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ADIN Completa

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Ação direta de inconstitucionalidade
Arts. 102, I, a, 103 I a IX, e 97, da CF/88
Lei n.º 9.868/99
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Objeto: ação destinada a questionar a constitucionalidade das leis e atos normativos FEDERAIS ou ESTADUAIS.
Competência de julgamento: STF (leis federais e estaduais que contrariem a CF – art. 102, I, a) e Tribunais de Justiça (leis estaduais e municipais que contrariem a CE – art. 125, § 3.º).
Não cabe ADIN em se tratando de
leis/atos de efeitos concretos.
questões interna corporis do parlamento.
enunciados de súmulas.
outros casos (rever aula de “matérias alheias ao controle difuso”, que também tratam do concentrado).
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Legitimidade para propositura da ADIN:
DICA:
3 pessoas:
I – o Presidente da República;
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI – o Procurador Geral da República;
3 mesas:
IV – a Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
II – a Mesa do Senado Federal;
3 entes:
VII – o Conselho Federal da OAB;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Pode o Governador de Estado propor ADIN em relação a uma lei de outro Estado que afronte a CF?
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Pertinência temática:
Os legitimados dos incisos IV, V e IX deverão comprovar interesse na matéria discutida na ADIN:
IV – a Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
A petição inicial da ADIN indicará:
Art. 3º. A petição indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;
II - o pedido, com suas especificações.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Sendo a petição inicial inepta, não fundamentada ou manifestamente improcedente, será liminarmente indeferida pelo relator, cabendo agravo da decisão que indeferir tal petição inicial (art. 4.º).
Art. 5.º: Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
Art. 7.º: Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. § 2.º: O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, a manifestação de outros órgãos ou entidades  AMICUS CURIAE!
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Órgão competente para julgamento: STF, conforme art. 102, I, a, da CF.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
        I - processar e julgar, originariamente:
        a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Cautelar: admite-se a concessão de cautelar, a qual, salvo no período de recesso, será concedida por maioria absoluta dos membros do Tribunal, presentes, ao menos, oito ministros, após audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. 
O relator, caso julgue necessário, ouvirá o Advogado Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias, sendo facultada a sustentação oral dos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato. 
Contudo, em caso de urgência, pode o Tribunal deferir a medida cautelar sem audiência.
A medida cautelar tem eficácia erga omnes e tem efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa (ex tunc).
Concedida a cautelar, torna-se inaplicável a legislação anterior.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Advogado Geral da União: Imcumbe ao AGU a defesa da norma legal ou do ato administrativo impugnado, atuando como curador especial do princípio da presunção de constitucionalidade das leis.
Dispõe o art. 103, § 3.º, da CF: “Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, da norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o AGU, que defenderá o ato ou texto impugnado”.
Procurador-Geral da República: quando não for autor da ADIN, será ouvido após o AGU.
Dispõe o art. 103, § 1.º, da CF: “O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do STF”.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Efeitos da decisão em ADIN:
Vinculante: de observância obrigatória;
Erga omnes: para todos.
Art. 102, § 2.º, da CF: “As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal”.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Decisão da ADIN:
O art. 22 da Lei n.º 9.868/99 afirma que a decisão sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada por, pelo menos, seis ministros (maioria absoluta) e desde que presentes na sessão o mínimo de oito.
Se não for alcançada a maioria necessária ou estando ausentes os ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso até o comparecimento dos ministros ou até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Decisão da ADIN:
Proclamada a CONSTITUCIONALIDADE, julgar-se-á IMPROCEDENTE a ADIN. 
Proclamada a INCONSTITUCIONALIDADE, julgar-se-á PROCEDENTE a ADIN.
Observação importante: Ação de NATUREZA DÚPLICE: a ADIN é considerada como uma ação de natureza dúplice porque pode declarar tanto a constitucionalidade quanto a inconstitucionalidade da norma.
A decisão é irrecorrível, ressalvados os embargos de declaração.
É impossível a utilização de ação rescisória.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Decisão da ADIN:
Quando declarada a constitucionalidade, o efeito será sempre ex tunc.
Quando declarada a inconstitucionalidade, em regra, o efeito também será ex tunc.
Contudo, nesse caso, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado (ex nunc) ou de outro momento que venha fixado. É a chamada MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Procedimento da ADIN (Lei n.º 9.868/99):
Decisão da ADIN:
Dentro de 10 dias após o trânsito em julgado da decisão, o STF fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.
ADIN por omissão
e
ADIN interventiva
ADIN por omissão
Objeto: declaração de inconstitucionalidade por omissão e dar ciência ao órgão competente para adoção de providências cabíveis. Em suma, cabe quando o poder público se abstém do DEVER que a Constituição lhe atribuiu.
