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Aula 08 Lingua Portuguesa provas Comentadas da Banca ESAF prof fernando Pestana

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Língua Portuguesa 
Provas Comentadas da ESAF 
Prof. Fernando Pestana – Aula 08 
 
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AULA 08 
 
Salve, salve!!! 
 
 Reta final... vamossimbora!!! 
 
 
ESAF – MPOG – ANALISTA PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – 2010 
 
Texto para as questões 46 e 47. 
 
A experiência da modernidade é algo que só pode ser pensado a 
partir de alguns conceitos fundamentais. Um deles é o conceito de 
civilização. Tal conceito, a exemplo dos que constituem a base da 
estrutura da experiência ocidental, é algo tornado possível apenas por 
meio de seu contraponto, qual seja, o conceito de barbárie. 
Assim como a ideia de civilização implica a ideia de barbárie, a 
experiência da modernidade (que não deve ser pensada como algo que já 
aconteceu, mas como algo que deve estar sempre acontecendo, um 
porvir) implica a experiência da violência que a tornou possível – a 
violência fundadora da modernidade. O processo civilizatório se constitui 
a partir da conquista de territórios e posições ocupados pela barbárie. Tal 
processo se dá de forma contínua, num movimento insistente que está 
sendo sempre recomeçado. Pensando em termos de experiência 
moderna, todas as grandes conquistas ou invasões das terras alheias 
tiveram como justificativa a ocupação dos espaços da barbárie. 
 
(Adaptado de Ruberval Ferreira, Guerra na língua: mídia, poder e terrorismo. 2007, p. 
79-80) 
 
46- Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas 
linguísticas no texto. 
 
a) A flexão de masculino no termo “pensado” (ℓ.1) indica que o pronome 
relativo “que” retoma, nas relações de coesão, o pronome “algo” e não o 
substantivo “experiência”. 
b) O uso da voz passiva em “ser pensada” (ℓ.7) indica que o verbo 
pensar está empregado como pensar em, e a oração na voz ativa 
correspondente deve ser escrita como pensar na experiência da 
modernidade. 
c) O sinal de travessão, na linha 9, exerce função semelhante ao sinal de 
dois pontos, que é a de introduzir uma explicação ou uma especificação 
para a ideia anterior. 
d) As estruturas sintáticas do texto permitem o deslocamento do pronome 
átono em “se constitui” (ℓ.10) e “se dá” (ℓ.12) para depois do verbo, 
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escrevendo-se, respectivamente, constitui-se e dá-se, sem que com 
isso se prejudique a correção ou a coerência do texto. 
e) Embora a substituição de “está sendo” (ℓ.12 e 13) por é respeite a 
correção gramatical e a coerência do texto, a opção pelo uso da forma 
durativa enfatiza a ideia de continuidade do processo civilizatório. 
 
47- A partir das ideias do texto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) 
as inferências abaixo, em seguida, assinale a opção correta. 
 
( ) A conquista dos espaços ocupados pela barbárie constitui uma das 
manifestações da violência que está na origem da modernidade. 
( ) A experiência ocidental estrutura-se por meio de conceitos em 
contraponto, ilustrados no contraponto entre civilização e barbárie. 
( ) O processo civilizatório constitui um movimento de constante 
recomeço porque espaços de violência devem ser ocupados. 
( ) A ausência da oposição no conceito de modernidade tornaria 
injustificável a ocupação de espaços de violência pelo processo 
civilizatório. 
 
A sequência correta é 
 
a) V, V, V, F 
b) V, V, F, V 
c) V, V, F, F 
d) F, V, F, V 
e) F, F, V, V 
 
Texto para as questões 48 e 49. 
 
O desenvolvimento é um processo complexo, que deriva de uma 
gama de fatores – entre os quais se realça a educação – e precisa de 
tempo para enraizar-se. É obra construída pela contribuição sistemática 
de vários governos. Depende da produtividade, que se nutre da ciência, 
das inovações e, assim, dos avanços da tecnologia. Na verdade, a 
humanidade somente começou seu desenvolvimento depois da Revolução 
Industrial, iniciada no século XVIII, na Inglaterra. A estagnação da renda 
per capita havia sido a característica da história. A Revolução desarmou a 
Armadilha Malthusiana e deu início à Grande Divergência. A Armadilha 
deve seu nome ao demógrafo Thomas Malthus, para quem o potencial de 
crescimento era limitado pela oferta de alimentos. A evolução da renda 
per capita dependia das taxas de natalidade e mortalidade. A renda per 
capita da Inglaterra começou a crescer descolada da demografia, graças 
ao aumento da produtividade na agricultura e da exploração do potencial 
agrícola da América. 
 
(Adaptado de Maílson da Nóbrega, Lula e o mistério do desenvolvimento. VEJA, 26 de 
agosto, 2009, p.74) 
 
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48- A partir da argumentação do texto, infere-se que 
 
a) a Grande Divergência falhou em suas previsões, porque se baseou 
apenas na evolução histórica da renda per capita. 
b) as previsões de Malthus sobre o processo do desenvolvimento foram 
confirmadas apenas nos países que não exploravam a agricultura. 
c) a educação, associada ao desempenho dos governos, mostrou a 
falsidade das previsões de Thomas Malthus. 
d) a contribuição da ciência para os avanços da tecnologia pode reverter 
previsões quanto ao processo de desenvolvimento. 
e) a Revolução Industrial, ao mostrar o potencial ilimitado de 
desenvolvimento da humanidade, tornou-se prioridade de governo. 
 
49- Provoca-se erro gramatical ou incoerência na argumentação do 
texto ao 
 
a) substituir os dois travessões da linha 2 por vírgulas. 
b) deixar subentendido o sujeito da oração, retirando o pronome se antes 
de “realça” (ℓ.2). 
c) iniciar o terceiro período sintático pelo termo Esse processo, 
escrevendo “Depende” (ℓ.4) com letra inicial minúscula. 
d) substituir “havia sido” (ℓ.8) por fora. 
e) ligar os dois últimos períodos sintáticos pela conjunção porquanto, 
escrevendo o artigo em “A renda” com letra minúscula. 
 
Texto para as questões 50 e 51. 
 
Durante muito tempo, fazer ciência significou poder quantificar os 
dados da realidade, garantir a generalidade e a objetividade do 
conhecimento. No afã da universalidade do saber científico, do 
cognoscível como representação do real, excluía-se o sujeito do 
conhecimento, sua subjetividade, seus condicionamentos histórico-sociais. 
Na base desta perspectiva está a crença de que o mundo está aí, pronto 
para ser apreendido por uma consciência cognoscente. O cientificismo não 
leva em conta que tanto o processo de percepção como o do pensamento 
têm seus próprios mecanismos de produção. Hoje, ignorá-los significa 
negar conquistas relevantes da psicologia contemporânea. Os objetos da 
percepção e os objetos do pensamento não nos são dados da mesma 
maneira, nem tampouco se pode pensar na correspondência entre a 
realidade e sua representação, mesmo porque nem tudo que existe é 
representável. 
 
(Adaptado de Nilda Teves, Imaginário social, identidade e memória. In: Lúcia Ferreira & 
Evelyn Orrico (org.), Linguagem, identidade e memória social, 2002, p. 53-54) 
 
50- Assinale a opção correta a respeito das estruturas linguísticas do 
texto. 
 
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a) No desenvolvimento do texto, a expressão “desta perspectiva” (ℓ.6) 
aponta para uma concepção de fazer ciência que se opõe à quantificação 
dos “dados da realidade” (ℓ.2). 
b) De acordo com as normas gramaticais da língua portuguesa, é opcional 
o uso da preposição de antes do pronome relativo “que” (ℓ.6); mas seu 
usoressalta as relações de coesão entre “crença” (ℓ.6) e “do saber 
científico” (ℓ.3), “do cognoscível” (ℓ.3 e 4). 
c) A vírgula depois de “aí” (ℓ.6) indica que a oração iniciada por “pronto” 
constitui uma explicação, um esclarecimento sobre a afirmação de que o 
“mundo está aí”. 
d) Na linha 9, a flexão de plural no verbo ter, indicada pelo uso do acento 
circunflexo em “têm”, estabelece a concordância com o termo posposto, 
“seus próprios mecanismos”. 
e) Na articulação da progressão das ideias no texto, o pronome átono em 
“ignorá-los” (ℓ.9) retoma “condicionamentos histórico-sociais” (ℓ.5); por 
isso está flexionado no plural. 
 
