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INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA.pdf

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04/04/2016 
1 
INSUFICIÊNCIA 
RESPIRATÓRIA AGUDA 
Profa. Séres Costa de Souza 
Fisioterapia Pneumofuncional 
05/04/16 
 Dificuldade encontrada 
pelo Sistema Respiratório em desempenhar 
adequadamente sua principal função, ou 
seja, a promoção das trocas gasosas 
 
 O sistema respiratório não consegue manter os 
valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou 
da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro 
dos limites da normalidade. 
 
DEFINIÇÃO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
2 
 Incapacidade do sistema respiratório em manter níveis 
adequados de oxigenação e gás carbônico; 
 
 Pontos de Corte na Gasometria Arterial: 
• PaO2 < 60 mmHg 
• PaCO2 > 50 mmHg 
CARACTERIZAÇÃO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 Quanto à velocidade instalação; 
 IR Aguda ou IR Crônica ; 
 IR Aguda: rápida deterioração da função respiratória, 
manifestações clínicas mais intensas, alterações 
gasométricas do equilíbrio ácido-base (alcalose ou acidose 
respiratória); 
 IR Crônica: as alterações das trocas gasosas se instalam de 
maneira progressiva ao longo de meses ou anos, 
manifestações clínicas mais sutis, alterações gasométricas 
do equilíbrio ácido-base ausentes (Ex.: DPOC). 
CLASSIFICAÇÃO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
3 
 Ventilação: 
Processo cíclico, responsável pela renovação do gás alveolar. 
 
 
 
TROCAS GASOSAS 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 
A ventilação alveolar depende do funcionamento adequado das seguintes estruturas: 
 Centro respiratório – localizado entre a ponte e o bulbo. 
 Medula – até os segmentos C3, C4 e C5, de onde saem as raízes que formarão o nervo frênico. 
 Nervos periféricos – o principal é o frênico, responsável pela inervação do diafragma. 
 Músculos da respiração – o principal é o diafragma, havendo menor participação dos intercostais externos, dos escalenos e dos 
esternocleidomastóideos. 
 Caixa torácica – deve permitir a expansão dos pulmões. 
 Legenda: 
1- Oxigênio 
2- Gás carbônico 
3- Sangue arterial 
4- Ar inalado/ 
exalado 
5- Sangue 
venoso 
6- Capilar sanguíneo 
 
TROCAS GASOSAS 
04/04/2016 
4 
Centro 
Respiratório 
(SNC) 
Vias Nervosas 
Caixa Torácica 
(estrutura 
osteomuscular) 
Pulmões 
TROCAS GASOSAS 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
DIFUSÃO 
TROCAS GASOSAS 
04/04/2016 
5 
 
PERFUSÃO 
TROCAS GASOSAS 
04/04/2016 
6 
 Perfusão: se dá nos pequenos vasos e capilares pulmonares 
responsáveis pela principal atividade funcional, a circulação 
pulmonar; 
 Pode ser alterada por diferentes desarranjos: 
1. Obstrução intraluminal : doenças tromboembólicas, 
vasculites, acometimento vascular por colagenoses, etc. 
TROCAS GASOSAS 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 A perfusão pode ser alterada por diferentes desarranjos: 
2. Redução do leito vascular : enfisema, ressecção do 
parênquima pulmonar, etc; 
3. Colabamento vascular por hipotensão e choque; 
compressão vascular por lesões tumorais ou aumento da 
pressão alveolar, como no caso do uso de ventiladores com 
pressão positiva. 
TROCAS GASOSAS 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
7 
 
 
 Alterações da ventilação podem ocorrer de forma localizada 
ou global , levando a prejuízo da lavagem do gás carbônico e 
ao aporte de oxigênio . 
TROCAS GASOSAS 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 Os distúrbios podem se instalar devido: 
 
1. Alterações regionais ou difusas da elasticidade pulmonar , 
como ocorre no enfisema ; 
 
2. Obstruções regionais ou difusas, inclusive aquelas que 
envolvem as pequenas vias aéreas , como ocorre na DPOC e 
na asma ; 
 
