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CAPÍTULO 7 Circuitos em Psicofarmacologie a Córtex cerebral a Áreas de Brodmann q Áreas cerebrais funcionais ÿ Áreas do córtex pré-frontal ÿ Do córtex pré-frontal ao hipocampo e à amígdala b Os planos do cérebro ÿ Nodos de neurotransmissores ÿ Dopamina ÿ Noradrenalina ÿ Serotonina ÿ Acetilcolina ÿ Histamina i Conexão do todo em alças funcionais o Circuitos corticocorticais ÿ Circuitos corticoestriado-talamocorticais Células piramidais como condutoras de circuitos corticais ÿ Impulsos excitatórios que saem das células piramidais o Impulsos inibitórios que chegam às células piramidais ÿ Impulsos excitatórios que chegam às células piramidais ÿ Sintonia fina das células piramidais com os impulsos de monoaminas, acetilcolina e histamina ÿ Regulação dos "sintonizadores" de monoaminas Resumo Apsicofarmacologia vai alémde receptores,enzimase outras moléculas como alvos de drogas, assim como das doenças mentais. A questão agora é: onde, no cérebro, estão as drogas e as doenças que têm como alvos moléculas específicas? Mais especificamente, em que circuitos? Agora, é possível obterem-se imagens dos circuitos de pacientesem contextos de pesquisae logoisso será também possível em contextos clínicos. A boa-nova é que a aquisição de imagens do cérebro está transformando os campos da psiquiatriae da psicofar- macologia,comapromessadequeessatecnologiapoderápermitir avaliações muito mais precisas do risco psiquiá¬trico, dos circuitos cerebrais em disfunção e dos efeitos de tratamentos não apenas sobre os sintomas, mas, também, sobre o funcionamento cerebral. A má notícia é que o psi- cofarmacologista moderno que deseje acompanhar a lite¬ raturada pesquisaatual e preparar-se para utilizar tais téc¬ nicasnapráticaclínicaprecisasetornar agora, nomínimo, um neuroanatomista amador. Vamos rever aqui os aspectos da anatomia cerebral mais solidamente ligados aos sintomas psiquiátricos e às ações das drogas psicotrópicas. De modo geral, isso significapôr a ênfase no córtex pré-frontal. Essa parte da viagem pelapsicofarmacologia contemporânea pode ser até dolorosapara alguns e pode exigir que se leia este capítulo mais de uma vez. Todavia, a recompensa decorrente do conheci¬ mento operacional de neuroanatomia é a abertura de umparadigma totalmente novo de compreensão dos transtor¬ nos psiquiátricos e de seus tratamentos; ou seja, saberemque lugar do cérebro os sintomas psiquiátricos são hipote¬ticamente mediados e,portanto, a melhor maneirade sele- cionar e combinar drogas para reduzir sintomas dos trans¬ tornos psiquiátricos em pacientes individuais. As diversas vias e regiões do cérebro apresentadas aqui serão discutidas repetidamente em todo o livro e adaptadas a transtornos psiquiátricose drogas específicos nos capítulosque versam sobre transtornos psiquiátricos individuais. Córtex cerebral ~ - >\A viagem anatómica de um psicofarmacologista moderno começapelocórtex cerebral (Fig.7.1).Os neurónioscorticais m detalhadas, utilizaremos frequentemente desenhos em qua¬ drinhos e ícones para mostrar as coisas de maneira esque¬ mática e conceituai, porém não necessariamente com total precisão do ponto de vista neuroanatômico. Áreas de Brodmann / Para o neuroanatomista mais formal, as áreas corticais são designadas peloque é conhecido como áreas de Brodmann, assim chamadas emhomenagemao neuroanatomista que as descobriu há muito tempo (Fig. 7.2). Essas áreas aparecem na literaturamodernacomo designações numéricas de áreas de ativação pordiversas técnicas de neuroimagem funcional, de modo que podeser útil familiarizar-se de passagem pelo menos comas áreas de Brodmann localizadasno córtex pre¬ frontal. Não há, porém, superposição exata das áreas de Sml'2ÁJ?aS ?8 Broc!mann- Uma das maneiras de identifica-n>se as diferentes regiões do cérebro é pelo uso das áreas debrodmann. Estas áreas são regiões do cérebro distinguíveis estru¬turalmente, porém não necessariamente de maneira funcional, ca¬da uma das quais sendo conhecida por um número específico. São mostradas aqui uma tomada lateral (acima) e uma tomada medial laoaixo) do cérebro, indicando-se as áreas de Brodmann. FIG. 7.1Regiões cerebrais-chave. Esta figura é uma represen¬ tação visual simples da localização de várias regiões-chave do cór¬ tex cerebral. 0 lobo frontal compreende a área cortical anterior ao sulco central, enquanto o córtex pré-frontal é a sub-região do lobo frontal anterior ao córtex motor primário. Os outros lobos — parie¬ tal, temporal e occipital — também são mostrados. As áreas au¬ ditivas estão localizadas principalmente no lobo temporal, as áre¬ as visuais estão no lobo occipital e as áreas somatossensoriais no lobo parietal. formam conexões ou redes com neurónios de muitas áreas do cérebro. Essas redes corticais são consideradas os "moto¬ res" do cérebro, porque têm a capacidade de transformar estímulos simples recebidos em produções complexas que medeiam em última análise as funções cerebrais e os com¬ portamentos. Cada local anatómico numa rede corticalpode ser considerado um "nodo". Podem-se agora adquirir ima¬ gens dediversos nodosnocórtex eem algumas outras áreas- chave do cérebro, enquanto elas executam diversas funções cerebrais oumesmo ao apresentaremdisfunção empacientes vivos. Como funções diferentes residemem diferentes áreas do cérebro ou, colocado de maneira mais apropriada, apre¬ sentamlocalizaçãotopográfica, é importantesaber os nomes e os endereços de algumas áreas cerebrais-chave. Uma representação visual simples de onde está locali¬ zado o córtex pré-frontal numa imagem realista da visão lateral do cérebro é mostrada na Fig. 7.1. O lobo frontal situa-se,como nãoé dese estranhar,naparte anterior, mais especificamente, à frente do sulco central,e aárea pré-fron¬ tal é a parte do lobo frontal à frente do córtex motor pri¬ mário, localizado no giro pré-frontal. Outras áreas-chave do córtex mostradas na Fig. 7.1 incluem os lobos parietal, temporal e occipital. Estão também indicadas a áreavisual, a área auditiva e a área somatossensorial. Para se compreender melhor a localização de regiões cerebrais-chave, muitas vezes é útil examinar as mesmas regiões em várias representações de cérebros diferentes, pois há variabilidade de um cérebro a outro, assim como de um neuroanatomista a outro. Como isso pode trante para os que procuram ter uma ideia geral da topo¬ grafia cerebral em vez de explicações neuroanatômicas associativo , córtex -pré-frontal córtex visual somatossensorial sulco central córtexsomatossensorial primário (giro pós-central) LOBO PARIETAL córtex córtex auditivo primário LOBOTEMPORAL córtex associativo auditivo córtex associativo visual córtex motor primário (giro pré-central) LOBO FRONTAL fissura lateral primário LOBO OCCIPITAL Circuitos em Psicofarmacologia | 137 Brodmann específicas na Fig. 7.2 com as denominações anatómicas mostradas na Fig. 7.1 ou com as divisões fun¬ cionais do córtex pré-frontal mostradas nas figuras subse¬ quentes. De fato. não há dois cérebros exatamente com o mesmotamanho, a mesmaforma e a mesma localizaçãodas áreas de Brodmann. e algumas tomadas deixam de mostrar áreasembutidas sob umadobra ou umgiro em alguns cére¬ bros. Para evitar confusão, este texto utilizará basicamente as denominações anatomofuncionais ilustradas nas figuras subsequentes; todavia, denominações mais precisas de uso das áreas de Brodmann encontram-se disponíveis para os anatomistas mais informados que estejam interessados em denominações topográficas exatas do córtex cerebral. Areas cerebrais funcionais w Areas do córtex pré-frontal A parte superior da Fig.7.3 é outra tomada lateral realista do cérebro, com a visão medial incluída na parte inferior. Mostra-seaquicomo a parte anterior do cérebro é separada da parte posterior basicamente pela fissura denominada sulco central. Ocórtexfrontal constitui toda a área à frente do sulco central (Fig. 7.3).As partes do córtex frontal que deixarão de ser enfatizadas neste livro são o córtex motor primário (púrpura) e a área logo à frente dele, conhecida como área motora suplementar (verde-claro). Enfatizaremos aqui não apenas a região anterior às áreas motoras—chamadadecórtex pré-frontalemostradaem ama¬ relotanto natomada lateralquanto namedial—,mas também várias subdivisões importantes do córtex pré-frontal que podemter funções comportamentais muito diferentes. Córtex pré-frontal dorsolateral "" O córtex pré-frontal dorsolateral (DLPFC) é mostrado na áreaoval azul-esverdeada e só é visto à tomada lateral (Fig. 7.3). Esta é uma região importante do córtex pré-frontal, cujas células piramidaiscorticais são os motoresparadiver¬ sos tipos de fiinções cognitivas, como funções executivas, resolução de problemas e análise. Córtex orbitofrontal O córtex orbitofrontal (OFC) é a parte do córtex pré-fron¬ tal que se situa acima do olho em sua órbita e é visto tanto na tomada lateral quanto na medial da Fig. 7.3 (azul). O OFC pode regular impulsos,compulsões e motivações. Córtex cingulado anterior Ocórtex cingulado anterior (ACC) é a parte do córtex pré-frontal ilustrada em rosa-claro à visão medial da Fig.7.4Considera-se que apartesuperior do ACC, também conhe¬ cida como ACC dorsal, desempenha papel importante na atenção seletiva.A parte inferior,denominadaACC ventral ouACC subgenual, reguladiversas emoções,como depres- FIG. 7.3A e B Regiões cerebrais-chave. Veem-se aqui váriadivisões anatómicas funcionais do cérebro relevantes para a psicifarmacologia, por meio de uma tomada lateral (A) e de uma tom;da medial (B). Ha varias sub-regiões do córtex frontal, incluindo cortex motor primário, a área motora suplementar e o córtex pr<frontal. Este consiste de sub-regiões funcionalmente distintas. TaiÍSromínT ° orbitofrontal (OFC), visível tanto na tomad.cEnrSntÿH ?ue P0de regular imPu|sos e compulsões;!faTE O E dorsíateral <DLPF0 (tomada lateral), fundamen mada medln n nam! ° COgnitivo: 0 córtex pré-frontal medial (to e o córtex r nZeJS !nv°lvid0 "°Passamento das emoções voMdo taítn n!S antenor (ACC> (tomada medial), que está en emocionaHAfr n° neletlVa (ACC dorsal> dÿnto na regulaçãoaquSsão a fmíldlT k S 0Utras regiões zebrais enfatizadas Para o fue °ACC tem 3 forma de C= a>8"ns diria*para ioplhn° ™C°m°umj°eIho- Genu é o nome em lati*Sd= XPe°;úal0' 3 área d° C abaiX0 da d0bra é* córtex pré-frontal córtex orbitofrontal córtex pré-frontal dorsolateral área motora suplementar córtex motor primário 1 sulco central córtex cingulado anterior córtex pré-frontal córtex orbitofrontal área motora suplementar córtex , motor primário sulco córtex frontal ventromedial amígdala hipocampo 138 | Circuitos em Psicofarmacologia imagenscerebrais, especialmente das áreas que se projctam ao córtex pré-frontal ou recebem projeções deste. São, portanto, mostrados na Fig. 7.4 três planos-padrão para a visualização do cérebro: o plano horizontal, o plano coronal e o plano sagilal. Pode ser útil consultar novamente essa figura quando forem estudadas as imagens ao longo deste livro, para lembrarque corte do cérebro que você está examinando e como esse corte se relaciona com a orienta¬ ção do cérebro como um todo. Pode-se também visualizar o cérebro em algumas figuras que tentam mostrar as estruturas subjacentes ao córtex numa perspectiva tridimensional (Fig. 7.5).As estruturas profun¬ das, como o caudado, o tálamo, o hipotálamo, os centros monoaminérgicos do tronco cerebral (VTA, área tegumcn- tar ventral; LC,locusceruleus;rafe), podem ser vistas aqui através do córtex tornado transparente (Fig. 7.5). O cérebro também podeser mostrado como uma revista de quadrinhos, com áreas anatómicas aproximadas. Por exemplo, 11 áreas-chave do cérebro que serão discutidas extensamente neste texto são vistas na Fig. 7.6, com sua localização anatómica aproximada e suas denominações. Os comportamentos hipotéticos, supostamente regulados porcircuitos, que passam por cada um desses 1 1 nodos em diversas redes, estão indicados na Fig. 7.7. 1 Planos de Visualização do Cérebro / plano horizontal plano coronal plano sagital FIG. 7.4 Planos horizontal, coronal e sagital. São mostrados aqui três planos-padrão para a visualização do cérebro: horizontal, coronal e sagital. Cada uma dessas tomadas pode ser usada em todo o livro, para mostrar a conectividade entre diferentes regiões cerebrais. ÿ Córtex pré-frontal ventromedial O córtex pré-frontal ventromedial, em marrom, é a área entre o OFC e oACC ventral (Fig. 7.3); também contribui para o processamento emocional. Do córtex pré-frontal ao hipocampo e à amígdala Duasoutras áreas são mostradasnatomada medial da Fig. 7.3: o hipocampo em laranja, importante para a memória, e aamígdalanacor vermelha, emforma de amêndoa, embu¬ tidanolobo temporalpróximoaohipocampo e muito envol¬ vida no processamento do medo. Os planos Os neurorradiologistas sérios sabem como cortar e dividir o cérebro e compreendem as relações anatómicas de todos os cortesquepodem ser efetuados através do cérebro pelas diversas técnicas de neuroimagemdisponíveis atualmente. O psicofarmacologista moderno deve ter alguma familia¬ ridade com as estruturas mais profundas do cérebro reve¬ ladas por essas técnicas para poder interpretar as diversas Áreas Funcionais Importantes no Hemisfério Esquerdo ,giro cingulado DLPFi corpo caloso nucleus >3 accumbens fáiarrftr-v — . hipotálamo hipocampo i rOí°" w/m Regiões cerebrais-chave em três dimensões. Estafigura mostra uma representação, até certo ponto, tridimensional?l/ní°'hT(qU,al °CÓrtex d0 hemisfério esquerdo está transpa-tr/fcw 0 qUe sejam vistas as relaÇões topográficas en-lh //JraS com? 0 caudado, o nucleus accumbens, o tálamo,IT0/!?0'3 amigdala' 0 hipocampo e os centros monoaminér-!