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EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 1 CARDIOLOGIA E ANGIOLOGIA 1 FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR (AULA 10/03/11) Sempre a pressão dentro dos ventrículos é maior que na artéria pulmonar (aos pulmões) e aorta (ao sistema)? NÃO, pois após a ejeção do sangue dos ventrículos para as artérias há um aumento de pressão nas mesmas, fazendo com que feche as válvulas (semilunares) para o sangue não retorne ao ventrículo. Resistência pulmonar: baixa resistência Resistência do sistema: alta resistência Coração + sistemas arterial, venoso e linfático = Sistema CARDIOVASCULAR ANATOMIA: Átrio direito: chegada do sangue pelas veias cavas (inferior e superior) Ventrículo direito: Parede muscular mais fina que o esquerdo Ejeta sangue aos pulmões pela válvula pulmonar (numa pressão média de 16mmHg) Átrio esquerdo: recebe o sangue oxigenado das veias pulmonares Ventrículo esquerdo: ejeta sangue ao corpo através da válvula aórtica, pela artéria aorta. VÁLVULAS: Atrioventriculares: impedem o refluxo do sangue do ventrículo para o átrio, durante a sístole. Semilunares: impedem o refluxo dos grandes vasos durante a diástole. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 2 Sincício: Atrial Ventricular Potencial de ação: Comparando as células nervosas e cardíacas, têm-se as cardíacas um tempo muito maior de despolarização, mantendo o músculo cardíaco mais tempo contraído. Platô (regula/sincroniza os batimentos cardíacos): manutenção do platô de potencial de ação: canais lentos de Ca⁺ não permitem a saída do K⁺. Maior tempo de contração Canais Permeabilidade da membrana ao K⁺ (Potássio) Velocidade de condução Átrio/ventrículo: 0,3 a 0,5 m/seg Purkinje/feixes especializados: 0,2 a 0,4 m/seg Período refratário: período em que após a excitação, a membrana não pode ser re- excitada, no período refratário longo do músculo cardíaco (250ms) torna a contração impossível, onde os Canais de Na⁺ só podem ser reativados após a repolarização. Freqüência cardíaca X duração de contração: 72 bpm – 40% sístole 210 bpm – 65% sístole CICLO CARDÍACO Eventos cardíacos que ocorrem do início de cada batimento (sístole) até o começo do batimento (sístole) seguinte. SÍSTOLE: contração dos ventrículos DIÁSTOLE: relaxamento (enchimento dos ventrículos) EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 3 Enchimento ventricular: Rápido (70-75%): ao final da sístole, ocorre no relaxamento das cavidades Diástase (5%): enchimento lento Contração atrial (20-25%): quando está inadequada, pode o paciente não ter sintomas devido ao sangue ejetado...... OBS.: onda P precede contração atrial. Contração Isovolúmica: quando começa a contração ventricular, ocorre o fechamento das válvulas atrioventriculares, mas o sangue permanece o mesmo, pois a pressão ainda não suficiente para abrir as válvulas semilunares. Período de ejeção Relaxamento isovolúmico: quando termina a sístole, ocorre um relaxamento ventricular, ficando as artérias com mais pressão, ocasionando o fechamento das válvulas semilunares. Volume sistólico: é o volume ejetado a cada sístole. Volume sistólico final: restante no final da sístole. Volume diastólico final: volume que fica no ventrículo ao final da diástole, antes da ejeção executada pela sístole. Fração de ejeção: percentual do volume diastólico final ejetado na sístole. EXEMPLO: VDF: 120ml / VS: 60ml – FEJ: 50% Pré-carga: pressão exercida na parede do ventrículo ao final da diástole. Pós-carga: resistência sobre a qual o coração irá bombear (resistência das artérias, inicia-se a criação das pressões). ELETROCARDIOGRAMA Onda P: despolarização atrial Complexo QRS: despolarização ventricular (repolarização atrial) Onda T: repolarização ventricular BOMBEAMENTO DO CORAÇÃO Regulação intrínseca: MECANISMO DE FRANK-STARLING A habilidade do coração de adequar a forca de contração ventricular e, portanto, o débito cardíaco, ocorre em resposta a mudanças no retorno venoso. Quanto mais o ventrículo é preenchido com sangue, durante a diástole (VDF), maior o volume de sangue liberado pelo ventrículo durante a contração sistólica resultante. Variações no volume de enchimento do ventrículo, antes da sístole, ocasionam mudanças no volume de sangue liberado. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 4 Dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que chega sem que haja acumulo excessivo de sangue. Output (DÉBITO CARDÍACO): é o volume de sangue bombeado por cada ventrículo por minuto. (média de 5 litros/minuto) Heart rate (FREQÜÊNCIA CARDÍACA): batidas por minuto Stroke volume (VOLUME SISTÓLICO): volume de sangue bombeado por batida. Pressão atrial X trabalho cardíaco Pressão atrial X débito cardíaco OBS. 1: Toda vez em que há aumento da pressão arterial, ocorre aumento do débito cardíaco. OBS. 2: No aumento da pré-carga (pressão exercida nos ventrículos ao final da diástole, conforme o volume encontrado nos ventrículos), ocorre aumento no débito cardíaco, onde o débito cardíaco é igualmente relacionado com o retorno venoso, que neste caso está aumentado. Simpático: atua principalmente nos ventrículos. Parassimpático: atua principalmente nos átrios. SIMPÁTICO/PARASSIMPÁTICO X FUNÇÃO CARDIOVASCULAR Simpático: Aumenta FC (norepinefrina e adrenalina) Aumento da despolarização espontânea, diminuição do tempo requerido para atingir o limiar. Parassimpático Diminui FC (acetilcolina) Diminuição da despolarização espontânea, aumento do tempo requerido para atingir o limiar. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 5 Estimulação dos nervos parassimpáticos causa: Diminuição da freqüência dos batimentos cardíacos; Diminuição da força de contração do músculo atrial; Diminuição na velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (átrio-ventricular), Aumenta o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; Todos esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação parassimpática diminui todas as atividades do coração. Usualmente, a função cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante o período de repouso, juntamente com o restante do corpo. Isso talvez ajude a preservar os recursos do coração; pois, durante os períodos de repouso, indubitavelmente há um menor desgaste do órgão. Estimulação dos nervos simpáticos causa: Aumento da freqüência cardíaca; Aumento da força de contração; Esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação simpática aumenta a atividade cardíaca. Esse efeito é necessário quando um indivíduo é submetido a situações de estresse, tais como exercício, doença, calor excessivo, ou outras condições que exigem um rápido fluxo sangüíneo através do sistema circulatório. Por conseguinte, os efeitos simpáticos sobre o coração constituem o mecanismo de auxílio utilizado numa emergência, tornando mais forte o batimento cardíaco quando necessário. LEIS (AULA 16/03/11) 1. Lei de Ohm: O fluxo é diretamente proporcional a variação de pressão e inversamente proporcional a resistência. (Q = ∆P / R) pode-se relacionar o fluxo com o retorno venoso. 2. Lei de Poiseuille: A resistência é inversamente proporcional ao raio do vaso, ou seja, quanto menor o raio, maior será a resistência. (R = 8ml / π . r⁴) 3. Pressão arterial: É o produto do débito cardíaco pela resistência periférica total. (PA=DC x RPT) 4. Débito cardíaco: É igualao retorno venoso, também é a quantidade de sangue bombeado num minuto, onde a freqüência cardíaca (60-100 BPM) é multiplicada pelo volume sistólico. (DC=FC x VS) ou (DC=RV) OBS. 1: só haverá fluxo sanguíneo se houver pressão. OBS. 2: quando há descarga simpática, aumento da FC ocorrerá aumento do trabalho cardíaco. OBS. 3: o fluxo será da região de maior pressão para a região de menor pressão. OBS. 4: quando há um aumento considerável da FC, ocorrerá menor tempo de diástole e sístole, levando a uma diminuição do enchimento cardíaco. SISTEMA EXCITO-CONDUTOR Nodo Sinoatrial: Região especial do coração, que controla a freqüência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 6 A freqüência rítmica dessas fibras musculares é de aproximadamente 72 contrações por minuto, enquanto o músculo atrial se contrai cerca de 60 vezes por minuto e o músculo ventricular, cerca de 20 vezes por minuto. