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@taizagomes Aspergilose Micose causada por fungos do gênero Aspergillus, afeta todas as espécies, porém prefere espécies que contem sacos aéreos e pulmões. São fungos não dimórficos, é filamentoso, e é comum atingir galinhas. Fazem reprodução assexuada: esporulação seguida de germinação dos esporos. Tem uma facilidade grande em crescer em matérias orgânicas e acabam sendo oportunistas. Agente Etiológico (responsáveis por processos infecciosos e micotoxicoses) Aspergillus fumigatus – Mais frequente Aspergillus niger – Um aspergilos de coloração escura Aspergillus flavus: não é animal e sim ambiental (plantas, animais e humanos). Aspergillus parasiticus Aspergillus ochraceus Aspergillus clavatus Aspergillus versicolor Aves sensíveis - Galinha: principal, pelo manejo de aglomeração! - Peru, pombo; - Canário, coruja; - Avestruz, flamingo, entre outros. Epidemiologia Ocorrência mundial, sob duas formas principais: ✹ Epidêmica: em mais que um animal. Ex: em uma granja. ✹ Esporádica: em um animal isolado apenas. Principalmente entre animais, de 6-10 dias (forma aguda, o animal entra em contato com o fungo já desenvolve a doença e já com os sinais clínicos graves) nos mais velhos entre 3-4 semanas (forma crônica, o fungo é inoculado e fica incubado até ficar mais virulento e iniciar a maior patogenicidade). Obs: pode infectar o homem também. ⇝ O fungo é amplamente encontrado na natureza ⇝ Se multiplica em substancias orgânicas variadas, em condições de umidade e temperatura alta. ⇝ Produção de micotoxinas: principalmente em alimentos e grãos, o flavus, o fumigatus e o niger produzem muito. ⇝ Patógeno oportunista saprófito ⇝ São muito abundantes na natureza ⇝ Contaminação de cultivos: tanto laboratoriais como cultivos agrários (grãos, milho, arroz, soja, etc) o que causa uma perda importante na produção e na estocagem de grãos além da questão das micotoxinas. Formas de infecção ⇝ Ração e seu ingredientes ⇝ Água residuais ⇝ Milho ensilado ⇝ Pastos recém cortados ⇝ Bagaço de cana ⇝ Excretas de pássaros ⇝ Cama do galpão ⇝ Vegetação em decomposição ⇝ Serragem de madeira ⇝ Fertilizante em pote ⇝ Palha mofada ⇝ Adubo em decomposição ⇝ Incubatório: ovos e equipamentos contaminados podem passar a infecção a um ovo normal. ⇝ São contaminantes frequentes de laboratórios ⇝ Aparas de madeira ⇝ Maravalha ⇝ Superfície de vegetais ⇝ Folhas secas ⇝ Palha seca (feno) ⇝ Folhas secas ⇝ Sabugo de milho ⇝ Cascas de frutos ⇝ Envoltórios de sementes (casca de arroz, amendoim, feijões, etc) ⇝ Superfícies dos grãos ⇝ Rações e alimentos à base de farinhas. → Degradação da matéria orgânica de origem animal e vegetal presentes nos solos, contribuindo para sua reciclagem. → Deterioração de materiais como: papeis, couros, tecidos, madeiras, tintas, filmes, etc. Fatores pré-disponentes ⇝ Queda de resistência ⇝ Aglomerados ⇝ Conformação do aparelho respiratório com os sacos aéreos ⇝ Alta temperatura (diferente do esporotrix) ⇝ Aves são predisponentes pelo fato de ter o aparelho respiratório susceptível. Fatores de virulência Por ser um fungo evoluiu muito bem e que aprendeu a viver no ambiente e de forma oportunista ele acaba fazendo processos infecciosos como: ⇝ Micotoxinas: Não precisa necessariamente o fungos estar no matéria/alimento para ter essas micotoxinas ele precisa apenas ter passado pelo alimento, ter se desenvolvido e ter feito seu processo de nutrição que em consequência desse processo, ele já acaba produzido essas substâncias, onde então essas substancias irão ter as ações prejudiciais sobre o alimento e toxicas sobre o organismo animal que consumir esse alimento. ⇝ Proteases – hidrolases: elastases (age diretamente sobre tecidos contendo elastina), fosfolipases (agindo nos fosfolipídios) - @taizagomes (enzimas e estruturas que estão diretamente ao seu processo de virulência e sua capacidade de promover um processo infeccioso) ⇝ Catalase ⇝ Adesinas: receptores do complemento – (responsáveis pela capacidade de o fungo se aderir ao seu substrato/matéria orgânica/ ou tecido mas também são os sinalizadores do sistema imune do animal, irão servir de como receptores pro sistema complemento do