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a interferencia do uso do andador infantil na fase do engatinhar e suas possiveis repercussões em outras fases do desenvolvimento motor normal

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11
FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG
SUZANE MARIA WASMAN
A Interferência do uso do Andador infantil
na fase do Engatinhar e suas possíveis repercussões
em outras fases do Desenvolvimento motor normal.
12
CASCAVEL
2006
FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG
SUZANE MARIA WASMAN
A Interferência do uso do Andador infantil
na fase do Engatinhar e suas possíveis repercussões
em outras fases do Desenvolvimento motor normal.
Trabalho apresentado no curso de Fisioterapia, da
Fag, como requisito ao título de Fisioterapeuta.
Orientador (a): Janaína Aparecida Carneiro de Melo.
13
CASCAVEL
2006
SUZANE MARIA WASMAN
A Interferência do uso do Andador infantil
na fase do Engatinhar e suas possíveis repercussões
em outras fases do Desenvolvimento motor normal.
Trabalho apresentado à Banca Avaliadora como requisito para a obtenção do título de
Fisioterapeuta da Faculdade Assis Gurgacz.
BANCA AVALIADORA
___________________________________________________________________________
Professora Orientadora Janaína Aparecida Carneiro de Melo.
Especialista em Neurologia Infantil.
__________________________________________________
Professora Helenara Salvati B. Moreira
Mestre em Ergonomia
_____________________________________________________
Professora Ione Bertoncello
Mestre em Engenharia de Produção – Projeto do Produto
14
Aos meus Pais........
Aos meus irmãos.......
Pelo amor, compreensão e Incentivo.
15
Agradeço a Deus por ter me concedido paciência, calma, e inteligência para concluir este
trabalho.
À minha orientadora Janaína Aparecida Carneiro de Melo, pelo auxílio para o
desenvolvimento deste trabalho.
Ás minhas colegas de turma, Tatiana, Luciana, Suélen, Talita, por me acolher no grupo
com carinho, amizade e sinceridade. Por acreditarem e me incentivarem, durante estes meses em
que convivemos juntas.
À minha amiga Lívia, que sempre esteve ao meu lado, me ajudando de um jeito ou de
outro, pela amizade verdadeira.
À minha irmã Fabiana que ajudou no desenvolvimento deste trabalho.
E a todas as pessoas importantes na minha vida que estiveram do meu lado desde o início
do trabalho.
16
“Abri-me as portas santas,
A fim de que eu entre para agradecer ao
Senhor.
A pedra rejeitada pelos arquitetos
Tornou-se a pedra angular.
Esse é o dia que o Senhor fez:
Seja para nós dia de alegria e de felicidade”.
(Salmo 117).
17
RESUMO
O Desenvolvimento Motor Normal da criança está relacionado com as experiências motoras
vivenciadas durante o 1º ano de vida, como se arrastar, engatinhar e andar em um tempo limitado.
O surgimento de todas essas habilidades requer o amadurecimento da atividade postural, a fim de
sustentar o movimento primário. O desenvolvimento do controle postural tem sido
tradicionalmente associado a uma seqüência previsível de comportamentos motores,
denominados marcos motores. Alguns dos principais marcos motores desse desenvolvimento
incluem rastejar, sentar-se, engatinhar, dar impulso para ficar em pé, ficar em pé sem apoio e
caminhar.Justifica-se este trabalho a necessidade de informação aos pais quanto a utilização deste
dispositivo, a falta de bibliografias e estudos designados neste tema. Bem como, o objetivo é
observar as possíveis alterações que o andador infantil poderá causar no desenvolvimento motor
normal e as possíveis conseqüências que a utilização deste, e se este recurso poderá repercutir nas
fases do desenvolvimento motor normal. Este trabalho envolveu a participação dos pais dos
alunos da primeira serie do ensino fundamental da escola municipal Adolival Pian, os quais
responderam a um questionário com onze perguntas. As indagações básicas eram se a criança
havia usado andador e se, em caso afirmativo, por quanto tempo foi usado e se os pais
observaram um atraso no desenvolvimento motor normal do filho em comparação com outras
crianças da mesma idade. Foram distribuídos trinta questionários. Do total de entrevistados,
dezessete, ou seja, 56% do total, disseram que os filhos realmente haviam usado o aparelho.
Desses 56%, todos (100%) confirmaram que a criança tinha tido algum tipo de atraso no
desenvolvimento motor normal, como por exemplo: pular a fase de engatinhar; demora em andar;
dificuldade de ficar em pé e cair com facilidade. Além do atraso no desenvolvimento motor
normal da criança, a utilização do andador pode ocasionar sérios acidentes.
Palavras chave: engatinhar; Desenvolvimento motor normal; andador infantil;
18
ABSTRACT
The normal motor desenvolviment of the childreen is related to motor experience during the first
year of life, for exemple, to drag, to track, and walk in one limited time. The rised of all this
abilities need a ripened of postural activity in order to sustain the primary moviment to
understand the rised of mobility and abilities of manipulation an childreen the therapeutic needs
to understand the postural substract of this capacities. The desenvolviment of the postural control
have been tradicionally associate to a predictable sequence of motor behaviors, summoing motors
marks. Some of the pricipal motors marks of this desenvolviment incluse, to creep, to sit, to track,
impulse for to stand up, stand up without support and walk. This labor wroped participation that
pupil parents the, municipal high school Adolival Pian, that’s answer one questionnaire with
eleven questions. The basic’s questions that’s children have used a infantile walk, and if, this case
how much time have use and if that parents observe one retardation in a normal motor
desenvolviment that children in comparison with another’s children’s in the some age. In thirty
questionnaire’s, seventeen, 56% her’s children using the apparatus. Of that 56%, all 100% to
confirm that children has someone type of retardation in the normal motor desenvolviment, for
example, to jumped that phase to creep, to walk to delay, difficulty in stand up and to fall with
ease. Beyond this delay in normal motor desenvolviment that children, the utilize the infantile
walk to be possible cause accident serious.
Key Words: To creep; Normal Motor desenvolviment; Infantile Walk.
19
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1 – Relação de participantes do estudo quanto ao sexo.....................................66
Gráfico 2 – Idade que a criança começou a andar...........................................................67
Gráfico 3 – Atraso no desenvolvimento motor (grupo A e B)........................................69
Gráfico 4 – Idade em que a criança utilizou o andador infantil......................................71
Gráfico 5 – Tempo em que a criança utilizou o andador (horas/dia)..............................73
Gráfico 6 – Ocorrência de acidentes durante utilização do andador infantil...................74
Gráfico 7 – Período (meses) em que utilizou o andador infantil.....................................75
Gráfico 8 – Comparação entre grupo A e B, quanto ao conhecimento dos pais sobre o uso do
andador.................................................................................................................76
Gráfico 9 – Comparação entre grupo A e B, quanto às orientações do pediatra sobre o uso do
andador infantil....................................................................................................77
20
SUMARIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................11
2 DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE POSTURAL.......................................13
2.1 MARCOS MOTORES E SURGIMENTO DO CONTROLE POSTURAL.............14
2.2 MODELOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO ...........................................14
2.3 SURGIMENTO DA POSIÇÃO SENTADA INDEPENDENTE.............................16
2.3.1 COORDENAÇÃO MOTORA...............................................................................162.3.2 Transição para a Postura Vertical Independente....................................................17
2.3.2.1 Desenvolvimento das Sinergias Musculares.......................................................18
2.3.2.2 Contribuições Sensoriais.....................................................................................19
2.4 DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE DESDE O NASCIMENTO NOS
PRIMEIROS MESES DE IDADE..................................................................................19
21
2.5 DESENVOLVIMENTO NORMAL.........................................................................20
2.6 USO DO ANDADOR INFANTIL ...........................................................................22
3 METODOLOGIA.......................................................................................................25
3.1 TIPO DE PESQUISA................................................................................................25
3.2 POPULAÇÃO...........................................................................................................25
3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO...................................................................................25
3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO..................................................................................25
3.5 SELEÇÃO DA AMOSTRA......................................................................................25
3.5.1 RISCOS..................................................................................................................26
3.5.2 BENEFICIOS.........................................................................................................26
3.6 PROCEDIMENTOS..................................................................................................26
3.7 TRATAMENTO DOS DADOS................................................................................27
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES..............................................................................28
4.1 AVALIAÇÃO...........................................................................................................28
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................41
APÊNDICE....................................................................................................................43
ANEXO...........................................................................................................................46
REFERÊNCIAS.............................................................................................................49
22
INTRODUÇÃO
Nos primeiros anos de vida, a criança desenvolve um incrível repertório de habilidades,
aprendendo a rastejar, andar correr sem ajuda, subir e descer e conquista coordenação olho/mão e
a manipulação dos objetos de várias maneiras. O surgimento de todas essas habilidades requer o
amadurecimento da atividade postural, a fim de sustentar o movimento primário. Para
compreender o surgimento da mobilidade e das habilidades de manipulação na criança, o
terapeuta precisa entender o substrato postural dessas capacidades.