51- Assinale que alteração proposta para estruturas sintáticas do texto 
preserva sua correção gramatical e coerência argumentativa. 
 
a) A troca de posição entre “fazer ciência” e “quantificar os dados da 
realidade”, nas linhas 1 e 2: quantificar os dados da realidade 
significou poder fazer ciência. 
b) A troca de posição entre “do saber científico” e “do cognoscível”, nas 
linhas 3 e 4: do cognoscível, do saber científico como 
representação do real. 
c) A troca de posição entre “do pensamento” e “de percepção”, na linha 
8: tanto o processo do pensamento como o de percepção. 
d) O deslocamento do pronome átono “nos” para depois de “dados”, na 
linha 11, usando-se ênclise: não são dados-nos da mesma maneira. 
e) O deslocamento de “nem” (ℓ.13) para depois de “existe” (ℓ.13): 
porque tudo que existe nem é representável. 
 
52- A partir do artigo “Olhando o futuro”, de José Márcio Camargo, 
publicado em IstoÉ 2077, de 2/9/2009 foram construídos pares de 
fragmentos que compõem as opções abaixo. Assinale a opção em que a 
transformação dos períodos sintáticos em apenas um período, no segundo 
termo de cada par, resulta em incoerência ou erro gramatical. 
 
a) A economia mundial começa a dar sinais de recuperação. São sinais 
ainda tênues que podem estar sugerindo que a economia chegou ao 
fundo do poço. Mas muitos dos problemas que originaram a crise 
continuam preocupando. 
 
A economia mundial começa a dar sinais de recuperação, embora são 
sinais ainda tênues, que podem estar sugerindo que a economia chegou 
ao fundo do poço, porém muitos dos problemas que originaram a crise 
continuam preocupando. 
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b) O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas. 
Houve redução do comércio internacional, aumento da taxa de 
desemprego e queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
 
O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas, 
como redução do comércio internacional, aumento da taxa de 
desemprego e queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
 
c) A pergunta é quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentável sem eles. Por quanto tempo os bancos 
centrais e os governos ainda poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias? 
 
Pergunta-se quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentável sem eles e, ainda, por quanto tempo os 
bancos centrais e os governos poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias. 
 
d) Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários 
para os próximos meses são variados, com enorme incerteza. Não 
podemos descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais 
otimistas, com crescimento forte. 
 
Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para 
os próximos meses são variados, com enorme incerteza, pois não 
podemos descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais 
otimistas, com crescimento forte. 
 
e) O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente 
baixo, devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do 
desemprego e à queda da renda real. Isso deverá reduzir a taxa de 
crescimento do consumo nos próximos anos. 
 
O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente 
pequeno, devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do 
desemprego e à queda da renda real, o que deverá reduzir a taxa de 
crescimento do consumo nos próximos anos. 
 
53- Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas 
no texto. 
 
Os economistas brasileiros se concentram, no exame das causas da 
crise, na proposta de meios e modos de contorná-la. Com isso, não levam 
em conta dois pontos. O primeiro é que as medidas contra a crise, que 
vêm sendo adotadas tanto em países subdesenvolvidos como 
desenvolvidos, são fundamentalmente corretas. O segundo ponto é que a 
crise atual, como todas as anteriores, acabará, mais cedo ou mais tarde, 
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por ser corrigida. E, quando isso ocorrer, se voltará às fórmulas 
neoliberais apenas com regulamentação mais estrita da atividade 
bancária. 
 
(Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise. Correio Braziliense, 12 
de setembro, 2009) 
 
a) Seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao 
usar o pronome em “contorná-la” (ℓ.2) antes do verbo, escrevendo: 
modos de a contornar. 
b) Para evitar as três ocorrências consecutivas de “que” (ℓ.3 e 5), a 
retirada dessa conjunção antes de “a crise atual” (ℓ.6) manteria a 
correção gramatical e a coerência do texto. 
c) Na linha 4, o acento circunflexo em “vêm” indica que a concordância se 
faz com “medidas”, mas estaria igualmente correto e coerente com a 
argumentação escrever o verbo sem acento, optando, então, pela 
concordância com “crise”. 
d) O pronome em “quando isso” (ℓ.7) resume e retoma, em relações de 
coesão, o mesmo referente do pronome em “Com isso” (ℓ.2), ou seja, o 
exame da crise feito pelos economistas. 
e) Seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações entre os 
argumentos ao empregar o verbo em “se voltará” (ℓ.7) no plural, 
escrevendo voltarão-se. 
 
Leia o seguinte texto para responder às questões 54 e 55. 
 
O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge muito 
mais fortemente os níveis da produção e do emprego que os demais 
setores. Essa é uma situação que precisa ser repensada. É claro que não 
se trata de um problema simples, que se resolva com providências 
rápidas, pois exige medidas que às vezes podem ser classificadas como 
heterodoxas. Mas tem de ser enfrentado com coragem e inteligência. Não 
pode ser deixado ao sabor dos ventos, pois os custos virão no seu devido 
tempo, como nossa trajetória econômica bem mostra. Também não 
podemos deixar nos envolver por uma falácia que diz que qualquer 
desvalorização resulta em diminuição do bem-estar da sociedade 
brasileira. É verdade que, quando a taxa de câmbio desvaloriza, há uma 
redução do salário real. É preciso acrescentar, no entanto, que se reduz o 
salário real e se aumenta o nível geral do desemprego. 
 
(Adaptado de Antonio Delfim Neto, Fábrica de desemprego. CartaCapital, 16 de 
setembro de 2009) 
 
54- Avalie os seguintes itens para um período sintático que dê 
continuidade coerente e gramaticalmente correta ao texto. 
 
I. Desse modo, o bem-estar da sociedade brasileira está a merce dos 
ventos que conduzirão à essas providências rápidas. 
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II. Assim, tratam-se de aspectos multifacetados, com influências 
recíprocas em nível de exigirem enfrentamento complexo e inteligente. 
III. O resultado final desse enfrentamento, portanto, é provavelmentepositivo para a sociedade e, mais particularmente, para o setor de 
trabalho. 
 
a) Apenas I é adequado. 
b) Apenas II é adequado. 
c) Apenas III é adequado. 
d) Apenas I e II são adequados. 
e) Apenas II e III são adequados. 
 
55- Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas 
linguísticas no texto. 
 
a) Por se estabelecer, na estrutura sintática, uma relação de comparação, 
seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao 
inserir do antes de “que os demais setores” (ℓ.2 e 3). 
b) Nas relações de coesão, a ideia explicitada na primeira oração do texto 
é várias vezes retomada: apontada pelo pronome “Essa” (ℓ.3), resumida 
por “situação” (ℓ.3), referida pelo pronome “que” (ℓ.3) e substituída pelo 
termo “problema” (ℓ.4). 
c) A opção pelo uso do modo subjuntivo em “resolva” (ℓ.4) indica que se 
trata de uma hipótese ou possibilidade, pois a estrutura sintática estaria 
igualmente correta com o uso do modo indicativo, resolve. 
d) Com o objetivo de evitar a repetição de dois vocábulos de escrita e 
som semelhantes, seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações 
entre os argumentos substituindo-se “que diz que” (ℓ.9) por ao dizer 
que. 
e) No desenvolvimento das ideias do texto, além de ligar duas orações 
pela adição, o valor semântico da conjunção “e” (ℓ.13) é o de estabelecer 
uma relação de causa e consequência. 
 
56- A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações 
futuras está cada vez mais em voga. Ao longo da nossa história, 
crescemos em número e modificamos quase todo o planeta. Graças aos 
avanços científicos, tomamos consciência de que nossa sobrevivência na 
Terra está fortemente ligada a (2) sobrevivência das outras espécies e 
que nossos atos, relacionados a (3) alterações no planeta, podem colocar 
em risco nossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao 
desenvolvimento científico, temos o crescimento econômico que nem 
sempre esteve preocupado com questões ambientais. O que se almeja é o 
desenvolvimento sustentável, que é aquele viável economicamente, justo 
socialmente e correto ambientalmente, levando em consideração não só 
as (4) nossas necessidades atuais, mas também as (5) das gerações 
futuras, tanto nas comunidades em que vivemos quanto no planeta como 
um todo. 
 
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(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável: o 
crescimento econômico e o meio ambiente. Disponível em 
http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008) 
 
Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da 
Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase 
em 
 
a) 1, 2 e 3 
b) 1 e 2 
c) 1, 3 e 5 
d) 2 e 4 
e) 3, 4 e 5 
 
57- Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas 
no texto abaixo. 
 