Cabimento: sempre que o legislador ou administrador público ficar inerte, deixando de dar cumprimento a comando constitucional, que, ao fixar as normas de eficácia limitada da Constituição, determinou que fosse realizada a sua regulamentação. Quando o poder público não produz os atos legislativos e administrativos
necessários à efetivação dos direitos constitucionais, a inércia equivale a uma inconstitucionalidade!
ADIN por omissão
Legitimidade para propositura da ADIN por omissão:
Os mesmos legitimados para propositura da ADIN genérica.
Procedimento da ADIN por omissão:
A Lei n.º 12.063/09 estabeleceu o procedimento da ADIN por omissão e criou o capítulo II-A, com os arts. 12-A até 12-H na Lei n.º 9.868/99.
O procedimento da ADIN genérica será aplicado, no que couber, à ADIN por omissão.
A petição inicial deverá indicar a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao dever constitucional de legislar ou quanto ao dever constitucional de adotar as providências administrativas, bem como deverá conter o pedido, com suas especificações.
A petição inicial inepta, não fundamentada e manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. Da decisão caberá agravo.
ADIN por omissão
Procedimento da ADIN por omissão:
Não existe prazo para a propositura da ADIN por omissão. Recomenda-se o decurso de prazo razoável que houvesse permitido a edição da norma faltante.
Não é obrigatória a oitiva do AGU, pois inexiste ato a ser defendido. Contudo, a critério do relator, o AGU poderá se manifestar.
Já o PGR, ele sempre deverá se manifestar, no prazo de 15 dias, após o decurso do prazo para informações.
É possível a concessão de medida cautelar?
Antes da Lei n.º 12.063/09, o STF e a doutrina entendiam ser incompatível a concessão.
Com o advento da referida lei, nasceu a possibilidade, em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, da concessão da medida cautelar por maioria absoluta dos membros do STF, após a audiência (para oitiva dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão – 5 dias – e, se o Relator entender indispensável, do PGR – 3 dias).
ADIN por omissão
Decisão da ADIN por omissão:
Dispõe o art. 103, § 2.º, da CF/88: “Declarada a inconstitucionalidade por omissão da medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para adoção das providência necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias”.
Portanto, em se tratando de:
Órgão administrativo: adoção de providências em 30 dias ou prazo razoável fixado pelo STF. Se a omissão permanecer, é possível a responsabilização do órgão.
Poder Legislativo: ciência para adoção das providências necessárias, sem prazo estipulado. O Poder Judiciário não pode forçar o Poder Legislativo a criar leis (princípio da separação dos poderes, art. 2.º, da CF/88). Por não haver prazo, é impossível a responsabilização.
Os efeitos da decisão (que tem caráter obrigatório ou mandamental) são erga omnes e ex tunc.
ADIN interventiva
Objeto: obtenção da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo ESTADUAL contrário aos princípios constitucionais sensíveis (finalidade jurídica) para fins de intervenção federal no Estado-membro ou no Distrito Federal (finalidade política).
São princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, da CF):
A) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
B) direitos da pessoa humana;
C) autonomia municipal;
D) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
E) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de receitas de transferência, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
ADIN interventiva
Cabimento: qualquer lei ou ato normativo dos Estados-membros ou Distrito Federal que venha a violar os princípios sensíveis da CF será passível de controle concentrado de constitucionalidade, pela via de ADIN interventiva.
Legitimidade para propositura da ADIN interventiva:
Somente o PGR!!!
Decisão da ADIN interventiva:
Julgada procedente e após seu trânsito em julgado, o STF comunicará a autoridade interessada e o Presidente da República para que este (art. 84, X, da CF/88):
Decrete a suspensão da execução do ato que fere os princípios sensíveis da CF; caso não seja suficiente,
Decrete a intervenção federal, rompendo-se com a autonomia do Estado-membro momentaneamente.
Ação Declaratória de Constitucionalidade
Ação Declaratória de Constitucionalidade
Previsão: Criada pela EC n.º 3/93 e alterada pela EC n.º 45/03. Embora haja discussão sobre a inconstitucionalidade da ADC, o STF já se manifestou sobre sua constitucionalidade.
Competência de processamento e de julgamento: STF.
É possível criação de ADC estadual, da mesma forma que ocorre com a ADIN genérica?
José Afonso da Silva: não admite (dependeria de previsão constitucional)
Nagib Slaibi Filho e Alexandre de Moraes: admite (desde que respeitado o paradigma constitucional).