O desenvolvimento do controle postural tem sido tradicionalmente associado a uma
seqüência previsível de comportamentos motores, denominados marcos motores. O ato de
engatinhar, por exemplo, é mais do que experimentar sensação de liberdade. A vivência da
fundamental etapa do desenvolvimento infantil ajuda a amadurecer uma parte do cérebro
denominada mesencéfalo, responsável pela remessa de mensagens ligadas entre outros aspectos a
realizações de movimentos. Ações como sustentar a cabeça, esforçarem para virar de lado e de
bruços rolar, sentar, engatinhar, ficar de pé e andar representam aspectos de uma evolução
neurológica e, ao mesmo tempo, aquisições relacionadas com o campo mental.
Alguns estudos relatam que se deve evitar o uso do andador infantil, pois a criança perde
a chance de engatinhar e desenvolver a noção de espaço, além de não poder testar sua capacidade
de equilíbrio.
No ponto de vista da ortopedia, o engatinhar ajuda a fortalecer a coluna e posicionando –
a de maneira correta, pois observando crianças utilizando o andador observamos que ela caminha
nas pontas dos pés e quando começa a andar sua marcha é semelhante.
23
Devido então, a ânsia dos pais em ver seu filho andando sozinho e rápido faz com que
muitos pais recorram ao andador infantil, esquecendo ou até mesmo por não terem informações
sobre o assunto. Além do atraso no desenvolvimento motor normal da criança, como já citado no
texto acima, a utilização do andador pode ocasionar sérios acidentes.
Portanto, tem como objetivos, este trabalho, observar as possíveis alterações que o uso do
andador infantil poderá causar no desenvolvimento motor normal, as possíveis conseqüências que
a utilização deste, e se este recurso poderá repercutir nas fases de desenvolvimento motor normal.
24
2 DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE POSTURAL
Segundo Shumway-Cook & Woollacott (2003), no recém-nascido, quando os caóticos
movimentos cefálicos, que regularmente perturbam o equilíbrio do lactente enquanto está
sentado, são estabilizados emergem os movimentos e comportamentos normalmente observados
nos lactentes mais maduros (Amiel-Tison e Grenier, 1980). Por exemplo, quando o terapeuta
estabiliza a cabeça do recém-nascido ele pode começar a prestar atenção no terapeuta, esticar o
corpo para alcançar objetos e manter os braços nas laterais do corpo, sugerindo a inibição da
preensão e os reflexos de Moro (SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT 2003).
O desenvolvimento do controle postural tem sido tradicionalmente associado a uma
seqüência previsível de comportamentos motores, denominados marcos motores. Alguns dos
principais marcos motores desse desenvolvimento incluem, rastejar, sentar-se, engatinhar, dar
impulso para ficar em pé, ficar em pé sem apoio e caminhar. A seqüência e a progressão do
surgimento desses marcos motores foram bem descritas por diversos pesquisadores no campo do
desenvolvimento (SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT 2003).
Segundo Flehmig (2002), o desenvolvimento motor normal do lactente, ocorre com
aprimoramento das aquisições motoras de acordo com a idade do mesmo.
Os componentes neurais essenciais para o controle postural envolvem: (a) processos
motores, incluindo sinergias da resposta muscular; (b) processos sensoriais, abrangendo os
sistemas visual, vestibular, e somatossensitivo; e (c) processos de integração de nível superior,
essenciais para mapear a sensação e ação e garantir os aspectos de antecipação e adaptação do
controle postural (SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT 2003).
25
2.1 MARCOS MOTORES E SURGIMENTO DO CONTROLE POSTURAL
O desenvolvimento do controle postural tem sido tradicionalmente associado a uma
seqüência previsível de comportamentos motores, denominados marcos motores. Alguns dos
principais marcos motores desse desenvolvimento incluem, rastejar, sentar-se, engatinhar, dar
impulso para ficar em pé, ficar em pé sem apoio e caminhar. A seqüência e a progressão do
surgimento desses marcos motores foram bem descritas por diversos pesquisadores no campo do
desenvolvimento. Em 1946, Arnold Gesell, um pediatra, descreveu o surgimento de padrões
gerais de comportamento nos primeiros anos de vida. Ele observou que, em geral, o
desenvolvimento comportamental ocorre desde a cabeça até a direção dos pés e do plano
proximal para o distal, dentro dos segmentos, formulando a lei da direção do
desenvolvimento.(SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT 2003).
Gesell deu o exemplo de uma criança que está aprendendo a rastejar e depois a
engatinhar. Inicialmente, ao aprender a rastejar, a criança usa um padrão braquial basicamente
simétrico, que eventualmente será substituído por um padrão mais alternado e complexo,à
medida que a habilidade de rastejar é aperfeiçoada. Quando a criança começa a engatinhar,
ocorre um retorno para o padrão simétrico do braço. Eventualmente, durante o aperfeiçoamento
dessa nova habilidade, surge um padrão alternado do braço. Assim, enquanto a criança progride
para cada novo estágio do desenvolvimento de uma habilidade, pode parecer que ela está
regredindo para uma forma prévia do comportamento, durante o surgimento de versões mais
maduras e adaptativas dessa habilidade.(SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT 2003).
2.2 MODELOS RECENTES DE DESENVOLVIMENTO
26
Segundo Shumway-Cook & Woollacott (2003), o desenvolvimento é um processo
complexo, com novos comportamentos e novas habilidades surgindo da interação entre criança,
seus sistemas nervoso e musculoesquelético em desenvolvimento e o ambiente.
Dentre desta estrutura, o surgimento do controle postural é provavelmente atribuído às
complexas interações entre os sistemas neural e musculoesquelético. Essas incluem o seguinte:
1. Alterações no sistema musculoesquelético, incluindo o desenvolvimento da força
muscular e as mudanças na massa relativa dos diferentes segmentos do corpo.
2. Desenvolvimento ou construção de estruturas coordenadas ou sinergias de resposta
muscular, utilizadas para manter o equilíbrio.
3. Desenvolvimento de sistemas sensoriais individuais, incluindo somatossensitivo,
visual ou vestibular.