Se hoje ___(1)___ é mais fácil, pelo menos para boa parte da 
humanidade, livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácil 
debelarmos boa parte das doenças que ____(2)___ a humanidade no 
decorrer da história, a contrapartida parece ser que não ___(3)___ fugir 
do desemprego, e, quando sim, não do trabalho desvairado, do temor da 
absolescência, do esgotamento nervoso, do estresse, da depressão. Cabe 
perguntar: é a tecnologia a responsável ___(4)___ mudança de nossa 
visão de mundo, ou é a nossa visão de mundo que conduz ___(5)___ 
mudanças tecnológicas? A pergunta é oportuna porque nos leva a 
questionar se não temos o poder de mudar o rumo de nossas vidas, de 
modificar nossa própria visão de mundo, e ___ (6)___ modificar o próprio 
mundo. 
 
(Filosofia, ciência & vida, ano III, n. 27, p. 32, com adaptações) 
 
a) nos / tem assolado / consigamos / pela / as / em 
b) para nós / assolam / consigamos / pela / à / em 
c) lhes / tem assolado / conseguimos / com a / as / em 
d) nos / assolaram / conseguimos / pela / a / de 
e) para nós / assolam / conseguíssemos / com a / à / de 
 
58- Assinale a opção em que as duas possibilidades propostas para o 
preenchimento das lacunas do texto resultam em um texto coerente e 
gramaticalmente correto. 
 
O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente 
atrelado a seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer 
vertiginosamente, ___(a)___ performance econômica invejável, porém 
___(b)___ custas da degradação de seu patrimônio. Por isso, 
especialistas discutem uma nova maneira de se calcular o PIB, ___(c)___ 
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em conta os índices de sustentatibilidade e a preservação dos recursos 
naturais. 
 A ideia, totalmente inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas 
necessidades básicas a serem cumpridas para viabilizar o crescimento 
sustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. Apesar 
___(e)___ crise financeira que assombra as economias mundiais, os 
emergentes passam por um momento de crescimento, e investimentos 
em infra-estrutura básica tornam-se primordiais para assegurar a 
sustentatibilidade. 
 
(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do 
desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009) 
 
a) e apresentar / apresentando 
b) a / às 
c) o que leve / levando 
d) de / com 
e) da / de a 
 
59- Numere em que ordem os trechos abaixo, adaptados do ensaio Lula 
e o mistério do desenvolvimento, de Maílson da Nóbrega (publicado 
em VEJA, de 26 de agosto, 2009), dão continuidade à oração inicial, 
numerada como (1), de modo a formar um parágrafo coeso e coerente. 
 
(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países 
ricos. 
( ) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, 
divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra 
até o século XVIII. 
( ) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes 
irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial. 
( ) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o 
desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação. 
( ) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, 
impaciência e preguiça. 
( ) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores 
como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas 
sociedades bem-sucedidas. 
 
A sequência obtida é 
 
a) (1) (2) (4) (5) (6) (2) 
b) (1) (3) (2) (6) (4) (6) 
c) (1) (4) (2) (6) (5) (3) 
d) (1) (3) (5) (4) (2) (6) 
e) (1) (2) (6) (4) (3) (5) 
 
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60- Os fragmentos abaixo constituem sequencialmente um texto e foram 
adaptados de Afonso C. M. dos Santos, Linguagem, memória e 
história: o enunciado nacional (publicado em: Ferreira, L. & Orrico, E., 
Linguagem, identidade e memória social, p. 2-25). Assinale a opção 
que apresenta o trecho transcrito com erros gramaticais. 
 
a) O termo fantasme é, importado da psicanálise, para expressar a 
inquietação que os professores deveriam apresentar no momento exato 
de decidir sobre a direção do seu trabalho. Desta forma o professor 
desviaria-se do lugar de onde sempre é esperado. 
b) Poderíamos conceber o nosso fantasme – a nação – como um 
fenômeno dotado de historicidade e cuja compreensão é central para a 
história. Por outro lado, podemos considerá-lo como um artefato cultural 
vinculado à história do próprio conhecimento histórico. 
c) Construído pela via do imaginário, esse artefatoprecisou da história 
para se legitimar e fazer crer que a identidade dos países estava 
assentada em um passado frequentemente anterior à própria existência 
do Estado. 
d) É preciso observar que toda interpretação dos fenômenos históricos 
pela História introduz uma transcendência da duração vivida em um 
tempo construído, o tempo da história, para realizarmos a reconstrução 
ideal. 
e) Na verdade, não podemos deixar de enfrentar nossos fantasmas, 
identificando o teatro das ilusões das construções historiográficas. Talvez 
porque nossa tarefa mais contemporânea seja, exatamente, discutir a 
natureza do conhecimento histórico. 
 
 
GABARITO COMENTADO 
 
 
Texto para as questões 46 e 47. 
 
A experiência da modernidade é algo que só pode ser pensado a 
partir de alguns conceitos fundamentais. Um deles é o conceito de 
civilização. Tal conceito, a exemplo dos que constituem a base da 
estrutura da experiência ocidental, é algo tornado possível apenas por 
meio de seu contraponto, qual seja, o conceito de barbárie. 
Assim como a ideia de civilização implica a ideia de barbárie, a 
experiência da modernidade (que não deve ser pensada como algo que já 
aconteceu, mas como algo que deve estar sempre acontecendo, um 
porvir) implica a experiência da violência que a tornou possível – a 
violência fundadora da modernidade. O processo civilizatório se constitui 
a partir da conquista de territórios e posições ocupados pela barbárie. Tal 
processo se dá de forma contínua, num movimento insistente que está 
sendo sempre recomeçado. Pensando em termos de experiência 
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moderna, todas as grandes conquistas ou invasões das terras alheias 
tiveram como justificativa a ocupação dos espaços da barbárie. 
 
(Adaptado de Ruberval Ferreira, Guerra na língua: mídia, poder e terrorismo. 2007, p. 
79-80) 
 
46- Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas 
linguísticas no texto. 
 
a) A flexão de masculino no termo “pensado” (ℓ.1) indica que o pronome 
relativo “que” retoma, nas relações de coesão, o pronome “algo” e não o 
substantivo “experiência”. 
b) O uso da voz passiva em “ser pensada” (ℓ.7) indica que o verbo 
pensar está empregado como pensar em, e a oração na voz ativa 
correspondente deve ser escrita como pensar na experiência da 
modernidade. 
c) O sinal de travessão, na linha 9, exerce função semelhante ao sinal de 
dois pontos, que é a de introduzir uma explicação ou uma especificação 
para a ideia anterior. 
d) As estruturas sintáticas do texto permitem o deslocamento do pronome 
átono em “se constitui” (ℓ.10) e “se dá” (ℓ.12) para depois do verbo, 
escrevendo-se, respectivamente, constitui-se e dá-se, sem que com 
isso se prejudique a correção ou a coerência do texto. 
e) Embora a substituição de “está sendo” (ℓ.12 e 13) por é respeite a 
correção gramatical e a coerência do texto, a opção pelo uso da forma 
durativa enfatiza a ideia de continuidade do processo civilizatório. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida: a) coesão/concordância, b) voz verbal, c) pontuação, d) 
colocação pronominal, e) emprego de tempos e modos verbais. 
 
a) Perfeita a afirmação da banca. Em “A experiência da modernidade é 
algo que só pode ser pensado a partir de alguns conceitos 
fundamentais”, se substituíssemos o “que” por “algo”, teríamos ainda 
mais certeza da afirmação da banca. Veja: “Algo só pode ser pensado a 
partir de...”. 
 
b) A afirmação da banca não procede, porque verbo transitivo indireto 
(pensar em), segundo a gramática tradicional, não pode ser passado para 
a voz passiva, logo “ser pensada” (voz passiva analítica) não tem como 
forma correspondente na voz ativa “pensar em”. Veja o contexto de novo, 
reescrito: “A modernidade não pode ser pensada” (agora na voz ativa: 
“Não podem pensar a modernidade”. Note que o verbo “pensar” é 
transitivo direto, e não exige a preposição “em”. Eis o gabarito! 
 
c) Perfeita a afirmação da banca. Veja o trecho, reescrito: “... implica a 
experiência da violência que a tornou possível: a violência fundadora da 
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modernidade”. Note que “a violência fundadora da modernidade” explica 
“a violência que a tornou possível” e os dois-pontos (ou o travessão) 
introduzem tal explicação. 
 
d) Perfeita a afirmação da banca. Segundo as regras de colocação 
pronominal, o pronome pode vir antes ou depois do verbo se houver um 
sujeito explícito sem palavra atrativa, logo tanto faz: “O processo 
civilizatório se constitui (ou constitui-se)... Tal processo se dá (ou dá-se) 
de forma contínua...”. 
 
e) Perfeita a afirmação da banca. De fato, o uso do gerúndio enfatiza a 
ideia de duração do processo verbal, logo “está sendo”, apesar de poder 
ser substituído por “é”, cumpre o papel de enfatizar a ideia de 
continuidade do processo civilizatório. 
 