í?l fe06! VTA| area tegumentar ventral; LC, locusceruleus; DLPFC, cortex pré-frontal dorsolateral. Circuitos em Psicofarmacologia | 139 nudeus cortex accumbans pré-frontel estriado tálamo p-osencétato basaJ hbotálamo amígdala hipocampo centros neuro- transmissores do tronco medula cerebral espinhal cerebelo FIG. 7.6 Regiões cerebrais-chave em duas dimensões. Vé-se aqui uma representação bidimensional do cérebro (tomada medial). São indicados as localizações gerais e os nomes de onze regiões cerebrais. As onze áreas estão ligadas por muitos circuitos de neu- rotransmissão diferentes, relevantes para os transtornos psiquiátri¬ cos e que serão discutidos com mais detalhes ao longo de todo o restante deste livro. Será importante lembrar-se disso, pois alterações dos neurotransmissores nesses locais (Fig.7.6) foram propos¬ tas hipoteticamentecomo capazes de ocasionar déficits do processamento de informações e, consequentemente, os sintomas específicos dos transtornos psiquiátricos indica¬ dos para cada uma dessas 11 áreas (Fig. 7.7). Da mesma forma, os neurotransmissores em cada uma delas servem dealvo paratratamentos comdrogas psicofarmacológicas, que foram propostas como hipoteticamente capazes de reduzir os sintomas por alterarem eficazmente a neuro- transmissão nessas áreas específicas e, portanto,o proces¬ samento de informações. Ter o conhecimento hipotético de ondeestão localizadosos sintomas de um paciente indi¬ vidual e os neurotransmissores que os regulam em áreas cerebrais específicas pode proporcionar a base racional para as escolhas e combinações de drogas. Esse tema será enfatizado repetidamente ao longo de todo este manual,e aplicaçõesespecíficasdesseprincípioserão discutidas para cada umdos transtornos psiquiátricosespecíficos nos capí¬tulos subsequentes. Alguns Comportamentos-chave Hipoteticamente Ligados a Regiões Cerebrais Específicas delírios alucinações prazermotora interesses locai retransmissor crítico do PFCfunção executiva atenção concentração emoções impulsos obsessões compulsões motora fadiga ruminações preocupação dor sintomas nega'jvos culpa tendências suicidas memória vigilância libido fadiga euforia recompensa motivação retransmissor sensorial do o para r>{/ uioilânriR / ÿ motora medo ansiedade pânico revivôncia de memórias sono apetite endócrino Nodos de neurotransmissores Vários neurónios diferentes têm o corpo celular no troncocerebral,e seus axônios fazem projeções parao córtex préfrontal e muitas outras áreas do cérebro (Figs 7 8 a 7 13)Embora haja bastante superposição entre os diversos neu -retransmissores quanto às áreas de projeção, nenhum sis- iDopaminatema de neurotransmissão faz projeção para iq-HÿTÿ: ÿ FIG. 7.7 Comportamentos ligados a regiões cerebrais- chave. Alterações na neurotransmissão em cada uma das onze regiões cerebrais mostradas aqui e na Fig. 7.6 podem levar aos sintomas dos transtornos psiquiátricos. A funcionalidade em cade região cerebral pode se associar a uma constelação diferente de sin¬ tomas. PFC, córtex pré-frontal; BF, prosencéfalo basal; S, estriado; NA, nucleus accumbens; T, tálamo; Fly, hipotálamo; A, amígdala; H, hipocampo; NT, centros de neurotransmissores do tronco cerebral; SC, medula espinhal; C, cerebelo. sempre para os mesmos neurónios localizados nas áreas cerebráispara as quais eles se projetam. Apesar disso, foi proposta a hipótese de que um néurotransmissor que seprojeta de fato para uma área específica tem a capacidadede modular o comportamento ou a função cerebral que se associa supostamente a essa área, como está ilustrado naFig.7.7. As vias deneurotransmissão formam os substratos mole¬culares e anatómicos que "sintonizam" os neurónios emcircuitos. Issoacontece não apenas emnívelcortical,porémtambém em todos os nodos da rede composta pelos diver¬sos circuitos corticais. Os psicofarmacologistas podemescolher racionalmente como alvos as vias e as funçõespor elas reguladas,selecionando e combinando drogas queagem sobre neurotransmissoresespecíficos, em áreas cere¬braisespecíficas de interesse, durante o tratamento de umpaciente individual. Assim, é útil saber para onde vão osneurotransmissores,assimcomoa função de cada áreacere-bral que eles inervam. 140 | Circuitos em Psicofarmacologia pigP"8CElas seoripÿ08 dopaminérSicas são mostradas naiginampredominantemente, porém não FIG. 7.8 Principais projeções da dopamina. Principais proje- ções dos neurotransmissores, parte 1: dopamina. A dopamina tem projeções ascendentes disseminadas que se originam predominan¬ temente no tronco cerebral (especialmente na área tegumentar ven¬ tral e na substância negra) e estendem-se através do hipotálamo até o córtex pré-frontal, o prosencéfalo basal, o estriado, o nucleus accumbens e outras regiões. A neurotransmissão dopaminérgica associa-se ao movimento, ao prazer e à recompensa, à cognição, à psicose e a outras funções. Além disso, há projeções diretás de outros locais para o tálamo, criando o "sistema dopaminérgico talâ- mico", que pode estar envolvido na ativação e no sono. PFC, cór¬ tex pré-frontal; BF, prosencéfalo basal; S, estriado; NA, nucleus ac¬ cumbens; T, tálamo; Hy, hipotálamo; A, amígdala; H, hipocampo; NT, centros neurotransmissores do tronco cerebral; SC, medula espinhal; C, cerebelo. exclusivamente,noscentros de neurotransjnissão do tionco cerebral,notadamentenaárea tegumentar ventral e nasubs¬ tâncianegra,e fazemprojeçõesparamuitas áreas cere rais, porém não o fazem em grande escala para o cere e o ou para amedulaespinhal. Esses neurónios regu am os mo\ 1 mentos, a recompensa, a cognição, as psicoses e ex muitas outras funções. Demonstrou-se reoenteme nificativa inervação dopaminérgica no tálamo. . mente de outras vias dopaminérgicas, o sistem P nérgico talâmico" origina-se em múltiplos locj"£\ ttalasubstânciacinzentaperiaquedutal,o mesen . > os núcleos hipotalâmicos e o núcleo paritbraquia lateral O sistema dopaminérgico talâmico pode con'r,ÿir controle de informações