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04/04/2016 1 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Profa. Séres Costa de Souza Fisioterapia Pneumofuncional 05/04/16 Dificuldade encontrada pelo Sistema Respiratório em desempenhar adequadamente sua principal função, ou seja, a promoção das trocas gasosas O sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade. DEFINIÇÃO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 2 Incapacidade do sistema respiratório em manter níveis adequados de oxigenação e gás carbônico; Pontos de Corte na Gasometria Arterial: • PaO2 < 60 mmHg • PaCO2 > 50 mmHg CARACTERIZAÇÃO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Quanto à velocidade instalação; IR Aguda ou IR Crônica ; IR Aguda: rápida deterioração da função respiratória, manifestações clínicas mais intensas, alterações gasométricas do equilíbrio ácido-base (alcalose ou acidose respiratória); IR Crônica: as alterações das trocas gasosas se instalam de maneira progressiva ao longo de meses ou anos, manifestações clínicas mais sutis, alterações gasométricas do equilíbrio ácido-base ausentes (Ex.: DPOC). CLASSIFICAÇÃO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 3 Ventilação: Processo cíclico, responsável pela renovação do gás alveolar. TROCAS GASOSAS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 A ventilação alveolar depende do funcionamento adequado das seguintes estruturas: Centro respiratório – localizado entre a ponte e o bulbo. Medula – até os segmentos C3, C4 e C5, de onde saem as raízes que formarão o nervo frênico. Nervos periféricos – o principal é o frênico, responsável pela inervação do diafragma. Músculos da respiração – o principal é o diafragma, havendo menor participação dos intercostais externos, dos escalenos e dos esternocleidomastóideos. Caixa torácica – deve permitir a expansão dos pulmões. Legenda: 1- Oxigênio 2- Gás carbônico 3- Sangue arterial 4- Ar inalado/ exalado 5- Sangue venoso 6- Capilar sanguíneo TROCAS GASOSAS 04/04/2016 4 Centro Respiratório (SNC) Vias Nervosas Caixa Torácica (estrutura osteomuscular) Pulmões TROCAS GASOSAS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 DIFUSÃO TROCAS GASOSAS 04/04/2016 5 PERFUSÃO TROCAS GASOSAS 04/04/2016 6 Perfusão: se dá nos pequenos vasos e capilares pulmonares responsáveis pela principal atividade funcional, a circulação pulmonar; Pode ser alterada por diferentes desarranjos: 1. Obstrução intraluminal : doenças tromboembólicas, vasculites, acometimento vascular por colagenoses, etc. TROCAS GASOSAS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 A perfusão pode ser alterada por diferentes desarranjos: 2. Redução do leito vascular : enfisema, ressecção do parênquima pulmonar, etc; 3. Colabamento vascular por hipotensão e choque; compressão vascular por lesões tumorais ou aumento da pressão alveolar, como no caso do uso de ventiladores com pressão positiva. TROCAS GASOSAS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 7 Alterações da ventilação podem ocorrer de forma localizada ou global , levando a prejuízo da lavagem do gás carbônico e ao aporte de oxigênio . TROCAS GASOSAS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Os distúrbios podem se instalar devido: 1. Alterações regionais ou difusas da elasticidade pulmonar , como ocorre no enfisema ; 2. Obstruções regionais ou difusas, inclusive aquelas que envolvem as pequenas vias aéreas , como ocorre na DPOC e na asma ; 3. Modificações do espaço morto anatômico e/ou do espaço morto do compartimento alveolar , que pode ser observado, por exemplo, na DPOC ; TROCAS GASOSAS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 8 Os distúrbios podem se instalar devido: 4. Modificações da expansibilidade pulmonar, secundárias à presença de exsudatos, tumores ou fibrose nas paredes alveolares ou interstício pulmonar; 5. Hipoventilação por comprometimento do sistema nervoso, músculos efetores ou deformidades da caixa torácica. TROCAS GASOSAS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Alterações da relação V/Q são as causas mais comuns de distúrbios das trocas gasosas. Quadros graves de hipoxemia arterial, como aqueles observados em pneumonias extensas ou na SDRA, são conseqüência da presença de áreas de shunts e efeito shunt no nível do parênquima pulmonar. TROCAS GASOSAS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 9 