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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TECNOLOGIA DISCIPLINA: GEOMETRIA ANALÍTICA – MAT0358 PROFESSORES: ADRIANA ADAMI, JULIANA DOTTO E MONICA SCOTTI. RETAS E PLANOS EM R3 Nesta Atividade, é proposto o estudo à das equações de retas e planos em R3. O conteúdo encontra-se nas páginas indicadas e somente alguns tópicos primordiais foram selecionados. Um Fórum será aberto para discussão e resolução de dúvidas. O conteúdo fará parte da segunda avaliação parcial. Orientações: realize a leitura atenta do material e execute as tarefas indicadas. Na aula do dia 16/05, faremos uma breve discussão dos tópicos aqui tratados. É de extrema importância que a atividade esteja concluída nesta data. 1) ESTUDO DA RETA EM R3 (P. 805) Um conjunto de infinitos pontos alinhados forma uma reta em R3. Você já estudou retas em R2 e sabe que os pontos que as formam são descritos por equações do primeiro grau. Por exemplo, quando precisamos representar uma reta descrita pela equação 2 3y x= − sabemos que se trata de uma reta crescente, pois seu coeficiente angular é 2, e podemos identificar o ponto onde a reta intercepta o eixo das ordenadas: (0, - 3). Ou seja, temos uma informação sobre a direção da reta e um ponto da mesma, apenas observando sua equação reduzida. De maneira geral, uma reta pode ser representada, na forma reduzida, pela equação y mx b= + . Pensando da mesma forma, uma reta em R3 deve ser definida pela sua direção (que será dada por um vetor) e por um ponto da mesma. Seja a reta r da figura 11.5.1, da página 806. Os infinitos pontos que formam essa reta podem ser representados por ( ), ,P x y z . Observe que o vetor v � , que fornece a direção da reta, é paralelo ao vetor 0P P ���� , obtido fazendo ( ) ( )0 0 0 0 0 0 0 0, , , , , ,P P P P x y z x y z x x y y z z= − = − = − − − ���� . Assim, v � // 0P P ���� , ou seja, v � é múltiplo de 0P P ���� e, por esse motivo, podemos escrever 0P P t= v ���� � , com t ∈ R. Supondo que o vetor v � pode ser dado por , ,a b c=v � , temos: 0 0 0 0 0 0, , , , , , , ,x x y y z z t a b c x x y y z z at bt ct− − − = ⇒ − − − = De onde podemos concluir: 0 0 0 0 0 0 ; x x at x x at y y bt y y bt t z z ct z z ct − = = + − = ⇒ = + ∈ − = = + R que representa uma reta no espaço tridimensional, ou seja, é um conjunto de equações de reta na forma paramétrica (recebem esse nome em função da dependência do parâmetro t, que pode assumir qualquer valor real). Exemplo 1) A reta r passa por ( )1, 1,4A − e tem a direção de 2,3,2=v , tem a equação vetorial: 0 1, 1, 4 2 ,3 ,2P P t AP t P A t x y z t t t= ⇒ = ⇒ − = ⇒ − + − =v v v ���� ���� que fornece as equações paramétricas: 1 2 1 2 1 3 1 3 ; 4 2 4 2 x t x t y t y t t z t z t − = = + + = ⇒ = − + ∈ − = = + R. Para determinar outros pontos dessa reta basta atribuir valores para t. Observe alguns pontos na figura abaixo: Existem outras formas de apresentar uma equação de reta, reorganizando seus termos e equações. Por exemplo, se organizarmos as equações de forma que t fique isolado em todas elas podemos escrever: 0 0 0 x x at y y bt z z ct = + = + ⇒ = + 0 0 0 0 0 0 x x t a y y x x y y z z t b a b c z z t c − = − − − − = ⇒ = = − = As equações 0 0 0 x x y y z z a b c − − − = = são chamadas equações simétricas