transferidas atrav para o neocórtex, o estriado e a amígdala e . mente apontado como responsável pela regulação daÿati¬ vação e do sono. Não mostramos a Peq"f" deno"hipotalâmica,quese origina de uma área do cérebro deno¬ minada zona incerta; esta inerva núcleos am.gda o des e hipotalâmicosenvolvidos nocomportamento sexual. Projeções dopaminérgicas específicas ser;» capítulos clínicos que lidam comtrans o específicos. & FIG. 7.9 Principais projeções da noradrenalina. Principais pro¬ jeções dos neurotransmissores, parte 2; noradrenalina. A noradre¬ nalina tem projeções tanto ascendentes quanto descendentes. As projeções noradrenérgicas ascendentes originam-se principalmente no locus coeruleus do tronco cerebral; elas se estendem para múl¬ tiplas regiões cerebrais, como se mostra aqui, e regulam humor, ativação, cognição e outras funções. As vias noradrenérgicas des¬ cendentes estendem-se medula espinhal abaixo e regulam as vias de dor. PFC, córtex pré-frontal; BF, prosencéfalo basal; S, estriado; NA, nucleus accumbens; T, tálamo; Hy, hipotálamo; A, amígdala; H, hipocampo; NT, centros de neurotransmissores do tronco cerebral; SC, medula espinhal; C, cerebelo. Noradrenalina As principais projeções da noradrenalina estão ilustradas na Fig.7.9; originam-se principalmente no centro de neu¬ rotransmissão do tronco cerebral chamado de locus coe¬ ruleus,embora algumas delas tenham origem também no sistema celular noradrenérgico do tegumento lateral, tam¬ bém situado no tronco cerebral. Elas regulam o humor, a ativação, a cognição e muitas outras funções. Projeções espinhais originam-se nos corpos celulares noradrenérgi- cos, nas partes inferiores (caudais) do centro de neurotrans¬ missão do tronco cerebral e regulam as vias de dor. Vias noradrenérgicas ascendentes se originamao longoda parte média e da extremidade superior (rostral) dos centros do tronco cerebral, e suas projeções terminam difusamente por todo o cérebro, incluindo muitos dos mesmos locais nos quais terminam as vias serotoninérgicas; há, porém, poucas projeções noradrenérgicas para o estriado/nucleus accumbens (comparar com Fig. 7.10). Serotonina As principaisprojeções serotoninérgicas são mostradas na Fig. 7.10; elas chegam de vários aglomerados em núcleos Circuitos em Psicofarmacologia I 141 FIG. 7.10 Principais projeções da serotonina. Principais proje- ções dos neurotransmissores, parte 3: serotonina. Assim como a noradrenalina, a serotonina tem projeções tanto ascendentes quanto descendentes. As projeções serotoninérgicas ascendentes originam- se no tronco cerebral e estendem-se a muitas dentre as mesmas regiões das projeções noradrenérgicas, com projeções adicionais ao estriado e ao nucleus accumbens. Essas projeções ascendentes podem regular humor, ansiedade, sono e outras funções. As pro¬ jeções serotoninérgicas descendentes se estendem para baixo no tronco cerebral e na medula espinhal; elas podem regular a dor. PFC, córtex pré-frontal; BF, prosencéfalo basal; S, estriado; NA, nucleus accumbens: T, tálamo; Fly, hipotálamo; A, amígdala; H, hipocampo; NT, centros de neurotransmissores do tronco cerebral; SC, medula espinhal; C, cerebelo. discretos do tronco cerebralnocentro de neurotransmissão do troncocerebral. Os núcleos superiores (rostrais) incluem tanto a rafe dorsal quanto a medial, assim como o núcleo linear e a rafe pontina. Elas inervam difusamente muitas das áreas cerebrais indicadas, incluindoo cerebelo,e regu¬ lamgrandevariedade de funções, como humor,ansiedade, sono e muitasoutras. Os núcleos serotoninérgicos inferio¬ res (oucaudais) compreendem a rafe magna, a rafe pálida e a rafe obscura e têm projeções mais limitadas para o cerebelo, o tronco cerebral e a medula espinhal, onde podem regular as vias de dor. Acetilcolina L— ... - , j Doisconjuntos deprojeções da acetilcolina são mostrados na Fig.7.11, provenientes do centro de neurotransmissão do tronco cerebral, e na Fig.7.12, originários do prosen¬ céfalo basal. Não são visualizados alguns dos corpos celu¬ lares colinérgicos, incluindo os do estriado e alguns do tronco cerebral que inervamneurónios oculomotores e neu¬ rónios pré-ganglionares autonômicos. São mostrados na Fig. l||gj os neurónios colinérgicos que se originam no centro de neurotransmissão do tronco cerebral e seguem próximos aosneurónios monoaminérgicos (Figs.7.8 a7.10) para inervar muitas áreas cerebrais; eles podem regular a Importantes neurónios colinérgicos no prosencéfalo basalprojetam-se para o córtex, o hipocampo e a amígdala. FIG. 7.12 Principais projeções da acetilcolina através do pro¬ sencéfalo basal. Principais projeções dos neurotransmissores,parte 5: acetilcolina via prosencéfalo basal. Os neurónios colinérgi¬ cos que se originam no prosencéfalo basal fazem projeção para o córtex pré-frontal, hipocampo e amígdala; considera-se que estejam envolvidos na memória. PFC, córtex pré-frontal; BF, prosencéfalo ba¬ sal; S, estriado; NA, nucleus accumbens; T, tálamo; Hy, hipotálamo;A, amígdala; H, hipocampo; NT, centros de neurotransmissores dotronco cerebral; SC, medula espinhal; C, cerebelo. FIG. 7.11Principais projeções da acetilcolina através do tron¬ co cerebral. Principais projeções dos neurotransmissores, parte 4: acetilcolina via tronco cerebral. As projeções da acetilcolina que se originam no tronco cerebral se estendem a muitas regiões cerebrais, incluindo o córtex pré-frontal, o prosencéfalo basal, o tálamo, o hipo¬ tálamo, a amígdala e o hipocampo. Essas projeções podem regular ativação, cognição e outras funções. PFC, córtex pré-frontal; BF, pro¬ sencéfalo basal; S, estriado; NA, nucleus accumbens; T, tálamo; Hy, hipotálamo; A, amígdala; H, hipocampo; NT, centros de neurotransmis¬ sores do tronco cerebral; SC, medula espinhal; C, cerebelo. Projeções Colinérgicas que Partem do Prosencéfalo Basal 142 I Circuitos em Psicofarmacologia ativação, a cognição e muitasoutras funções. Quatro peque¬ nos núcleos no tronco cerebral suprem essa inervaçãocoli- nérgica ascendente. Umsegundo e talvez mais proeminente local de corpos celulares colinérgicos que inervam o cérebro tem origem no complexo de núcleos do prosencéfalo basal (Fig.7.12). Isso inclui a área designada como núcleobasal,ou às vezes como nucleus basalis (de Meynert), assim como o núcleo septal medial e a faixa diagonal (tudo isso indicado como BF — de basalforebrain —, para prosencéfalo basal, na Fig. 7.12). Considera-se que essas fibras colinérgicas desempenhem papel proeminente na memória. Conexão do todo em alças funcionais Histamina 1 0 último conjunto de vias