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuir uma freqüência rítmica mais rápida em relação às outras partes do coração, os impulsos originados do nódulo SA espalham-se para os átrios e ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que o ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é chamado marcapasso. Nodo átrio-ventricular e Células de Purkinge: Embora o impulso cardíaco possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de condução denominado sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular, composto de fibras musculares cardíacas especializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe de Hiss ou miócitos átrio-ventriculares), que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca de 2 m por segundo, em contraste com 0,3 m por segundo no músculo cardíaco. MICROCIRCULAÇÃO: TROCAS DE LÍQUIDO (AULA 16/03/11) Efluxo: força do capilar ao espaço intersticial, PARA FORA. Pressão no capilar. Pressão coloidosmótica do líquido intersticial. Influxo: força do interstício ao capilar, PARA DENTRO. Pressão no espaço intersticial. Pressão coloidosmótica do plasma. A pressão capilar ou pressão hidrostática: tende a fazer o líquido sair do capilar para o interstício. A pressão do líquido intersticial: tende a fazer o líquido penetrar através da membrana capilar, quando é positiva e a fazê-lo sair, quando é negativa. A pressão coloidosmótica do plasma: tende a atrair líquido para o interior dos capilares. A pressão coloidosmótica do líquido intersticial: tende a atrair líquido do interior dos capilares. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 7 SISTEMA VASCULAR: ESTRUTURA E FUNÇÃO (AULA 23/03/11) FLUXO E PRESSÃO Q = ∆P / R Q: velocidade do fluxo ∆P: variação de pressão R: resistência O comportamento da pressão de perfusão arterial (PA) no decorrer do sistema de qualquer indivíduo é sempre igual, já que a pressão nos vasos diminui à medida que se afasta do coração, independente se o indivíduo está em pé, sentado, correndo, de cabeça para baixo, etc. Onde a velocidade do sangue é maior? Dependerá da área de secção transversa (raio), onde maior o raio, maior será a velocidade. FUNÇÃO: Transporte e distribuição de substâncias Remover produtos – metabolismo (restos) Regulação homeostática Controle da temperatura Suprimento de O₂ e nutrientes CIRCULAÇÃO SISTÊMICA Sangue arterial / venoso Nutrição tecidual Calibre dos vasos Neural / metabólico CIRCULAÇÃO PULMONAR Sangue venoso Troca gasosa Capilar pulmonar: pressão é aumentada na extremidade arterial VASOS SANGUÍNEOS: CLASSIFICAÇÃO Estrutural: Artérias de grande / médio calibre Arteríolas Capilares Vênulas Veias de médio / grande callibre OBS. 1: Quem sempre rompe? Pequenas artérias, menores regimes de pressão. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 8 Funcional: Artérias elásticas: grande e médio calibre Artérias musculares: médio calibre e arteríolas Vasos de resistência: exclusivamente arteríolas Vasos de troca Anastomose artéria-venosa: sem capilar entre artéria e veia Vasos de capacitância OBS. 1: a maior queda de pressão se dá nas arteríolas, são vasos de resistência. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 9 Dilatador Venoso: aumenta a capacidade reservatória, diminui o volume de sangue circulante no sistema. Arterial: diminui a resistência periférica total. Difusão (principalmente nos capilares) Capilares Arteríolas (pré-capilares) Vênulas (pós-capilares) DISTÚRBIOS VASCULARES (AULA 30/03/11) Efluxo: força do capilar ao espaço intersticial, PARA FORA. Pressão no capilar. Pressão coloidosmótica do líquido intersticial. Influxo: força do interstício ao capilar, PARA DENTRO. Pressão no espaço intersticial. Pressão coloidosmótica do plasma. OBS. 1: o fluxo ocorre por variação de pressão, onde o líquido desloca-se dos pontos de maior pressão para os de menor pressão. EDEMA Acúmulo de líquido no espaço intersticial Filtração capilar MAIOR QUE taxa de drenagem linfática PODE SER: Simétrico EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 10 Choque anafilático Paciente com hipoproteneimia Assimétrico (exemplo de quando ocorre num segmento) Obstrução do sistema venoso Obstrução do sistema linfático CAUSAS: Aumento de pressão no capilar Diminuição de pressão coloidosmótica do plasma Capilar com muito sangue propicia edema, exemplo disso é quando há distúrbio venoso, com diminuição do retorno venoso devido há insuficiência venosa em membro inferior, ficando o pé edemaciado. Alteração de permeabilidade capilar Insuficiência linfática OBS. 1: quando há processo inflamatório, aumenta a permeabilidade da membrana, com isso o líquido sairá mais fácil, resultando no EDEMA. Aumento da pressão capilar: Dilatação arteriolar. Constrição (aumenta quantidade de sangue na capilar, aumenta efluxo = edema. Aumento da pressão venosa (exemplo: paciente cardiopata) OBS. 1: paciente infarta, tem perda de massa no CORAÇÃO ESQUERDO, ejeta menos sangue, fica mais sangue acumulado, aumenta pressão no coração direito e assim consequentemente. Redução da pressão coloidosmótica do plasma: Hipoproteinemia (hipoalbuminemia) Nefrose Queimadura Alteração da permeabilidade capilar: Inflamação Reação alérgica Queimadura Insuficiência linfática Obstrução linfática Filariose EDEMA AGUDO DE PULMÃO (EAP) Pode ser causada por crise grave de asma, pois ela deixa muito negativo o espaço intersticial. Característica de pulmão com SEPSE: pulmão cheio de líquido. LINFEDEMA Acúmulo de líquido e proteína no espaço intersticial Disfunção linfática CLASSIFICAÇÃO: Primário: Agenesia / hipoplasia / obstrução linfática Mais em mulheres EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 11 Tipos: congênito, precoce, tardio. Secundário: Lesão / obstrução no sistema linfático CAUSAS: filariose, tumores, linfagite bacteriana. Características: Indolor Sensação de peso Início = mole Crônico = duro Avaliação: Ultrassonografia Lianfoangiografia Linfocintilografia Tomografia Tratamento: Cuidados com apele Antibioticoterapia Meia de compressão gradual Compressão pneumática intermitente Fisioterapia: restabelecer ou manter a funcionalidade do segmento. EDEMA x LINFEDEMA Diferença: Ambos têm acúmulo de líquido no espaço intersticial Linfedema: tem presença de proteína Edema: não tem proteína. Sinais e sintomas Aumento de peso / sensação de peso Distúrbios sensoriais Ressecamento da pele Diminui a resistência a infecções Avaliação: Inspeção Palpação Perimetria do segmento Medida de volume do segmento OBJETIVOS GERAIS: Redução do edema: Elevação do segmento Exercícios de bombeamento Compressão mecânica intermitente Drenagem linfática Prevenção do edema adicional: Meias / faixas compressivas Elevação regular do segmento Evitar: posição ortostática, aplicação de calor local, ferimentos. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 12 POSIÇÃO DE TRENDELENBURG A posição de Trendelenburg é aquela em que a pessoa fica em decúbito dorsal, inclinada cerca de 40 graus, com a cabeça numa posição inferior aos pés. Ela recebe esse nome em homenagem ao cirurgião alemão Friedrich Trendelenburg (1844-1924) que a descreveu. CACIFO Cacifo, sinal de cacifo ou sinal de godet é um sinal físico que é representado pela depressão causada por compressão da pele pelo dedo do examinador em casos de edema acentuado. É positivo se a depressão não se desfizer imediatamente após a descompressão. ARTIGO: DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO LINFEDEMA A existência das doenças do sistema linfático, caracterizadas por edema (linfedema) e que devem ser prevenidas precocemente, diagnosticadas e tratadas para minimizar as complicações derivadas da cronicidade, como: Infecções de repetição Incapacidade funcional Restrição social do paciente TRATAMENTO: Redução e manutenção do volume da região afetada pelo edema: Repouso com os membros elevados Evitar ortostatismo prolongado Elevação dos pés da cama, melhora do retorno venoso Tratamento de lesões de pele Drenagem linfática manual Enfaixamento e compressão elástica Compressão pneumática intermitente DOENÇAS ARTERIAIS PERIFÉRICAS (AULA 06/04/11) (Q = ∆P / R) (R = 8ml / π . r⁴) OBS. 1: uso de meias compressivas é indicado para distúrbios arteriais? EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 13 Não, pois diminuem o raio (r⁴), aumentam muito a resistência (R) e diminuem muito o fluxo (Q). OBS. 2: uso de calor? Também não, pois geralmente esse tipo de paciente apresenta alteração de sensibilidade. OBS. 3: exercícios? Sim, pelo efeito angiogênico, e obrigatoriamente exercícios aeróbios (caminhada, bicicleta) Limite para o exercício: CLAUDICAÇÃO CLAUDICAÇÃO: A claudicação intermitente é um sintoma característico da insuficiência de circulação arterial nos membros inferiores. A claudicação intermitente é uma sensação dolorosa nas pernas que se torna presente durante os exercícios ou caminhar e ocorre como um resultado do déficit de suprimento do oxigênio. A claudicação consiste em uma dor muscular que surge no indivíduo após ter percorrido uma determinada distância, assim obrigando-o a parar, essa dor passa após alguns minutos parado FATORES DE RISCO: Tabagismo: Se sabe que o tabaco deteriora o pulmão, mas porque ele deteriora vasos? Provoca disfunção endotelial no vaso, alterando características naturais de constrição e dilatação. Diabetes Hipercolesteremia HDL (colesterol bom) e LDL (ruim) Hipertensão arterial Proteína C reativa: Marcador antiinflamatório liberado pelo fígado, inibe mecanismos vasodilatadores. Fibrinogênio Homocisteína ISQUEMIA DO SEGMENTO (FISIOPATOLOGIA) Desequilíbrio oferta / demanda Complicações: Denervação axonal parcial (músculo esquelético) Diminuição das fibras contráteis TIPO II Diminui força Diminui capacidade funcional SINTOMAS Claudicação intermitente Dor, fadiga, parestesia Causa: déficit de oferta de oxigênio na musculatura Deambulação lenta Redução da capacidade funcional Local da claudicação, poderá estar ocorrendo estenose com provável comprometimento arterial EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 14 ACHADOS CLÍNICOS Alteração de pulsos Presença de sopro Palidez Alteração de temperatura Atrofia muscular Úlceras arteriais CLASSIFICAÇÃO Fontaine ÍNDICE TORNOZELO BRAÇO (ITB): Coloque o paciente em posição supina Verifique a pressão sistólica no braço Infle o manguito de 20 a 30 mm Hg acima da pressão sistólica braquial Registra a pressão sangüínea sistólica do tornozelo. Divida a pressão sistólica do tornozelo pela pressão sistólica braquial. Valores comuns (os limites têm uma pequena variação de acordo com a referência): >1,2: possível calcificação arterial; observada com a diabetes mellitus. O ITB deve ser cuidadosamente interrompido em pessoas com diabetes. 