4. Desenvolvimento de estratégias sensoriais para organizar essas múltiplas informações.
5. Desenvolvimento de representações internas, importantes no mapeamento da
percepção para a ação.
6. Desenvolvimento de mecanismos adaptativos e antecipatórios que permitem que a
criança modifique a forma pela qual ela se move e sente, para o controle postural
(Woollacott et al., 1989).
O desenvolvimento dos aspectos sensorial e motor do controle postural foi considerado
como um processo que envolve a capacidade de construir representações posturais internas
apropriadas, as quais refletem as normas para a organização das informações sensoriais e a sua
coordenação em ações motoras. Por exemplo, à medida que a criança ganha experiência em se
mover em um ambiente com gravidade, os mapas sensório-motores se desenvolvem. Esses mapas
27
relacionam as ações com as informações sensoriais que chegam dos sistemas visual,
somatossensitivo e vestibular. (SHUMWAY-COOK 7 WOOLLACOTT 2003).
2.3 SURGIMENTO DA POSIÇÃO SENTADA INDEPENDENTE
À medida que os lactentes começam a sentar-se sem ajuda e, portanto, desenvolvem o
controle do tronco, eles devem aprender a dominar o controle da inclinação espontânea da cabeça
e do tronco para baixo e a responder às perturbações do equilíbrio. Isso exige a coordenação das
informações sensório-motoras que associam dois segmentos do corpo (a cabeça e o tronco), no
controle da postura. Para cumprir esse objetivo, devem estender, à nova série de músculos que
controla o tronco, as regras que aprenderam sobre as relações sensório-motoras para o controle
postural cefálico. É possível que, uma vez que essas regras tenham, sido estabelecidas para os
músculos do pescoço, elas possam ser imediatamente estendidas para o controle dos músculos do
tronco. (SHUMWAY-COOK & WOLLACOTT 2003).
2.3.1 Coordenação Motora
Segundo Shumway-Cook & Woollacott (2003), o surgimento da posição sentada
independente é caracterizado pela capacidade do lactente de controlar suficientemente a
inclinação espontânea, para permanecer ereto. Isso ocorre aproximadamente entre os 6 e 8 meses
de idade (Butterworth e Cicchetti, 1978).
A capacidade de responder às perturbações posturais com ajustes posturais organizados
parece se desenvolver simultaneamente.
28
Estudos de secção transversal e secções longitudinais foram usados para explorar o
desenvolvimento da coordenação muscular subjacente ao controle do pescoço e do tronco, em
lactentes com dois a oito meses (Woollacott et al., 1987; Hirschfeld e Forssberg, 1994;
Harbourne et al.,1993). Em um estudo conduzido por Woollacott e colaboradores, o EMG foi
utilizado para registrar as respostas musculares posturais do pescoço e do tronco, em lactentes
sentados em uma cadeira para bebês ou sem apoio sobre uma plataforma móvel. O movimento da
plataforma para frente ou para trás causava distúrbio na postura da cabeça e do tronco do bebê,
exigindo um ajuste subseqüente de compensação para recuperar o equilíbrio.
Segundo Shumway-Cook & Woollacott (2003), aos dois meses, os lactentes não exibem
respostas consistes e direcionalmente apropriadas às perturbações da plataforma. Aos três ou
quatro meses, exibem respostas direcionalmente específicas dos músculos do tronco, 40 a 60% do
tempo. Aos cinco meses, a atividade postural coordenada nos músculos do tronco, em resposta a
um movimento de plataforma, estava ocorrendo aproximadamente 40% do tempo. Aos oito
meses, quando os lactentes já dominam a posição sentada independente, os músculos do pescoço
e do tronco são coordenados em padrões eficientes para controlar a inclinação para a frente e para
trás, a partir dessa posição. (SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT 2003).
2.3.2 Transição para a Postura Vertical Independente
Durante o processo de aprendizagem da posição sentada independente, os lactentes devem
aprender (a) a se equilibrar com limites significativamente reduzidos de estabilidade, comparados
com aqueles utilizados na posição sentada e (b) a controlar muitos graus adicionais de liberdade,
à medida que adicionam a coordenação dos segmentos da perna e da coxa aos do tronco e da
cabeça. (SHUMWAY-COOK & WOLLACOTT 2003).
29
2.3.2.1 Desenvolvimento das Sinergias Musculares
Segundo Shumway-Cook & Woollacott (2003), estudos longitudinais exploram o
surgimento das sinergias de resposta postural em lactentes com dois a dezoito meses, durante a
transição para a postura vertical independente (Woollacott e Sveistrup, 1992; Sveistrup e
Woollacott, 1996). Os lactentes ficavam em pé com variados graus de apoio sobre plataforma
móvel, enquanto a EMG era usada para registrar a atividade dos músculos da perna e do tronco
em resposta à perda do equilíbrio.
Segundo Shumway-Cook & Woollacott (2003), os lactentes testados de dois a seis meses,
antes do início do comportamento de dar um impulso para se levantar, frequentemente durante o
seu início, não exibiam uma organização muscular coordenada em resposta às ameaças ao
equilíbrio.À medida que o comportamento de dar um impulso para se levantar progride (sete a
nove meses), os lactentes começam a mostrar respostas adequadas do ponto de vista direcional,
em seus músculos do tornozelo. À medida que a habilidade de dar um impulso para se levantar
melhora, os músculos do segmento da coxa começa a surgir durante o final da obtenção desta
habilidade, da postura imóvel independente e do andar (nove a onze meses); os músculos do
tronco são consistentemente ativados, resultando em uma sinergia completa. A substituição
gradual em porcentagem, nos experimentos nos quais uma resposta de músculo unitário,
comparada com uma resposta de três músculos, foi observada nas crianças que trocaram o início
do impulso para se levantar pelo andar independente. Note a adição gradual de músculos à
sinergia, com a experiência e o desenvolvimento.
30
2.3.2.2 Contribuições Sensoriais
Segundo Shumway-Cook & Woollacott (2003), p arece que a visão mapeia os músculos
que controlam a postura vertical dos cinco aos seis meses, antes do mapeamento do sistema
somatossensitivo e muito antes do lactente precisa ficar em pé. Isso sugere que o lactente precisa
reconstruir as sinergias quando as informações somassensitivas são mapeadas para o controle
postural vertical.
2.4 DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE DESDE O NASCIMENTO NOS
PRIMEIROS MESES DE IDADE
Segundo Burns, MacDonald(1999), os primeiros anos de vida são uma época em que
ocorrem alterações dramáticas no crescimento e no desenvolvimento da criança. Durante as
primeiras semanas de vida, o lactente é capaz de reagir às sensações tácteis, gustativas e sonoras,
aos movimentos e às imagens visuais, especialmente diante de um rosto humano, mas depende
inteiramente de alguém que o alimente, o proteja e o suporte contra a ação da gravidade e durante
os movimentos no meio ambiente. Nos primeiros anos, a criança possui uma noção básica do
ambiente em que vive; dispõe de independência motora graças à locomoção, bem como da
capacidade funcional para se alimentar e colaborar ao ser vestida/despida, além de alguma
capacidade de comunicação verbal. É capaz de segurar e manipular objetos e está consciente das
diferenças básicas no tocante às dimensões, à consistência e ao uso dos objetos, porém seus
movimentos e sua coordenação ainda carecem de precisão e destreza. Os movimentos da criança
31
com dois anos de idade podem ser considerados desajeitados, se comparados com aqueles de uma
criança de seis anos. O desenvolvimento, sendo o processo de mudanças complexas e interligadas
das quais participam todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas dos
organismos, é apresentado por cada criança com um padrão característico de desenvolvimento,
visto que suas características inerentes sofrem a influência constante de uma cadeia de transações
que se passam entre a criança e seu ambiente.
