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*
EXCLUDENTES DE ANTIJURIDICIDADE/ILICITUDE/
JUSTIFICANTE
  Ilicitude é a relação de antagonismo que se estabelece entre a conduta humana voluntária e o ordenamento jurídico, de modo a causar lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico tutelado (Toledo). 
 A tipicidade funciona como indício da ilicitude. Quase sempre o fato típico será também antijurídico, só se concluindo pela licitude se o agente agir amparado por uma causa de justificação.
Antijuridicidade e tipicidade: jamais existe antijuridicidade sem tipicidade, porque não é possível valorar a antijuridicidade se não houver tipicidade.
*
Injusto Penal
INJUSTO PENAL (INJUSTO TÍPICO)
Injusto penal é o fruto da constatação de que a conduta do agente se demonstrou efetivamente típica e antijurídica. 
INJUSTO - antijuridicidade
TÍPICO - tipicidade
Assim, quando afirmamos que existe um injusto penal (ou injusto típico), implicitamente afirmamos que as duas primeiras fases da análise do delito (partindo de uma concepção tripartite do mesmo) já foram realizadas, restando somente a análise da culpabilidade.
*
antijuridicidade
Causas de Exclusão da Antijuridicidade
Estado de Necessidade
Legítima Defesa
Estrito Cumprimento de Dever Legal 
Exercício Regular de Direito
*
Ilicitude
Existem ainda outras causas que, embora não constem no rol do artigo 23, nem estejam expressamente previstas na lei penal, constituem causas justificantes. São as chamadas CAUSAS SUPRALEGAIS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE, tal como o consentimento do ofendido.
*
Excludente de antijuridicidade
Em regra, as excludentes de ilicitude fazem coisa julgada no juízo civil.
 Há exceções, por exemplo, quando se atinge um terceiro inocente (legítima defesa real e aberractio ictus). 
*
ESTADO DE NECESSIDADE
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
        § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
*
ESTADO DE NECESSIDADE
Requisitos do Estado de Necessidade (Justificante):
a) perigo atual (ou "iminente);
b) direito próprio ou alheio;
c) não ter o agente provocado o perigo dolosamente. Assim, quem gera o perigo por dolo não pode invocar o estado de necessidade;
d) inevitabilidade do comportamento lesivo. O conflito é inevitável;
e) proporcionalidade entre o bem jurídico salvo e o bem jurídico sacrificado.
O Estado de Necessidade configura-se PERIGO, ATUAL, INVOLUNTÁRIO e INEVITÁVEL.
*
ESTADO DE NECESSIDADE
O estado de necessidade pode ser: I – próprio: quando há proteção de bem jurídico do próprio agente;
 II – de terceiro: quando o bem jurídico protegido pertence a outrem;
 III – real: há o estado de perigo;
 IV – putativo: não há o estado de perigo, porém, o agente pensa que há (art. 20, § 1º). 
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Estado de Necessidade
a) Agressivo: atinge-se uma pessoa inocente. A indenização é obrigatória. 
 b) Defensivo: atinge a pessoa que causou o perigo, logo, não há indenização. 
*
ESTADO DE NECESSIDADE
O código penal adotou a teoria unitária. Tem que haver a razoabilidade. Ponderação entre valores dos bens e deveres em conflito.
Causa de diminuição da pena. Em face da desproporção, a pena será diminuída de 1/3 a 2/3.
*
ESTADO DE NECESSIDADE
TEORIA UNITÁRIA OU MONISTA TEORIA UNITÁRIA – adotada pelo Código Penal – para essa teoria, não importa se o bem protegido pelo agente é de valor superior ou igual àquele que está sofrendo a ofensa, uma vez que em ambas as situações o fato será tratado sob a ótica das causas excludentes da ilicitude. Para essa teoria, todo estado de necessidade é justificante, e não exculpante.
TEORIA DIFERENCIADORA – diferencia o estado de necessidade justificante (afasta a ilicitude) e o estado de necessidade exculpante (afasta a culpabilidade). O Código Penal Militar adotou a teoria diferenciadora nos artigos 39 a 43. 
*
Estado de necessidade 
- Natureza Jurídica: 
 
a) teoria unitária: o estado de necessidade é sempre causa justificante, sempre excludente de antijuridicidade (adotada no Brasil). Única exceção no Brasil: Código Penal Militar 
 b) teoria diferenciadora: distinção entre bens jurídicos (Adotada na Alemanha). 
 - bens jurídicos iguais: excluem a culpabilidade (Estado de necessidade exculpante). Ex.: náufragos e tábua de salvação. 
 - bens jurídicos desiguais: exclui-se a antijuridicidade (estado de necessidade justificante.