sistema imune do animal para reconhecer a presença do aspergilos e tentar elimina-lo de alguma forma. ⇝ Temperatura ótima de crescimento: 37ºC Transmissão ✹ Conídios presentes no ambiente em forma de bioaerossóis que penetram por via respiratória; ⇝ Pneumonia por aspergilos (processo infeccioso importante no ser humano e nos animais) podendo ser da forma: ⇝Forma bronco pulmonar ⇝ Forma disseminada (incluindo mucosa intestinal e nódulos mesentéricos) ✹ Contaminação de feridas/mucosas ⇝ Infecções com Onicomicose (em unha), úlcera necrozante, queratite, otite externa, sinusite ✹ Enfermidade nosocomial (infecção hospitalar, devido à falta de troca de ar, imunidade baixa) ✹ Não é transmitido de pessoa a pessoa, nem de animal a animal. Patogenicidade Ele entra pelas vias aéreas e então pode colonizar o trato respiratórios, então primeiro faz uma colonização da mucosa e tem a capacidade de destruição do epitélio bronquial. ⇝ Galinhas, perus e outras espécies pois são sensíveis e podem fazer infecções difusa dos sacos aéreos, forma pneumonia difusa, forma nodular que afeta os pulmões ⇝ Pneumonia de incubadora de frangos: é uma doença que afeta aves recém-chocadas expostas a grande número de conídios de A. fumigatus. Os frangos afetados desenvolvem sonolência e inapetência, e muitos podem morrer. Nódulos amarelados estão presentes nos pulmões, nos sacos aéreos e, ocasionalmente, em outros órgãos. A. fumigatus das lesões são necessárias para confirmação. Higiene rigorosa e fumigação de rotina são medidas eficazes de controle. ⇝ Lesões granulomatosase caracterizadas pelo desenvolvimento do fungo em uma colônia envolvida pela reação tecidual do organismo animal. ⇝ Na cavidade abdominal pode atingir grandes proporções (5kg) A)Aspergilose.GallusGallus. Granulomas multifocais distribuídos pela cavidade interna. B) Granulomas nos sacos aéreos abdominais aderidos a porção intestina Bovinos ⇝ Tosse fraca com respiração dificultosa ⇝ Diarreia sanguinolenta e fétida devido ao comprometimento gastrointestinal ⇝ Febre baixa e perda de apetite ⇝ Lesões pulmonares: nódulos na cavidade sub-pleural e enfisema interlobular ⇝ Infecção generalizada ⇝ Útero, envoltórios fetais, pele do feto: abortos Equinos ⇝ Aborto (consequência de infecção pulmonar) ⇝ Micose das bolsas guturais podendo contrair o fungo pela ração e desenvolver essa micose. ★ Outros animais ⇝ Cães, gatos e ovinos ⇝ Acomete os pulmões, mas é pouco frequente ⇝ Cães: aspergilose nasal é grave pois pode evoluir para uma ulceração na mucosa e descarga nasal purulenta com raias de sangue, devido ao ato de faro pelo ambiente ⇝ Diagnóstico: é difícil pelo fato de ter diversos outros patógenos que fazem esse processo de infecção de trato respiratório, precisa ser associado vários exames para fechar o diagnóstico por aspergilose Sorologia + Radiologia + Rinoscopia ⇝ Em pinguins em cativeiro é recorrente. @taizagomes Sinais Clínicos Lesões: ⇝ Podem aparecer em todo o tecido pulmonar nódulos miliares (mais na periferia do tecido); ⇝ Generalizados pelo tecido pulmonar; ⇝ Localização sub-pleural (falsa membranas amareladas (no pulmão)); ⇝ Depósitos caseosos nos sacos aéreos e traqueia (são aglomerados de pus com células mortas formando necrose caseosa) ⇝ Abscessos no cérebro e cerebelo Diagnóstico ⇝ Difícil em vida ⇝ Microscopia direta – coletando material e levando diretamente para observação microscopia. ⇝ Exame microscópico da mucosa traqueal pode permitir diagnóstico pelo encontro de filamentos micelianos ⇝ Diagnóstico pós-morte é fácil ⇝ Histopatologia defragmentos de tecidos ⇝ Pesquisa de elementos anormais e sedimentoscopia da urina (EAS) geralmente em bovinos ⇝ Imunofluorescência (IF) – Anticorpos marcados com fluoresceína ⇝ Isolamento - cultura em A. Sabouraud glicosado + cloranfenicol ou gentamicina: sempre associado com antibiótico para evitar a crescimento de bactérias ⇝ Testes sorológicos: IDGA (imuno difusão em gel agar) – detecta presença de anticorpo ✹ Diagnóstico – material ⇝ Lavado bronquioalveolar de animais com infecção pulmonar ⇝ Sangue periférico (infecção das válvulas cardíacas) ⇝ Biópsia renal ou urina colhida por cistocentese ⇝ Biópsia hepática ⇝ Fragmento de órgão