2.5 DESENVOLVIMENTO NORMAL
No oitavo mês a criança ergue-se apoiada pelas mãos, às vezes também em objetos, na
medida em que já é bastante estável, fica em pé, então, com ligeira oscilação. Ainda se vê o
reflexo de preensão plantar. A criança coloca-se em posição de engatinhamento e engatinha, com
rotação ainda deficiente; mas também isto é apreendido por muitas crianças desta idade
rapidamente. Às vezes, a criança girando, passa da posição sentada de lado para a posição
sentada propriamente; cada vez mais rapidamente muda de posição e movimenta-se muito. Fica
em pé somente com alguém segurando. A criança apoiada caminha com passos titubeantes;
largada senta-se e tenta novamente erguer-se; sobretudo quando tenta alcançar alguma coisa. A
criança tornou-se muito mais estável e chega à posição ereta embora ainda sem segurança.
Movimentos continuados, modificações da posição e a tentativa constante de alcançar alguma
coisa no espaço determinam, daí por diante, o desenvolvimento. Diverte-se com a aprendizagem
e delimita o seu meio com isso. A mãe recebe sinais para estar sempre presente. A criança
aprende todos os truques que lhe possibilitem atrais as pessoas que a cercam, a fim de que a
ajudem a ampliar o seu campo de ação (FLEHMIG, 2002).
32
Segundo Aranha (2006), ao engatinhar o campo visual do bebê aumenta, e ele adquire
percepção de espaço e tempo- começa a notar volume, distância. Fica mais fácil fazer a
progressão espacial, que é a noção de que a criança vai precisar, por exemplo, para passar ao
caderno o que vê na lousa.
O fato do bebê saltar esta fase está relacionado à maturação do seu sistema
neurofuncional. Pode ter causa genética (talvez os pais, avós nunca tenham engatinhado) ou se
deve à falta de estímulos (ARANHA, 2006).
Segundo Moraes ( 1998), o engatinhar e a marcha são importantes marcos no
desenvolvimento motor da criança, representando as primeiras expressões da locomoção. Estes
comportamentos motores refletem mudanças radicais na estrutura corporal, na coordenação e no
controle motor, devido à maturação do sistema nervoso central (SNC).
Para aquisição do engatinhar, deve haver uma evolução tônica que permita a manutenção
da postura quadrúpede, e os reflexos tônicos cervicais devem ser inibidos ou integrados ao SNC,
para possibilitar os movimentos dos membros independentemente do pescoço e cabeça. A postura
quadrúpede, inicialmente, permite ao bebê movimentos simples de deslocamento do centro de
gravidade do corpo antero-posteriormente. A aquisição do ato de engatinhar é considerada uma
etapa importante no desenvolvimento, uma vez que expõe o bebê a situações antes não
vivenciadas. Este movimento permite o movimento da cabeça em todas as direções, o que
melhora as respostas do bebê a estímulos auditivos e visuais e favorece o desenvolvimento da
fixação do olhar. A extensão de punho com as mãos espalmadas em contato com a superfície,
durante a execução do engatinhar, irá favorecer o manuseio adequado de objetos. Nos membros
inferiores, os movimentos alternados de flexão de joelho, quadril e extensão de tornozelo
representam um padrão de movimentos dissociados e coordenados. Além disso, o engatinhar
induz ao treino de equilíbrio precedente à posição bípede, já que, em relação à postura prona ou
33
sentada, o centro de gravidade se encontra mais afastado da superfície de apoio. Os pontos de
apoio variam de quatro para três e dois durante o engatinhar, havendo também transferência de
peso homo e heterolateral para membros superiores e inferiores. Assim, o bebê pode estabelecer
uma interação muito maior com o ambiente e desenvolver sua percepção espacial (MORAES,
1998).
Segundo Gesell & Ames (1940), nenhum estágio ou aquisição motora é dispensável, já
que o desenvolvimento motor ocorre numa seqüência de transformações posturais, com
alternância na dominação dos padrões flexores e extensores, apoio unilateral e bilateral,
culminando na marcha independente.
2.6 USO DO ANDADOR INFANTIL
Segundo Shumway-Cook & Woollacott (2003), a capacidade de controlar a posição do
corpo no espaço é fundamental para tudo que fazemos. Todas as tarefas exigem um controle
postural. Ou seja, cada tarefa tem um componente de orientação e outro de estabilidade. No
entanto, as exigências quanto à estabilidade e à orientação variam de acordo com a tarefa e o
ambiente.
O ambiente em que o lactente vive pode dar diferentes formatos ou moldar aspectos do
seu comportamento motor. O ambiente positivo age como facilitador do desenvolvimento
normal, pois possibilita a exploração e interação com o meio. Entretanto, o ambiente
desfavorável lentifica o ritmo de desenvolvimento e restringe as possibilidades de aprendizado da
criança. Paralelamente aos fatores de risco biológicos, as desvantagens ambientais podem
influenciar negativamente a evolução do desenvolvimento das crianças (SILVA, 2006).
34
Segundo Moraes (1998), crianças que engatinham desenvolvem maior percepção espacial
do que aquelas que somente fazem uso do andador, concluindo-se que os bebês humanos
necessitam do engatinhar como experiência locomotora, sendo esta uma forma de incrementar a
percepção visuo-espacial.
Segundo Wasman & Willemann (2005), a utilização do andador infantil pode alterar o
desenvolvimento do controle postural em crianças normais por impedir movimentos que são pré-
requisitos para aquisições motoras futuras (SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT, 2003).
Devido à falta de informações sobre o assunto e pela ânsia de ver seu filho andando sozinho
muitos pais recorrem ao andador infantil. Neste estudo verificou-se, através de um questionário
respondido pelos pais dos alunos, que em um grupo de 45 crianças com idade entre 6 e 7 anos de
idade, 21% das crianças analisadas utilizaram andador, mostraram alterações quanto à fase de
engatinhar e retardo no início da marcha. E através desse estudo, foi obtido o dado de que os pais
não sabiam os malefícios do andador infantil.
Segundo Paes (2005), no primeiro ano de vida, as quedas são o tipo de injúria mais
freqüente. Entre 0 e 2 meses de idade, geralmente, as pessoas deixam as crianças caírem; entre 3
e 11 meses, acontecem, principalmente, as quedas de mobília. Também são comuns acidentes
com andadores, os quais ocorrem quedas de escadas,calçadas, ou viram podendo causar sérias
conseqüências.
Segundo Oliveira (2005), o andador pode trazer mais prejuízos do que benefícios ao
desenvolvimento das crianças. Durante mais de um ano, Nathália analisou, como parte de seu
estágio na Unidade Materno Infantil do Centro de Saúde Escola do Marco, prontuários médicos
de 110 crianças atendidas. Por meio da observação desses prontuários, ela constatou que a
maioria das crianças que usou o andador (popularmente conhecido como "andajá") tiveram
alterações posturais e comportamentais, tendo prejudicado seu desenvolvimento motor em maior
35
ou menor grau, essas alterações são causadas porque o instrumento é usado inadvertidamente em
casa, sem acompanhamento ou indicação de um profissional. "O andador pode ser importante no
desenvolvimento das crianças como alguma deficiência no desenvolvimento motor, mas nesse
caso ele dever ser receitado por um médico ou fisioterapeuta ou profissional de terapia
ocupacional, ou ainda por uma equipe multidisciplinar. Normalmente, o andador é usado entre os
sete ou dez meses de idade, quando a criança está entre o engatinhar e os primeiros passos.”
