígeo) e o AN02FREV001/REV 4.0 43 músculo coccígeo (ou isquiococcígeo). Estes músculos também circundam a uretra, a vagina e o reto. FIGURA 17: MÚSCULOS SUPERFICIAIS DO ASSOALHO PÉLVICO FONTE: Disponível em: <http://www.assoalhopelvico.com/page_14.html>. Acesso em: 10 jan. 2013. http://www.assoalhopelvico.com/page_14.html AN02FREV001/REV 4.0 44 FIGURA 18: MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO FONTE: Disponível em: <http://www.assoalhopelvico.com/page_14.html>. Acesso em: 10 jan. 2013. http://www.assoalhopelvico.com/page_14.html AN02FREV001/REV 4.0 45 FIGURA 19: MÚSCULOS DO CORE FONTE: Disponível em: <www.alexandreevangelista.com.br>. Acesso em: jan. 2013. 3.2 POSICIONAMENTO Para a realização dos exercícios de treinamento do core e/ou funcional, as posições dos exercícios são efetuadas e escolhidas de maneira em que o desenvolvimento do movimento seja realizado da forma mais eficiente possível. Por isso posturas deitadas, sentadas e em pé, com ou sem estabilidade são utilizados, focando assim o fortalecimento específico da musculatura do core. Os músculos localizados na região do CORE, particularmente os internos do tronco, são responsáveis pela estabilização da coluna. Em particular o transverso do abdome, multifido e rotatores da região lombar foram identificados como sendo absolutamente essenciais na própria função e controle da região lombar. http://4.bp.blogspot.com/-MoQws3TYJjs/T6mbxuKFdtI/AAAAAAAAAmE/HP3Yy1EKI-s/s1600/Musculos+do+Core+eLIS.jpg AN02FREV001/REV 4.0 46 Isso significa que fazer os exercícios abdominais tradicionais (repetições de flexão do tronco sobre o quadril, com as mãos na nuca) e suas variações enfatiza o fortalecimento da musculatura superficial, ou seja, o reto e oblíquo abdominal. Diante dessas evidências, para prevenir dores na coluna, fortalecer os músculos que dão sustentação para a coluna lombar, é importante iniciar o treinamento utilizando exercícios isométricos (estáticos) que enfatizam o desenvolvimento da estabilidade e força de resistência dos músculos do CORE. Para isso é importante iniciar um treino utilizando exercícios isométricos (estáticos), sendo os exercícios denominados em “prancha”, realizados na posição ventral, dorsal e lateral os mais indicados para esta fase e devem ser incluídos no início do treino para, primeiro, fortalecer os músculos profundos, estabilizadores da região core e, a partir daí, incluir exercícios para aumentar a força e potência. 3.3 FORTALECIMENTO DO CORE O fortalecimento do core é importante, pois o mesmo mantém o alinhamento postural e o equilíbrio postural dinâmico durante as atividades funcionais. O fortalecimento do core ajuda a aumentar a força funcional e equilíbrio dinâmico promovendo melhora no desempenho muscular. Além disso, um esporte que exige habilidades complexas pode exigir mais estabilidade central e um programa de equilíbrio que simula os movimentos específicos do esporte. Os exercícios devem ser focados no controle motor, com ênfase na postura neutra da coluna e da contração do transverso do abdômen, do multifídio e do assoalho pélvico. Os exercícios devem ser inicialmente realizados com baixo nível de contrações tônico e progredir o nível de co-contração da musculatura núcleo. O Método Core Training focaliza o condicionamento muscular da região lombo-pélvica promovendo melhora nas estabilizações posturais potencializando o equilíbrio corporal, e nas transferências de forças produzidas pelo corpo nas ações motoras. O treinamento do Core tem grande plasticidade, adequando-se às necessidades específicas do indivíduo, sejam elas em nível doméstico ou desportivo. AN02FREV001/REV 4.0 47 3.4 AVALIAÇÃO FUNCIONAL Com o aumento na demanda da população, pela procura do bem-estar, da