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Principais parasitos e enfermidades de peixes Magno dos santos Nova colina-RR, janeiro de 2016 Princípios Básicos de Sanidade de Peixes Manutencao da qualidade da agua Nutricao adequada Boas Praticas de Manejo (BPM) - Evitar estresse Manejo sanitario: conhecer as enfermidades e métodos de prevenção Triade hospedeiro X patogeno X ambiente Mecanismos de defesa dos peixes Mecanismos de defesa dos peixes Primeira linha de defesa. Barreira física contra entrada de patógenos. Importante: manutenção da Sistema Imune Não-especifico integridade da pele. Evitar injurias. Cuidados: manejo de rotina, despesca, transporte. Mecanismos de defesa dos peixes Previne a entrada de microorganismos na pele, branquias e trato gastrointestinal. Previne a aderência de bactérias nas células epiteliais. Componentes do muco: anticorpos naturais, lizosimas, complemento. Cuidados no manejo. Mecanismos de defesa dos peixes Fatores que afetam Sistema Imune Temperatura: mecanismos de defesa sao temperatura dependentes. ↓ desaceleram os processos metabolicos ↑ deprime funções imunes Dieta: Balanceada: essencial para estruturacao dos mecanismos de defesa. Micronutrientes: vitaminas antioxidantes (C e E) Fatores que afetam Sistema Imune Poluentes, drogas e metais pesados: imunossupressores. Estressores: Transporte, despesca, manejo de rotina, ma qualidade da agua, perturbações no ambiente. Imunossupressao: efeito secundário do estresse. Depleção de linfócitos no sangue e órgãos linfoides. Doenças parasitarias Classificação dos parasitas de acordo com a localização no hospedeiro: – Endoparasitas: – Ectoparasitas – Hemoparasitas: vive na corrente sanguínea. Tipos de hospedeiro Hospedeiro Definitivo (HD): abriga o parasita em fase de maturidade ou em fase de atividade sexual. Hospedeiro intermediário (HI): abriga o parasita em fase larvaria ou em fase assexuada. O parasita necessita deste hospedeiro para completar seu ciclo. Hospedeiro paratênico (HP): serve de refugio temporario do parasita e/ou de veiculo para ascensao do hospedeiro definitivo. Nao e imprescindivel para o parasita completar o ciclo. Ectoparasitos Crustaceos X Protozoarios Lesões: ação mecanica dos aparelhos de fixacao. Perfuracao do tecido (pele, branquias): porta de entrada para infecções secundarias. Sinais e sintomas: Aumento da produção de muco. Hemorragias pontuais. Prurido. Crustáceos branchiúros Crustáceo • Isopoda Crustáceos • Ergasilideos • Lernea Crustáceos protozoários • Ichthyophthirius multifilis (ictio) • Doenca dos pontos brancos ou ictiofitiriase • Producao de alevinos e juvenis: surubins (Pseudoplatystoma sp) e jundias (Rhamdia quelen) protozoários • Trochodina monogenéticos digenéticos • Doença dos pontos amarelos ou enegrecidos • Adultos: vermes chatos • – dificultar venda pela presença dos cistos (aspecto repugnante) • – Zoonose (causar doença ou morte ao homem ). DIGENEA DIGENEA Cestoda • Vermes em formato de fita, Tenias • Adultos sempre encontrados no intestino • Nao possuem aparelho digestivo: alimento digerido do hospedeiro e pronto para ser absorvido. • Potencial zoonotico: Diphyllobothrium latum. nematoides Vermes alongados com extremidades afiladas. Adultos: tubo digestivo. Fases larvais: encistadas na musculatura, no mesenterio e órgãos em geral. Zoonoses: Familias Anisakidae e Gnathostomatidae). Sinais e sintomas: obstrucao da luz intestinal. Goezia spinulosa Acanthocephala Adultos parasitam tubo digestivo. HP: visceras, mesenterio e figado Ciclo de vida indireto. Local de fixacao (proboscide): destruicao de mucosa. Sinais e sintomas: desnutrição (dependendo da carga), obstrucao da luz intestinal. DOENÇAS PROVOCADAS POR FUNGOS Tratamento fácil medidas profiláticas indicadas para cada caso boa qualidade de agua evitar a introdução de peixes doentes e infectados baixa densidade populacional eliminar os peixes mortos e doentes Saprolegniose Micose mais comum Global Idades Temperatura otimo crescimento em temperaturas amenas temperatura ideal 18 e 26°C Agente secundário Branquiomicose Em branquias Branchiomyces spp. • B. sanguinis e B. demigrans • hifas acastanhadas, ramificadas, esporos • Todas as especies • Oportunistas