Nessa fase, o uso do andador acaba prejudicando o desenvolvimento do engatinhar, que é
importante para a criança.
36
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Partiu-se de uma pesquisa de campo, qualitativa, abordagem exploratória de corte
longitudinal.
3.2 POPULAÇÃO
A população deste estudo foram crianças da primeira série do ensino fundamental, da
Escola Municipal Adolival Pian, na cidade de Cascavel/ PR, com faixa etária entre seis e sete
anos de idade. Cujos pais declarassem que a criança tivesse ou não utilizado o andador infantil no
período até os doze meses de idade.
3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:
Para ser incluso no trabalho, as crianças deveriam levar aos pais o questionário
(APÊNDICE A), para que os mesmos assinassem o termo de consentimento livre e esclarecido
(ANEXO A), autorizando a analise do mesmo.
3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
Crianças que os pais não assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, não
concordando com a participação do filho com o estudo.
3.5 SELEÇÃO DE AMOSTRA
37
A seleção do grupo de crianças para realização deste estudo, foi intencional, de acordo
com idade, e em relação ao preenchimento do questionário. Foram escolhidos crianças com faixa
etária entre seis e sete anos, pois já têm responsabilidade para encaminhar aos pais e explicar o
procedimento. No caso de crianças em idade pré-escolar, já não seria possível que os mesmos
levassem aos pais os questionários e se pudesse esperar a devolução. E crianças com mais de sete
ou oito anos de idade já poderiam apresentar outras alterações, as quais não se pudesse justificar a
origem das mesmas, sendo da utilização do andador infantil ou não.
3.5.1 RISCOS
Os riscos e desconfortos são quase nulos, porém, o constrangimento em responder alguma
questão do questionário poderá causar algum desconforto aos pais sendo possível que os pais não
aceitem responder o mesmo.
3.5.2 BENEFICIOS
Intervenção precoce no tratamento das possíveis alterações em que a utilização do
andador poderá causar, e informações aos pais que continuam utilizando este dispositivo.
3.6 PROCEDIMENTOS
Foi encaminhado a diretora da Escola Municipal Adolival Pian, uma carta de apresentação
e autorização para que a mesma tivesse conhecimento do trabalho a ser desenvolvido, e caso
concordasse com o mesmo, assinasse permitindo a realização do estudo. Esta escola oferece
quatro turmas de primeira serie com vinte alunos cada. Foram impressos em torno de quarenta
questionários, juntamente com o termo de consentimento. Durante o encaminhamento da carta de
38
autorização, a diretora selecionou duas turmas de primeira série, para que se pudesse realizar a
entrega dos questionários, mas no dia da entrega, havia apenas trinta alunos dos que haviam sido
selecionados, e as outras duas turmas de primeira serie, não estavam no colégio para que se
pudesse completar a entrega dos quarenta questionários previstos. Foram entregues somente
trinta questionários, nas duas turmas de primeira série selecionadas pela diretora da Escola, onde
estes apresentavam faixa etária entre seis e sete anos de idade. Destes trinta questionários
entregues e posteriormente recolhidos, foram separados em dois grupos, Grupo A, crianças que
utilizaram o andador infantil, e Grupo B, crianças que não utilizaram o andador infantil. O grupo
A, os quais utilizaram andador, conteve dezessete crianças, e o grupo B, crianças que não
utilizaram o andador infantil, conteve treze crianças.
3.7 TRATAMENTO DOS DADOS
Comparar os dois grupos quanto às respostas obtidas nos questionário com analise de
gráficos, utilizando o programa de computador Excel, para obter os resultados.
39
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 AVALIAÇÃO
Foi realizada a entrega dos questionários aos alunos da primeira série do ensino
fundamental da Escola Municipal Adolival Pian, para que os mesmos levassem aos pais ou
responsáveis para preenchimento das fichas. Um total de trinta questionários foram entregues.
Análise estatística dos dados quanto às respostas obtidas nos questionários, sendo um total de
dezessete crianças, subdivididos em grupo A (crianças que utilizaram o andador infantil) e grupo
B ( crianças que não utilizaram o andador infantil), sendo que 56% dos pais utilizaram o andador
infantil em seus filhos, e 44% não utilizaram este dispositivo.
No gráfico 1 observa-se a média de meninos e meninas participantes do estudo.
GRÁFICO 1 – Relação de participantes do estudo quanto ao sexo:
35,20%
46%
40,60%
64,70%
53%
58,85%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Grupo A Grupo B MEDIA
Sexo
N
º
de
M
en
in
as
e
M
en
in
os
Masculino Feminino
Fonte: da autora, 2006.
40
O Gráfico 1 mostra-se a média de 40,60% de meninos correspondentes ao grupo A e B,
sendo que 35,20% utilizaram o andador infantil, e 46% não utilizaram o andador infantil. A
média de 58,85% de meninas participantes do estudo, sendo que 64, 70% utilizaram o andador
infantil, e 53% não utilizaram. Pode-se observar que os valores relacionados ao sexo feminino
são superiores ao número de meninos, tanto no grupo A quanto no grupo B.
O gráfico 2 observa-se a idade (meses) em que a criança começou a andar, correspondente
a questão 1 do questionário (APÊNDICE A):
GRÁFICO 2- Idade que a criança começou a andar:
0
1
2 2
4
1
4
2
11
2 2
1
2
0
3
2
0
0
1
2
3
4
5
8 meses 9 meses 10
meses
11
meses
12
meses
13
meses
14
meses
15
meses
21
meses
idade do inicio do andar
N
ú
m
er
o
d
e
cr
ia
nç
as
Grupo A Grupo B
Fonte: da autora, 2006.
Observa-se no gráfico 2 que há uma incidência entre os doze meses e quatorze meses de
idade, com relação nas crianças deste estudos. E um caso em que uma criança iniciou o andar aos
41
21 meses, após ter usado por dois anos o andador infantil, relatando todas as alterações descritas
na questão 2 do questionário, ou seja, demorou para andar, caía com facilidade, pulou a fase do
engatinhar, tinha dificuldade para ficar em pé. A maioria das crianças iniciaram a marcha entre
nove meses até a idade de uma ano e três meses.
Toda mãe sonha em ver os primeiros passos dos filhos, a expectativa é natural. Quando o
bebê passa a se equilibrar em duas pernas, a criança inicia a conquista da autonomia. Já não
necessitando tanto dos adultos para se locomover. Por volta dos sete meses os bebês sentam-se
com firmeza e começam a procurar apoio. Aos oito, descobrem maravilhados, que são capazes de
engatinhar, com onze meses, vêm às primeiras tentativas de ficarem pé. Apóiam-se em móveis
para impulsionar o movimento. O andador atrasa este processo. Sem utilizar o andador a criança
movimenta as pernas, cai sentado , levanta, troca mais alguns passos e nesse cai-e-levanta
encontra o ponto de equilíbrio. Já com o andador, não precisa manter as pernas firmes, o aparelho
faz isso por ele (VILANOVA, 2004).
O gráfico 3 corresponde a questão dois do questionário ( se os pais notaram algum atraso
no desenvolvimento motor) comparando-se o grupo A e B:
42
GRÁFICO 3 – Atraso no desenvolvimento motor (grupo A e B):
23,50%
11,70% 11,70%
23,50%
29,70%
15,30%
7,60%
0
7,60%
69,20%
0%
20%
40%
60%
80%
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5
Alternat ivas de respostas
Po
rc
en
ta
ge
m
de
re
sp
os
ta
s
Grupo A Grupo B
Legenda:
Q1: Pulou a fase do engatinhar;
Q2: Demorou para andar;
Q3: Teve dificuldade para ficar em pé;
Q4: Caía com facilidade;
Q5: Nenhuma das alternativas;
Fonte: da autora, 2006.