3. Modificações do espaço morto anatômico e/ou do espaço 
morto do compartimento alveolar , que pode ser observado, 
por exemplo, na DPOC ; 
TROCAS GASOSAS 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
8 
 Os distúrbios podem se instalar devido: 
4. Modificações da expansibilidade pulmonar, secundárias à 
presença de exsudatos, tumores ou fibrose nas paredes 
alveolares ou interstício pulmonar; 
5. Hipoventilação por comprometimento do sistema nervoso, 
músculos efetores ou deformidades da caixa torácica. 
 TROCAS GASOSAS 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 Alterações da relação V/Q são as causas mais comuns de 
distúrbios das trocas gasosas. 
 Quadros graves de hipoxemia arterial, como aqueles 
observados em pneumonias extensas ou na SDRA, são 
conseqüência da presença de áreas de shunts e efeito shunt 
no nível do parênquima pulmonar. 
TROCAS GASOSAS 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
9 
 Zonas de West 
RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO 
 
RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO 
04/04/2016 
10 
 Comprometimento em um ou mais mecanismos responsáveis 
pelas trocas gasosas: 
1.Hipoventilação 
2.Alteração na difusão 
3.Alteração na relação ventilação -perfusão 
MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS NA 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 Não há renovação do ar alveolar, que vai reduzindo suas 
concentrações de oxigênio e elevando as de gás carbônico. 
 Como o consumo de oxigênio e a produção de gás carbônico 
prosseguem, o indivíduo desenvolve hipoxemia e hipercapnia. 
HIPOVENTILAÇÃO 
04/04/2016 
11 
 Espessamento da membrana alvéolo-capilar, criando um 
bloqueio à difusão passiva de oxigênio e gás carbônico, 
ALTERAÇÃO DA DIFUSÃO 
O desequilíbrio na relação entre ventilação e perfusão pode ocorrer nos dois sentidos, ou seja, baixa 
ventilação em relação a perfusão (baixa V/Q) ou alta ventilação em relação a perfusão (alta V/Q). 
ALTERAÇÃO DA RELAÇÃO V/Q 
Na baixa V/Q, o sangue passa por alvéolos 
pouco ventilados, sofrendo oxigenação 
insuficiente. 
Na alta V/Q, áreas alveolares ventiladas 
adequadamente não são perfundidas. 
04/04/2016 
12 
Tabela 1. Condições fisiopatológicas que determinam hipoxemia e hipercapnia 
Hipoxemia Hipercapnia 
 hipoventilação 
 defeito de difusão 
 baixa V/Q e shunt 
 alta V/Q e espaço-morto 
 hipoventilação 
 graves defeitos de difusão 
 graves defeitos de V/Q 
 Lesões que acometem o centro respiratório: 
o acidente vascular encefálico, neoplasia, infecção, drogas depressoras do SNC. 
 Lesões medulares: 
o trauma raqui-medular, infecção, infarto, hemorragia, poliomielite, Guillain-Barré, mielite 
transversa, esclerose lateral amiotrófica. 
 Doenças neurológicas periféricas: 
o doenças com liberação de neurotoxinas (tétano, botulismo, difteria), miastenia gravis, paralisia 
diafragmática bilateral, intoxicação por organofosforado, manifestações paraneoplásicas (Eaton-
Lambert). 
 Doenças neuromusculares: 
o distrofias musculares, polimiosite, hipotiroidismo, distúrbios hidro-eletrolíticos(hipocalcemia, 
hipomagnesemia, hipopotassemia ou hipofosfatemia). 
 Doenças da parede torácica: 
o tórax instável, cifoescoliose, espondilite anquilosante, toracoplastia, fibrotórax, obesidade. 
 Doenças de vias aéreas superiores: 
o epiglotite, aspiração de corpo estranho, edema de glote, tumores, paralisia bilateral de cordas 
vocais, estenose de traquéia, traqueomalácia. 
 Doenças difusas de vias aéreas inferiores: 
DPOC, asma, fibrose cística 
CAUSAS DE HIPOVENTILAÇÃO 
04/04/2016 
13 
 
 Doenças infecciosas: 
o tuberculose miliar, pneumonias virais, pneumocistose, histoplasmose. 
 Neoplasia: 
o linfangite carcinomatosa; 
 Doenças inflamatórias: 
pneumoconioses, pneumonia de hipersensibilidade, sarcoidose, fibrose pulmonar idiopática. 
 