1 – 1.2: Fluxo sangüíneo arterial periférico normal. 0.8 – 1.0: Doença arterial oclusiva periférica leve. 0.5 – 0.8: Doença arterial oclusiva periférica moderada. Pode estar associada à claudicação intermitente. A capacidade de cicatrização de feridas é geralmente mantida. <0.5: Doença arterial oclusiva periférica severa. A cicatrização é improvável a menos que a re-vascularização possa ser realizada. TESTES Índice de medida de pressão segmentar: Não-invasivo Doppler Diagnóstico e gravidade Índice tornozelo-braço (ITB) Fácil uso Doppler Diagnóstico e gravidade Rubor (eleva segmento depois manda paciente sentar) Hiperemia reativa (faz pressão com o esfigmo, depois retira-o e vê a reação) EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 15 Elevação do segmento DOPPLER: O Doppler vascular ou doppler ultra-som utiliza as ondas sonoras para medir e avaliar o fluxo nos vasos. Há vários tipos: o Doppler de ondas contínuas, doppler duplex, color doppler, eco doppler, entre outros, cada um com suas peculiaridades e indicações específicas. É um exame muito utilizado no campo da Angiologia para avaliar os comprometimentos existentes nas veias ou artérias. Apesar de rápido e não necessitar de preparo do paciente, esse exame pode indicar ou excluir o diagnóstico de várias doenças, tanto no sistema venoso (como trombose venosa profunda,insuficiência valvular, insuficiência venosa crônica), quanto no aterial (como obstrução arterial periférica, estenose ou vasoconstricção arterial). EXAMES Teste ergométrico: determina o tempo de claudicação Ultrassom duplex Angiografia por ressonância magnética Angiografia por tomografia computadorizada Angiografia por contraste (mais comum) TRATAMENTO Objetivos: Diminuir morbidade / mortalidade cardiovascular Aumentar qualidade de vida Modificação dos fatores de risco: Diminuição do nível lipídico: Dieta Terapia medicamentosa LDL ≤ 100 mg/dl Cessar tabagismo Tratamento da diabetes: Diminui nefropatia Diminui retinopatia IAM – infarto agudo do miocárdio Controle da PA – pressão arterial Diminui AVE – acidente vascular encefálico Eventos cardiovasculares Evita ICo – insuficiência coronariana Terapia antiplaquetária (evita trombos) Diminui AVE, IAM, oclusão arterial e eventos cardiovasculares Evita coágulos nos vasos Diminui índice de risco de AVE/isquêmico TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Pentoxifilina Diminui viscosidade sanguínea Aumentaflexibilidade eritrocitária Antiinflamatório e antiploriferativo Cilostazol Diminui agregação plaquetária Vasodilatação EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 16 TRATAMENTO FISIOTARAPÊUTICO Caminhada: 30 minutos 3 vezes por semana Durante 6 meses TRATAMENTO CIRÚRGICO “By pass” aortafemural Stents Angioplastia transluminal percutânea PROGNÓSTICO Portadores de DAP – doença arterial periférica: Risco cardiovascular Amputação Piora da qualidade de vida Associação: Insuficiência coronária Doença cérebro-vascular DOENÇA OCLUSIVA ATEROSCLERÓTICA Prevalência: Homens com mais de 40 anos, sendo mais comum depois dos 60 anos HAS – hipertensão arterial sistêmica Hipercolesteremia Diabetes Tabagismo Processo patológico: Placas ateroscleróticas Adelgamento da média Destruição de fibras elásticas e musculares Trombos Acomete ramificação das artérias Sinais e sintomas: Mais comum em membros inferiores do que em membros superiores Ausência de pulso Presença de sopro na artéria Atrofia muscular Claudicação: Dor Parestesia Fraqueza muscular Prognóstico: Coronariopatia e vasculopatia cerebral Óbitos de forma súbita: IAM Prognóstico ruim: diabetes e tabagismo Tratamento: Farmacológico / doenças associadas Atividade física regular (aumento gradativo do esforço) Deambulação Cuidado com os pés EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 17 OCLUSÃO ARTERIAL PROFUNDA Causas: Trombo Embolia Traumas Características: Redução ou perda do pulso arterial Gravidade conforme o local da obstrução Circulação colateral inadequada: isquemia e gangrena Tratamento: Posicionamento: cabeceira elevada Aquecimento reflexo do tronco ou segmento oposto Proteção do segmento Proibido aquecimento e uso de meias compressivas no segmento Pele: Mudança na coloração Mudança na temperatura Palidez Ressecamento Diminui crescimento de pelos Ulcerações e gangrena Distúrbios sensoriais: Parestesia Menor tolerância ao frio e calor Sinais clínicos: Dor Paralisia Avaliação: Inspeção / palpação Teste de rubor Teste de hiperemia reativa Tempo de claudicação Ultrassonografia Arteriografia DOENÇAS VENOSAS (AULA 13/04/11) Tríade de Virchow: Estase Lesão vascular Hipercoagulabilidade Fatores de risco: Imobilidade (estase venosa) Obesidade (lesão vascular e estase venosa) Idade Lesões ortopédicas ICC – insuficiência cardíaca congestiva Pós-operatório Neoplasias malignas Gravidez / uso de anticoncepcional oral EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 18 OBS. 1: (DC = RV) (DC = 5L/min) TROMBOFLEBITE TROMBOFLEBITE AGUDA: Condição aguda Presença de trombo Oclusão venosa superficial ou profunda Acomete principalmente membros inferiores (principalmente região poplítea) TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL Sinais clínicos: Dor no local do trombo Sensibilidade / temperatura Edema / eritema próximo ao trombo Tratamento: Repouso no leito Elevação de MMII Compressa quente Medicação (antiinflamatório) OBS. 1: não provoca TEP – tromboembolismo pulmonar TROMBOFLEBITE PROFUNDA Causas: Trauma / distensão muscular Repouso prolongado Discrasia sanguínea Características do trombo: Constituição: hemácias e fibrina Localização: poplítea Sinais clínicos: Dor a palpação Palidez / cianose Calor / tumefação Edema Colaterais venosos Proximal: Edema inferior Dor / sensibilidade Evolução silenciosa Recanalização (2/3 em 3 meses) TEP: 40-50% dos casos Aumenta risco de TEP Distal: Pode evoluir sem edema Dor / sensibilidade (panturrilha) TEP: 1-5% dos casos Complicações: Insuficiência venosa crônica TEP (tromboembolismo pulmonar) TRATAMENTO: Prevenção (com exercícios) Repouso no leito EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 19 Elevação do segmento acometido Medicação (trombolítico e anticoagulante) OBS. 1: paciente com TVP (trombose venosa profunda) faz-se cinesioterapia com os membros não acometidos, no acometido somente após 48 horas. VEIAS VARICOSAS (AULA 20/04/11) Causas: Estrutura e função deficiente das válvulas Fraqueza da parede das veias Pressão intraluminal elevada Classificação: Primária: Origem: sistema superficial Mais comum em mulheres História familiar Secundária: Origem: insuficiência venosa profunda Oclusão venosa profunda Sintomas: Dor / edema Sensação de pressão / peso na perna Melhora com elevação do segmento Tratamento: Evitar: Permanência sentado Longos períodos em pé Uso de meias de compressão gradual Programa regular de exercícios físicos Cuidados com a pele Tratamento cirúrgico OBS. 1: EFEITO SHUNT: hipoventilado e normoperfundido EFEITO ESPAÇO MORTO: hiperfundido e normoventilado INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA Causas: TVP: trombose venosa profunda Incompetência valvular Incompetência das paredes Classificação: Primária: Cúspides valvulares enrijecidas pós-TVP Fluxo sanguíneo retrógrado Paredes rígidas e espessas Secundária: Aumento da pressão venosa Cúspides insuficientes (afastadas) EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 20 Sinais e sintomas: Dor Edema / eritema Ulcerações e dermatite Tratamento: Evitar: Permanência sentado Longos períodos em pé Uso de meias de compressão gradual Programa regular de exercícios físicos Cuidados com a pele Tratamento cirúrgico Avaliação: Compressão Teste de compressão Sinal de Bancroft Sinal de Homan Sinal de Bandeira Orientações ao paciente: Elevar os membros inferiores