GABARITO: B. 
 
47- A partir das ideias do texto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) 
as inferências abaixo, em seguida, assinale a opção correta. 
 
( ) A conquista dos espaços ocupados pela barbárie constitui uma das 
manifestações da violência que está na origem da modernidade. 
( ) A experiência ocidental estrutura-se por meio de conceitos em 
contraponto, ilustrados no contraponto entre civilização e barbárie. 
( ) O processo civilizatório constitui um movimento de constante 
recomeço porque espaços de violência devem ser ocupados. 
( ) A ausência da oposição no conceito de modernidade tornaria 
injustificável a ocupação de espaços de violência pelo processo 
civilizatório. 
 
A sequência correta é 
 
a) V, V, V, F 
b) V, V, F, V 
c) V, V, F, F 
d) F, V, F, V 
e) F, F, V, V 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de interpretação. 
 
O que a ESAF chama de inferência, não é nada mais, nada menos que 
“procure no texto a resposta... e você vai encontrar”. 
 
As duas primeiras frases estão corretas e encontram respaldo no texto. 
 
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A primeira é corroborada mais especificamente neste trecho (início do 
segundo parágrafo): “Assim como a ideia de civilização implica a ideia de 
barbárie, a experiência da modernidade (que não deve ser pensada como 
algo que já aconteceu, mas como algo que deve estar sempre 
acontecendo, um porvir) implica a experiência da violência que a tornou 
possível – a violência fundadora da modernidade.” 
 
A segunda já encontra respaldo neste trecho (primeiro parágrafo): “A 
experiência da modernidade é algo que só pode ser pensado a partir de 
alguns conceitos fundamentais. Um deles é o conceito de civilização. Tal 
conceito, a exemplo dos que constituem a base da estrutura da 
experiência ocidental, é algo tornado possível apenas por meio de seu 
contraponto, qual seja, o conceito de barbárie.” 
 
As duas últimas frases não estão corretas e não encontram respaldo no 
texto. 
 
Sobre a terceira frase: apesar de o texto afirmar que o processo 
civilizatório constitui um movimento de constante recomeço (Tal processo 
se dá de forma contínua, num movimento insistente que está sendo 
sempre recomeçado), o erro está na explicação disso (porque espaços de 
violência devem ser ocupados). Volte ao texto. Você vai perceber que a 
ocupação dos espaços da barbárie é a justificativa das “grandes 
conquistas ou invasões das terras alheias” (fim do texto), não é a 
justificativa do constante recomeço do processo civilizatório. Espero que 
você não tenhamarcada a opção A. 
 
Sobre a quarta frase: absurda a afirmação de que há “ausência da 
oposição no conceito de modernidade”, afinal, o tempo todo, o texto 
argumenta que o conceito de modernidade é atribuído ao contraponto 
civilização/barbárie. Além disso, a quarta frase é desmentida 
integralmente pelo próprio texto, o qual afirma que a violência é 
fundadora da modernidade e que o processo civilizatório se constitui a 
partir da conquista de territórios e posições ocupados pela barbárie (veja 
o primeiro e o segundo período do segundo parágrafo). 
 
GABARITO: C. 
 
Texto para as questões 48 e 49. 
 
O desenvolvimento é um processo complexo, que deriva de uma 
gama de fatores – entre os quais se realça a educação – e precisa de 
tempo para enraizar-se. É obra construída pela contribuição sistemática 
de vários governos. Depende da produtividade, que se nutre da ciência, 
das inovações e, assim, dos avanços da tecnologia. Na verdade, a 
humanidade somente começou seu desenvolvimento depois da Revolução 
Industrial, iniciada no século XVIII, na Inglaterra. A estagnação da renda 
per capita havia sido a característica da história. A Revolução desarmou a 
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Armadilha Malthusiana e deu início à Grande Divergência. A Armadilha 
deve seu nome ao demógrafo Thomas Malthus, para quem o potencial de 
crescimento era limitado pela oferta de alimentos. A evolução da renda 
per capita dependia das taxas de natalidade e mortalidade. A renda per 
capita da Inglaterra começou a crescer descolada da demografia, graças 
ao aumento da produtividade na agricultura e da exploração do potencial 
agrícola da América. 
 
(Adaptado de Maílson da Nóbrega, Lula e o mistério do desenvolvimento. VEJA, 26 de 
agosto, 2009, p.74) 
 
48- A partir da argumentação do texto, infere-se que 
 
a) a Grande Divergência falhou em suas previsões, porque se baseou 
apenas na evolução histórica da renda per capita. 
b) as previsões de Malthus sobre o processo do desenvolvimento foram 
confirmadas apenas nos países que não exploravam a agricultura. 
c) a educação, associada ao desempenho dos governos, mostrou a 
falsidade das previsões de Thomas Malthus. 
d) a contribuição da ciência para os avanços da tecnologia pode reverter 
previsões quanto ao processo de desenvolvimento. 
e) a Revolução Industrial, ao mostrar o potencial ilimitado de 
desenvolvimento da humanidade, tornou-se prioridade de governo. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de interpretação. 
 
a) Não foi a Grande Divergência que falhou. Mas sim o demógrafo 
Thomas Malthus, que dizia que o potencial de crescimento era limitado 
pela oferta de alimentos. 
 
b) O último período do texto desmente a afirmação desta alternativa. 
 
c) Novamente a afirmação da banca não procede, pois o que de fato 
desarmou a Armadilha Malthusiana foi a Revolução Industrial. 
 
d) Perfeita a afirmação da banca. O próprio texto diz: ”O desenvolvimento 
é um processo complexo... Depende da produtividade, que se nutre da 
ciência, das inovações e, assim, dos avanços da tecnologia”. Um exemplo 
disso é que “A renda per capita da Inglaterra começou a crescer 
descolada da demografia, graças ao aumento da produtividade na 
agricultura e da exploração do potencial agrícola da América.” 
 
e) Viagem total de orégano... a afirmação não encontra respaldo algum 
no texto, pois nada se fala sobre um suposto potencial ilimitado do 
desenvolvimento da humanidade tampouco de referência à prioridade de 
governo. 
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GABARITO: D. 
 
49- Provoca-se erro gramatical ou incoerência na argumentação do 
texto ao 
 
a) substituir os dois travessões da linha 2 por vírgulas. 
b) deixar subentendido o sujeito da oração, retirando o pronome se antes 
de “realça” (ℓ.2). 
c) iniciar o terceiro período sintático pelo termo Esse processo, 
escrevendo “Depende” (ℓ.4) com letra inicial minúscula. 
d) substituir “havia sido” (ℓ.8) por fora. 
e) ligar os dois últimos períodos sintáticos pela conjunção porquanto, 
escrevendo o artigo em “A renda” com letra minúscula. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida: a) pontuação, b) sintaxe, c) coesão, d) correspondência 
entre tempo composto e tempo simples, e) coesão. 
 
a) A oração subordinada adjetiva explicativa pode vir entre travessões ou 
entre vírgulas, logo a afirmação da banca procede. 
 
b) A afirmação da banca procede. Veja o contexto de novo: “O 
desenvolvimento é um processo complexo, que deriva de uma gama de 
fatores – entre os quais (se) realça a educação – e precisa de tempo para 
enraizar-se”. Sem o “se”, apassivador, o sujeito oculto de “realçar” 
passará a ter como referente “desenvolvimento” (ou “processo”, como 
preferir): “O desenvolvimento é um processo complexo, que deriva de 
uma gama de fatores – entre os quais (o desenvolvimento/o processo) 
realça a educação – e precisa de tempo para enraizar-se”. Não há erro 
nem incoerência nessa mudança. 
 
c) A afirmação da banca está perfeita. A palavra “processo” retoma toda a 
ideia anterior, logo o período pode ser iniciado por “Esse processo 
depende...”, mantendo a coesão textual. 
 
d) Na ESAF, isso cai muito! A substituição do pretérito mais-que-perfeito 
composto pelo tempo simples é muito comum: “A estagnação da renda 
per capita havia sido/fora a característica da história”. 
 
e) Entre os dois últimos períodos, há uma relação de oposição, não de 
explicação, por isso a conjunção explicativa “porquanto” não poderia 
conectar tais períodos. Veja como ficaria a reescritura ideal: “A evolução 
da renda per capita dependia das taxas de natalidade e mortalidade, no 
entanto/não obstante a renda per capita da Inglaterra começou a 
crescer descolada da demografia, graças ao aumento da produtividade na 
agricultura e da exploração do potencial agrícola da América”. 
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GABARITO: E. 
 