melhora da saúde e do condicionamento físico, muitos praticantes e profissionais não se dão conta da dificuldade que possuem em executar os movimentos fundamentais, não sendo capazes de realizar corretamente habilidades motoras básicas, isto ocasionará um treinamento dos indivíduos de forma inadequada, e acabará reforçando o problema existente, favorecendo o aparecimento de lesões decorrentes do treino errado. Segundo Cook e Burton (2009), a maioria das pessoas não faz nenhuma avaliação da execução correta de padrões de movimento antes de iniciar um programa específico de força, condicionamento físico geral ou mesmo reabilitação. Por isso é essencial testar os movimentos fundamentais e funcionais antes de iniciar qualquer programa de exercícios. O treinamento funcional/core deve ser iniciado somente depois de uma avaliação cinesiofuncional, ou seja, a aplicação de uma avaliação postural – teste de flexibilidade e avaliação funcional dos movimentos, para que se encontrem os possíveis desequilíbrios musculares, para que a partir deste o programa de exercícios possa ser realizado de forma segura e eficaz (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2004). Analisando padrões de movimento e não apenas uma área específica de movimento, ou, como por exemplo, teste de força, pode-se identificar pontos fracos e, a partir daí organizar um programa de exercícios com foco individual na área necessitada. Caso o “ponto fraco” não seja identificado ou bem avaliado, o corpo começará a compensar, resultando em movimentos ineficientes e é esse tipo de ineficiência que acaba causando a diminuição de performance e aumento de lesões A correção do movimento funcional permite maior eficiência de movimento para o indivíduo ou atleta, resultando em performance melhorada e diminuição do potencial de lesões (COOK e BURTON, 2009). AN02FREV001/REV 4.0 48 Treinar o movimento e não o músculo de forma isolada é o foco principal dos adeptos do Treinamento Funcional e do Core. 3.5 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO FUNCIONAL Conforme a Academia Nacional de Medicina Esportiva dos EUA, o treinamento do “CORE” é dividido em quatro etapas, as quais devem ser respeitadas para o melhor desenvolvimento da capacidade neuromuscular e realização dos movimentos com segurança e eficiência: A) Estabilização Neuromuscular: estes exercícios envolvem movimentos articulares menores e isométricos e são designados para melhorar a estabilização intrínseca e o controle neuromuscular lombo-pélvico. FIGURA 20: EXEMPLO DE EXERCÍCIO DE ESTABILIZAÇÃO NEUROMUSCULAR COM PRANCHA FRONTAL FONTE: Disponível em: <http://www.blog.fitnova.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013. B) Força de Estabilização: atividades que envolvam contração muscular concêntrica e excêntrica por meio de toda amplitude de movimento. http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=XXsKnt0JwjxJ0M&tbnid=axRCsgi72qn6tM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http://blog.fitnova.com.br/estabilizacao-frontal-descricao-e-importancia-do-exercicio&ei=Ku0QUfXmNY-K9QSXzYCIDA&psig=AFQjCNFfsVFnP5XxscCD3zITMoPsncNHxw&ust=1360150186915397 AN02FREV001/REV 4.0 49 FIGURA 21: EXEMPLO DE EXERCÍCIO DE FORÇA DE ESTABILIZAÇÃO COM FORTALECIMENTO DE ABDOMINAL FONTE: Disponível em: <www.observatoriofeminino.blog.br>. Acesso em: 10 jan. 2013. C) Força Dinâmica: nesta fase há uma progressão na velocidade, na especificidade e na demanda neural dos exercícios. http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=vJL0bSYe4tqNOM&tbnid=aK8x5M_LScfeRM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http://www.globalfitness.com.br/portal/noticias/abdominal-na-bola-suica-ou-de-pilates/&ei=1O0QUfGfJuiF0QGut4GoCA&psig=AFQjCNEGIMZ2HnYAeMqoPosFvHYOHQlxQg&ust=1360150356665534 AN02FREV001/REV 4.0 50 FIGURA 22: EXEMPLO DE EXERCÍCIO DE FORÇA DINÂMICA COM PRANCHA LATERAL E ROTAÇÃO DO TRONCO FONTE: Disponível em: <http://www.fitnova.