patogenicos ma condicao ambiental • Temperaturas superiores a 20°C • Transmissao horizontal DOENÇAS PROVOCADAS POR BACTÉRIAS Perdas econômicas Altas taxas de mortalidade estresse Comunidade normal da agua pele e branquias Situações de desequilíbrio doenças Infecções primarias secundarias Colunariose Flexibacter columnaris, Flavobacterium columnaris doença da coluna todos os peixes de agua doce flora microbiana da agua e dos peixes altas temperaturas concentração de amônia, matéria orgânica níveis de oxigênio Patogenia Evolução problemas respiratórios, osmorregulacao Mortalidade 60-90% 2 dias apos sintomas COLUNARIOSE Sintomatologia Pequenas lesões brancas no corpo, da cabeça e limite das nadadeiras aspecto hemorrágico e aumento de tamanho pode expor a musculatura exsudato mucoso lesões branquiais, nas nadadeiras COLUNARIOSE COLUNARIOSE COLUNARIOSE Septicemia por Edwardsiella • sedimentos e agua de tanques • altas temperaturas + materia organica + estresse • peixes adultos e outras especies • ZOONOSE!!! Patogenia • Mortalidade de 5-50% Septicemia por Edwardsiella • Sintomatologia • lesões cutâneas de abcessos com tecido necrótico em músculos laterais e cauda • hemorragias ao longo do corpo • gás de cheiro desagradável • perda da mobilidade • nódulos brancos em brânquias • em peixes sem escamas despigmentação Septicemia por Edwardsiella Septicemia por Pseudomonas Sintomatologia • sintomas de septicemia bacteriana • hemorragias em pele, boca, opérculos e face ventral • Escurecimento corporal Septicemia por Pseudomonas Síndromes de caráter ambiental Sindrome do Sangue Marrom • Alta concentracao de nitrito (NO2) • Branquias hemaciasoxida Fe • Formação de metahemoglobina coloração marrom ao sangue • Asfixia • Solução: aumentar a concentração de ions cloreto (sal de cozinha) Síndrome do Sangue Marrom Doença Ambiental das Brânquias (DAB) Inflamação e necrose de brânquias • Predisposição parasitos e patógenos oportunistas • agentes estressores • alta densidade de estocagem • intoxicação por amônia • baixas concentrações de oxigênio • turbidez e matéria orgânica • Excesso e desnecessário uso de quimioterápicos na agua Doença Ambiental das Brânquias (DAB) Síndrome da Bolha de Gás Síndrome da Bolha de Gás • Supersaturação de gases na agua • nitrogênio / oxigênio • altas taxas de mortalidade, 50-100% • Bolhas de gás e enfisema no sangue, nos tecidos e nos órgãos internos • Atividade fotossintética intensa • elevação da temperatura da agua • aguas abaixo de cachoeiras ou quedas d’agua • durante o transporte de peixes Síndrome da Bolha de Gás MONITORANDO A SAÚDE DOS PEIXES PROFILATICOS CONSULTE PREVIAMENTE UM TÉCNICO Profilaxia nos ovos e gametas • Utiliza-se o iodo • 50-100 mg/L de gua/10 minutos • Fazer a lavagem dos ovos embrionados antes edepois da assepsia. • pH abaixo de 6 aumenta seu efeito toxico • pH acima de 8 reduz sua eficiência. Desinfecção de pessoas Contato com lugares contaminados Roupas Alcool Iodo Esterilização dos equipamentos • Pode-se utilizar formalina comercial • Diluida a 5% • 1L FORMALINA/19L AGUA/5 MIN. • SAL COZINHA • DILUIR A 5% • 1KG/19 L AGUA/5 MIN. QUARENTENA • APÓS A PROFILAXIA • PERÍODO NÃO INFERIOR A 30 DIAS. CERTIFICADO ICTIOSANITARIO • COMPROVA QUE O ALEVINO TEVE TODOS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS, E É ISENTO DE PARASITOS • EXISTE EM ALGUNS PAÍSES (américa do norte e Europa) VACINAÇÃO • Injeção parenteral • Oral (raçao) • Infiltração hiperosmotica (utiliza a diferença osmótica entre exterior e interior dos peixe) Nem todas epecies resistem. Asperçao do medicamento nas brânquias Pode-se utilizar calhas no manejo Banho terapêuticos • 1- identifique o agente causador da injuria ou doença. Banhos terapêuticos • Sal de cozinha • Ictiobodose, nonogeneticos, saprolegniose • Soluçao de 1-3% por 30 min-3h. Banho terapêutico • Formalina comercial • Ictiobodose, ictiofitiriase, amebíase, chilodenella, trichodina, apiosoma, ambiphya, epistylis, monogenéticos e saprolegniose. • 1:4000/ 30 min-1 hora • Repetir tratamento 3 vezes com intervalo de 3 dias. RECOMENDAÇÕES MAIS ESPECIFICAS FIM MAGNO DOS SANTOS E-mail-magno.santos@ifrr.edu.br fone (95) 99175-9680
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