Texto para as questões 50 e 51. 
 
Durante muito tempo, fazer ciência significou poder quantificar os 
dados da realidade, garantir a generalidade e a objetividade do 
conhecimento. No afã da universalidade do saber científico, do 
cognoscível como representação do real, excluía-se o sujeito do 
conhecimento, sua subjetividade, seus condicionamentos histórico-sociais. 
Na base desta perspectiva está a crença de que o mundo está aí, pronto 
para ser apreendido por uma consciência cognoscente. O cientificismo não 
leva em conta que tanto o processo de percepção como o do pensamento 
têm seus próprios mecanismos de produção. Hoje, ignorá-los significa 
negar conquistas relevantes da psicologia contemporânea. Os objetos da 
percepção e os objetos do pensamento não nos são dados da mesma 
maneira, nem tampouco se pode pensar na correspondência entre a 
realidade e sua representação, mesmo porque nem tudo que existe é 
representável. 
 
(Adaptado de Nilda Teves, Imaginário social, identidade e memória. In: Lúcia Ferreira & 
Evelyn Orrico (org.), Linguagem, identidade e memória social, 2002, p. 53-54) 
 
50- Assinale a opção correta a respeito das estruturas linguísticas do 
texto. 
 
a) No desenvolvimento do texto, a expressão “desta perspectiva” (ℓ.6) 
aponta para uma concepção de fazer ciência que se opõe à quantificação 
dos “dados da realidade” (ℓ.2). 
b) De acordo com as normas gramaticais da língua portuguesa, é opcional 
o uso da preposição de antes do pronome relativo “que” (ℓ.6); mas seu 
uso ressaltaas relações de coesão entre “crença” (ℓ.6) e “do saber 
científico” (ℓ.3), “do cognoscível” (ℓ.3 e 4). 
c) A vírgula depois de “aí” (ℓ.6) indica que a oração iniciada por “pronto” 
constitui uma explicação, um esclarecimento sobre a afirmação de que o 
“mundo está aí”. 
d) Na linha 9, a flexão de plural no verbo ter, indicada pelo uso do acento 
circunflexo em “têm”, estabelece a concordância com o termo posposto, 
“seus próprios mecanismos”. 
e) Na articulação da progressão das ideias no texto, o pronome átono em 
“ignorá-los” (ℓ.9) retoma “condicionamentos histórico-sociais” (ℓ.5); por 
isso está flexionado no plural. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida: a) coerência, b) regência e coesão, c) pontuação, d) 
concordância, e) coesão e concordância. 
 
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a) Afirmação incorreta. A expressão “desta perspectiva” retoma o período 
anterior, isto é, fazer ciência significa poder quantificar os dados da 
realidade. 
 
b) Afirmação incorreta. O “que” não é um pronome relativo, mas uma 
conjunção integrante. A preposição deve ser utilizada pela regência do 
nome “crença”, que exige um complemento nominal: “Na base desta 
perspectiva está a crença de que o mundo está aí”. Segundo a maior 
parte dos gramáticos, tal preposição iniciando oração subordinada 
substantiva é obrigatória, e, pelo visto, a ESAF também considera assim. 
As demais afirmações da alternativa não procedem. 
 
c) Perfeita a afirmação da banca. O trecho “pronto para ser apreendido 
por uma consciência cognoscente” de fato apresenta um esclarecimento 
acerca da expressão “o mundo está aí”. É como se disséssemos: “Na base 
desta perspectiva está a crença de que o mundo está aí, ou seja, o 
mundo está pronto para ser apreendido por uma consciência 
cognoscente”. Safo? 
 
d) Afirmação incorreta. A forma verbal “têm” concorda com o sujeito 
composto “tanto o processo de percepção como o do pensamento”. Já o 
termo “seus próprios mecanismos de produção” é o objeto direto. Como 
sabemos, verbo não concorda com objeto, mas sim com sujeito. 
 
e) Afirmação incorreta. O pronome “-los” retoma “mecanismos de 
produção”: “O cientificismo não leva em conta que tanto o processo de 
percepção como o do pensamento têm seus próprios mecanismos de 
produção. Hoje, ignorar os mecanismos de produção significa negar 
conquistas relevantes da psicologia contemporânea.” 
 
GABARITO: C. 
 
51- Assinale que alteração proposta para estruturas sintáticas do texto 
preserva sua correção gramatical e coerência argumentativa. 
 
a) A troca de posição entre “fazer ciência” e “quantificar os dados da 
realidade”, nas linhas 1 e 2: quantificar os dados da realidade 
significou poder fazer ciência. 
b) A troca de posição entre “do saber científico” e “do cognoscível”, nas 
linhas 3 e 4: do cognoscível, do saber científico como 
representação do real. 
c) A troca de posição entre “do pensamento” e “de percepção”, na linha 
8: tanto o processo do pensamento como o de percepção. 
d) O deslocamento do pronome átono “nos” para depois de “dados”, na 
linha 11, usando-se ênclise: não são dados-nos da mesma maneira. 
e) O deslocamento de “nem” (ℓ.13) para depois de “existe” (ℓ.13): 
porque tudo que existe nem é representável. 
 
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COMENTÁRIO: 
 
Questão de reescritura. 
 
a) Para começar, note que “fazer ciência” significa “1) poder quantificar 
os dados da realidade, 2) garantir a generalidade e 3) a objetividade do 
conhecimento”. A simples troca de posição já mudaria a perspectiva da 
frase, provocando incoerência, pois 1, 2 e 3 dependem de “fazer ciência”, 
e não o oposto. 
 
b) Na verdade a expressão inteira é “do cognoscível como representação 
do real”. A reescritura proposta pela banca exclui a parte sublinhada, 
atribuindo-a ao “saber científico”, o que altera o sentido original do texto. 
 
c) Veja que as duas formas não se alteram, pois são termos paralelos não 
especificados por um adjunto: “O cientificismo não leva em conta que 
tanto o processo de percepção como o do pensamento têm seus 
próprios mecanismos de produção / O cientificismo não leva em conta que 
tanto o processo do pensamento como o de percepção têm seus 
próprios mecanismos de produção”. Sendo assim, não há incorreção, 
incoerência ou mudança de sentido na argumentação. 
 
d) Não pode haver ênclise ao verbo no particípio. Nunca!!! 
 
e) O vocábulo “nem”, no texto original, nega o pronome indefinido “tudo”. 
Com seu a mudança de posição, há mudança de sentido, pois “nem” (= 
não) passa a negar “é representável”. 
 
GABARITO: C. 
 
52- A partir do artigo “Olhando o futuro”, de José Márcio Camargo, 
publicado em IstoÉ 2077, de 2/9/2009 foram construídos pares de 
fragmentos que compõem as opções abaixo. Assinale a opção em que a 
transformação dos períodos sintáticos em apenas um período, no segundo 
termo de cada par, resulta em incoerência ou erro gramatical. 
 
a) A economia mundial começa a dar sinais de recuperação. São sinais 
ainda tênues que podem estar sugerindo que a economia chegou ao 
fundo do poço. Mas muitos dos problemas que originaram a crise 
continuam preocupando. 
 
A economia mundial começa a dar sinais de recuperação, embora são 
sinais ainda tênues, que podem estar sugerindo que a economia chegou 
ao fundo do poço, porém muitos dos problemas que originaram a crise 
continuam preocupando. 
 
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b) O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas. 
Houve redução do comércio internacional, aumento da taxa de 
desemprego e queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
 
O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas, 
como redução do comércio internacional, aumento da taxa de 
desemprego e queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
 
c) A pergunta é quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentável sem eles. Por quanto tempo os bancos 
centrais e os governos ainda poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias? 
 
Pergunta-se quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentável sem eles e, ainda, por quanto tempo os 
bancos centrais e os governos poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias. 
 
d) Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários 
para os próximos meses são variados, com enorme incerteza. Não 
podemos descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais 
otimistas, com crescimento forte. 
 
Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para 
os próximos meses são variados, com enorme incerteza, pois não 
podemos descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais 
otimistas, com crescimento forte. 
 
e) O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente 
baixo, devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do 
desemprego e à queda da renda real. Isso deverá reduzir a taxa de 
crescimento do consumo nos próximos anos. 
 
O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente 
pequeno, devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do 
desemprego e à queda da renda real, o que deverá reduzir a taxa de 
crescimento do consumo nos próximos anos. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de reescritura. 
 
O gabarito é a letra A, pois apresenta incorreção gramatical no uso do 
indicativo após a conjunçãoconcessiva “embora”, que “força” o verbo a 
ficar no subjuntivo; além disso, segundo o texto original, a oração 
adjetiva que se refere a “sinais ainda tênues” é restritiva, não explicativa, 
portanto a vírgula após “tênues” deve ser dispensada para manter a ideia 
de restrição: 
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A economia mundial começa a dar sinais de recuperação, embora sejam 
sinais ainda tênues que podem estar sugerindo que a economia chegou 
ao fundo do poço, porém muitos dos problemas que originaram a crise 
continuam preocupando. 
 
As demais opções apresentam reescrituras corretas: 
 
b) A relação de explicação/esclarecimento entre os períodos se mantém 
com o uso da preposição acidental “como”, que inicia um aposto 
explicativo: 
 
O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas, 
como redução do comércio internacional, aumento da taxa de 
desemprego e queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
 
c) A ideia de interrogação se mantém em ambas as frases, só que, dessa 
vez, em uma delas, a interrogação se dá de forma indireta, sem ponto de 
interrogação. A expressão “e, ainda,” em nada atrapalha a noção 
temporal da frase. Observe as mudanças: 
 
Pergunta-se quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentável sem eles e, ainda, por quanto tempo os 
bancos centrais e os governos poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias. 
 
d) Houve apenas a transformação de dois períodos em um só. Como 
entre eles havia uma relação de explicação, foi utilizada a conjunção 
“pois” para ligá-los: 
 
Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para 
os próximos meses são variados, com enorme incerteza, pois não 
podemos descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais 
otimistas, com crescimento forte. 
 
e) A troca do pronome demonstrativo “Isso” pelo pronome demonstrativo 
“o”, retomando toda a ideia anterior, seguido do pronome relativo “que” 
antecedido de vírgula, não altera nada na correção e na coerência. Veja: 
 
O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente 
pequeno, devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do 
desemprego e à queda da renda real, o que deverá reduzir a taxa de 
crescimento do consumo nos próximos anos. 
 
GABARITO: A. 
 
53- Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas 
no texto. 
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Os economistas brasileiros se concentram, no exame das causas da 
crise, na proposta de meios e modos de contorná-la. Com isso, não levam 
em conta dois pontos. O primeiro é que as medidas contra a crise, que 
vêm sendo adotadas tanto em países subdesenvolvidos como 
desenvolvidos, são fundamentalmente corretas. O segundo ponto é que a 
crise atual, como todas as anteriores, acabará, mais cedo ou mais tarde, 
por ser corrigida. E, quando isso ocorrer, se voltará às fórmulas 
neoliberais apenas com regulamentação mais estrita da atividade 
bancária. 
 
(Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise. Correio Braziliense, 12 
de setembro, 2009) 
 
a) Seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao 
usar o pronome em “contorná-la” (ℓ.2) antes do verbo, escrevendo: 
modos de a contornar. 
b) Para evitar as três ocorrências consecutivas de “que” (ℓ.3 e 5), a 
retirada dessa conjunção antes de “a crise atual” (ℓ.6) manteria a 
correção gramatical e a coerência do texto. 
c) Na linha 4, o acento circunflexo em “vêm” indica que a concordância se 
faz com “medidas”, mas estaria igualmente correto e coerente com a 
argumentação escrever o verbo sem acento, optando, então, pela 
concordância com “crise”. 
d) O pronome em “quando isso” (ℓ.7) resume e retoma, em relações de 
coesão, o mesmo referente do pronome em “Com isso” (ℓ.2), ou seja, o 
exame da crise feito pelos economistas. 
e) Seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações entre os 
argumentos ao empregar o verbo em “se voltará” (ℓ.7) no plural, 
escrevendo voltarão-se. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida: a) colocação pronominal, b) coesão e sintaxe, c) 
concordância, d) coesão, e) concordância. 
 
a) Eis o gabarito! Após preposição, exceto “a”, o pronome oblíquo pode 
ficar antes ou depois do verbo no infinitivo, desde que não haja palavra 
atrativa, é claro. Trata-se de um caso facultativo. Veja isto: 
http://www.euvoupassar.com.br/?go=artigos&a=J8-
VlCGygzyq9jpOAG4X0jlLdNo9oogeRuc71cmCDWE~ 
 
b) O “que”, conjunção integrante, não pode ser retirado, pois inicia uma 
oração subordinada substantiva predicativa. A frase ficaria mal 
estruturada sem a conjunção “que”. 
 
c) A forma verbal “vêm” da locução verbal “vêm sendo adotadas” 
concorda com o antecedente do pronome relativo “que”, a saber: 
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“medidas”. Se o verbo ficar no singular (tem), para concordar com 
“crise”, o sentido vai mudar absurdamente, gerando grande incoerência, 
pois “crise” não é adotada por país algum. 
 
d) “Com isso” retoma o primeiro período do texto (Os economistas 
brasileiros se concentram, no exame das causas da crise, na proposta de 
meios e modos de contorná-la). Já “quando isso” retoma o seu período 
anterior (O segundo ponto é que a crise atual, como todas as anteriores, 
acabará, mais cedo ou mais tarde, por ser corrigida). Logo o pronome 
demonstrativo “isso” retoma diferentes referentes. 
 
e) O verbo está no futuro do presente, logo só vale a mesóclise: “voltar-
se-á”. Quanto à concordância, o verbo intransitivo “voltar” deve continuar 
na 3ª pessoa do singular, uma vez que o “se” é partícula de 
indeterminação do sujeito. 
 
GABARITO: A. 
 
Leia o seguinte texto para responder às questões 54 e 55. 
 
O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge muito 
mais fortemente os níveis da produção e do emprego que os demais 
setores. Essa é uma situação que precisa ser repensada. É claro que não 
se trata de um problema simples, que se resolva com providências 
rápidas, pois exige medidas que às vezes podem ser classificadas como 
heterodoxas. Mas tem de ser enfrentado com coragem e inteligência. Não 
pode ser deixado ao sabor dos ventos, pois os custos virão no seu devido 
tempo, como nossa trajetória econômica bem mostra. Também não 
podemos deixar nos envolver por uma falácia que diz que qualquer 
desvalorização resulta em diminuição do bem-estar da sociedade 
brasileira. É verdade que, quando a taxa de câmbio desvaloriza, há uma 
redução do salário real. É preciso acrescentar, no entanto, que se reduz o 
salário real e se aumenta o nível geral do desemprego. 
 
(Adaptado de Antonio Delfim Neto, Fábrica de desemprego. CartaCapital, 16 de 
setembro de 2009) 
 
54- Avalie os seguintes itens para um período sintático que dê 
continuidade coerente e gramaticalmente correta ao texto. 
 
I. Desse modo, o bem-estar da sociedade brasileira está a merce dos 
ventos que conduzirão à essas providências rápidas. 
II. Assim, tratam-se de aspectos multifacetados, com influências 
recíprocas em nível de exigirem enfrentamento complexo e inteligente. 
III. O resultado final desse enfrentamento, portanto, é provavelmente 
positivo para a sociedade e, mais particularmente, para o setor de 
trabalho. 
 
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a) Apenas I é adequado. 
b) Apenas II é adequado. 
c) Apenas III é adequado. 
d) Apenas I e II são adequados. 
e) Apenas II e III são adequados. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de continuidade textual, com correção, coesão e coerência. 
 
I: Erro de acentuação: mercê (oxítona terminada em -e, acento 
obrigatório). Erro de crase: “à mercê de” (locução prepositiva com núcleo 
feminino, crase obrigatória) e “a essas providências” (não há crase antes 
de pronome demonstrativo este(a/s), isto, esse(a/s), isso). 
 
II: O verbo tratar é transitivo indireto, por isso o “se” é índice de 
indeterminação do sujeito. Assim, deve ficar flexionado na 3ª pessoa do 
singular “trata-se”. 
 