Com relação ao grupo A, observa-se uma maior incidência com relação à questão Q1
(pulou a fase do engatinhar). Sendo a fase do engatinhar muito importante no desenvolvimento
motor normal da criança.
Segundo Silva et. al. (2006), as práticas que estimulam a adoção da postura de quatro
apoios e a utilização do chão como local de permanência influenciam positivamente o
desenvolvimento motor de lactentes.
Outras variáveis influenciam o ato motor, como o estado emocional da criança, o grau de
motivação, a sua cognição, a postura da criança no momento do ato, força muscular, a
43
temperatura local, a restrição de suas roupas, etc. Ou seja, todos estes fatores podem estar
interferindo nas aquisições motoras da criança e não somente o estado maturacional do cérebro
(FLEHMIG, 1987).
Em relação a questão Q4, correspondente a 23,4 %, (caía com facilidade), onde, segundo
Shumway-Cook & Woollacott (2003), uma discrepância entre as representações real e interna dos
limites de estabilidade pode resultar na instabilidade e no risco de quedas. Uma parte importante
da interpretação dos sentidos e da coordenação das ações que controlam a posição do corpo no
espaço parece ser a presença de uma representação interna, ou esquema corpóreo, que fornece
uma representação ou uma estrutura de referência postural exata. O andador sendo considerado
um dos limites de estabilidades da criança, mantêm a criança apenas no espaço e no circulo em
que ele corresponde. O andador serve como uma adição para a base de apoio.
O desenvolvimento neuropsicomotor da criança é aspecto importante do desenvolvimento
infantil. As aquisições motoras no primeiro ano de vida são fatores relevantes no prognostico do
desenvolvimento infantil. Neste período o desenvolvimento motor apresenta ritmo acelerado de
mudanças que culminam funções de mobilidade, com a aquisição do engatinhar e da marcha
independente, respectivamente aos 9 e 12 meses de idade (MANCINI et al., 2002).
O gráfico 4 corresponde a questão 4 (idade em que utilizou o andador infantil) do
questionário (APÊNDICE A):
GRAFICO 4 – Idade em que a criança utilizou o andador infantil:
44
Grupo A
17,60%
29,40%
5,80%
35,20%
5,80% 5,80%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
5 meses 6 meses 7 meses 8 meses 9 meses 12 meses
Mês em que foi ut ilizado Andador
Q
u
an
tid
ad
e
d
e
cr
ia
nç
as
qu
e
u
til
iz
ar
am
o
an
da
do
r
Grupo A
Fonte: da autora, 2006.
No gráfico 4 observa-se a idade (meses) a idade em que a criança utilizou o andador
infantil, sendo a maioria dos participantes, correspondentes a 35,20%, justamente com 8 meses, a
fase em que a criança desenvolve o engatinhar, amadurecendo esta fase para progredir para as
fases posteriores do desenvolvimento motor. A vivência desta fundamental etapa do
desenvolvimento infantil ajuda a amadurecer uma parte do cérebro denominada mesencéfalo,
responsável pela remessa de mensagens ligadas entre outros aspectos a realizações de
movimentos. Ações como sustentar a cabeça, esforçarem para virar de lado e de bruços rolar,
sentar, engatinhar, ficar de pé e andar representam aspectos de uma evolução neurológica e, ao
mesmo tempo, aquisições relacionadas com o campo mental (ARANHA, 2005).
Observa-se também um número considerável na utilização do andador aos seis meses de
idade, 29,40%, onde crianças já podem sentar-se com apoio, e às vezes sem apoio por curto
tempo. Apresentando também bom controle de cabeça, e exibem uma sustentação corporal nesta
postura com apoio, podendo atirar-se para trás (SILVA, 2006).
45
Segundo Coelho (2006), o andador pode trazer mais prejuízos do que benefícios ao
desenvolvimento das crianças. Durante mais de um ano, analisou os prontuários médicos de 110
crianças, na Unidade Materno Infantil do Centro de Saúde Escola do Marco, Por meio da
observação desses prontuários, ela constatou que a maioria das crianças que usou o andador
tiveram alterações posturais e comportamentais, tendo prejudicado seu desenvolvimento motor
em maior ou menor grau. Normalmente, o andador é usado entre os sete ou dez meses de idade,
quando a criança está entre o engatinhar e os primeiros passos. “Nessa fase, o uso do andador
acaba prejudicando o desenvolvimento do engatinhar, que é importante para a criança”.
Segundo Moraes (1998), o engatinhar e a marcha são importantes marcos no
desenvolvimento motor da criança, representando as primeiras expressões da locomoção. Estes
comportamentos motores refletem mudanças radicais na estrutura corporal, na coordenação e no
controle motor, devido à maturação do sistema nervoso central (SNC).
A dinâmica postural é a base da atividade motora e isto depende de um mecanismo tônico
postural normal, favorecendo a estabilidade e flexibilidade necessárias às mudanças posturais. Os
reflexos tônicos, que regem a atividade motora nas primeiras etapas da vida, são funcionais e
adaptativos ao meio por toda a existência do indivíduo. A maturação reflexa fornece e assiste
como base, os movimentos voluntários e a exploração do meio ( FIGUEIRA, 200).
O gráfico 5 relaciona o tempo (horas/dia) em que os pais utilizaram o andador infantil,
referente a questão 6 do questionário (APÊNDICE A):
46
GRÁFICO 5 – Tempo em que a criança utilizou o andador (horas/dia):
3
6
3 3
2
0
1
2
3
4
5
6
7
1 hora/dia 3 hrs/dia 4 hrs/dia 5 hrs/dia 6 hrs/dia
Horas/dia de uso do andador
N
úm
er
o
de
cr
ia
nç
as
Qtde de pcts
Fonte: da autora, 2006.
O gráfico 5 mostra um incidência de seis crianças que utilizaram por 3 horas/dia, o
andador infantil, todos os dias da semana. No tempo de 6 horas observam-se duas crianças.
“Os pais utilizam o andador, muitas vezes por ansiedade em ver o filho andar ou por
comodidade, do dia-a-dia doméstico” (ARAÚJO, 2006).
Como exemplo de uma criança que está aprendendo a rastejar e depois a engatinhar.
Inicialmente, ao aprender a rastejar, a criança usa um padrão braquial basicamente simétrico, que
eventualmente será substituído por um padrão mais alternado e complexo, à medida que a
habilidade de rastejar é aperfeiçoada. Quando a criança começa a engatinhar, ocorre um retorno
para o padrão simétrico do braço. Eventualmente, durante o aperfeiçoamento dessa nova
habilidade, surge um padrão alternado do braço. Assim, enquanto a criança progride para cada
novo estágio do desenvolvimento de uma habilidade, pode parecer que ela está regredindo para
uma forma prévia do comportamento, durante o surgimento de versões mais maduras e
adaptativas dessa habilidade.(SHUMWAY-COOK, 2003).
47
O controle postural para a estabilidade e a orientação requer a percepção (integração das
informações sensoriais, para analisar a posiçãoe o movimento do corpo no espaço) e a ação
(capacidae de produzir forças para controlar os sistemas de posicionamento do corpo). Portanto, o
controle postural exige uma interação complexa entre os sistemas musculoesqueléticos e neural.
Os componentes musculoesqueléticos incluem elementos como amplitude de movimento da
articulação, flexibilidade da coluna, propriedades musculares e relações biomecânicas entre
segmentos corpóreos unidos (SHUMWAY-COOK, 2003).