de neurotransmissão ilustrado aqui é o da histamina (Fig.7.13). Esse interessante neuro- transmissor se origina em pequena e única área do hipo- tálamo, conhecida como núcleo tuberomamilar (TMN), que também faz parte do "interruptor de sono-vigília" e exerce, portanto, papel importante na ativação, na vigília eno sono. O TMN éumpequeno núcleo bilateral que for¬ neceestimulação histaminérgicaa muitas regiões do cére¬ bro e à medula espinhal. Projeções Histaminérgicas que Partem do Hipotálamo O centro histaminérgico situa-se no hipotálamo (TMN, núcleo tuberomamilar), que envia impulsos a muitas regiões cerebrais e à medula espinhal; flG. 7.13 Principais projeções da histamina. Principais pro¬jeções dos neurotransmissores, parte 6: histamina. Os neurónioshistaminérgicos se originam no núcleo tuberomamilar do hipotála- 1110 e fazem projeção amplamente para todo o cérebro e até para a medula espinhal. A histamina está envolvida predominantemente "osono e navigília. PFC, córtex pré-frontal; BF, prosencéfalo basal;S, estriado; NA, nucleus accumbens; T, tálamo; Hy, hipotálamo; A, amígdala; H, hipocampo; NT, centros de neurotransmissores dotronco cerebral; SC, medula espinhal; C, cerebelo. Circuitos corticocorticais !omo mencionamos anteriormente, os circuitos corticais constituem os motores da expressão comportamental e fun¬ cional do cérebro. Tais circuitos processam informações e então agem com base nelas, conectando os neurónios em alças funcionais. Um tipo de alça funcional é o circuito do córtex para o próprio córtex, no qual uma parte do córtex fala com outra, interação dita corticocortical (Fig. 7.14A). Porexemplo, células piramidais numaparte do córtex pré- frontal estabelecem conexão com células piramidais em outra parte do córtex pré-frontal. Essas conexões utilizam um impulsoglutamatérgico através do axônio de umacélula piramidalque vai diretamente à árvore dendrítica de outra célula piramidal. Ambas as áreas corticais podem ser "sintonizadas" por estímulos provenientesde baixo, isto é, dos centros de neu¬ rotransmissão que inervam essas mesmas células pirami¬ dais (Fig. 7.14B). Isso exemplifica como os circuitos per¬ mitem a um neurotransmissor não apenas influenciar dire¬ tamente o neurônio como também — em virtude das cone¬ xões neuronais do circuito — afetar um terceiro neurônio pormeiode um intermediário. Ou seja, o impulso da dopa- mina azul que chega à área 1 do córtex pré-frontal (PFC) naFig.7.14Bnão apenas influencia diretamente essa área, tornando-a simbolicamente azul, mas também tem impacto indireto sobre a área 2 do PFC, através das conexões entre as áreas 1e 2. Do mesmo modo, o impulso da acetilcolina rosada influenciadiretamente a área 2 do PFC, tornando-a simbolicamente rosa, porém esta influencia também indi- retamente a área 1do PFC. Alguns dos mais importantes circuitos e conexões cor¬ ticocorticais que envolvem o córtex pré-frontal são mos¬ trados na Fig. 7.15. Nem todas as áreas têm interaçõesbilaterais e robustas. Por exemplo, o DLPFC tem conexõesd.retas relativamente escassas com estruturas límbicascomo a amígdala e o hipocampo.Algumas áreas cerebrais,portanto, tem de passar por umasegunda área para influen- '2 T3"- as interaçõescorticocorticais são dis- - SlnfS"!,!1°i0mas rrátricos específicosÿaÿao medo, «encto, memória, resolução de pro¬blemas, impulsos e emoções -nos cÿMoTsobríos"transtornos psiquiátricos específicos. Circuitos corticoestriado-talamocorticais rSTr"'!lUÍl0iCOrtÍCaí ÍmP°nanteé conhecido como "alça riHtn npr ? Ça co"lcoes,nad°-Ialamocortical. Esse cir-ixo'Vn',nrUC '"fo»ões se-iam enviadas "corrente sobre crTmi-! do có«ex, mas o córtex obtémfeedback 7 16a!" o *SSaS mforma?0es foram processadas (Fig.S°Cte.ftaIaIse projeta para o complexo — emse8uida para o tálamo. Tantooestriado quantoes ao organizados topograficamente de modo a Circuitos em Psicofarmacologia | I43 Interações Corticocorticais nodos de neurotrans missores L2 _ _ __ .7.14 Interações corticocorticais. As informações provenientes de diferentes regiões cerebrais são processadas e trazidas por rconexões neuronais que formam alças funcionais, ou circuitos. Um tipo de alça funcional é o circuito do córtex para o próprio cór- ......• --J -------- octímnlnc nrnupnientes dos nodos FIG. interconexões neuronais que Tormam aiças lunciuiidib, uu LIH.UHU3. um v-v. - - - tex, ou interação corticocortical (A). As interações corticocorticais também podem ser mediadas por estímulos provenientes dos nodos de neurotransmissores (B). Como é visto no painel B, as projeções dopaminérgicas modulam diretamente a atividade na área 1do córtex pré-frontal — ilustrada como esta área se tornando azul —, ao mesmo tempo em que modulam indiretamente a atividade na área 2 do PFC através de sua interação com a área 1. Da mesma forma, as projeções colinérgicas modulam diretamente a área 2 — mostrada co¬ mo esta área se tornando rosada — enquanto modulam indiretamente a área 1. Nodos de Neurotransmissores Influenciam Nodos Corticais Pré-frontais - .. 'ÿ-••ÿ>V/-irortinais interagir unicamente com áreas específicas do córtex.A alça que atravessao estriado podeter umasinapse em outra partedo complexo estriado antes dedeixá-lo parase dirigir ao tálamo. Este redireciona-se de volta à área original do córtex pré-frontal, às vezes diretamente de volta à célula piramidal original. Alguns Circuitos e Conexões Importantes que Envolvem o Córtex Pré-frontal Usneurotransmissores icmu»upuuumuaui.3ul.jumuv.. alças CSTC,pois muitos deles inervam todos os três níveis dessa alça (Fig. 7.16B). Vê-se aqui o exemplo das projeções serotoninérgicas que se originam em seus nodos de neurotransmissores do tronco cerebral e inervamo tálamo. o complexo estriado e o córtex pré-frontal. A liberação de serotonina na alça CSTC torna simbolicamente amarelas todas as três áreas, com a inibição da saída de impulsos de todos os três níveis indicada por linhas pontilhadas unindo a alça CSTC na Fig. 7.16B. Isso contrasta com a influênciadaserotonina amarela sobreessas áreas cerebrais e os impul¬ sos plenamente funcionais na alça CSTC na Fig. 7.16A.Uma ideia de como as alças CSTC poderiam aparecer numcérebro tridimensional no qual se pode ver através do cortex está ilustradanasFigs.7.17a7.21.Cada uma delasserve como exemplo do princípio de representação topo¬gráfica da função. Na Fig.7.17, portanto, o motor corticalesta no córtex pre-frontal dorsolateral (DLPFC), que seprojeta para a parte superior (rostral) do caudado no com¬plexo estriado, em seguida ao tálamo, e diretamente devolta ao DLPFC. Alças como esta regulam supostamenterunçoes executivas, resoluções de problemas e tarefas cog¬nitivas como a representação e a manutenção de objetivos.bem como a alocaçâo de recursos de atenção voltados adiversas tarefas. Todavia, o mesmo tipo de alçacomorigemnosiroM"'fiv-, ™ a'"enor dorsal (ACC) modula uma função cogni;Ii:!"f °.especifica: a atenÇão seletiva. O ACC dorsalavana lunçoes como o automonitoramento de desempenho- DLPFC* FIG. 7.15 Circuitos corticocorticais-chave. Veem-se aqui vários circuitos corticocorticais pré-frontais importantes. 