da reta e não dependem do parâmetro t. Tal modelo de equações da reta aparece nos exercícios 52, 53 e 54 dessa seção. Para o exemplo acima, as equações simétricas podem ser: 1 1 4 2 3 2 x y z− + − = = . Ainda, é possível expressar y e z em função de x. No exemplo, podemos fazer: ( ) ( )1 1 3 52 1 3 1 2 2 3 3 2 3 2 2 x y y x y x y x − + = ⇒ + = − ⇒ + = − ⇒ = − 1 4 4 1 3 2 2 x z z x z x − − = ⇒ − = − ⇒ = + Assim, teremos as equações 3 5 2 2 3 y x z x = − = + , chamadas de equações reduzidas da reta, que podem ser escritas, de maneira geral, na forma y mx n z px q = + = + . Note que b m a = e c p a = , lembrando que , ,a b c é o vetor diretor da reta. Exemplo 2) Encontre as equações reduzidas da reta gerada pelo vetor 1, 4,3− e que passa pelo ponto: a) ( )0,0,0 b) ( )1,1,5− Podemos obter as equações reduzidas observando que 4 4 1 b m a = = − = − e 3 3 1 c p a = = = . Assim, as equações procuradas são da forma: 4 3 y x n z x q = − + = + . Observe que o vetor diretor fornece as relações 4 e 3y x z x= − = , faltando determinar os coeficientes e n q . Em (a), a reta contém a origem e, portanto, 0n q= = . Veja: substituindo o ponto (0,0,0)4 0 4.0 0y x m m m= − + → = − + ⇒ = substituindo o ponto (0,0,0)3 0 3.0 0z x q q q= + → = + ⇒ = Portanto, temos as equações reduzidas da reta 4 3 y x z x = − = . Em (b), procedendo da mesma forma, encontramos: ( )substituindo o ponto (-1,1,5)4 1 4. 1 3y x m m m= − + → = − − + ⇒ = − ( )substituindo o ponto (-1,1,5)3 5 3. 1 8z x q q q= + → = − + ⇒ = Portanto, temos as equações reduzidas da reta 4 3 3 8 y x z x = − − = + . Tarefa: • Estude os exemplos 1, 2 e 3 da página 806. • Resolva os exercícios 19, 21, 25, 29, 31 e 33 da página 810, e verifique se estão corretos. • Resolva os exercícios 20, 26, 30, 32 e 34 para discussão no Fórum. 2) ESTUDO DO PLANO EM R3 (P. 813) Seja um ponto ( )0 0 0, ,A x y z que pertencente a um plano π. Para cada ponto desconhecido desse plano ( ), ,P x y z por exemplo, devemos ter o vetor AP ���� ortogonal ao vetor n, que é chamado de vetor normal ao plano e dado por , ,a b c=n . Assim: 0 0 0. 0 , , . , , 0AP AP x x y y z z a b c⊥ ⇒ = ⇒ − − − =n n ���� ���� De onde obtemos a equação: ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 d a x x b y y c z z ax by cz ax by cz ax by cz d − + − + − = + + + − − − = + + + = ��������� que é a equação geral do plano π. Exemplo 3) Encontre a equação geral do plano que passa pelo ponto ( )1, 1,2− e é ortogonal ao vetor 2,3,4 . Se 2,3,4=n , temos a equação 0 2 3 4 0ax by cz d x y z d+ + + = ⇒ + + + = . Para determinar o valor do parâmetro d, usamos o ponto do plano: ( ) ( ) ( )2 3 4 0 2 1 3 1 4 2 0 7x y z d d d+ + + = ⇒ + − + + = ⇒ = − e, assim, teremos a equação geral do plano: 2 3 4 7 0x y z+ + − = . Observações: 1) Qualquer vetor , 0,k k ≠n também é um vetor normal ao plano π. 2) É importante notar que os coeficientes a, b, e c que aparecem na equação representam as componentes de um vetor normal ao plano. 3) Para obter pontos de um plano, dada sua equação, basta atribuir valores para duas variáveis e calcular a terceira na equação dada. 4) Um vetor normal a um plano é também normal a qualquer plano paralelo a este. 5) Para encontrar um vetor n , normal a um plano definido por dois vetores não paralelos e u v , basta calcular = ×n u v . 