 
CAUSAS DOS DISTÚRBIOS DE DIFUSÃO 
 Doenças com preenchimento alveolar: 
o pneumonia, edema agudo de pulmão, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), 
hemorragia alveolar, contusão pulmonar. 
 Doenças com colapso alveolar: 
o atelectasias, grandes derrames pleurais ou pneumotórax comprimindo o parênquima pulmonar; 
 Doenças de pequenas vias aéreas: 
o DPOC e asma. 
CAUSAS DE BAIXA VENTILAÇÃO-
PERFUSÃO 
04/04/2016 
14 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA IRPA 
 
Tabela 2. Comportamento gasométrico nos dois tipos de IRpA 
 PaO2 PaCO2 
Tipo I 
(falência de oxigenação) 
Baixa Baixa ou normal (alta em fases avançadas) 
Tipo II 
(falência de ventilação) 
Baixa Alta 
Insuficiência Respiratória do Tipo I 
 SARA 
 Pneumonias 
 Atelectasias 
 Edema Pulmonar 
 Embolia Pulmonar 
 Quase afogamento 
 DPOC em exacerbação 
 Asma grave 
 Pneumotórax 
CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
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 Insuficiência Respiratória do Tipo II 
1- Alterações do SNC 
 Lesões estruturais (neoplasia, infarto, hemorragia, infecção). 
 Drogas depressoras. 
 Hipotireoidismo. 
 Alcalose metabólica. 
 Apnéia do sono central. 
 Doenças da medula: trauma raquimedular; neoplasia ; 
infecção; infar to; hemorragia; mielite transversa; Guillian 
Barré; Esclerose lateral amiotrófica; etc. 
CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 Insuficiência Respiratória do Tipo II 
2- Alterações neuromusculares, periféricas 
 Doenças causadas por neurotoxinas: tétano, botulismo, 
difteria. 
 Miastenia gravis. 
 Síndromes paraneoplásicas: Eaton Lambert. 
 Distúrbios eletrolíticos : hipofosfatemia, hipomagnesemia, 
hipocalemia, hipocalcemia. 
 Distrofias musculares 
 Poliomiosites . 
 Hipotireoidismo. 
 Miosite infecciosa. 
CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
16 
 Insuficiência Respiratória do Tipo II 
3- Disfunção da parede torácica e pleura 
 Cifoescoliose. 
 Espondilite Anquilosante. 
 Obesidade. 
 Tórax instável. 
 Fibrotórax. 
 Toracoplastia. 
CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 Insuficiência Respiratória do Tipo II 
 4- Obstrução das vias aéreas, superiores 
 Epiglotite. 
 Edema de laringe. 
 Aspiração de corpo estranho. 
 Paralisia de cordas vocais, bilateralmente. 
 Estenose de traquéia, traqueomalácia. 
 Tumores nas vias aéreassuperiores. 
 Apnéia obstrutiva do sono. 
CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
17 
Atividade do 
musc. ECOM 
Depressão 
supraesternal 
Tiragem 
intercostal 
Taquicardia 
Cianose 
Sudorese e 
Aleteo nasal 
Taquipneia 
Respiração 
Paradoxal 
SINAIS 
CLINICOS 
 Hipoxemia acentuada 
 Manifestações neurológicas: diminuição da função cognitiva, 
deterioração da capacidade de julgamento, agressividade, 
incoordenação motora e mesmo coma e morte. 
 Manifestações semelhantes tb ocorrem com aumento do gás 
carbônico. 
QUADRO CLÍNICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
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18 
Hipoxemia crônica: 
 Sonolência, falta de concentração, apatia, fadiga e tempo de 
reação retardado. 
Hipercapnia crônica: 
 Pode desencadear sintomas semelhantes aos da hipoxemia 
crônica, além de cefaléia, particularmente matinal, distúrbios 
do sono, irritabilidade, insatisfação, sonolência, coma e 
morte. 
QUADRO CLÍNICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
Manifestações cardiovasculares da Hipoxemia e Hipercapnia: 
 Elevações iniciais da freqüência cardíaca, do débito cardíaco; 
 Vasodilatação arterial difusa, seguidos por depressão 
miocárdica, bradicardia, choque circulatório, arritmias e 
parada cardíaca. 
 