Ação Declaratória de Constitucionalidade
Finalidade: afastar a insegurança jurídica a respeito da validade de lei federal. Segundo a doutrina: “transformar a presunção relativa de constitucionalidade em absoluta, em virtude de seus efeitos vinculantes” (o Poder Judiciário e o Executivo ficam vinculados à decisão).
Legitimados: os mesmos da ADIN genérica, com as mesmas observações.
Objeto: lei ou ato normativo federal.
Pressuposto para ajuizamento: demonstração, na petição inicial, de comprovada controvérsia judicial sobre a constitucionalidade da lei ou do ato normativo. 
Ação Declaratória de Constitucionalidade
Procedimento e Julgamento:
Procedimento da ADIN genérica;
Na existência de vício formal, necessária juntada de documentação em relação ao processo legislativo;
Comprovação de controvérsia judicial que ponha em risco a presunção de constitucionalidade;
Impossibilidade de desistência;
Vedada a intervenção de terceiros (inexiste sujeito passivo!);
Não é ouvido o AGU;
Ouvido o PGR (como custos legis, em 15 dias);
Quórum da ADIN.
Ação Declaratória de Constitucionalidade
É possível a concessão de liminar que assegure a plena aplicação da lei controvertida até a pronúncia da decisão pelo STF? Ultimamente entende o STF ser possível a concessão de liminar com eficácia ex nunc e efeitos vinculantes erga omnes, pois pratica seu poder geral de cautela.
Concedida a liminar, não podem os demais órgãos do Poder Judiciário e do Executivo deixarem de observar a lei ou ato normativo em análise. Validade da medida: 180 dias.
E se houver desrespeito à liminar concedida? Reclamação diretamente para o STF (art. 102, I, “l”).
Ação Declaratória de Constitucionalidade
Efeitos da decisão do STF:
Seja pela procedência ou improcedência:
Erga omnes;
Ex tunc;
Vinculante.
 
Duas outras possibilidades:
a) Parcial procedência (aplicam-se os efeitos gerais para a parte procedente e para a parte improcedente);
b) Interpretação conforme à constituição (a norma é constitucional desde que interpretada de determinada maneira): terá efeitos vinculantes.
ADPF
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental
Previsão: Criada pela lei n.º 9.882/99, em complemento ao artigo 102, § 1.º, da CF/88.
Competência de processamento e de julgamento: STF.
Legitimados: os mesmos da ADIN genérica, com as mesmas observações.
Hipóteses de cabimento: são três as hipóteses:
A) para evitar lesão de preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público;
B) para reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público;
C) quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.
Caráter subsidiário: não cabe ADPF quando existir outro meio para sanar a lesividade! (Ex.: habeas corpus, habeas data, mandado de segurança individual e coletivo, mandado de injunção, ação popular, ADIN genérica, interventiva ou por omissão, ADC...)
Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental
PREVENTIVA
REPRESSIVA
Procedimento e Julgamento:
Petição inicial em duas vias, com cópias do ato questionado e documentos necessários para comprovar a impugnação. Prova da violação do preceito fundamental
e o pedido.
Se for no caso de controvérsia sobre lei federal, estadual ou municipal, deverá haver cópia dessa lei e da controvérsia judicial.
Se não for o caso de cabimento de ADPF, se for inepta a petição inicial ou se faltar requisito legal, será indeferida a petição inicial (recurso: agravo).
Se apta, o relator lançará relatório com cópia para todos os Ministros e solicitará data para julgamento da ADPF.
Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental
É possível a concessão de liminar? Sim, por decisão de maioria absoluta dos membros do STF.
Em caso de urgência extrema ou perigo de lesão grave, ou, ainda, em recesso, poderá o Ministro relator conceder a liminar, ad referendum do Plenário.
Possível a participação do amicus curiae (aplicação analógica do art. 7.º, § 2.º, da Lei n.º 9.868/99).
Participação do Ministério Público: terá vista de 5 dias, após o decurso do prazo para informações (art. 7.º, par. ún., da Lei n.º 9.882/99).
Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental
Quorum para (art. 8.º, da Lei n.º 9.882/99):
Instalação da sessão: presença de 2/3 dos Ministros.
Decisão: a lei não prevê quorum qualificado para votação, mas se houver necessidade de declaração de inconstitucionalidade, maioria absoluta (art. 97, da CF).
Efeitos da decisão do STF:
Seja pela procedência ou improcedência:
Erga omnes;
Ex tunc;
Vinculante.
É possível a modulação dos efeitos da decisão pelo STF!
Irrecorribilidade da decisão: não cabe nenhum recurso, tampouco ação rescisória.
Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental

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