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013. D) Força de Reação: associa as três fases já descritas utilizando força e velocidade total dos músculos. FIGURA 23: EXEMPLO DE EXERCÍCIO DE FORÇA DE REAÇÃO COM AGACHAMENTO UNILATERAL FONTE: Disponível em: < http://www.fitnova.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013. http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=iehbO62fuwTFSM&tbnid=TgahbOknZwlgRM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http://saude.hsw.uol.com.br/exercicios-para-triceps7.htm&ei=Pu4QUazPGYjA8ASbkIDYBA&psig=AFQjCNEj4GPeGBB7y3taD3W61N8KP5jKjw&ust=1360150462455856 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=6YWndh6FJ7t2zM&tbnid=g0FA7OVW4cDGOM:&ved=0CAgQjRwwADgp&url=http://limatreinamento.blogspot.com/2010/06/step-ups-step-downs-e-agachamentos.html&ei=F-8QUcLFKZOC9gS8gIGIDw&psig=AFQjCNHPWe0CiN2QjZ4zhXYT_cHixRiRSw&ust=1360150679718199 AN02FREV001/REV 4.0 51 No caso de treinamento do Core para atletas, durante os mesociclos pré- competitivo e competitivo, são recomendados exercícios em pé, com solo estável e carga livre para aumento de força e potência. Exercícios com carga livre realizados desta maneira são específicos para os principais requisitos de estabilidade do “CORE” relacionados às habilidades esportivas devido a moderados níveis de instabilidade e altos níveis de produção de força. Por outro lado, durante os mesociclos pós-competitivo e de recuperação, os exercícios de bola suíça, envolvendo ações musculares isométricas, pequenas cargas e os tempos de longas tensões são recomendados para o aumento do núcleo de resistência. Além disso, prancha de equilíbrio e exercícios de disco de estabilidade, realizado em conjunto com exercícios pliométricos, são recomendados para melhorar as capacidades proprioceptivas e reativas, que podem reduzir o risco de lesões dos membros inferiores. Enfim , quando for prescrever a série de exercícios de treinamento do core deverá sempre seguir a ordem lógica, descrita na pirâmide abaixo: FIGURA 24: SELECÃO LÓGICA DE EXERCÍCIOS DO CORE FONTE: autora tutorial. POTÊNCIA FORÇA ESTABILIZAÇÃO AN02FREV001/REV 4.0 52 3.6 CONCEITO DE CARGA DE TREINO Segundo Monteiro e Evangelista (2010), os exercícios usados no treinamento funcional podem ser progredidos da seguinte forma: De baixa velocidade para alta; Posturas estáticas para dinâmicas; De menor intensidade para maior intensidade; Movimentos controlados e conscientes para movimentos inconscientes e sem controle; De olhos abertos para fechados; Movimentos bilaterais para unilaterais; Movimentos simples para complexos; Exercícios que exigem pouca coordenação para exercícios complexos; Movimentos estáveis para movimentos instáveis; Movimentos em um plano para movimentos em vários planos. 3.7 SESSÃO DE TREINOS O volume de treinamento é uma importante variável a ser considerada durante a sessão de treino. O volume pode ser mensurado pelo tempo dado em minutos ou horas em relação à duração da sessão de treino. E ainda em nível de sobrecarga devemos considerar o nível de condicionamento do praticante. Para iniciantes (baixo nível de condicionamento) indica-se uma frequência de 2 a 3 treinos semanais, com duração de 20 a 60 minutos, sendo mais indicada também a realização de exercícios de estabilização do core envolvendo a região central e flexibilidade. Para praticantes intermediários, já podem sofrer sobrecarga em relação aos movimentos corporais, uso de aparelhos e variações nas bases de suporte. Indica- se a frequência de três treinos