6) Também podemos determinar uma equação do plano considerando que os vetores , e APu v ���� são coplanares, ou seja, o produto misto deles é nulo. Exemplo 4) Encontre a equação do plano que é gerado pelos vetores 1,2,3 e 2, 1,4− , que passa pelo ponto: a) ( )0,0,0 b) ( )1, 1,2− Para determinar o plano da letra (a), podemos considerar , ,x y z um vetor qualquer do plano. Como os três vetores são coplanares, eles não formam um sólido. Assim sendo, temos V = 0.Daí, 1 2 3 2 1 4 0 x y z − = . A equação obtida é 11 2 5 0x y z+ − = . Observe que o plano passa pela origem. Outra forma de resolver essa questão é encontrar o vetor normal, fazendo 1 2n = v × v , sendo e 1 2v v os vetores dados. Assim, teremos: 1 2 3 11, 2, 5 2 1 4 = ⇒ = − − i j k n n e a equação do plano pode ser dada por 11 2 5 0x y z d+ − + = . Para determinar o valor do termo independente d, basta considerar que o plano contém o ponto ( )0,0,0 , ficando com a equação: ( ) ( ) ( )11 0 2 0 5 0 0 0d d+ − + = ⇒ = . E, finalmente, teremos: 11 2 5 0x y z+ − = . Para resolver o item (b), podemos utilizar o mesmo vetor normal obtido para a primeira equação. Então, novamente, a equação do plano será dada por 11 2 5 0x y z d+ − + = . Para determinar d, utilizaremos um ponto dado do plano, nesse caso, ( )1, 1,2− : ( ) ( ) ( )11 1 2 1 5 2 0 1d d+ − − + = ⇒ = . Logo, a equação do plano é 11 2 5 1 0x y z+ − + = . Da mesma forma que o item (a), o item (b) também pode ser resolvido com outra estratégia: como exercício, utilize a observação (6) para determinar a equação do plano dado (obviamente, devemos obter a mesma solução já encontrada usando o vetor normal). Outras observações: 7) Na equação geral do plano 0ax by cz d+ + + = , se 0d = então o plano passa pela origem ( )0,0,0 . 8) Supondo que todos os termos da equação 0ax by cz d+ + + = são não nulos, atribuindo para duas variáveis o valor 0 encontramos os pontos de intersecção do plano com os eixos coordenados. 9) Um plano é paralelo a um dos eixos coordenados se e somente se o coeficiente da variável correspondente a esse eixo é nulo (ou seja, essa variável está “ausente” da equação). 10) Um plano é paralelo a um dos planos coordenados se e somente se os coeficientes das variáveis correspondentes a esse plano são nulos (ou seja, essas variáveis estão “ausentes” da equação). Tarefa: • Estude a resolução dos exemplos 1, 2 e 3 das páginas 813, 814 e 815. • Resolva os exercícios 3, 5, 7, 9 e 11 da página 819 e verifique se estão corretos, comparando com as respostas fornecidas no livro. • Além de reconhecer e escrever equações de planos, é necessário que você saiba representar planos no espaço tridimensional. Trata-se de um pré-requisito importante para o desenvolvimento de muitos conceitos das disciplinas seguintes (Álgebra Linear e Cálculo III). Assim, retome as observações 7 a 10 e faça um esboço dos planos representados pelas equações dadas. Não esqueça de indicar os eixos e destacar as coordenadas dos pontos de intersecção com os mesmos (quando existirem): a) 2 4 4 0x y z+ + − = b) 2 4 0x y z− + = c) 3 2 1 0y z+ − = d) 2 3 1 0x z+ − = e) 3 2 1 0x y+ − = f) 3 2 0z − = g) 2 1 0x − = h) 5 2 0y − = • Resolva os exercícios 8, 10 e 12 para discussão no Fórum.
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