III: O desfecho do texto original mostra que há uma 
redução do salário real e um aumento do nível geral do desemprego, 
sendo isso, logicamente, um dado negativo para a sociedade e para o 
setor do trabalho, mas a frase III afirma que é positivo, o que gera um 
contrassenso, uma contradição. 
 
Logo, todas as frases que dão continuidade estão incorretas. 
 
GABARITO PRELIMINAR: C. 
 
GABARITO OFICIAL: ANULADA. 
 
55- Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas 
linguísticas no texto. 
 
a) Por se estabelecer, na estrutura sintática, uma relação de comparação, 
seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao 
inserir do antes de “que os demais setores” (ℓ.2 e 3). 
b) Nas relações de coesão, a ideia explicitada na primeira oração do texto 
é várias vezes retomada: apontada pelo pronome “Essa” (ℓ.3), resumida 
por “situação” (ℓ.3), referida pelo pronome “que” (ℓ.3) e substituída pelo 
termo “problema” (ℓ.4). 
c) A opção pelo uso do modo subjuntivo em “resolva” (ℓ.4) indica que se 
trata de uma hipótese ou possibilidade, pois a estrutura sintática estaria 
igualmente correta com o uso do modo indicativo, resolve. 
d) Com o objetivo de evitar a repetição de dois vocábulos de escrita e 
som semelhantes, seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações 
entre os argumentos substituindo-se “que diz que” (ℓ.9) por ao dizer 
que. 
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e) No desenvolvimento das ideias do texto, além de ligar duas orações 
pela adição, o valor semântico da conjunção “e” (ℓ.13) é o de estabelecer 
uma relação de causa e consequência. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida: a) sintaxe, b) coesão, c) emprego de tempos e modos 
verbais, d) reescritura, e) conjunção/semântica. 
 
a) Em “O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge 
muito mais fortemente os níveis da produção e do emprego que os 
demais setores”, o uso de “do” é facultativo antes da conjunção 
comparativa “que” (do que os demais setores), portanto a afirmação da 
banca procede. 
 
b) Reveja todo o contexto: 
 
“O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge muito mais 
fortemente os níveis da produção e do emprego que os demais setores. 
Essa é uma situação que precisa ser repensada. É claro que não se 
trata de um problema simples, que se resolva com providências rápidas, 
pois exige medidas que às vezes podem ser classificadas como 
heterodoxas. 
 
“Essa”, como pronome demonstrativo anafórico, retoma todo o período 
anterior. Por sua vez, o substantivo “situação” (também anafórico) faz 
referência igualmente a todo o período anterior. O pronome relativo 
“que”, naturalmente anafórico, retoma o substantivo “situação”. Por fim, 
o substantivo “problema”, anafórico como os demais, retoma, por 
sinonímia contextual, a palavra “situação”. Todos esses elementos, 
portanto, colaboram com a coesão e a coerência textuais. 
 
c) Independentemente de o subjuntivo indicar hipótese (resolva) e o 
indicativo exprimir certeza (resolve), não há com isso incorreções 
gramaticais tampouco incoerência. Logo, uma forma pode substituir outra 
no contexto em que se encontra. 
 
d) Não há desvio de regra gramatical alguma tampouco incoerência entre 
os argumentos com a substituição de uma expressão por outra, logo a 
afirmação da banca procede. 
 
e) Apesar de o “e” poder introduzir uma ideia de consequência, o 
contexto da frase não nos permite afirmar isso. Reveja a frase: “É preciso 
acrescentar, no entanto, que 1) se reduz o salário real e 2) se aumenta o 
nível geral do desemprego”. Isto é: “É preciso acrescentar, no entanto, 
duas coisas: 1) se reduz o salário real e 2) se aumenta o nível geral do 
desemprego”. Percebe que a relação é tão somente de adição? Não há 
uma relação de causa e consequência entre as orações 1 e 2. 
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Diferentemente do caso abaixo, em que o “e” introduz uma ideia com 
valor consecutivo: 
 
“O governo brasileiro aumentou ainda mais os impostos, e a população 
saiu em protesto às ruas.” 
 
Causa: O governo brasileiro aumentou ainda mais os impostos 
Consequência: a população saiu em protesto às ruas 
 
Safo?! 
 
GABARITO: E. 
 
56- A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações 
futuras está cada vez mais em voga. Ao longo da nossa história, 
crescemos em número e modificamos quase todo o planeta. Graças aos 
avanços científicos, tomamos consciência de que nossa sobrevivência na 
Terra está fortemente ligada a (2) sobrevivência das outras espécies e 
que nossos atos, relacionados a (3) alterações no planeta, podem colocar 
em risco nossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao 
desenvolvimento científico, temos o crescimento econômico que nem 
sempre esteve preocupado com questões ambientais. O que se almeja é o 
desenvolvimento sustentável, que é aquele viável economicamente, justo 
socialmente e correto ambientalmente, levando em consideração não só 
as (4) nossas necessidades atuais, mas também as (5) das gerações 
futuras, tanto nas comunidades em que vivemos quanto no planeta como 
um todo. 
 
(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável: o 
crescimento econômico e o meio ambiente. Disponível em 
http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008) 
 
Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da 
Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase 
em 
 
a) 1, 2 e 3 
b) 1 e 2 
c) 1, 3 e 5 
d) 2 e 4 
e) 3, 4 e 5 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de crase e regência. Observe a regência dos verbos e dos 
nomes. 
 
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“A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações 
futuras...” 
 
Quem deixa... deixa algo A alguém (A + AS = ÀS gerações futuras). 
 
“... nossa sobrevivência na Terra está fortemente ligada a (2) 
sobrevivência das outras espécies...” 
 
ligada A + A sobrevivência = À sobrevivência. 
 
“... e que nossos atos, relacionados a (3) alterações...” 
 
Não há crase antes de palavra pluralizada com sentido genérico. O “a” é 
só uma preposição exigida por “relacionados”. 
 
“... não só as (4) nossas necessidades atuais, mas também as (5) das 
gerações futuras...” 
 
Meros artigos definidos. Não há termo algum anterior exigindo preposição 
“a”, a fim de haver possibilidade de crase. 
 
GABARITO: B. 
 
57- Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas 
no texto abaixo. 
 
Se hoje ___(1)___ é mais fácil, pelo menos para boa parte da 
humanidade, livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácil 
debelarmos boa parte das doenças que ____(2)___ a humanidade nodecorrer da história, a contrapartida parece ser que não ___(3)___ fugir 
do desemprego, e, quando sim, não do trabalho desvairado, do temor da 
absolescência, do esgotamento nervoso, do estresse, da depressão. Cabe 
perguntar: é a tecnologia a responsável ___(4)___ mudança de nossa 
visão de mundo, ou é a nossa visão de mundo que conduz ___(5)___ 
mudanças tecnológicas? A pergunta é oportuna porque nos leva a 
questionar se não temos o poder de mudar o rumo de nossas vidas, de 
modificar nossa própria visão de mundo, e ___ (6)___ modificar o próprio 
mundo. 
 
(Filosofia, ciência & vida, ano III, n. 27, p. 32, com adaptações) 
 
a) nos / tem assolado / consigamos / pela / as / em 
b) para nós / assolam / consigamos / pela / à / em 
c) lhes / tem assolado / conseguimos / com a / as / em 
d) nos / assolaram / conseguimos / pela / a / de 
e) para nós / assolam / conseguíssemos / com a / à / de 
 
COMENTÁRIO: 
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Questão de preenchimento de lacunas, em que se testa sua capacidade 
de correção gramatical, coesão e coerência. 
 
Note que, para marcar a primeira lacuna, é preciso perceber que o autor 
se coloca na 1ª pessoa do plural, incluindo o leitor. Portanto, o uso da 3ª 
pessoa (lhes (letra C)) estaria equivocado. Perceber isso é bom, pois já 
eliminamos a letra C. No entanto, na primeira lacuna, o uso dos 
pronomes oblíquos “nos” (átono) ou “para nós” (tônico) está correto. 
Sendo assim, estamos ainda entre as opções A, B, D e E (não ajudou 
muito ainda... rs...). 
 
Segunda lacuna: A letra A já está eliminada, pois a forma verbal “tem 
assolado” deveria estar no plural (têm assolado), para concordar com o 
antecedente do pronome relativo “que”, a saber: “doenças”. Note que as 
demais opções apresentam o verbo “assolar” corretamente no plural. O 
que muda nas demais opções é que, em B e em E, o verbo está no 
presente do indicativo (assolam); em D, no pretérito perfeito do indicativo 
(assolaram). Pelo contexto de passado (devido à expressão “no decorrer 
da história”), creio que a opção D está em vantagem... mas o presente do 
indicativo também pode fazer as vezes de pretérito perfeito do indicativo, 
logo... ainda estamos entre B, D e E. 
 