Zonas de West RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO 04/04/2016 10 Comprometimento em um ou mais mecanismos responsáveis pelas trocas gasosas: 1.Hipoventilação 2.Alteração na difusão 3.Alteração na relação ventilação -perfusão MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Não há renovação do ar alveolar, que vai reduzindo suas concentrações de oxigênio e elevando as de gás carbônico. Como o consumo de oxigênio e a produção de gás carbônico prosseguem, o indivíduo desenvolve hipoxemia e hipercapnia. HIPOVENTILAÇÃO 04/04/2016 11 Espessamento da membrana alvéolo-capilar, criando um bloqueio à difusão passiva de oxigênio e gás carbônico, ALTERAÇÃO DA DIFUSÃO O desequilíbrio na relação entre ventilação e perfusão pode ocorrer nos dois sentidos, ou seja, baixa ventilação em relação a perfusão (baixa V/Q) ou alta ventilação em relação a perfusão (alta V/Q). ALTERAÇÃO DA RELAÇÃO V/Q Na baixa V/Q, o sangue passa por alvéolos pouco ventilados, sofrendo oxigenação insuficiente. Na alta V/Q, áreas alveolares ventiladas adequadamente não são perfundidas. 04/04/2016 12 Tabela 1. Condições fisiopatológicas que determinam hipoxemia e hipercapnia Hipoxemia Hipercapnia hipoventilação defeito de difusão baixa V/Q e shunt alta V/Q e espaço-morto hipoventilação graves defeitos de difusão graves defeitos de V/Q Lesões que acometem o centro respiratório: o acidente vascular encefálico, neoplasia, infecção, drogas depressoras do SNC. Lesões medulares: o trauma raqui-medular, infecção, infarto, hemorragia, poliomielite, Guillain-Barré, mielite transversa, esclerose lateral amiotrófica. Doenças neurológicas periféricas: o doenças com liberação de neurotoxinas (tétano, botulismo, difteria), miastenia gravis, paralisia diafragmática bilateral, intoxicação por organofosforado, manifestações paraneoplásicas (Eaton- Lambert). Doenças neuromusculares: o distrofias musculares, polimiosite, hipotiroidismo, distúrbios hidro-eletrolíticos(hipocalcemia, hipomagnesemia, hipopotassemia ou hipofosfatemia). Doenças da parede torácica: o tórax instável, cifoescoliose, espondilite anquilosante, toracoplastia, fibrotórax, obesidade. Doenças de vias aéreas superiores: o epiglotite, aspiração de corpo estranho, edema de glote, tumores, paralisia bilateral de cordas vocais, estenose de traquéia, traqueomalácia. Doenças difusas de vias aéreas inferiores: DPOC, asma, fibrose cística CAUSAS DE HIPOVENTILAÇÃO 04/04/2016 13 Doenças infecciosas: o tuberculose miliar, pneumonias virais, pneumocistose, histoplasmose. Neoplasia: o linfangite carcinomatosa; Doenças inflamatórias: pneumoconioses, pneumonia de hipersensibilidade, sarcoidose, fibrose pulmonar idiopática. CAUSAS DOS DISTÚRBIOS DE DIFUSÃO Doenças com preenchimento alveolar: o pneumonia, edema agudo de pulmão, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), hemorragia alveolar, contusão pulmonar. Doenças com colapso alveolar: o atelectasias, grandes derrames pleurais ou pneumotórax comprimindo o parênquima pulmonar; Doenças de pequenas vias aéreas: o DPOC e asma. CAUSAS DE BAIXA VENTILAÇÃO- PERFUSÃO 04/04/2016 14 CLASSIFICAÇÃO DA IRPA Tabela 2. Comportamento gasométrico nos dois tipos de IRpA PaO2 PaCO2 Tipo I (falência de oxigenação) Baixa Baixa ou normal (alta em fases avançadas) Tipo II (falência de ventilação) Baixa Alta Insuficiência Respiratória do Tipo I SARA Pneumonias Atelectasias Edema Pulmonar Embolia Pulmonar Quase afogamento DPOC em exacerbação Asma grave Pneumotórax CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 15 Insuficiência Respiratória do Tipo II 1- Alterações do SNC Lesões estruturais (neoplasia, infarto, hemorragia, infecção). Drogas depressoras. Hipotireoidismo. Alcalose metabólica. Apnéia do sono central. Doenças da medula: trauma raquimedular; neoplasia ; infecção; infar to; hemorragia; mielite transversa; Guillian Barré; Esclerose lateral amiotrófica; etc. CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Insuficiência Respiratória do Tipo II 2- Alterações neuromusculares, periféricas Doenças causadas por neurotoxinas: tétano, botulismo, difteria. Miastenia gravis. Síndromes paraneoplásicas: Eaton Lambert. Distúrbios eletrolíticos : hipofosfatemia, hipomagnesemia, hipocalemia, hipocalcemia. Distrofias musculares Poliomiosites . Hipotireoidismo. Miosite infecciosa. CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 