Os profissionais envolvidos com a pediatria devem ter plena consciência do valor da
atividade motora no processo de desenvolvimento, assim como também da importância de poder
detectar e intervir precocemente em presença de qualquer alteração apresentada (FIGUEIRA,
2006).
O gráfico 6 demonstra a ocorrência de acidentes entre o grupo que utilizou o andador
infantil, referente a questão 7 do questionário (APÊNDICE A):
GRÁFICO 6 – Ocorrência de acidentes durante utilização do andador infantil:
70,50%
29,4%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
SIM NÃO
respostas
D
ad
os
em
re
la
çã
o
ao
nº
de
cç
as
nº de cças
Fonte: da autora, 2006.
48
Na análise do gráfico 6 observa-se que 29,4% das crianças que utilizaram o andador,
sofreram quedas com o aparelho, sendo necessário exames como tomografia, pois nas quedas a
criança virava com o andador e batia a cabeça. E o valor de 70,50% das crianças não teve
nenhum tipo de acidente com o aparelho.
Segundo Paes (2005), no primeiro ano de vida, as quedas são o tipo de injúria mais
freqüente. Entre 0 e 2 meses de idade, geralmente, as pessoas deixam as crianças caírem; entre 3
e 11 meses, acontecem, principalmente, as quedas de mobília. Também são comuns acidentes
com andadores, os quais ocorrem quedas de escadas, calçadas, ou viram podendo causar sérias
conseqüências.
O gráfico 7 observa-se o tempo de uso do andador infantil (meses), correspondente a
questão 8 do questionário (APÊNDICE A).
GRÁFICO 7: Período (meses) em que utilizou o andador infantil:
29,40%
23,50%
5,80%
17,60%
5,80% 5,80% 5,80% 5,80%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
3
meses
4
meses
5
meses
6
meses
7
meses
8
meses
9
meses
24
meses
Período/meses de uso do andador
Q
td
e
de
cç
as
q
ue
ut
il
iz
ar
am
Periodo/mes
es
Fonte: da autora, 2006.
49
Observa-se no gráfico 7, uma incidência de 29,40% dos pais que utilizaram durante três
meses o andador infantil em seus filhos, e 23,50% utilizaram durante 4 meses o dispositivo,
17,60% utilizaram durante seis meses. A incidência de pais que utilizaram o andador durante 5
meses, e de 7 meses a 24 meses, são de 5,80 %. A utilização do andador explica-se pelo fato dos
pais ficarem ansiosos para que o filho adquira o caminhar, e pela comodidade de terem o andador
como auxílio para os filhos se locomoverem pelo ambiente domiciliar, sem que necessitem de
ajuda de outra pessoa (WASMAN & WILLEMANN, 2005).
O gráfico 8 compara o nível de conhecimento dos pais quanto a utilização do andador
infantil e suas possíveis alterações no desenvolvimento motor da criança:
GRÁFICO 8 – Comparação entre grupo A e B, quanto ao conhecimento dos pais sobre o uso do
andador:
23,50%
69,20%
76,50%
30,70%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Grupo A Grupo B
Conhecimento dos Pais
N
º
de
Pa
is
qu
e
co
nh
ec
em
/d
es
co
n
he
ce
m
SIM NÃO
Fonte: da autora, 2006.
O gráfico 8 corresponde ao conhecimento dos pais quanto a utilização do andador infantil.
Observa-se um desconhecimento dos pais referentes ao Grupo a, ou seja, aqueles que utilizaram
50
andador infantil em seus filhos. Enquanto 23,50% do mesmo grupo tinham conhecimento sobre
este aparelho. Já o nível de conhecimento dos pais do grupo B, quanto a utilização é superior ao
número de pais que não apresentam nenhum conhecimento sobre os malefícios e possíveis
alterações que poderá causar.
Segundo Vilanova (2004), cada criança tem o seu próprio ritmo de desenvolvimento. A
alta carga de cobrança pode fulminar a auto-estima dela. Portanto, deve-se deixar o bebê
descobrir suas capacidades, sendo interessante proporcionar oportunidades para o o bebê se
movimente, na postura do engatinhar, mesmo que ele já caminhe.
O gráfico 9 relacionado a questão 11 (se os pais receberam orientações do pediatra quanto
ao uso do andador infantil) do questionário (APENDICE A), comparando-se grupo A e B.
GRÁFICO 9 – Comparação entre grupo A e B, quanto às orientações do pediatra sobre o uso do
andador infantil:
1
2
16
11
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Grupo A Grupo B
respostas
Q
td
e
d
e
Pa
is
qu
e
re
ce
b
er
am
or
ie
nt
aç
õe
s
SIM NÃO
Fonte: da autora, 2006.
51
Com relação aos dados do gráfico 9, nota-se que os pediatras não informam ou orientam
os pais sobre a utilização do andador infantil, tanto no grupo A quanto no grupo B. E os pais
acabam utilizando o dispositivo sem saber das possíveis alterações que poderá causar, os
malefícios que poderá repercutir no desenvolvimento motor de seu filho futuramente.
52
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com relação aos dados obtidos neste estudo, foi possível constatar que o total de crianças
que utilizaram o andador, disseram não possuir qualquer tipo de conhecimento sobre os
malefícios deste. A maioria das crianças que utilizaram andador infantil demonstram algum tipo
de atraso no desenvolvimento. A maioria do grupo que não utilizou este dispositivo não
apresentam atrasos no desenvolvimento motor, segundo informações dos pais.
Outro fator quanto à utilização deste dispositivo segue a questão de que muitos pais não
têm informação suficiente sobre o assunto, e muitos profissionais da saúde também não orientam
pais quanto à utilização ou não deste dispositivo.
Muitos pais utilizam-se do andador infantil com a intenção de acelerar o processo de
marcha, sendo a bibliografia sobre esse assunto extremamente escassa.
Estudos demonstram que o interessante é proporcionar oportunidades para que o bebê se
movimente dessa maneira, mesmo que ele já caminhe, ou seja, com estímulos para que ele
explore o meio domiciliar, e conheça suas capacidades motoras, descobrindo suas funções. Pois
ao engatinhar o bebê aumenta seu campo visual, adquire percepção de espaço e tempo, começa a
notar volume e distância.
Cocluindo-se que a alta carga de cobrança pode fulminar a auto-estima da criança.
Portanto deve-se deixar que a criança faça tudo em seu tempo certo. Andar, mais do que uma
conquista motora, é um gigantesco passo emocional. A criança ganha a capacidade de se afastar
dos pais, até então o porto seguro. O melhor é controlar a ansiedade, porque ela prejudica a
criança. Hoje os pais desejam que seus filhos andem rapidamente, mais tarde irão querer que
53
falem muito bem, tirem as melhores notas. A evolução ocorre em etapas e os sinais aparecem dia
a dia.
A bibliografia é muito escassa, relacionada ao assunto, poucos estudos realizados.
Sugere-se novos estudos quanto a utilização do andador infantil, enfocando-se áreas
dentro deste tema, com avaliações posturais para comprovação dos dados obtidos, e informações
para os pais que ainda mantêm-se desinformados em relação ao assunto.
54
APÊNDICE
Apêndice A – Carta de Apresentação, destinada a Diretora da Escola.
CARTA DE APRESENTAÇÃO
Cascavel, ,de de 2006.