QUADRO CLÍNICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
19 
 História clínica; 
 Exame físico detalhado; 
 Exames complementares (Rx, Gasometria). 
 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
História clínica: 
 Queixa ou queixas atuais do doente; 
 Ocorrência de sintomas semelhantes previamente; 
 Presença de doenças de base; 
 Antecedentes pessoais; 
 Uso, atual ou anterior, de medicações com atuação no 
aparelho respiratório e SNC. 
 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
20 
Exame físico do tórax: 
 Percussão; 
 Ausculta pulmonar a alta (ocorrência de cornagem); 
 Análise do padrão respiratório; 
 Presença de enfisema subcutâneo; 
 Tiragem, uso de músculos acessórios da respiração e 
presença de movimento paradoxal, do abdômen. 
 A presença na inspiração de assincronia toracoabdominal, 
com expansão do tórax e retração simultânea das porções 
superiores da parede abdominal, significa fadiga 
diafragmática e r isco de apnéia eminente, sendo indicação 
para instalação de ventilação mecânica. 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 A confirmação da presença de IR só é feita pela análise dos 
gases sangüíneos (Gasometria arterial); 
 Indicação rápida das condições das trocas gasosas é dada 
pela oximetria de pulso; 
 Uma SpO2 inferior a 90% é fortemente indicativa do 
diagnóstico; 
 Inúmeros fatores podem influenciar a leitura desses 
equipamentos, gerando leituras errôneas, entre elas, a 
presença de choque circulatório, má per fusão tecidual, cor da 
pele, etc; 
 A oximetria de pulso não fornece medidas relativas aos níveis 
de gás carbônico. 
 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
21 
 Troca gasosa inadequada, quando a PaO2 é menor que 
60mmHg, ou, ainda, quando a PaCO2 ultrapassa 45mmHg; 
 Cuidados devem ser tomados na interpretação da gasometria 
arterial: 
1. Moradores onde há grandes altitudes apresentam níveis 
menores de oxigenação sangüínea, porém sem sintomas. 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 Cuidados devem ser tomados na interpretaçãoda gasometria 
arterial: 
2. Valores confiáveis de gases arteriais só são obtidos com 
gasometrias colhidas, pelo menos, vinte minutos após a 
mudança da FiO2, administração de medicações inalatórias 
ou procedimentos fisioterapêuticos; 
3. É fundamental saber com que fração inspirada de oxigênio 
foi colhida a gasometria. Uma PaO2 normal, mantida às 
custas de suplementação com altos fluxos de oxigênio é 
naturalmente insatisfatória. 
 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
22 
 IR pode ser igualmente caracterizada na presença de uma 
relação PaO2/FiO2 inferior a 300; 
 Os níveis de oxigenação devem ser interpretados em função 
da idade. Indivíduos idosos fisiologicamente são mais 
hipoxêmicos do que jovens; 
 Uma estimativa da PaO2: 
PaO2 = [ 109 - (0,43 X idade em anos) ] 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 O parâmetro gasométrico que melhor se correlaciona com a 
ventilação alveolar é a PaCO2 (gasometria e capnografia); 
 Pacientes portadores de pneumopatias crônicas, tais como 
DPOC, podem apresentar, cronicamente, níveis acentuados de 
hipoxemia e hipercapnia, em condições basais; 
 Deve-se observar atentamente o pH arterial. A presença de 
alcalose respiratória pode indicar hiperventilação por 
acentuação da hipoxemia, enquanto a acidose respiratória 
indica retenção aguda de gás carbônico. 
 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
23 
 Pacientes com quadros de crises asmáticas, graves podem 
mostrar elevações transitórias dos níveis da PaCO2 devido a 
broncoespasmo muito intenso e alterações da relação V/Q; 
 Pacientes com quadros neuromusculares podem apresentar 
hipoxemia e elevações acentuadas do gás carbônico com pH 
arterial, normal. 
DIAGNÓSTICO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 
 