16 Insuficiência Respiratória do Tipo II 3- Disfunção da parede torácica e pleura Cifoescoliose. Espondilite Anquilosante. Obesidade. Tórax instável. Fibrotórax. Toracoplastia. CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Insuficiência Respiratória do Tipo II 4- Obstrução das vias aéreas, superiores Epiglotite. Edema de laringe. Aspiração de corpo estranho. Paralisia de cordas vocais, bilateralmente. Estenose de traquéia, traqueomalácia. Tumores nas vias aéreassuperiores. Apnéia obstrutiva do sono. CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 17 Atividade do musc. ECOM Depressão supraesternal Tiragem intercostal Taquicardia Cianose Sudorese e Aleteo nasal Taquipneia Respiração Paradoxal SINAIS CLINICOS Hipoxemia acentuada Manifestações neurológicas: diminuição da função cognitiva, deterioração da capacidade de julgamento, agressividade, incoordenação motora e mesmo coma e morte. Manifestações semelhantes tb ocorrem com aumento do gás carbônico. QUADRO CLÍNICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 18 Hipoxemia crônica: Sonolência, falta de concentração, apatia, fadiga e tempo de reação retardado. Hipercapnia crônica: Pode desencadear sintomas semelhantes aos da hipoxemia crônica, além de cefaléia, particularmente matinal, distúrbios do sono, irritabilidade, insatisfação, sonolência, coma e morte. QUADRO CLÍNICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Manifestações cardiovasculares da Hipoxemia e Hipercapnia: Elevações iniciais da freqüência cardíaca, do débito cardíaco; Vasodilatação arterial difusa, seguidos por depressão miocárdica, bradicardia, choque circulatório, arritmias e parada cardíaca. QUADRO CLÍNICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 19 História clínica; Exame físico detalhado; Exames complementares (Rx, Gasometria). DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 História clínica: Queixa ou queixas atuais do doente; Ocorrência de sintomas semelhantes previamente; Presença de doenças de base; Antecedentes pessoais; Uso, atual ou anterior, de medicações com atuação no aparelho respiratório e SNC. DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 20 Exame físico do tórax: Percussão; Ausculta pulmonar a alta (ocorrência de cornagem); Análise do padrão respiratório; Presença de enfisema subcutâneo; Tiragem, uso de músculos acessórios da respiração e presença de movimento paradoxal, do abdômen. A presença na inspiração de assincronia toracoabdominal, com expansão do tórax e retração simultânea das porções superiores da parede abdominal, significa fadiga diafragmática e r isco de apnéia eminente, sendo indicação para instalação de ventilação mecânica. DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 A confirmação da presença de IR só é feita pela análise dos gases sangüíneos (Gasometria arterial); Indicação rápida das condições das trocas gasosas é dada pela oximetria de pulso; Uma SpO2 inferior a 90% é fortemente indicativa do diagnóstico; Inúmeros fatores podem influenciar a leitura desses equipamentos, gerando leituras errôneas, entre elas, a presença de choque circulatório, má per fusão tecidual, cor da pele, etc; A oximetria de pulso não fornece medidas relativas aos níveis de gás carbônico. DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 21 Troca gasosa inadequada, quando a PaO2 é menor que 60mmHg, ou, ainda, quando a PaCO2 ultrapassa 45mmHg; Cuidados devem ser tomados na interpretação da gasometria arterial: 1. Moradores onde há grandes altitudes apresentam níveis menores de oxigenação sangüínea, porém sem sintomas. DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Cuidados devem ser tomados na interpretaçãoda gasometria arterial: 2. Valores confiáveis de gases arteriais só são obtidos com gasometrias colhidas, pelo menos, vinte minutos após a mudança da FiO2, administração de medicações inalatórias ou procedimentos fisioterapêuticos; 3. É fundamental saber com que fração inspirada de oxigênio foi colhida a gasometria. Uma PaO2 normal, mantida às custas de suplementação com altos fluxos de oxigênio é naturalmente insatisfatória. DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 22 IR pode ser igualmente caracterizada na presença de uma relação PaO2/FiO2 inferior a 300; Os níveis de oxigenação devem ser interpretados em função da idade. Indivíduos idosos fisiologicamente são mais hipoxêmicos