após atividade física Elevar pés da cama durante o repouso Cuidados com a pele AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA (AULA 27/04/11) Identificação: Queixa principal História da doença atual História da doença pregressa História familiar História social Avaliação subjetiva: Sinais X sintomas Sinais: algo físico acontecendo, exemplo a tosse e o escarro. Sintoma: é uma sensação referida, exemplo a dispnéia e a dor torácica. Dispnéia Ortopnéia: Dispnéia com a pessoa deitada completamente na horizontal. Espontaneamente a pessoa necessita de se levantar para uma posição sentada ou semi-sentada. Dispnéia paroxística noturna: Dispnéia que surge algum tempo após o adormecer, com a pessoa acordando bruscamente com forte sensação de sufocação. Trepopnéia: Dispnéia com a pessoa deitada de lado. Platipnéia: Dispnéia na posição ortostática, que alivia com o decúbito. Escala de Borg (sensação de esforço) EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 21 Tosse Seca (captopril) Persistente Produtiva (associar a seqüência de dias e qual aintibiótico) Noturna Alta, com som de latido Recorrente (após comer ou beber) DPOC (distúrbios mistos) Normal Restritivo Obstrutivo Leve, moderado, grave, muito grave. Escarro Análise de escarro: Volume Viscosidade Característica Odor Saliva Mucóide Mucopurulento Purulento Espumoso Hemoptise, preto OBS. 1: paciente com congestão pulmonar que apresenta HEMOPTISE indica agravamento do quadro. Dortorácica Típica: Angina Sensação de compressão Reduz ao esforço Pode ir para a região do braço esquerdo, mandíbula, região epigástrica Ao esforço, sempre do mesmo jeito e mesma intensidade Atípica Sem parâmetro para a dor Exemplos: hoje no banho, amanhã caminhando, depois já ao acordar Dor torácica associada à ventilação Dor à palpação Dor no movimento tal... Retroesternal EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 22 Pleural Mediastínica Psicossomática Inspeção: Observação do paciente Sinais vitais Nível de consciência (Escala de Glasgow) Consciente Torporoso Confuso Sedado Comatoso Suporte ventilatório Equipamentos Drenos e sondas Cicatrizes e deformidades Pele e cianose Uso de musculatura acessória Tiragens Tipo de tórax Cifótico Cifoescoliótico Tonel EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 23 Ampulheta Raquítico Pectus escavatum Pectus carinatum Simetria torácica Padrão respiratório Torácico Abdominal Paradoxal Músculos respiratórios Ritmos respiratórios Normal (A) Cheyne-Stokes (B) Biot (C) Kussmaul Cantani EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 24 OBS.: ALTERAÇÕES DO RITMO RESPIRATÓRIO A presença de alterações do padrão respiratório podem associar-se a distúrbios fisiopatológicos específicos tendo importante valor semiológico no auxilío ao diagnóstico do paciente. Vão de alterações como o aumento ou diminuição da freqüência (taquipnéia e bradipnéia, respectivamente) à variações na amplitude respiratória com ou sem períodos de apnéia, podendo estar associadas a patologias graves com risco de morte iminente para o paciente. Taquipnéia Condições fisiológicas (ansiedade) Patológicas (febre, lesões pulmonares) Bradipnéia Fisiológica (sono) Lesões cerebrais com hipertensão intracraniana Intoxicação exógena com depressão do centro respiratório Ritmo de Cantani Caracteriza-se pelo aumento da amplitude dos movimentos respiratórios, de modo regular. Presente nos quadros onde há acidose metabólica (exemplos: cetoacidose diabética e insuficiência renal). Ritmo de Kussmaul Traduz-se por alternância seqüencial de apnéias inspiratórias e expiratórias e surge à medida que a acidose metabólica se agrava. As causas são as mesmas que geram o ritmo de Cantani. Ritmo de Biot É caracterizado por um padrão totalmente confuso, com movimentos respiratórios erráticos, freqüência e amplitude irregulares. Surge em pacientes com hipertensão intracraniana e lesões do sistema nervoso central. Ritmo de Cheynes-Stockes Caracteriza-se pela alternância de períodos de apnéia, seguidos por hiperpnéia crescente e decrescente, até a instalação de nova apnéia, e, assim, sucessivamente. Ocorre mais comumente em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave, podendo também estar presente em vigência de lesões do sistema nervoso central e hipertensão intracraniana. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 25 Palpação Expansibilidade torácica Flexibilidade torácica Cirtometria / toracometria Sensibilidade torácica FTV (frêmito tóraco-vocal – 33) Aumentado (ambiente sólido) Diminuído (ambiente aerado) Percussão Normal (timpânico) Hipertimpânico Maciço Ausculta da voz Ressonância vocal normal Broncofonia Pectorilóquia afônica Egofonia Ausculta pulmonar Murmúrios vesiculares Aumentado Diminuído Normal Ruídos adventícios Sibilos inspiratórios / expiratórios São sons contínuos, musicais e de longa duração. Os sibílos têm sua origem nas vias aéreas e requerem o fechamento dos brônquios para serem produzidos. Os sibilos acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo, como a asma e DPOC, mas podem acontecer em inúmeras outras doenças que acometem as vias aéreas. É popularmente chamado de "Chiado". Creptações: Os estertores com sons crepitantes podem ser explosivos, agudos e de curta duração, ocorrendo no final da inspiração. São gerados principalmente pela abertura dos alvéolos que se acham colapsados ou ocluídos por líquido viscoso. Não se modificam com a tosse. Podem ser classificados em crepitantes (finos) ou bolhosos (grossos) ou ainda de alto timbre e baixo timbre ou ainda classificados em crepitações inspiratórias precoces e tardios Grossas precoces São características dos pacientes com obstrução severa das vias aéreas. Estas crepitações podem ser produzidas nas vias aéreas maiores e próximas. Elas são frequentemente transmitidas à boca, são poucas numerosas, e ouvidas em uma ou ambas as bases pulmonares. Uma característica importante destas crepitações é que não desaparecem com a tosse nem com mudança de posição. Aparece nas seguintes doenças: Bronquite Crônica, Asma e Enfisema. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 26 Finas tardias São características dos pacientes com doença pulmonar restritiva. São normalmente mais numerosas que as precoces, variam com a posição do paciente e normalmente são transmitidas à boca. Parecem se originar nas vias aéreas periféricas, cada crepitação representando a abertura abrupta de uma única via aérea. Ocasionalmente, as crepitações inspiratórias tardias estão associadas com um sibilo curto no final da inspiração. Estas crepitações são vistas nas seguinte doenças: Fibrose Intersticial, Congestão Pulmonar da Insuficiência Cardíaca, Sarcoidose Pulmonar, Escleroderma, Pulmão Reumatóide. Roncos O ronco é um ruido adventício predominantemente inspiratório, podendo ser audível também na expiração. Sua tonalidade é grave, intenso, semelhante ao ronco observado durante o sono, é modificado pela tosse. Corresponde movimentação de muco e de líquido dentro da luz das vias aéreas (geralmente brônquios de grosso calibre) ou a presença de secreções espessas aderentes às paredes brônquicas com consequente diminuição de seu calibre. Indicam asma brônquica, bronquites, bronciectasias e obstruções localizadas. Atrito pleural As camadas lisas e úmidas da pleura normal movimentam-se fácil e silenciosamente uma sobre a outra. Entretanto, quando a superfície está espessada por depósito de fibrina, por celulas inflamatórias ou neoplásicas, o deslizamento está impedido pela resistência de fricção. O atrito de fricção foi comparado ao ranger de um couro velho. Exames complementares Diagnóstico fisioterapêutico Objetivos do tratamento Plano de tratamento Evolução MONITORIZAÇÃO NÃO-INVASIVA (AULA 04/05/11) Arritmias: Bradicardia sinusal: beta-bloqueador / hipoxemia Taquicardia sinusal: instabilidade hemodinâmica Fibrilação atrial: valvopatia Temperatura: Axilar Retal Oral OBS. 1: temperatura normal = 36,5 a 37,5°C OBS. 2: febre = processo infeccioso OBS. 3: FEBRE x METABOLISMO x TRABALHO CARDÍACO: quando há febre, resultante da elevação da temperatura, ocorrerá uma aceleração do metabolismo, com aumento do trabalho cardíaco, elevando o gasto de energia corporal. Freqüência cardíaca: Tipos: normocardio (60 a 100 bpm), bradicardia (<60 bpm) e taquicardia (>100 bpm) Palpação de pulso Ausculta EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 27 Oximetria Frequencímetro Monitor de eletrocardiograma / artefatos OBS. 1: analisar o uso de fármacos e suas reações Pressão arterial PAS PAD PA Média OBS. 1: analisar o uso de fármacos e suas reaçõesMecanismos de regulação: BARORRECEPTORES Controle Neural: o controle a curto prazo, durante períodos de segundos ou de minutos, é realizado quase que integralmente por reflexos nervosos. Um dos mais importantes desses reflexos é o reflexo barorreceptor. Quando a pressão arterial fica muito aumentada, ocorre distensão e