semanais, com duração e 30 a 60 minutos, em que AN02FREV001/REV 4.0 53 além dos exercícios de estabilização devem ser incluídos exercícios de força do core. E os alunos avançados, com ampla experiência em relação aos exercícios e as variações de posições, a frequência pode ser diária e a sessão pode ter duração de 45 a 60 minutos. Esses indivíduos já têm estabilização do core, flexibilidade e mobilidade por isso, a força dos músculos do core continua a ser estimulada. Segundo Evangelista e Macedo (2011), a definição lógica para o trabalho e desenvolvimento do treinamento funcional pode ser a seguinte: O ideal é que os planos de treinamento sejam de longo prazo para que as adaptações fisiológicas e a rotina de vida ativa se tornem um hábito com resultados consistentes. Para os treinos de estabilidade Evangelista e Macedo (2011) os exercícios devem envolver músculos profundos, com movimentos lentos e de baixa sobrecarga. Podem ser realizadas de 1 a 3 séries de 10 a 30 segundos de duração cada, com intervalos de 10 a 30 segundos entre uma série e outra, com grau de dificuldade relativamente fácil a relativamente difícil (segundo escala de Ommi). Para esta etapa estão indicados os exercícios de prancha. ESTABILIDADE FLEXIBILIDADE RESISTÊNCIA -FORÇA-POTÊNCIA-VELOCIDADE - CAPACIDADE COORDENATIVA AN02FREV001/REV 4.0 54 FIGURA 25: EXERCÍCIO DE PRANCHA FRONTAL FONTE: Disponível em: <http://www.kmesportes.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013. FIGURA 26: EXERCÍCIO DE PRANCHA LATERAL FONTE: Disponível em: <http://www.musculacao.net>. Acesso em: 10 jan. 2013. Para a realização treino de flexibilidade, podem ser indicados exercícios passivos ou ativos, a manutenção da postura do alongamento conforme literaturas pesquisadas indicam uma manutenção de 30 segundos, sendo repetidas entre 3 a 4 séries de cada exercício de alongamento, com uma frequência semanal de 2 a 3 vezes, totalizando 10 minutos da sessão de treino. http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=QoYF5Ee7lJuVQM&tbnid=fqmpxhhl668lpM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http://www.mtfitrun.com.br/artigos-e-dicas/artigo.asp?id=633&ei=x_EQUfn6JsnJ0AGfyoC4DA&psig=AFQjCNFmpIfVQmMS1r0y1O1G29mQLxnv9Q&ust=1360151367674336 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=12TFVB6Kf5pyIM&tbnid=PC7ouq5fXW4mpM:&ved=0CAgQjRwwADgj&url=http://www.musculacao.net/exercicios-musculacao/exercicios-de-abdominais/&ei=3PEQUYG1LoLG0wGu6YGIDQ&psig=AFQjCNGNZVVr9vmZYC_Uv4QkckP0DUbIjA&ust=1360151388793353 AN02FREV001/REV 4.0 55 FIGURA 27: EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE NO TREINAMENTO DO CORE FONTE: Disponível em: <http://www.falamamae.com>. Acesso em: 10 jan. 2013. De acordo com Gastin (2001) apud Evangelista e Macedo (2011) a resistência pode ser classificada em aeróbica e anaeróbica. Sendo que este treinamento deve ficar em último plano na sessão de treino, pois tem grande capacidade de gerar fadiga. Para treinar a resistência aeróbica o estímulo de treino deve ser acima de 75 segundos, com uma distância acima de 400 metros com intervalos de 30 segundos a 1 minuto. Já para treinar a resistência anaeróbica o tempo de estímulo deve ser de 20 a 75 segundos, com uma distância percorrida de 200 a 400 metros, com intervalos de 45 segundos a 2 minutos. Weineck (1999) relata que a velocidade pode ser definida como a capacidade em atingir a maior rapidez de reação e de movimento de acordo com o condicionamento físico específico baseado no processo cognitivo, na força máxima de vontade e no bom funcionamento do sistema neuromuscular. Para trabalhar a velocidade indica-se um tempo de estímulo de 1 a 10 minutos, com uma distância de 100 metros e com intervalo de 2 a 5 minutos. O treinamento de