apresentando lesões nodulares. ⇝ Conteúdo estomacal do feto ou fragmentos de placenta (diante de casos de aborto) ⇝ Leite residual em casos suspeitos de mastites micóticas Tratamento: Profilático ⇝ Limpeza sistêmica de comedouros e bebedouros ⇝ Exames cuidadosos dos alimentos e camas ⇝ Evitar superpopulação ⇝ Não usar serragens como piso ⇝ Pulverização do galinheiro com sulfato de cobre a 1%. Aspergillus fumigatus ⇝ Tem um crescimento rápido em cultivo de 1-3 dias ⇝ São termotolerantes (conseguem crescer em temperaturas de 20º a 50º C). Outros fungos não conseguem crescer em temperaturas tão elevadas como 50º C, porém os aspergilos conseguem tolerar essa faixa. ⇝ Toleram Nitrogênio e CO2 ⇝ Suportam processos de pasteurização a 63º por 25 min eles conseguem suportar e ainda permanecer alguns viáveis se manter mesmo após essas altas temperaturas. ⇝ Colônias: cinza esverdeado (marrom e enegrecida) e textura variada entre algodonosa e “peluda”, tem característica radiata, e fissuras no centro. ⇝ Hifas (7-10 um): hialinas e ligeiramente pigmentadas, tabicadas (septadas) e ramificadas em ângulo agudo (45ºC). ⇝ Conidióforos (sustenta as hifas): paredes lisas incolores ou escurecidas na porção próxima a vesícula. ⇝ Conídios: lisos ou ligeiramente rugosos @taizagomes Aspergilose em aves Fatores que determinam o desenvolvimento de aspergilose em aves são: ⇝ Técnicas deficientes de manejo ⇝ Estresse ⇝ Sementes contaminadas (girassol) – qualidade da ração ⇝ Corticoides – dando para combater outras infecções ⇝ Antibioticoterapia ⇝ Irritantes respiratórios – quanto, mas sujo o lugar for, mas levanta esses irritantes. ⇝ Patologias concomitantes Patogenia ⇝ Sistêmica podendo afetar todo o organismo ou localizada penas o processo bronco pulmonar, pneumonia ⇝ No trato respiratório (porta de entrada) e avança para os demais sistemas ⇝ Siringe, sacos aéreos torácicos, caudais e abdominais são acometidos Doença clinica ⇝ Doença respiratória de início e pode evoluir para: ⇝ Ocular ⇝ Nervosa ⇝ Cutânea ⇝ Doença secundárias onde se observa: ⇝ Debilidade ⇝ Imunodepressão ⇝ Manejo inadequado ⇝ Aguda ⇝ Agudo: inalação de altas concentrações de conídios ⇝ Acomete aves jovens ⇝ Altas taxas de mortalidade e morbilidade ⇝ Crônica ⇝ Clássica ⇝ Acomete as aves mais velhas ⇝ Semanas a meses ⇝ Induzida por imunossupressão onde já está sendo tratada por outras doenças e acaba a deixando com imunidade baixa ⇝ Baixa mortalidade Sintomatologia ⇝ Forma aguda ⇝ Anorexia, dispneia e cianose, convulsão e morte súbita ⇝ Ocasionalmente atinge o cérebro: paralisia e sintomas neurológicos ⇝ Forma crônica: acomete vários sistemas ⇝ Perda de apetite, tosse ou dificuldade respiratória e rápida perda de peso ⇝ Trato respiratório: alteração de voz, ruídos ao respirar, dispneia, descargas mucopurulentas e intolerância a exercícios ⇝ Fígado e rins: diarreia, poliúria, anorexia, hepatomegalia e alterações de cor dos uratos (biliverdinúria) ⇝ SN: ataxia, torcicolo, paralisia unilateral devido a compressão do nervo ciático causando por uma lesão aspergilótica granulomatosa ⇝ Ocular: lesão unilaterais com presença de exsudato caseoso sobre a conjuntiva e áreas adjacentes do olho ⇝ Sinais inespecíficos: perda de peso, emaciação muscular, depressão e letargia. @taizagomes Diagnóstico ⇝ Uma boa anamnese ⇝ Observar se há sinais clínicos, os jovens ⇝ Pela necropsia ⇝ Cultura e isolamento do fungo enviando o material para laboratório. “✹ Exames complementares” ⇝ Endoscopia ⇝ Radiografia ⇝ Hemograma – leucocitose, linfopenia e anemia ⇝ Bioquímico ✹ Diagnóstico diferencial Diferenciar a aspergilose de outras doenças como pulorose, clamidiose, micobacteriose, tuberculose, poxvirose e tricomoníase. Contra como laringotraqueite infecciosa, doença de Newcastle. Tratamento ⇝ Em aves de produção é contra indicado ⇝ Prognóstico é reservado – outros animais ⇝ Tratamento cirúrgico – outros animais ⇝ Nebulização e aplicação intratraqueal ⇝ Tratamento sistêmico ⇝ Itraconazol ⇝ Anfotericina B ⇝ Antibioticoterapia ⇝ Terapia de suporte Controle ⇝ Eliminar fontes de infecção ⇝ Higienização e boa ventilação ⇝ Evitar superpopulação ⇝ Boa alimentação
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