Terceira lacuna: Levando em conta a correlação verbal e o sentido do 
contexto, o verbo que preenche a lacuna só pode estar no presente, logo 
a opção E cai por terra! Veja: “... a contrapartida parece ser que não 
conseguíssemos fugir do desemprego...”???? O ideal seria: “... a 
contrapartida parece ser que não consigamos/conseguimos fugir do 
desemprego...”. Não obstante perceba que o contexto sugere que o 
cenário não mudou ao longo do tempo, por isso a ideia de certeza cabe 
melhor no contexto (“conseguimos” é presente do indicativo; 
“consigamos”, do subjuntivo), em que a forma subjuntiva seria uma 
“forçação de barra”. Eu, Pestana, pararia aqui, ficando com 
“conseguimos”, mas... vamos supor que você não estivesse convencido 
ainda... só parece que a opção D é a melhor mesmo... mas calma... 
estamos entre B e D ainda... 
 
Quarta lacuna: B e D empataram, afinal, ambas as opções apresentam 
“pela”, a fim de preencher a lacuna. 
 
Quinta lacuna: A hora da verdade! Veja que o contexto não pode 
apresentar crase, como indica a opção B: “... nossa visão de mundo que 
conduz a mudanças tecnológicas...”. Não há crase antes de palavra 
pluralizada com sentido genérico, logo a opção D é o gabarito! 
 
Ufa!!!!! Deu trabalho, hein! 
 
GABARITO: D. 
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58- Assinale a opção em que as duas possibilidades propostas para o 
preenchimento das lacunas do texto resultam em um texto coerente e 
gramaticalmente correto. 
 
O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente 
atrelado a seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer 
vertiginosamente, ___(a)___ performance econômica invejável, porém 
___(b)___ custas da degradação de seu patrimônio. Por isso, 
especialistas discutem uma nova maneira de se calcular o PIB, ___(c)___ 
em conta os índices de sustentatibilidade e a preservação dos recursos 
naturais. 
 A ideia, totalmente inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas 
necessidades básicas a serem cumpridas para viabilizar o crescimento 
sustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. Apesar 
___(e)___ crise financeira que assombra as economias mundiais, os 
emergentes passam por um momento de crescimento, e investimentos 
em infra-estrutura básica tornam-se primordiais para assegurar a 
sustentatibilidade. 
 
(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do 
desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009) 
 
a) e apresentar / apresentando 
b) a / às 
c) o que leve / levando 
d) de / com 
e) da / de a 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de preenchimento de lacunas, em que se testa sua capacidade 
de correção gramatical, coesão e coerência. 
 
a) Como o contexto é de adição, tanto se pode usar a forma desenvolvida 
“e apresentar” como a forma reduzida de gerúndio “apresentando”. Veja: 
“Um país pode crescer vertiginosamente, e apresentar/apresentando 
performance econômica invejável”. Quanto à vírgula antes da conjunção 
“e”, saiba que a única justificativa que procede é a de que ela pode ser 
usada por motivo de ênfase para destacar o conteúdo da oração que ela 
introduz. Portanto, eis o gabarito! 
 
b) Só existe a locução prepositiva “à custa de” ou “às custas de”, mas não 
“a custas de”. 
 
c) Com o uso de “levando”, há ambiguidade, pois se trata dos 
“especialistas” ou do “PIB”? 
 
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d) A expressão correta é “ao encontro de”. 
 
e) Só poderia ser “de a”, se o substantivo “crise” tivesse função de sujeito 
(Apesar de a crise assombrar as economias...). Como não é o caso, a 
contração “da” é obrigatória no contexto. 
 
GABARITO: A. 
 
59- Numere em que ordem os trechos abaixo, adaptados do ensaio Lula 
e o mistério do desenvolvimento, de Maílson da Nóbrega (publicado 
em VEJA, de 26 de agosto, 2009), dão continuidade à oração inicial, 
numerada como (1), de modo a formar um parágrafo coeso e coerente. 
 
(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países 
ricos. 
( ) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, 
divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra 
até o século XVIII. 
( ) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes 
irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial. 
( ) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o 
desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação. 
( ) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, 
impaciência e preguiça. 
( ) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores 
como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas 
sociedades bem-sucedidas. 
 
A sequência obtida é 
 
a) (1) (2) (4) (5) (6) (2) 
b) (1) (3) (2) (6) (4) (6) 
c) (1) (4) (2) (6) (5) (3) 
d) (1) (3) (5) (4) (2) (6) 
e) (1) (2) (6) (4) (3) (5) 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de ordenação textual. 
 
Observe que as partes do texto destacadas estão interligadas, numa 
progressão argumentativa, por isso esta ordem é a única correta: 
 
(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países 
ricos. 
 
Observe que a únicafrase que constitui progressão correta é esta: 
 
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(2) Elas (mudanças culturais) os (atuais países ricos) fizeram abandonar 
instintos primitivos de violência, impaciência e preguiça. 
 
Note que aqui já eliminamos todas as demais opções que poderiam servir 
de segunda frase. Sendo assim, o gabarito é a D. Mole, mole! Veja a 
sequência completa: 
 
(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países 
ricos. (2) Elas (mudanças culturais) os (atuais países ricos) fizeram 
abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e preguiça. (3) 
De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, 
divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na 
Inglaterra até o século XVIII. (4) Esses instintos foram substituídos por 
hábitos fundamentais para o desenvolvimento: trabalho, racionalidade e 
valorização da educação. (5) Por isso, a alfabetização disseminada e 
habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram 
importância para a Revolução Industrial. (6) Como consequência 
dessas mudanças, a classe média cresceu; valores como poupança, 
negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas sociedades bem-
sucedidas. 
 
GABARITO: D. 
 
60- Os fragmentos abaixo constituem sequencialmente um texto e foram 
adaptados de Afonso C. M. dos Santos, Linguagem, memória e 
história: o enunciado nacional (publicado em: Ferreira, L. & Orrico, E., 
Linguagem, identidade e memória social, p. 2-25). Assinale a opção 
que apresenta o trecho transcrito com erros gramaticais. 
 
a) O termo fantasme é, importado da psicanálise, para expressar a 
inquietação que os professores deveriam apresentar no momento exato 
de decidir sobre a direção do seu trabalho. Desta forma o professor 
desviaria-se do lugar de onde sempre é esperado. 
b) Poderíamos conceber o nosso fantasme – a nação – como um 
fenômeno dotado de historicidade e cuja compreensão é central para a 
história. Por outro lado, podemos considerá-lo como um artefato cultural 
vinculado à história do próprio conhecimento histórico. 
c) Construído pela via do imaginário, esse artefato precisou da história 
para se legitimar e fazer crer que a identidade dos países estava 
assentada em um passado frequentemente anterior à própria existência 
do Estado. 
d) É preciso observar que toda interpretação dos fenômenos históricos 
pela História introduz uma transcendência da duração vivida em um 
tempo construído, o tempo da história, para realizarmos a reconstrução 
ideal. 
e) Na verdade, não podemos deixar de enfrentar nossos fantasmas, 
identificando o teatro das ilusões das construções historiográficas. Talvez 
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porque nossa tarefa mais contemporânea seja, exatamente, discutir a 
natureza do conhecimento histórico. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de reconhecimento de frases corretas e incorretas. 
 
Eis o trecho errado (já corrigido): 
 
“O termo fantasme é (não há vírgula entre o verbo auxiliar e o principal) 
importado da psicanálise, para expressar a inquietação que os 
professores deveriam apresentar no momento exato de decidir (o verbo 
transitivo direto “decidir” não exige a preposição ‘sobre’) a direção do seu 
trabalho. Desta forma o professor desviar-se-ia/se desviaria (verbo no 
futuro do pretérito nunca exige ênclise, mas mesóclise ou próclise) do 
lugar de onde sempre é esperado”. 
 
As demais opções obviamente estão corretas. Caso tenha percebido 
algum possível erro em alguma opção, envie um e-mail, não hesite: 
fernandopest@yahoo.com.br. 
 
GABARITO: A. 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
Depois da aula 09, prepare-se para a aula “Mister M”!!! Você vai 
entender exatamente o que estou falando quando chegar a aula 10... e 
vai ficar feliz da vida... aguarde e confie! ☺ 
 
Abs! 
 
Pest

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