0 córtex cingula- do anterior (ACC) tem interações corticocorticais com o córtex pré- frontal dorsolateral (DLPFC) e o córtex orbitofrontal (OFC). Este, por sua vez, tem interaçõescorticocorticais como hipocampo. 0DLPFC tem apenas escassas conexões com a amígdala e o hipocampo. 144 I circuitos em Psicofarmaeologia ciar as níveis córtex pré-frontal complexo estriado tálamo nodosde neurotrans- mtssores córtex pré-frontal complexo estriado tálamo - íyv Alça Corticoestriado-Talamocortical (CSTC) Nodos de Neurotransmlssores que Influenciam as Alças CSTC e Suas Interações FIG. 7.16 Alça corticoestriado-talamocortical. Um circuito importante é a alça corticoestriado-talamocortical (CSTC). 0 córtex pré- frontal faz projeção para o complexo estriado, que se projeta para o tálamo, que faz feedback para o córtex pré-frontal (A). A alça CSTC pode ser modulada por nodos de neurotransmissores que se projetam para o córtex, o estriado ou o tálamo (B). No painel B, a serotonina faz projeções para todas as três regiões (representadas pelas três regiões se tornando amarelas), inibindo o impulso de volta (indicado por linhas pontilhadas unindo as regiões). i - , A» r r- rv -N \ 1 çc'1 ÿ > 1 '_ ___ _ - • \ Alça CSTC Hipotética para,Funções Executivasÿ, ÿ . - A ___ 'I > DLPFC — ÿ Estriado —>• Tálamo —ÿ DCPFC NG- 7.17 Alça corticoestriado-talamocortical: função executiva. Há muitas alças corticoestriado-talamocorticais (CSTC) cdendo da região pré-frontal envolvida e também do local no estriado e no talamo para o qual os neurónios se proietem Esta ieur-tra a alça CSTC hipotética para as funções executivas, envolvendo o cortex pré-frontal dorsolateral (DLPFC) e a parte rostral (supericaudado no complexo estriado. Circuitos em Psicofarmacologia | 145 1 Alça CSTC Hlpotóllcn pnrç AtonçAo Vi ACCDoraol -> Pnrto Inferior do Estriado —ÿ Trtlnmo - ACC ÿ> FIG. 7.18 Alça corticoestriado-talamocortical: atenção. A aten¬ ção é modulada hipoteticamente por uma alça corticoestriado-tala¬ mocortical (CSTC) que se origina no córtex cingulado anterior (ACC) e projeta-se para a parte inferior do estriado, em seguida ao tálamo e de volta ao ACC dorsal. Nesse caso. uma célula piramidal, agora do ACC dorsal, faz projeçãopara umapartediferentedocomplexoestriado, próximo it parte inferior (ou ventral) dele, projetando-se em seguida para uma área diferente do tálamo, e de volta ao ACC dorsal (Fig. 7.18). Ainda uma terceira alça CSTC é mostrada na Fig. 7.19, com o motor da célula piramidal situado na parte subge¬ nualou ventral doACC e projetando-se então para a parte do complexo estriado denominada nucleus acciimbens;a partir daí, ela se estende até o tálamo e volta então ao ACC subgenual (Fig.7.19).Essaalça regulasupostamente emo¬ ções, incluindo depressão e medo. Uma quarta alça CSTC está representada na Fig. 7.20, começando pelo impulso piramidal que vai do córtexorbi- tofrontal atéaparte ventral do nácleo caudado nocomplexo estriado, ao tálamo e de volta ao OFC. As alças corticaisdessu área cerebral parecem regular a impulsividade e a compulsividade. "— alçn CSTC tem início na ân'"sun onwnmr.„ "jMIaL]2L<LJruu.t(il,faz projeção seguida ao tálamo e volta ao córtex pié-fmntal (Fig 7 21)Essas alças podem modular comjxmÿ,moScomohiperauvidade. agitação psicomotora e retaixlo psicomotor. 146 | Circuitos em Psicofarmacologio As alças CSTC são um exemplo muito bom de como0s motores corticais não apenas estimulam estruturas neuro. nais em lodo o cérebro, recebendo ao mesmo tempofee<i. back dessas estruturas, mas também de como funções dífe. rentes são reguladas pordiferentes áreas topográficas cere. brais. Uma área do cérebro não regula necessariamente apenas uma função, e uma função qualquer não é neces$a. riamente regulada por apenas uma área cerebral específica. Todavia, é útil considerar essas noções da topografia cere¬ bral ao examinarem-se imagens funcionais do cérebro de pacientes e seus sintomas específicos. ÍCCélulas piramidaisjeomo condutoras de circuitos corticais Cada uma das alças CSTC mostradas nas Figs. 7. 17 a 7.21 começa e termina"numa célula piramidal do córtex. Como as células piramidais movem o rnotor dos circuitos corti¬ cais. influenciar esses neurónios por meio de drogas que alteram os impulsos de neurotransmissão que chegam a essas células e saem delas exerce papel criticamente impor¬ tante na psicofarmacologia. Portanto, é útil conhecer um pouco a respeito do que regula esses interessantes e inco- niuns neurónios corticais. Alça CSTC Hipotética para "Emoções',- ACC Sub.qenual — >ÿ Nucleus Accumbens —ÿ Tálamo — Córtex FIG. 7.19 Alça corticoestriado-talamocortical: emoção. A emo¬ção é modulada hipoteticamente por uma alça corticoestriado-tala¬ mocortical (CSTC) que se origina no córtex cingulado anterior (ACC) ventral, ou subgenual, e faz projeção para o nucleusaccumbens, em seguida para o tálamo e de volta para o ACC subgenual. TálamoCaudado Alça CSTC Hipotética OFC —ÿ Parte Inferior do FIG. 7.20 Alça corticoestriado-talamocortical: impulsividade. Impulsividade e compulsividade estão associadas à alça corticoes- triado-talamocortical (CSTC) que envolve o córtex orbitofrontal, a parte inferior do caudado e o tálamo. Alça CSTC Hipotética para actividade Motora Córtex Motor Pré-fronta! Putâmen (Estriado Lateral) ->ÿ Tálamo ->ÿ Córtex pIG.7.21Alça corticoestriado-talamocortical: ÿidade motora A atiyidade motora, como a hiperatividade e a agitação psicomo¬tora ou o retardo psicomotor, pode ser modulada pela alça corticoestriado-talamocortical que vai do córtex motor pré-frontal ao putâmen(estriado lateral), ao tálamo e de volta ao cortex motor prefrontal. Circuitos em Psicofarmacologia | 147 Impulsos excitatórios que saem das células piramidais" Lembre-se de que as células piramidais foram discutidas no Cap.1 e têm a forma de pirâmide triangular, cada uma delas possuindo um dendrito apical espinhoso extensa- mente_ramificado e dendritos basais mais curtos, assim como umúnico axônio emergindo do polõ"5ãsal do corpo celulaciFigs. 