excitação de receptores neurais especiais, os barorreceptores, situados nas paredes da aorta e da artéria carótida interna. Esses barorreceptores enviam sinais desde o bulbo, pelo sistema nervoso autonômico, para provocar: Lentificação do coração Força de contração cardíaca diminuída Dilatação das arteríolas Dilatação das grandes veias que, em conjunto, atuam no sentido de fazer com que a pressão arterial baixe até o valor normal. Efeitos exatamente opostos ocorrem quando a pressão arterial fica demasiadamente baixa e os barorreceptores deixam de ser estimulados. CONTROLE RENAL Os rins são responsáveis quase que inteiramente pelo controle a longa prazo da pressão arterial. Atuam por meio de dois mecanismos muito importantes para o controle da pressão arterial: um deles é o mecanismo hemodinâmico, o outro é o mecanismo hormonal. HEMODINÂMICO: O mecanismo hemodinâmico é muito simples. Quando a pressão aumenta acima do normal, a pressão excessiva nas artérias renais faz com que o rim filtre quantidades aumentadas de líquido e, portanto, que também excrete quantidades aumentadas de água e sal. A perda dessa água e desse sal diminui o volume sangüíneo, o que faz com que a pressão retorne aos valores normais. De modo inverso, quando a pressão cai abaixo do valor normal, os rins retêm água e sal até que a pressão retorne ao normal. HORMONAL: Controle hormonal: vários hormônios desempenham papéis importantes no controle da pressão, mas o de maior significação é o sistema renina-angiotensina. Quando a pressão cai a valores insuficientes para manter o fluxo sangüíneo normal pelos rins, que, pelas células justaglomerulares secretam a renina. A renina por sua vez, atua como enzima, convertendo uma das proteínas plasmáticas, o substrato de renina, no hormônio angiotensina I. Esse hormônio tem efeito relativamente pouco intenso sobre a circulação, mas é rapidamente convertido em um segundo hormônio, EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 28 a angiotensina II que produz a vasoconstrição nas arteríolas, o que faz com que a pressão aumente até seu nível normal. A angiotensina II também é responsável pela estimulação do córtex supra-renal a secretar a aldosterona, ela exerce efeito direto sobre o rim, para reduzir a excreção tanto de água como de sal pela urina. Como conseqüência, tanto a água como o sal ficam retidos no sangue, o que aumenta o volume sangüíneo, fazendo com que a pressão arterial volte ao normal. SpO₂ (Saturação de Oxigênio no sangue): Oximetria de pulso Imprecisão: Unhas pintadas Baixa perfusão periférica SpO₂ < 80% Curva de dissociação da hemoglobina ETCO₂ (medida de CO₂ exalado) Tira como base os parâmetros da gasometria para ver o ideal. CO₂ = vasodilata o sistema, vasoconstringe o pulmão O₂ = vasoconstringe o sistema, vasodilata o pulmão Diurese: Oligúria: < 500 ml / dia Anúria: quase nada / dia Dreno de tórax Controle Débito Característica Volume Oscilação da coluna Borbulhas Tipos de dreno GASOMETRIA ARTERIAL Ph: 7,35 a 7,45 SaO₂: > 95% pO2: 80 a 100mmHg pCO2: 35 a 45mmHg HCO3 (BIC): 22 a 26mmol/l BE: -2 a +2 Ph baixo = ácido (acidose) Ph alto = alcalose (febre, resp. contínua) Metabólico BIC ↑= alcalose BIC ↓= acidose Respiratório – CO2 ↑ PaCO2 – acidose respiratória ↓ PaCO2 – alcalose respiratória MONITORIZAÇÃO INVASIVA (AULA 11/05/11) PA Média Artéria radial, braquial, dorsal e femoral EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 29 Valor = 90 mmHg PVC (pressão venosa central) Pela veia cava superior, próxima ao coração, na chegada do sangue ao átrio direito Relaciona-se também com o enchimento de sangue no coração esquerdo Veia jugular externa / femoral (são possibilidades) Valor normal = 0 a 8 mmHg Complicações: Trombose Embolia Sangramento Aumentada: hiperidratado, função renal ruim e aumento do volume plasmático. É medida na mesma posição, quando o paciente está em Ventilação Mecânica (VM), retira para fazer a medida da PVC. Colóide (atua na albumina): aumenta PVC Cardiopata: aumentada a pressão capilar → edema → aumenta a PVC. Queimado: edema, diminui PVC (colóide puxa líquido para dentro do vaso) Paciente desidratado: diminui PVC, relacionada com a pré-carga (tensão exercida na parede do ventrículo ao final da diástole) Droga para diminuir a pré-carga: Menor ingestão de sal Diurético Venodilatador Drogas de efeito inotrópico + Colóide: ação coloidosmótica → aumenta volume plasmático, aumenta a PVC, vítima de queimadura usa colóide, de ICC não. Pós-carga: tensão sobre a qual o coração esquerdo irá bombear. A saturação venosa de O₂ demonstra a função cardíaca: ICC: diminui Débito Cardíaco, diminui fluxo, aumenta o tempo de extração de O₂, diminui a SaO₂ (venosa). SARA (síndrome da angústia respiratória aguda): aumenta o Débito Cardíaco, aumenta o fluxo, diminui o tempo de extração de O₂, aumenta a SaO₂ (venosa). Cateter Swan-Ganz Débito cardíaco de 4 a 8 L/min Índice cardíaco Mostra grande número de variáveis Pressão arterial esquerda 3 - 12 cmH₂O PIC (PRESSÃO INTRA-CRANIANA) Parafuso Subaracnóideo ou Extradural Cateter intraventricular PPC = PAM – PIC PPC = FSC ↑ PIC = ↓ PPC = ↓ FSC = ↑ CO₂ = ↑ PIC PIC: pressão intra-craniana EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 30 PPC: pressão de perfusão cerebral PAM: pressão arterial média FSC: fluxo sanguíneo cerebral OBS: Complacência (C=∆V/∆P): se aumenta o volume, ou a capacidade de receber volume, torna-se mais complacente; mas se aumenta a pressão, diminuindo a capacidade de receber volume, torna-se menos complacente. EXAMES HEMATOLÓGICOS (AULA 25/05/11) HEMOGLOBINA Homens: 14 a 18 mg/dl Mulheres: 12 a 16 mg/dl Policitemia: DPOC Anemia: hemorragia LEUCÓCITOS Normal: 5.000 a 9.000/mm³ Aumentado: apresenta quadro infeccioso PLAQUETAS Normal: 150.000 a 300.000 Trombocitose: aumento Trombocitopenia: diminuição ELETRÓLITOS Na⁺ (Sódio): sinais neurológicos K⁺ (Potássio): arritmias GLICOSE Jejum Pós-prandial FUNÇÃO RENAL Uréia Creatinina ENZIMAS CARDÍACAS CPK CPK-MB Troponina T Troponina I MICROBIOLOGIA UTI Acinetobacter Pseudonoma Cultura sanguínea Aspirado traqueal / catarro Pneumonia Streotococcus Pneumonae Mycoplasma Pneumonae Urina Colonização Bacteriana EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 31 DROGAS VASOATIVAS (AULA 01/06/11) PA = DC (FC x VS) x RPT VS: contratilidade, pré-carga, pós-carga Fisiologia cardíaca aplicada Para um bom desempenho cardíaco existem quatro componentes fundamentais envolvidos: Freqüência cardíaca Pré-carga Pós-carga Contratilidade Nas doenças cardíacas e nos estado alterados do sistema circulatório, um ou mais destes determinantes poderão afetar e alterar o desempenho cardíaco. Freqüência cardíaca: A freqüência cardíaca e o ritmo são rotineiramente monitorizados nos pacientes críticos. Quaisquer alterações na freqüência ou no ritmo cardíacoque prejudique o padrão hemodinâmico, será necessário utilizar drogas ou marcapasso para restabelecê-lo. Pré-carga: É a força ou carga exercida no miocárdio no final da diástole (estiramento das fibras). Pode dizer que se refere à quantidade de volume sanguíneo no ventrículo no final da diástole. Atualmente, não temos como medir o estiramento da fibra ou o volume a beira leito. Portanto, consideramos esta medida como sendo o volume diastólico final dos ventrículos. A atual relação entre volume diastólico final e pressão diastólica final é dependente da complacência da parede muscular. A relação entre as duas é curvilínea. Com a complacência normal, um grande aumento no volume causa um pequeno aumento na pressão. Pós-carga: A pós-carga se refere à resistência, impedância ou pressão que os ventrículos têm que exercer para ejetar seu volume sanguíneo. Ela é determinada por vários fatores: Volume e massa do sangue ejetado. Tamanho e espessura das paredes dos ventrículos. Impedância dos vaso Na aplicação clínica, para a medida da pós-carga são utilizadas: Resistência vascular sistêmica (RVS) para o ventrículo esquerdo. Resistência vascular pulmonar (RVP) para o ventrículo direito. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 32 A pós-carga é inversamente proporcional a função ventricular. Um aumento da resistência causa uma diminuição na contração e conseqüentemente uma diminuição do volume sistólico. A interrelação da pós-carga e do volume sistólico determina o desempenho cardíaco. Pós-carga de coração esquerdo: PTM = PRA - PIT PTM: pressão transmural PRA: pressão na raiz da aorta PIT: pressão intra-torácica Contratilidade: Refere-se ao inotropismo inerente ao encurtamento das fibras musculares cardíacas alternando com o alargamento destas. Existem múltiplos fatores que influenciam no estado de contratilidade do miocárdio, entre eles podemos citar: A ação do sistema nervoso simpático no coração. Mudanças metabólicas. Efeito de drogas DROGAS CATECOLAMINA Adrenalina Noradrenalina Dopamina EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 33 Dobutamina FÁRMACOS VASODILATADORES Nitratos Nitroprussiato de Sódio IECA RECEPTORES ADRENÉRGICOS ALFA 1 Vasoconstritor arteriolar Aumenta PA Aumenta perfusão coronária / cerebral ALFA 2 Feedback negativo a noradrenalina BETA 1 Aumento Inotrópico Aumento Dromotrópico BETA 2 Vasodilatador arteriolar (mais em músculo) Broncodilatação Aumento inotrópico / BETA 1 dependente D 1 Rim / coronariano / cerebral / Esplâncnico Vasodilatação Inibe aldosterona e ADH D 2 Pituitária / gastrointestinal / corpo cardíaco NORADRENALINA Efeito: ALFA 1 adrenérgico BETA 1 BETA 2 (discreto efeito) Indicação: Choque séptico Diminui PA ADRENALINA Efeito (BAIXAS DOSES): Cardíaco - BETA 1 Vascular - BETA 2 Altas doses Aumenta PAM Aumenta DC DOPAMINA Efeito (dose dependente): Ação dopaminérgica Ação beta-adrenérgica Ação alfa-adrenérgica Aumenta DC, aumenta FC, aumenta RV, diminui RVP EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 34 Vasoconstrição sistêmica Aumenta PA DOBUTAMINA Efeito: BETA 1: maior afinidade BETA 2 ALFA 1: pouco efeito INOTRÓPICO Inotrópico é relativo à força com a qual o coração está fazendo sua contrações. Inotrópico Positivo significa aumento da força de contração do coração. Inotrópico Negativo significa o contrário. DROGAS VASOATIVAS – “VASODILATADORAS” (AULA 01/06/11) DROGAS VASODILATADORAS Classificação: Venodilatadores: Nitratos Dilatadores arteriais: Hidralazina Dilatadores mistos: Nitroprussiato de Sódio IECA HIDROCLOROTIAZIDA Ação hipotensora: Depleção do volume plasmático Redução do edema da parede do vaso Reduz a reatividade vascular Ação vasodilatadora direta FUROSEMIDA Ação hipotensora Depleção do volume plasmático Diminui DC CARDIOPATA X DROGAS VASOATIVAS X FISIOTERAPIA X RESPOSTA HEMODINÂMICA EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 35 EFEITOS HEMODINÂMICOS – “VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA” (AULA 29/06/11) OBS. 1: ventilação espontânea é diferente de pressão positiva OBS. 2: Cardiopata tem todos os volumes diminuídos, devido a congestão pulmonar. OBS. 3: A CRF é o equilíbrio das pressões atmosférica e intratorácica (não sai e nem entra ar). OBS. 4: quando o ar entra, há pressão negativa pulmonar, em que a pressão alveolar encontra- se menor que a pressão atmosférica, e na saída ocorre o inverso, fica ela positiva e maior que a atmosférica. RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA (RE) X VENTILAÇÃO MECÂNICA (VM) VOLUME (CRF) RE: segue o padrão, pode ser reduzido devido aos problemas de PIT VM: fica aumentado, se comparado a RE, devido a negativação da PIT PRESSÃO ALVEOLAR RE: na inspiração encontra-se negativa, e na expiração positiva VM: sempre positiva, tendo seu ápice no final da inspiração PRESSÃO INTRAPLEURAL (PIP) RE: sempre negativa, só que na inspiração fica bem mais negativada do que na expiração VM: fica positiva na inspiração, porque está resistindo a entrada de ar disposta pela VM, e na expiração torna-se negativa, devido a total influência da VM, é bem ao contrário do que seria normal, devido estar totalmente influencia pela VM. FLUXO RE: normal, senoidal VM: será realizado conforme o desenho estabelecido pelo ventilador. RETORNO VENOSO RE: aumenta na inspiração e diminui na expiração VM: ao contrário, diminui na inspiração e aumenta na expiração (controlados pelo ventilador) OBS. 1: existe uma relação direta de proporcionalidade (INVERSAMENTE PROPORCIONAL) entre a PIP e o retorno venoso, em que: EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 36 NA RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA: na inspiração, a pressão torna-se mais negativa, para que ocorra a entrada do ar nos pulmões, com isso, tende-se a aumentar o retorno venoso, devido esta pressão dar um alívio na circulação, abrindo a caixa torácica. Na expiração ocorre o contrário. NO VENTILADOR MECÂNICO: na inspiração, o ventilador impulsiona o ar para dentro dos pulmões, tornando a PIP positiva, em que nisso o retorno venoso ficará diminuído, pois ocorrerá aumento da pressão na circulação e no coração, em virtude de serem atingidos com esse aumento de pressão. Efeitos da Ventilação Mecânica sobre o Sistema Cárdio-respiratório Durante o processo ventilatório artificial ocorrem alterações na Pressão Intratorácica (PIT) que repercutem diretamente no coração e grandes vasos. Dentre todas, a que nos chama mais a atenção são as mudanças de pressão dentro da parede torácica. Sendo a melhora do transporte de oxigênio para os tecidos o principal objetivo da Ventilação Pulmonar Mecânica (VPM), a diminuição do Débito Cardíaco pode-se contrapor a esta tarefa. Pressão Positiva Submetendo o pulmão à pressão positiva observa-se aumento na PIT e mudanças no volume pulmonar acarretando alteração significativa da resistência e capacitância vascular pulmonar. Com grandes variações de volume pode ocorrer compressão do coração no mediastino e, consequentemente, alterações hemodinâmicas importantes. Débito Cardíaco O gradiente de pressão para o retorno venoso é a diferença entre a pressão média de enchimento e a pressão atrial direita (PAD). Acredita-se que o principal mecanismo pelo qual a pressãopositiva reduz o DC é a diminuição deste gradiente de pressão. O aumento da PIT irá elevar a pressão do átrio direito, reduzindo o gradiente de pressão para o retorno venoso. Contratilidade Aumentos da PIT irão diminuir a pressão de ejeção do VE. O suporte ventilatório irá favorecer a oferta de oxigênio aos tecidos, inclusive para o coração. Suporte ventilatório não-invasivo (SVNI) é caracterizado pela não existência de via aérea artificial (VAA) para realizar o suporte ventilatório. A ventilação é realizada através de máscaras faciais ou nasais, ou dispositivo semelhante, que funciona como interface paciente/ventilador, em substituição às próteses endotraqueais. Tem como principais objetivos fornecer adequada troca gasosa e reduzir o trabalho da respiração. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 37 RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR Está relacionada ao volume pulmonar, em que aumenta nas extremidades e atinge menor valor na CRF. PACIENTE CARDIOPATA: diminui alvéolo, diminui volume pulmonar, há desvio da CRF para esquerda, aumenta a RVP, resultando no aumento da pós-carga de ventrículo direito. Se colocar um paciente numa máscara (com pressão positiva), pressuriza as VIAS AÉREAS, volume de ar aumenta dentro dos pulmões, CRF volta para o lugar, O₂ para corrigir a hipoxemia (que causa vasoconstrição), aí corrige a vasoconstrição, diminuindo a RVP. CARDIOPATA: ↓ CRF, ↓ volume pulmonar, ↑ RVP Põe ar no alvéolo: ↓ RVP, porém se colocar muito ar acaba aumentando novamente a RVP, aumentando a pós-carga em ventrículo direito, causando falência neste ventrículo. Se colocar muita pressão no tórax: ↓ retorno venoso ↑ trabalho respiratório, ↑ pré-carga, ↑ necessidade de O₂ para respiração → aumento de sobrecarga no coração, piora função cardíaca, pulmão fica mais congesto, piora mais o coração, ... (ciclo vicioso). DESEMPENHO CARDÍACO EFEITO DA PRESSÃO POSITIVA NA PRÉ-CARGA: ↓ pré-carga, pois diminui o retorno venoso. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 38 ICC: tem aumento na pré-carga, mas quando coloca pressão positiva diminui a sobrecarga no coração, aumenta a pressão intratorácica, diminui retorno venoso, diminuindo a pré-carga. EFEITO DA PRESSÃO POSITIVA NA PÓS-CARGA: Manobra de Valsalva: deixa mais positiva a PIT Manobra de Muller: deixa mais negativa a PIT ICC Aumenta a pressão retrógrada Leva a congestão pulmonar Diminui a complacência Aumenta a resistência Faz mais força pra ventilar, deixando mais negativa a PIT Aumenta a pré-carga Aumenta a pós-carga, isso no paciente com disfunção sistólica Aumenta ainda mais a transmissão retrógrada de pressão Aumenta mais ainda a congestão pulmonar, ... (ciclo vicioso) Coloca pressão positiva no alvéolo, que empurra o líquido, havendo redistribuição extra-alveolar do mesmo. VM → Pressão negativa (↑ PTM, ↑ pós-carga), pressão positiva (↓ PTM, ↓ pós-carga) ICC: tem diminuição de volume e capacidade se pressuriza o sistema Volume e capacidades aumentadas, diminui a RVP, corrigi a hipoxemia, também reduz a RVP, pois hipoxemia vasoconstringe. CONTRATILIDADE Correção da hipoxemia: melhora função ventricular Altos níveis de PEEP: piora fluxo sanguíneo, diminui a contratilidade Resultados contraditórios VENTILAÇÃO MECÂNICA x INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ICC: ↑ pós-carga, ↑ pré-carga VM: ↓ pós-carga, ↓ pré-carga ICC – “INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA” (AULA 02/07/11) CONCEITO Estado fisiopatológico em que uma anormalidade da função cardíaca é responsável pela insuficiência do coração em bombear sangue de forma compatível com o metabolismo tecidual e/ou capaz de fazê-lo somente a partir de uma pressão de enchimento elevada. DC = RV PA = DC x RPT DC = VS x FC Sistemas que controlam a PA: Barorreflexo: Quando a pressão arterial