força é a base para o trabalho de velocidade e potência. Indica-se o treinamento da resistência de força com número de 1 a 6 séries, com 15 a 20 repetições e com intervalos de 30 segundos a 1 minuto. Para hipertrofia as séries continuam as mesmas, mudando apenas o número de repetições de 6 a 12 e http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=UfAAIDlkTxwmqM&tbnid=E_365ri5QaQRBM:&ved=0CAgQjRwwADgP&url=http://www.academiajustfit.com.br/treinamento-funcional.php&ei=DfMQUeWeKbSv0AHXo4DICw&psig=AFQjCNFANchny0iJWx1vkBC6uwErXlsCfg&ust=1360151693716359 AN02FREV001/REV 4.0 56 tempo de intervalo entre elas de 1 a 3 minutos. E para treino da força máxima as séries ainda se mantêm, as repetições são de 1 a 5, com intervalo de 3 a 5 minutos entre elas. (Evangelista e Macedo, 2011) Podemos ainda incluir o treino da potência, que pode ser realizado por meio do treinamento pliométrico. Esses são exercícios destinados a unir força e velocidade de movimento, de forma a produzir uma resposta muscular explosiva. Tem como finalidade o desenvolvimento da força explosiva, principalmente nos membros inferiores, embora se possa fazer um trabalho pliométrico para membros superiores. O treinamento pliométrico condiciona o corpo por meio de exercícios de resistência dinâmica. Esse tipo de treinamento inclui saltos e saltitos que aproveitam os ciclos de contração e relaxamento para aumentar a potência muscular. Exercícios pliométricos iniciam-se com um rápido alongamento de um músculo (fase excêntrica) seguido de uma rápida contração do mesmo músculo (fase concêntrica). Com o treinamento pliométrico o sistema nervoso é condicionado a reagir mais rapidamente ao ciclo muscular de alongamento contração. O objetivo deste treinamento é treinar o sistema neuromuscular a ter respostas rápidas e preparar para atividades que exigem essa resposta do paciente. No início deve sempre ter um período de 48 a 72 horas de intervalo entre duas sessões de treinamento, para que a musculatura se adapte a atividade. FIGURA 28: SEQUÊNCIA DAS FASES DO EXERCÍCIO PLIOMÉTRICO FONTE: Disponível em: <http://supercoretraining.blogspot.com.br/>. Acesso em: 10 jan. 2013. http://4.bp.blogspot.com/-eaoKx5XV5aI/Tw_ezv9M5dI/AAAAAAAAAII/k1t2X31OMLM/s1600/salto-vertical-cae1.jpg AN02FREV001/REV 4.0 57 FIGURA 29: EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS DE PROFUNDIDADE FONTE: Disponível em: <http://www.drosmarsaude.com>. Acesso em: 10 jan. 2013. 3.8 CIRCUITO FUNCIONAL O treinamento em circuito funcional é ótimo para ser aplicado, pois podem ser realizados em alunos da fase inicial até a avançada. Baseia-se na execução de vários exercícios funcionais sem intervalos ou com 15 segundos de intervalos entre eles. O número de exercícios é definido conforme o objetivo e grau de treinabilidade do praticante, e pode-se utilizar mais de uma passagem pelo circuito. Nesse caso, em vez de utilizarmos a denominação “duas séries”, utilizamos “duas passagens”. Nele o corpo é trabalhado por completo aprimorando habilidades como flexibilidade, força, coordenação, core, agilidade e o condicionamento físico geral. As aulas acontecem em grupo fazendo desse um momento muito divertido e cheio de resultados como a definição muscular e o ganho de massa muscular. http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=3ExwJ8PnrGvC5M&tbnid=BEK_fIjXtxWF_M:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http://www.pickandroll.com.br/pick-and-training/&ei=nPkQUYSBA42g8QTD24HwAg&psig=AFQjCNH1LiNveRAyqOAaZlacij6_-FFgxg&ust=1360153372080118 AN02FREV001/REV 4.0 58 Em cada aula trabalham-se todos os grupos musculares por meio de tarefas e não apenas músculos de forma isolada. FIM DO MÓDULO III
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