1.2A, B e 1.22 a 1.25). O córtex éconstituído de umasérie de camadas oujâmi- nas e as células piramidaisestão localizadasernçjuatro das .seis lâminas corticais (Fig. 7.22). Para onde se destina o impulso da célula piramidal depende de sua localização nas lâminas corticais. Assim, os impulsos corticocorticais são provenientes de células piramidais localizadas na lâmina2 ou 3 (Fig. 7.22). Por outro lado, os impulsos cor¬ ticais da lâmina 5 movem o motor das alças CSTC em direção ao estriado. Ainda outros circuitos corticais se originam em neuró¬ nios piramidais da lâmina 5,que se projetam para o tronco cerebral, ou em neurónios piramidais da lâmina 6, que fazem projeção para o tálamo (Fig. 7.22). O neurotrans- missor responsável pelos impulsos que saem de muitos neurónios piramidais é o glutamato. Impulsosjnibitórios que chegam às célulaspiramidais Os neurónios piramidais no córtex recebem também mui tos impulsos de diversas áreas cerebrais. Aqueles que che. gam de interneurônios inibitórios GABAérgicos vizinhos são mostrados naFig.7.23.As estruturas desses neurónios são também descritas no Cap. 1 e são mostradas aqui com0 neurónios em cesto na Fig. 1.3A e B,como neurónios em buquê duplo na Fig. 1.4A e B e como neurónios em çan. dejabro na Fig. 1.7A e B.Agora vemos esses mesmos neu- rônios funcionando como interneurôniosGABAérgicosno córtex, inervando neurónios piramidais corticais com seus impulsos inibitórios (Fig. 7.23). Assim, um neurônio em cesto vermelho é mostrado na Fig. 7.23, à esquerda, com impulsos GABAérgicos inibitórios que chegam ao corpo celular,ousoma,do neurôniopiramidal.Napartesuperior da Fig. 7.23, vê-se um neurônio em buquê duplo azul, for¬ necendo impulsos inibitórios GABAérgicos para a extre¬ midade de um dendrito apical no neurônio piramidal. Há até mesmo um segundo neurônio em buquê duplo azul à direita, inibindo o neurônio em buquê duplo à esquerda (Fig. 7.23). Esse arranjo tem o efeito final de "injbjrjnni- bição", oude "desinibição"do neurônio piramidal,como Impulsos que Deixam os Neurónios Piramidais Corticais lâmina O- - yÿ © y? substância branca outras glu tronco cerebral áreas corticais estriado FIG. 7.22 Impulsos que partem dos neurónios piramidais cortiÿi. a , —-'num neurônio piramidal do córtex. Essas células piramidais estSní«qs' - * a,ças corticoestriado-talamn™ÿ ÿ • «, a direção em que elas enviam o impulso. Neurónios Dimming Jl? as em diversas lâminas n.i „ co,rtlcais começam e terminam ÿairaic- n<; localizados na lâmina 5 enviam c°rticais localizados nas™minófo°i!?adas' do córtex- 0 <lue influen' ------ !.......mi, uu camadas, do córtex, o que intiueucia a UIICV" h~ — y geuiuiHus piramidais corticais localizados nas lâminas 2 e 3 enviam impulsos a outras are¬as corticais; os localizados na lamina 5 enviam impulsos para o estriado e o tronco cerebral; e aqueles na lâmina 6 enviam impulsos aotálamo. 0neurotransmissor de todos os neurónios piramidais corticais é o,glutamato. 148 I Circuitos em Psicofarmacologia Impulsos que para os Chegam Neurónios Piramidais Corticais Através de Interneurônios GABA GABA GABA GABA v GABAGABA GABA GABA 4 potente controle sobre os impulsos que deixam a célula piramidal, possivelmente até determinando se esse axônio piramidal emitirá ou não um potencial de ação. Pode-se ver logo que há muitas oportunidades para se exercer con¬ trole inibitório sobre um neurônio piramidal em seu trajeto através do córtex e que a presença ou ausência de tônus GABAérgico sobre o neurônio piramidal pode ter profunda influência sobre a capacidade de essa célula piramidal cor¬ tical servir como impulsionador do motor cortical que giu FIG. 7.23 Impulsos que chegam aos neurónios piramidais corticais através de interneurônios. Os neurónios piramidais corticais recebem estímulos de muitas áreas cerebrais diferentes. Estão ilustrados aqui diferentes tipos de interneurônios inibitórios GABAérgicos: um neurônio GABAérgico em cesto (vermelho, à es¬ querda), fornecendo impulsos inibitórios ao soma do neurônio pira¬ midal; um neurônio GABAérgico em candelabro (verde, abaixo), for¬ necendo impulsos inibitórios ao cone axônico; e dois neurónios em buquê duplo (azul, à direita), fornecendo impulsos inibitórios a um dendrito do neurônio piramidal. 0 neurônio em buquê duplo da es¬ querda fornece impulsos inibitórios diretos ao neurônio piramidal; entretanto, ele próprio é inibido pelo neurônio em buquê duplo da direita que, portanto, inibe a inibição — ou desinibe — das ações do neurônio em buquê duplo da esquerda. segundo neurônio em duplo buquê cancelando assim o efeito do impulso inibitório do primeiro neurônio. Final¬ mente, um neurônio em candelabro verde inerva o seg¬ mento inicial do axônio, também conhecido como cone axônicodôneurôniopiramidal(Fig.7.23). Como foi expli¬ cado no Cap. 1, esse tipo de impulso GABAérgico inibi¬ tório do neurônioem candelabro para ocone axônico exerce ÿ ÿÿministra os programas comportamentais do cérebro. Impulsos excitatórios que chegam às células piramidais Os neurónios piramidais corticais também recebem muitos impulsos excitatórios, vindo fazer sinapse predominante¬ mente com os dendritos apicais (superiores) e utilizando o neurotransmissor excitatório glutamato (Fig. 7.24). Esses impulsos se originam em outras áreas corticais (impulsos corticocorticais) e do tálamo (impulsos corticotalâmicos), todos eles utilizando glutamato como neurotransmissor. E fácil ver, portanto,como o neurônio piramidalcortical pode ser excitado por esses impulsos glutamatérgicos de longa distância, mostrados na Fig. 7.24, ou inibido por impulsos GABAérgicos de curta distância, mostrados na Fig. 7.23. Sintonia fina das células piramidais com os impulsos de monoaminas, acetilcolina e histamina Se o glutamato e o GABA exercem efeito mais de "liga- desliga" sobre os neurónios piramidais, as"mõh~õãminas e outros neurotransmissores podem exercer predonunãnte- mente uma ação de "sintonia fina" sobre as células pira¬ midais. Estão também ilustrados na Fig. 7.24 impulsos provenientes de vários outros centros neurotransmissores — como os das monoaminas dopamina, noradrenalina e serotonina, bemcomo de outros neurotransmissores-chave como acetilcolina e histamina. Eles fazem sinapse aqui, com os dendntos basilares, mas também fazem sinapses com os dendritos apicais. Esses impulsos de neurotrans¬ missores específicos podem ser excitatórios ou inibitórios, subtipo de receptor especifico que se expressam nacélula piramidal PmrWr. minada sinapse. Mais comumente, porém, suasliçõèi~são