fica muito aumentada, ocorre distensão e excitação de receptores neurais especiais, os barorreceptores, situados nas paredes da aorta e da artéria carótida interna. Esses barorreceptores enviam sinais desde o bulbo, pelo sistema nervoso autonômico, para provocar: Lentificação do coração Força de contração cardíaca diminuída Dilatação das arteríolas EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 39 Dilatação das grandes veias que, em conjunto, atuam no sentido de fazer com que a pressão arterial baixe até o valor normal. Efeitos exatamente opostos ocorrem quando a pressão arterial fica demasiadamente baixa e os barorreceptores deixam de ser estimulados. SRAA (SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA) O sistema renina-angiotensina (RAS) é um sistema endócrino, em que a enzima “renina”, de origem renal, age sobre o angiotensinogênio, uma proteína de origem hepática (fígado), para originar no plasma sanguíneo, a “angiotensina I”. Angiotensina I é então convertida pela ação da enzima conversora da angiotensina (ECA) em a “angiotensina II”, capaz de provocar intensa vasoconstrição. A Angiotensina II promove também a liberação do hormônio aldosterona, produzido pela glândula supra-renal, o que aumenta o volume sanguíneo através do aumento da reabsorção de sódio e água. FÁRMACOS: Diuréticos: a hidroclotiazida esta relacionada com o aumento da diurese (excreção de água) e natriurese (excreção de sódio). Beta-bloqueadores: o propranolol, sua ação anti-hipertensiva pode decorrer basicamente do fato de que reduzem a liberação de renina e diminuem o débito cardíaco, diminuindo assim o volume sanguíneo. Bloqueadores de canal de cálcio: a nifedipina, inibe o influxo de cálcio na célula muscular lisa, acarretando a vasodilatação. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 40 Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA): têm como uma de suas principais ações inibir a conversão da Angiotensina I em Angiotensina II. Desta forma, a ação essencialmente vasoconstritora da Ang II é minimizada. O captopril foi o primeiro fármaco descrito como inibidor da ECA. A ECA inativa o vasodilatador bradicinina (liberado pelo plasma sanguíneo) e ativa o vasoconstritor Ang II. ETIOPATOGENIA Distúrbios da contratilidade ventricular: Cardiopatia isquêmica (dislipidemias) Cardiopatia idiopática Miocardiopatias específicas Miocardite: inflamação / destruição das fibras musculares cardíacas (perda muscular) Miocardite dilatada: sem causa definida Miocardite hipertrófica: espessura maior, contratilidade menor, pré-carga aumentada, luz diminuída, altera circulação local, chega menos sangue na endométrio. Eco cardiograma (para ver a contratilidade) Principal parâmetro: FEJ (fração de ejeção): 55-65% Ventrículo esquerdo ejeta sangue para o sistema de alta resistência Sobrecarga de pressão: Hipertensão arterial Estenose da aorta / artéria pulmonar Coarctação da aorta (congênita) Diminuição da luz do vaso em alguma parte de sua extensão, ventrículo esquerdo fica com hipertrofia → estenose da via de saída ventricular. Sobrecarga de volume: Insuficiência valvar Insuficiência mitral Insuficiência aórtica (sobrecarga de volume no Ventrículo Esquerdo) Cardiopatias congênitas (Q = ∆P / R): Shunt: na CIV com estenose pulmonar (D → E), na comunicação intraventricular (E → D). Síndromes hipercinéticas / hipervolêmicas Fístulas artéria-veia Beribéri Distúrbios de enchimento ventricular: Anomalias de relaxamento Hipertrofia Miocardiopatia hipertrófica Anomalias de rigidez ventricular Endomiocardia (fibrose) Cardiopatia isquêmica ICC “ESQUERDA” Alterações anterógradas: Infarto Diminui DC (débito cardíaco) Fadiga Fraqueza EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 41 Cianose Alterações retrógradas: Alterações respiratórias (dispnéia, taquipnéia) Aumento da pressão capilar pulmonar Efluxo – líquido fora do vaso Líquido no alvéolo Aumento do trabalho respiratório Trabalho da musculatura acessória na respiração (Padrão torácico) Alteração sistólica ICC “DIREITA” Acúmulo de sangue Aumento da pressão no ventrículo direito Aumento da pressão intratorácica Diminuição do RV (retorno venoso) OBS: pressão positiva melhora porque sai o líquido do alvéolo, melhora a respiração, diminui a congestão pulmonar, melhora a circulação, diminui pressão no ventrículo esquerdo. DPOC (DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA) Cor pulmonale, alteração pulmonar (hipercapnia / hipoxemia), vasoconstrição, diminui raio do vaso, aumenta resistência pulmonar, coração direito não consegue ejetar, sobrecarga de pressão, ICC direita. OBS: ICC é a via final de muitas doenças; aumento do trabalho respiratório, aumento da pressão intrapulmonar. EDEMA AGUDO DE PULMÃO Pulmão congesto: pouco ventilado, muita secreção, volumes e capacidades reduzidas Cardiopata aumenta a congestão pulmonar, com característica pulmonar restritiva PACIENTE CARDIOPATA Alteração na troca gasosa Diminuição da complacência Apresenta congestão pulmonar Faz uso da musculatura acessória: usa parte superior do gradil costal, com padrão respiratório predominantemente torácico, há também aumento do trabalho respiratório, alteração da ventilação e da gasometria. AULAS PRÁTICAS INSPEÇÃO CORPORAL (AULA 24/03/11) Verificar a pressão arterial PROCEDIMENTOS PARA A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 42 1. Colocar o indivíduo em local calmo com o braço apoiado a nível do coração e deixando-o à vontade, permitindo 5 min tos de repouso. Usar sempre o mesmo braço para a medida; 2. Localizar o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida; 3. Selecionar o tamanho da braçadeira para adultos ou crianças. A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%; 4. Localizar a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a; 5. Envolver a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria braquial. Manter a margem inferior da braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontrar o centro do manguito dobrando-o ao meio; EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 43 6. Determinar o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg; 7. Desinsuflar rapidamente o manguito e esperar de 15 a 30 segundos antes de insuflá-lo de novo; 8. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital. Deve ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a pele em todos os pontos. As olivas devem estar voltadas para frente; 09. Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito rapidamente até 30 mmHg acima da pressão sistólica registrada; 10. Desinsuflar o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo; EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 44 11. Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível (sons de Korotkoff); 12. Identificar a Pressão Diastólica (,mínima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível. Desinsuflar totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos; 13. Esperar de 1 a 2 minutos para permitir a liberação do sangue. Repetir a medida no mesmo braço anotando os valores observados; 14. Registrar a posição do paciente, o tamanho do manguito, o braço usado para a medida e os menores valores de pressão arterial Sistólica e Diastólica encontrados em mmHg. Retirar o aparelho do braço e guarda-lo cuidadosamente afim de evitar danos. Verificar a pulsação nas artérias corporais (conforme palpação) Artéria temporal Artéria carótida Artéria subclávia Artéria braquial Artéria radial e ulnar Artéria ilíaca Artéria femural Artéria poplítea Artéria tibial anterior Artéria tibial posterior Arterial do dorso do pé EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 45 DISTÚRBIOS ARTERIAIS (AULA 31/03/11) Inspeção: Pele: Integridade Temperatura Pigmentação Perimetria Cacifo CACIFO Cacifo, sinal de cacifo ou sinal de godet é um sinal físico que é representado pela depressão causada por compressão da pele pelo dedo do examinador em casos de edema acentuado. É positivo se a depressão não se desfizer imediatamente após a descompressão. Rubor: Eleva o membro por um tempo, logo após senta o paciente e deixa o membro suspenso, espera-se o rubor, comparando os dois membros, pois somente um estará elevado. Hiperemia reativa: Comprime a panturrilha com o esfigmo, espera-se a cor de isquemia, logo após tira e analisa o tempo de hiperemia reativa, prazo de até 10 segundos. Pulsos Claudicação: Inicial: relato do surgimento de incômodo, tipo uma dor Total: incapacidade de continuar a atividade DISTÚRBIOS VENOSOS (AULA 31/03/11) Inspeção Palpação: Edema (cacifo) Sensibilidade Temperatura Trofismo Perimetria Teste de Homan: O mais famoso é o sinal de Homan que consiste na dorsoflexão do pé sobre a perna e o doente vai referir dor na massa muscular na panturrilha EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 46 Sinal de Bandeira: Um edema muscular é identificado pela palpação da massa muscular dando menor mobilidade a panturrilha que fica empastada. Quando comparada com outro membro constitui o sinal da Bandeira. Sinal de Bancroft: Quando palpado contra a estrutura óssea o doente refere dor. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 47 Teste de compressão (bancroft) Compressão EXAMES COMPLEMENTARES (AULA 12/05/11) Radiografia de tórax: Dados de identificação (À DIREITA) Coração (À ESQUERDA) Arco aórtico (À ESQUERDA) Cúpula diafragmática elevada (À DIREITA) Bolha gástrica (À ESQUERDA) Para avaliar a penetração do Raio-X, deve-se enxergar os processos espinhosos até o arco aórtico, abaixo disso não tem visualização. Terminologia: RADIOPACA: produz a cor branca, são os meios de contraste como o metal e o osso. RADIOTRANSPARENTE: o ar é preto e a gordura cinza. POUCO PENETRADO: pouco infiltrado, hipotransparente, tendendo para o branco. MUITO PENETRADO: parece que queimou, hipertransparente. AP: ântero-posterior PA: póstero-anterior Verificar drenos e acessórios CONTINUAÇÃO: EXAMES COMPLEMENTARES (AULA 26/05/11) ECO-CARDIOGRAMA O que é um ecocardiograma? O ecocardiograma é um método auxiliar de diagnóstico utilizado no estudo do coração, com o intuito de detectar anomalias morfológicas e funcionais das suas estruturas - câmaras cardíacas (átrios e ventrículos), válvulas e grandes vasos sanguíneos (artéria pulmonar e aorta) Permite também medir o fluxo de sangue nas válvulas enos grandes vasos do coração. Como funciona o exame? O ecocardiograma utiliza ultra-sons (ondas sonoras inaudíveis e de alta freqüência) para examinar o coração. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 48 O som é refletido diferentemente por cada parte do coração, produzindo uma complexa série de ecos que podem ser visualizados em forma de uma imagem, que reflete a forma do coração e o modo como está a funcionar. Com progresso deste método, é possível obter imagens que permitem avaliar o tamanho, espessura e movimento das diversas estruturas cardíacas. O doppler utiliza igualmente ultra-sons mas avalia a direção e velocidade do fluxo sanguíneo dentro do coração; esta informação é visualizada sob a forma de gráficos. Quais as indicações do ecocardiograma? A ecografia ao coração permite avaliar os seguintes parâmetros: O funcionamento do coração, função ventricular, tamanho e a espessura das suas paredes. Estado das válvulas cardíacas e o seu funcionamento, particularmente estenose ou insuficiência valvular, com a quantificação da fuga de sangue. Débito cardíaco, com a quantidade de sangue expulso por cada ventrículo num minuto. Como cada ventrículo funciona separadamente é necessário avaliar o débito ventricular esquerdo e o débito ventricular direito. Outros diagnósticos que possíveis: Cardiopatias congénitas (tais como a comunicação entre as cavidades esquerda e direita do coração); Malformações dos grandes vasos do coração; Cardiomiopatias; Aneurismas; Presença de trombos intracardíacos Alterações da membrana que reveste o coração (pericardio). ECODOPPLER O exame Eco - Doppler, também conhecido como ultra-sonografia Doppler É o mais importante método para se diagnosticar e planejar possíveis cirurgias da maior parte das doenças vasculares. Através dele, os médicos são capazes de avaliar as varizes e fornecer o diagnóstico da trombose venosa. A tecnologia atual inclui imagem bidimensional de alta resolução e mapeamento de fluxos a cores, capaz de localizar rapidamente os distúrbios de fluxo do paciente. CINEANGIOCORONARIOGRAFIA Os termos cineangiocoronariografia, cinecoronariografia e coronariografia têm o mesmo significado. O coração é um órgão composto basicamente do músculo cardíaco, artérias, veias, válvulas e o sistema elétrico que controla o ritmo cardíaco. O coração pulsa em torno de 70 vezes por minuto ou 100.800 vezes ao dia, bombeando o sangue para todo o organismo. Para o exercício desta fundamental função de bomba ele necessita de um sistema de irrigação que forneça todos os nutrientes para o músculo cardíaco, representado pela circulação coronária. A redução ou a interrupção do fluxo sangüíneo através da árvore coronária determinará graus variáveis de isquemia miocárdica e em conseqüência disso o comprometimento do músculo cardíaco. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 49 Várias são as causas que podem determinar a formação de placas na luz do vaso e conseqüente obstrução do fluxo coronário, a saber: Diabetes; Taxas elevadas de colesterol e triglicerídeos; Antecedente familiar com histórico de infarto do miocárdio; Obesidade; Hipertensão; Estresse; Sedentarismo Hábitos alimentares inadequados. A redução do fluxo coronário se manifesta sob diferentes formas de apresentação: Assintomáticos; Angina estável de evolução crônica que se exacerba na vigência de esforços físicos e emoções; Síndromes coronárias agudas; Infarto agudo do miocárdio; Morte súbita do indivíduo. Dentro deste contexto, a coronariografia é considerada como o padrão ouro dos exames na definição da anatomia coronária. Consiste na visualização angiográfica dos vasos coronários após a injeção seletiva de substância contrastante. Para a execução do exame é necessário o manuseio instrumental dentro do sistema cardiovascular, esse método apresenta baixa morbidade, baixa mortalidade e excelente confiabilidade. Quando é indicado o estudo cineangiocoronariográfico? A coronariografia está indicada dentro dessa ampla gama de variáveis clínicas: Na presença ou suspeita de doença arterial coronária Pacientes assintomáticos Avaliação de dor precordial atípica Suspeita de espasmo coronário Angina estável Angina instável Infarto agudo do miocárdio EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 50 Valvopatias adquirida Investigação da insuficiência cardíaca Presença de arritmias cardíacas a serem esclarecidas No estudo de cardiopatias congênitas PERFUSÃO CORONARIANA Artéria coronária direita: Corre anteriormente ganhando o sulco átrio-ventricular Seguindo o sulco átrio-ventricular, curva-se posteriormente, alcança o sulco interventricular posterior Dá origem à artéria descendente posterior, que corre pelo sulco interventricular posterior Artéria coronária esquerda: Divide-se em: Artéria descendente anterior Ganha o sulco interventricular anterior, no sentido ao apéx cardíaco Artéria circunflexa Corre pelo sulco átrio-ventricular á esquerda Dá origem aos ramos lançados na parede do ventrículo esquerdo, chamados de ramos marginais esquerdos. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Oferece boas imagens do coração e detalhes de suas partes. A tomografia de coronárias é um dos principais exames, não invasivos e mais objetivos, para se detectar doenças obstrutivas de artérias coronárias ou se revelar a probabilidade de doença presente ou futura de coronárias, baseando-se no índice de cálcio. Este exame é realizado, principalmente, quando se suspeita de doença coronária. Ele também é usado em pacientes com evidências de doença coronária e que não querem se submeter à cineangiocoronariografia. Se a angiotomografia revelar doença coronária grave, o paciente deve ser submetido a cineangiocoronariografia, a qual auxilia com maior precisão na indicação terapêutica a ser seguida, que pode ir desde a cirurgia, com pontes de safena e mamária, ou a colocação de stents, ou condutas conservadoras. EDUARDO IZAGUIRRE (ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA – UNIPAMPA) 51 O exame é feito com a injeção de um contraste numa veia e, na seqüência, são realizadas um grande número de tomografias em poucos segundos e, a seguir, o computador funde as imagens fornecendo aos médicos dados anatômicos bastante precisos para orientar a conduta médica. É usada, também, para a avaliação da aorta, massas como coágulos ou tumores, ou doenças do pericárdio. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA O computador gera imagens que permitem uma boa observação do miocárdio, identificar zonas lesadas por um infarto, mostrar defeitos congênitos e avaliar os vasos de maior calibre como a aorta. A sua vantagem sobre a TC é a de não ser prejudicial ao organismo por não ser uma energia ionizante, gerar imagens de alta resolução sem usar contrastes, dar imagens tridimensionais, terem alto índice de contraste quanto aos diferentes tecidos, e por produzir imagens que não são distorcidas pela presença de ar ou líquidos em torno das estruturas que se quer observar. O exame é particularmente útil para diagnosticar doenças da aorta, do pericárdio, doenças congênitas antes ou depois de correções cirúrgicas, doenças do músculo cardíaco, principalmente tumores cardíacos ou do pulmão que, por vizinhança, tenham invadido o coração. A ressonância magnética pode também ser usada para avaliar a morfologia das câmaras cardíacas, a função global ou regional dos ventrículos e a existência de regurgitações valvulares. ERGOMETRIA / ERGOESPIROMETRIA O teste de esforço ou
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