Eu, Janaína Aparecida Carneiro de Melo, professora da disciplina de Fisioterapia em
Pediatria na Faculdade Assis Gurgacz (FAG), autorizo a acadêmica Suzane Maria Wasman, a
desenvolver um projeto de pesquisa, distribuindo um questionário sobre o uso do andadorinfantil, direcionado aos pais dos alunos da 1ª série do ensino fundamental, o qual serão
recolhidos e analisados de acordo com as respostas dos mesmos.
Esta pesquisa nos fornecerá dados importantes sobre o impacto deste dispositivo
(andador) no desenvolvimento motor das crianças, favorecendo a intervenção precoce.
P. S: os questionários serão encaminhados, juntamente com o termo de consentimento.
Atenciosamente,
_____________________________________
Prof(a): Leda Paes Walcker
Coordenador (a) do Curso de Fisioterapia
_______________________________________
Prof (a): Janaína Aparecida Carneiro de Melo
Crefitto: 57761-F
55
Apêndice B – Questionário entregue aos pais dos alunos.
Questionário sobre utilização do andador infantil
Este questionário servirá como base de uma pesquisa acadêmica que avaliar se a
utilização do andador infantil pode comprometer o desenvolvimento normal da criança:
Grau de escolaridade dos pais: ________________________________________________
Idade da criança:
Sexo M ( ) F ( )
1) Com que idade que o bebê começou a andar? __________________________________
2) Você notou algum atraso no desenvolvimento motor em relação a outras crianças (sem utilizar
o andador infantil), como por exemplo:
( ) pulou a fase de engatinhar
( ) demorou para andar
( ) teve dificuldade em ficar em pé
( ) caía com facilidade
outras:____________________________________________________________________
3) Seu filho(a) usou andador infantil?
( )Sim ( )Não
4) Com que idade ele usou o andador infantil?
5) Modelo/marca/ano do andador: _____________________________________________
6) Período de horas que foi utilizado o andador por dia/semana?
7) Aconteceu algum acidente com o andador? Qual? _______________________________
_________________________________________________________________________
8) Tempo que usou o andador: ________________________________________________
9) Você sabe que a utilização do andador infantil pode atrasar o desenvolvimento motor da
criança?
56
( )Sim ( )Não
quais:_________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
10) Seu filho apresenta algum problema ortopédico diagnosticado pelo médico?
( )Sim ( )Não
Qual:_________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
11) O pediatra deu informações/orientações sobre utilização do andador infantil?
( )Sim ( )Não
quais?_________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Observações:___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Fonte: da autora, 2006.
57
ANEXO
Anexo A – Termo de consentimento livre e esclarecido encaminhado juntamente com
questionário.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
1. Identificação do Projeto de Pesquisa
Título do Projeto: A Interferência do uso do Andador Infantil na fase do Engatinhar e suas possíveis repercussões em
outras fase do Desenvolvimento motor normal.
Área do Conhecimento:
Curso: Fisioterapia
Número de sujeitos no centro: 17 Número total de sujeitos: 30
Patrocinador da pesquisa: Não se aplica
Instituição onde será realizado: Faculdade Assis Gurgacz
Nome dos pesquisadores e colaboradores: Suzane Maria Wasman; Janaína aparecida Carneiro de Melo;
Você está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa acima identificado. O documento
abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sua
colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir a qualquer momento,
isso não causará nenhum prejuízo a você.
2. Identificação do Sujeito da Pesquisa e do Responsável
Nome do menor: Data de nascimento:
Nome do responsável: Data de Nascimento:
Profissão: Nacionalidade:
Estado Civil: CPF: RG:
Endereço:
Telefone: E-mail:
3. Identificação do Pesquisador Responsável
Nome: Janaína Aparecida Carneiro de Melo
Profissão: Fisioterapeuta N. do Registro no Conselho: 57761-F
Endereço: Rua: São Luis, 3012.
Telefone: (45)3326.85.88 E-mail: janainaleb@hotmail.com
Eu, voluntário na pesquisa ou responsável pelo menor acima identificado, aceito participar ou
autorizo a sua participação, como voluntário(a) no presente projeto de pesquisa. Discuti com o
pesquisador responsável sobre a minha decisão em participar ou autorizar a sua participação e
estou ciente que:
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1. O(s) objetivo(s) desta pesquisa é(são) identificar as possíveis interferências que a utilização do
andador infantil, no desenvolvimento motor normal de uma criança, comprovar os artigos já
existentes, que defendem a hipótese de não se utilizar o andador infantil.
2. O procedimento para coleta de dados será através da entrega de questionários com perguntas
objetivas, sobre o desenvolvimento motor, destinados aos pais dos alunos de primeira série do
ensino fundamental, de uma escola municipal.
3. O(s) benefício(s) esperado(s) é(são) que através deste estudo, conseguirá comprovar se há
interferência do andador no desenvolvimento motor normal, ou não, de uma criança que utiliza
este dispositivo.
4. O(s) desconforto(s) e risco(s) esperado(s) é(são) quase nulos, dependentes do
constrangimento ao responder alguma questão do questionário.As medidas de proteção
adotadas serão perguntas objetivas relacionadas ao tema descrito acima.
Os procedimentos para reduzir a ocorrência dos possíveis riscos e desconforto serão não expor
o aluno, nem os pais, a situações desagradáveis, como uma questão em que não seja do interesse do
pesquisador.
5. A minha participação ou a participação de meu filho, ou do menor sob minha guarda (no
caso de menores) neste projeto tem como objetivo o esclarecimento sobre as possíveis
repercussões do uso do andador, e quanto a sua interferência do desenvolvimento motor do
mesmo.
6. A minha participação ou a participação de meu filho ou do menor sob minha guarda é isenta
de despesas e ele tem direito a assistência durante o preenchimento das questões, e tendo
direito de desistência em qualquer momento do estudo, não sendo penalizado em nenhum
momento decorrentes de minha participação na presente pesquisa.
7. Declaro estar ciente de que não está prevista nenhuma forma de remuneração para a minha
participação no presente estudo.
8. Tenho a liberdade de desistir ou de interromper a colaboração de meu filho (ou do menor sob
minha guarda) nesta pesquisa no momento em que desejar, sem necessidade de qualquer
explicação.
9. A desistência não causará nenhum prejuízo à saúde ou bem estar físico de meu filho (ou do
menor sob minha guarda). Não virá interferir no seu desenvolvimento motor, ou na sua vida
diária.
10. Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, mas concordo que sejam
divulgados em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejam mencionados;
Poderei consultar o pesquisador responsável (acima
identificado) ou o CEP-FAG, com endereço na Faculdade
Assis Gurgacz, Av. das Torres, 500, Cep 85807-030, Fone:
(45) 3321-3965, Site: www.comitedeetica@fag.edu.br
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sempre que entender necessário obter informações ou esclarecimentos sobre o projeto de pesquisa e
minha participação no mesmo.
11. Tenho a garantia de tomar conhecimento, pessoalmente, do(s) resultado(s) parcial(is) e final(is)
desta pesquisa.
Declaro que obtive todas as informações necessárias e esclarecimento quanto às dúvidas por mim
apresentadas e, por estar de acordo, assino o presente documento em duas vias de igual teor
(conteúdo) e forma, ficando uma em minha posse.
Cascavel, de Agosto de 2006.
_____________________________________
___
_________________________________Sujeito da pesquisa Responsável pelo sujeito da pesquisa
_________________________________
Pesquisador Responsável pelo Projeto
Testemunhas:
_______________________________________ ___________________________________________
Nome: Nome:
RG: RG:
CPF/MF: CPF/MF:
Telefone: Telefone:
Observação:
MENOR:
0-16 anos – representado (assinatura do responsável)
16-18 anos – assistido (assinatura do menor e do responsável
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REFERÊNCIAS
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