mais sutis do que apenas ligar ou desligar o neurônio.Mais especificamente, as monoaminas podem ser par-ticularmente úteis para otimizar os impulsos aue deixam os neurónios piranu3ãis~Tstn é Hrrnn-tnn-h- os múltiplos impulsos competidores surgem todos ao mesmo tempo e podem ser interpretadas como se fossem apenas "ruídos" (Fig. 7.25A). Todavia, níveis graduadosde impulsos rnonoaminérgicos podem "sintonizar" o neu- rônio piramidal em um sinal que ele deve priorizar, ao mesmo tempo que permite que ele ignore outros sinais- competidores (Fig 7.25B). Refere-se a isso como intensi- Circuitos em Psicofarmacologia | 149 outros centros de neurotrans- missores centros de monoaminas do tronco cerebral tálamo Impulsos que Chegitíiÿaos Neurónios Piramidais Corticais F1G. 7.24 Impulsos que chegam aos neurónios piramidais corticais. São mostrados aqui diferentes impulsos que chegam aos neu¬ rónios piramidais corticais. Projeções excitatórias glutamatérgicas do tálamo e de áreas corticais fazem sinapse com dendrites apicais, enquantomonoaminas e outros neurotransmissores fazem sinapse com dendrites basilares (mostrados) e também com dendrites apicais. Essas projeções de neurotransmissores podem ser inibitórias ou excitatórias, dependendo do neurotransmissor e do receptor envolvido; no entanto, suas ações podem ser mais sutis do que aquelas do GABA e do glutamato. sinais de múltiplos impulsos para os neurónios piramidais corticais múltiplos sinais competidores impulsos dos neurotransmissores podem "sintonizar" os neurónios piramidais corticais, aumentando o sinal e diminuindo o ruído (melhorando a razão sinal-ruído) B ÿsintonia''aumenta a razão sinal-ruído RG.7.25 Razão sinal-ruído. Os neurónios piramidais corticai<; rprphom r; • ú '(A). Os impulsos das monoaminas podem "sintonizar" os neurónios piramicEkS ?Pl°?Í 'mpulsos c°mpetidores, formando o "ruídorizado, aumentando-se esse sinal e diminuindo-se os outros (isto é o m rinf Cortlcais' 'densificando um sinal específico que deve ser ' ~em outras Palavras, aumentando a razão sinal-ruído («ÿ 150 | Circuitos em Psicofarmacologia I FIG. 7.26 Funções dos neurónios piramidais e estimulação dos receptores. Os receptores podem ser estimulados tanto insuficiente¬ mente como excessivamente. Ê necessário encontrar-se o grau ótimo de estimulação dos receptores para o ajuste ótimo da razão sinal-ru- ido. Isso significa que, em alguns casos, a neurotransmissão precisa ser aumentada, mas, em outros, ela pode ter de ser diminuída. ficação do sinal e diminuição do ruído ou como aumento da razão sinal-ruído. Assim como ao se afinar a corda de um violão, mais nemsempre é melhor (Fig. 7.26). Istoé,o impulso do ncu- rotransmissor com o fim de estimular o receptor pode oti- mizar o funcionamento do neurôniopiramidal,porémape¬ nas até certo ponto. Tensão excessiva na corda do violão pode fazê-la soar tao desafinada quanto uma tensão dema- Dois Locais Moleculares Criticamente Importantes para a Eficiência dos Circuitos Corticals siadnmcntc pequena. O mesmo é aparentemente válido para neurotransmissores como a dopamina. em que se encontrar o grau ótimo dc estimulação do receptor é o que é necessário para a sintonia ótima da razão sinal-ruído. Portanto, para se ter a sintonia ótima. alguns neurónios "desafinados" necessitam de mais neurotransmissores e outros de menos (Fig. 7.26). Regulação dos "sintonizadores" de monoaminas Eneontram-se na Fig. 7.27 dois dos reguladores-ehave que ajudam a estabelecer o tonus do neurôniopiramidal— quais sejam, os transportadoras pró-sinápticos de monoaminas e tis enzimas calabólicas para sua degradação. Ê interessante notar que o controle genético desses reguladores de mono¬ aminas também ateta profundamente a eficiênciado proces¬ samento de informações: há dois exemplos disso que agora podem ser mensurados em pessoas vivas que apresentam transtornos psiquiátricos. Refere-se aqui aos resultados das neuroimagens de variantes dos genes do transportador de serotonina (SRRT) e daenzima metaboli/adorade dopamina (catecol-O-metil transferase). Ambas sao discutidas exten¬ samente em diversos capítulos que versam sobre- imagens em genética e em diferentes transtornos psiquiátricos. Resumo A psieofarmacologia moderna está sendo transformada pelo mapeamento sistemático dos sintomas psiquiátricos em regiões cerebrais especificas e pela capacidade de se adquirirem imagens dessas regiões c de suas funções ou disfunções nos pacientes.Os neurónioscorticaisestão liga¬ dos a muitosoutros neurónios, formando circuitos corticais que servem como motores para as funções cerebrais. O córtex pré-frontal é particularmente importante para os comportamentos, com o funcionamento executivo locali¬ zado no córtex pré-trontal dorsolateral, a atenção seletiva nas partes dorsais do cingulado anterior, a impulsividade no córtex orbitofrontal, as emoções no córtex pré-frontal ventromedial e o controle motor nas áreas motoras suple¬ mentares. Alças de neurónios que saem de uma área cor¬ tical e entram em outra (circuitos corticocorticais), assim como as que saem do córtex parao estriado, parao tálamo c de volta ao córtex (circuitos corticoestriado-talamocor- ttcais, ou CSTC), são exemplos de redes neuronais-chaveque têm acapacidade de transformar impulsossimplesque chegam em impulsos complexosquesaeme que,emultima análise, medeiam as tunções cerebrais e os comportamen¬ tos. Múltiplosneurotransmissores influenciamoscircuitos corticais em cada um de seus nodos; isso proporciona a oportunidade tanto para os genes influenciarem o proces¬ samento tie intormações nos circuitos, regulandoo funcio¬ namento dos neurotransmissores, quanto para os psicofar- macologistas influenciarem os sintomas, administrandodrogas que alteram as ações dos neurotransmissores em circuitos cerebrais específicos. Circuitos em Psieofarmacologia I 151 I ostinuiInçAo dos rocoptoros neurónios piramidais corticais o nourotransmlssoros:mais nem sompro ô molhor degradação das monoaminas (p. ox., COMT, MAO-A) <v , transportador do monoaminas (p.ox., SERT) FIG. 7.27 Locais moleculares para a regulação das monoaminas. Dois locais moleculares importantes para a regula¬ção das monoaminas eÿoortanto, para se manter a eficiência dos circuitos corticais são®as enzimas que decompõem as monoa-HH5.S e0os transnortadorps rie monoaminas. Exemplos de en- zimas incluem a monoamino oxidase A (MAO-A) e a catecol-O-metil transferase (COMT). Um exemplo de transportador de monoaminas 0 transportador da serotonina (SERT).
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