 Individualizado, em função das causas desencadeantes e dos 
mecanismos fisiopatológicos envolvidos; 
 
TRATAMENTO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
24 
 Manutenção das vias aéreas: 
1. A manutenção de vias aéreas pérvias e a profilaxia de 
complicações, em especial aspiração, são de fundamental 
importância em pacientes com IR, particularmente 
naqueles com distúrbios da consciência. 
2. Paciente deve ser colocado em decúbito lateral com a 
cabeça abaixada e a mandíbula puxada para frente, 
visando evitar a obstrução pela língua (obstrução alta por 
vômito ou corpo estranho). 
TRATAMENTO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
25 
Manutenção das vias aéreas: 
3. O uso de cânula orofaríngea (Guedel) é adequado, quando 
se espera o rápido retorno da consciência, como, por 
exemplo, na recuperação anestésica. 
4. Caso se espere uma inconsciência mais prolongada ou 
ventilação mecânica seja necessária, a entubação 
endotraqueal está indicada. 
 
TRATAMENTO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
26 
Manutenção das vias aéreas: 
5. Em casos de obstrução alta acima das cordas vocais, a 
realização de cricotireoidotomia ou traqueostomia poderá 
ser necessária. 
6. Pacientes com entubação traqueal ou traqueostomia, 
particularmente quando sedados ou em coma, devem ter 
suas vias aéreas periodicamente aspiradas, para evitar 
obstruções. 
 
TRATAMENTO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
04/04/2016 
27 
04/04/2016 
28 
Manutenção das vias aéreas: 
 Dificuldades de ciclagem de um respirador mecânico, 
caracterizadas por freqüência respiratória elevada, volume 
corrente baixo e/ou picos de pressão inspiratória excessivos, 
deve-se pensar na possibilidade de obstrução da luz do tubo 
por rolha de catarro. 
 
TRATAMENTO 
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 36: 205-213, abr./dez. 2003 
 
OXIGENIOTERAPIA 
TRATAMENTO 
04/04/2016 
29 
Gradação da Insuficiência Respiratória 
Em Função da Relação PaO2/FiO2 
Superior a 400 mmHg - Normal 
De 300 - 400 mmHg - Déficit de oxigenação 
Inferior a 300 mmHg - Insuficiência Respiratória 
Inferior a 200 mmHg - Insuficiência Respiratória, Grave 
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 Suporte ventilatório 
TRATAMENTO 
04/04/2016 
30 
Mecanismo Valores 
Normais 
Ventilação 
Mecânica 
Ventilação Alveolar, 
Inadequada 
- PaCO2 (mmHg) 
- PH 
 
 
35-45 
7,35-7,45 
 
 
> 55 
< 7,20 
Expansão Pulmonar, 
Inadequada 
- Volume Corrente (ml/kg) 
- Capacidade Vital (ml/kg) 
- Freqüência Respiratória 
 
 
5-8 
65-75 
12-20 
 
 
< 5 
< 10 
≥35 
Força Muscular, Inadequada 
- Pressão Inspiratória, Máxima 
(cm H2O) 
- Capacidade Vital (ml/kg) 
-Ventilação Voluntária, 
Máxima (VVM; l/min) 
 
-80 a -100 
 
65-75 
120-180 
 
≥20 
 
< 10 
< 2 X o volume minuto 
Trabalho Respiratório, 
Aumentado 
- Volume minuto (l) 
- Espaço morto (VD/VT) 
 
 
5-6 
0,25-0,40 
 
 
> 10 
> 0,6 
I NDICAÇÕES DE V ENTILAÇÃO MECÂNICA , CLASSIFICADAS EM 
FU NÇÃO DAS 
ALTERAÇÕES F I S IOPATOLÓGICAS B ASAIS 
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Mecanismo 
 
Valores 
Normais 
 
Ventilação 
Mecânica 
 
Oxigenação 
- P(A-a)O2 com oxigênio a 
100% (mmHg) 
- PaO2 /FiO2 (mmHg) 
 
25-65 
 
> 300 
 
> 350 
 
< 200 
INDICAÇÕES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA , CLASSIFICADAS EM 
FUNÇÃO DAS 
ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS BASAIS 
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