do que jovens; Uma estimativa da PaO2: PaO2 = [ 109 - (0,43 X idade em anos) ] DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 O parâmetro gasométrico que melhor se correlaciona com a ventilação alveolar é a PaCO2 (gasometria e capnografia); Pacientes portadores de pneumopatias crônicas, tais como DPOC, podem apresentar, cronicamente, níveis acentuados de hipoxemia e hipercapnia, em condições basais; Deve-se observar atentamente o pH arterial. A presença de alcalose respiratória pode indicar hiperventilação por acentuação da hipoxemia, enquanto a acidose respiratória indica retenção aguda de gás carbônico. DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 23 Pacientes com quadros de crises asmáticas, graves podem mostrar elevações transitórias dos níveis da PaCO2 devido a broncoespasmo muito intenso e alterações da relação V/Q; Pacientes com quadros neuromusculares podem apresentar hipoxemia e elevações acentuadas do gás carbônico com pH arterial, normal. DIAGNÓSTICO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Individualizado, em função das causas desencadeantes e dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos; TRATAMENTO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 24 Manutenção das vias aéreas: 1. A manutenção de vias aéreas pérvias e a profilaxia de complicações, em especial aspiração, são de fundamental importância em pacientes com IR, particularmente naqueles com distúrbios da consciência. 2. Paciente deve ser colocado em decúbito lateral com a cabeça abaixada e a mandíbula puxada para frente, visando evitar a obstrução pela língua (obstrução alta por vômito ou corpo estranho). TRATAMENTO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 25 Manutenção das vias aéreas: 3. O uso de cânula orofaríngea (Guedel) é adequado, quando se espera o rápido retorno da consciência, como, por exemplo, na recuperação anestésica. 4. Caso se espere uma inconsciência mais prolongada ou ventilação mecânica seja necessária, a entubação endotraqueal está indicada. TRATAMENTO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 26 Manutenção das vias aéreas: 5. Em casos de obstrução alta acima das cordas vocais, a realização de cricotireoidotomia ou traqueostomia poderá ser necessária. 6. Pacientes com entubação traqueal ou traqueostomia, particularmente quando sedados ou em coma, devem ter suas vias aéreas periodicamente aspiradas, para evitar obstruções. TRATAMENTO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 04/04/2016 27 04/04/2016 28 Manutenção das vias aéreas: Dificuldades de ciclagem de um respirador mecânico, caracterizadas por freqüência respiratória elevada, volume corrente baixo e/ou picos de pressão inspiratória excessivos, deve-se pensar na possibilidade de obstrução da luz do tubo por rolha de catarro. TRATAMENTO Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 OXIGENIOTERAPIA TRATAMENTO 04/04/2016 29 Gradação da Insuficiência Respiratória Em Função da Relação PaO2/FiO2 Superior a 400 mmHg - Normal De 300 - 400 mmHg - Déficit de oxigenação Inferior a 300 mmHg - Insuficiência Respiratória Inferior a 200 mmHg - Insuficiência Respiratória, Grave Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Suporte ventilatório TRATAMENTO 04/04/2016 30 Mecanismo Valores Normais Ventilação Mecânica Ventilação Alveolar, Inadequada - PaCO2 (mmHg) - PH 35-45 7,35-7,45 > 55 < 7,20 Expansão Pulmonar, Inadequada - Volume Corrente (ml/kg) - Capacidade Vital (ml/kg) - Freqüência Respiratória 5-8 65-75 12-20 < 5 < 10 ≥35 Força Muscular, Inadequada - Pressão Inspiratória, Máxima (cm H2O) - Capacidade Vital (ml/kg) -Ventilação Voluntária, Máxima (VVM; l/min) -80 a -100 65-75 120-180 ≥20 < 10 < 2 X o volume minuto Trabalho Respiratório, Aumentado - Volume minuto (l) - Espaço morto (VD/VT) 5-6 0,25-0,40 > 10 > 0,6 I NDICAÇÕES DE V ENTILAÇÃO MECÂNICA , CLASSIFICADAS EM FU NÇÃO DAS ALTERAÇÕES F I S IOPATOLÓGICAS B ASAIS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 Mecanismo Valores Normais Ventilação Mecânica Oxigenação - P(A-a)O2 com oxigênio a 100% (mmHg) - PaO2 /FiO2 (mmHg) 25-65 > 300 > 350 < 200 INDICAÇÕES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA , CLASSIFICADAS EM FUNÇÃO DAS ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS BASAIS Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003
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