*
Estado de necessidade
Fundamento: Todos têm direito de defender os próprios direitos (sem abusos)
*
ESTADO DE NECESSIDADE
EXEMPLOS:
 Danos em propriedade alheia para extinguir incêndio. 
Subtração de alimentos para evitar a morte por inanição.
Subtração de água para evitar a morte por sede.
Aborto para salvar a vida da gestante.
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ESTADO DE NECESSIDADE)
	Estado de Necessidade em Crime Culposos
	 O atuar culposo pode estar justificado pelo Estado de Necessidade. Ex.: Paulo leva ao hospital um pedestre acidentado com perigo de vida, conduzindo o veículo alcoolizado e, em conseqüência de estado etílico, ao estacionar, colide com outro veículo (Roxin).
*
ESTADO DE NECESSIDADE
Estado de Necessidade com ABERRATIO CRIMINIS: Na hipótese do ataque do pitbull que salta o muro da casa para morder o transeunte, se este, ao disparar seu revólver em direção ao animal, atinge outro transeunte, só há estado de necessidade DEFENSIVO em relação à coisa, pois diante do transeunte configura-se ABERRATIO CRIMINIS do art. 74 do CPB, não sendo a lesão corporal atribuída ao autor por estar coberto pela justificação.
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LEGÍTIMA DEFESA
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LEGÍTIMA DEFESA
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LEGITIMA DEFESA
Fundamento da Legítima Defesa: a legítima defesa tem um duplo fundamento: 
	(a) PRINCÍPIO DA AUTOPROTEÇÃO; 
 (b) REAFIRMAÇÃO DO DIREITO SOBRE O ILÍCITO.
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LEGITIMA DEFESA
 1 Agressão atual ou iminente. 
2 Agressão contra direito próprio ou alheio.
3 Moderação no emprego dos meios necessários.
Proporcionalidade entre a defesa empreendida e o ataque sofrido, que deverá ser apreciada no caso concreto.
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Legítima Defesa
Requisitos: 
 a) agressão humana: somente agressão proveniente de pessoa humana permite o reconhecimento de legítima defesa, logo, ataque de animais, caracteriza estado de necessidade. 
 - Exceção: animal é instrumento de ataque de um ser humano, ocorre a legítima defesa. 
 - agressão passiva permite reconhecimento de legítima defesa. 
 b) agressão humana injusta: não importa se é típica ou não. 
 - agressão justa: despejo realizado por oficial de justiça, amparado em decisão judicial.
*
Diferenças...
*
*
LEGÍTIMA DEFESA
Não cabimento de legítima defesa:
LD real contra LD real;
LD real contra EN real;
LD real contra ERD;
LD real contra CDL.
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LEGÍTIMA DEFESA
	Legítima defesa putativa contra legítima defesa real.
PUTATIVA SEGUIDA DA REAL:
A se desentende com B e promete matá-lo na próxima vez que o visse pela frente; B, amedrontado, compra revólver e passa a andar sempre com ele, para se defender de A. Certo dia, seus caminhos se encontram e A, no intuito de presentear B e desfazer o mal entendido, coloca a mão sob a camisa para lhe dar o presente; B, pensando que A sacaria uma arma, saca o revólver e atira em A (LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA); A, assustado com aquela situação, saca agora o revólver e atira em B (LEGÍTIMA DEFESA REAL).
 
*
LEGÍTIMA DEFESA
REAL SEGUIDA DA PUTATIVA
O pai de A agride injustamente o vizinho, que repele a agressão com um soco (LEGÍTIMA DEFESA REAL).No exato momento em que seu pai leva um soco, A chega em casa e vê seu pai sendo agredido pelo vizinho. A passa a agredir o vizinho em legítima defesa de seu pai (LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA).*
LEGÍTIMA DEFESA
Será dolosa quando:
O agente, mesmo após fazer cessar a agressão, continua o ataque porque quer causar mais lesões ou mesmo a morte do agressor inicial (excesso doloso em sentido estrito); 
Perante o excesso doloso em sentido estrito não há que se cogitar da justificante da legítima defesa, cabendo tão-só a aplicação da circunstância genérica de diminuição de pena do art. 65, III, c, parte final do CPB.
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LEGITIMA DEFESA
 Será culposo quando (legítima defesa subjetiva):
o agente, ao avaliar mal a situação que o envolvia, acredita que ainda está sendo ou poderá vir a ser agredido e, em virtude disso, dá continuidade à repulsa, hipótese na qual será aplicada a regra do artigo 20, §1o, do CP:
§ 1º. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
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LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA
Ocorre quando se repele o excesso na legítima defesa. A agressão praticada pelo agente, embora inicialmente legítima, transforma-se em agressão injusta quando incidiu no excesso.
Legítima Defesa Sucessiva: duas legítimas defesas, uma depois da outra. Ex.: A se defende de B, que atua com excesso, e B se defende do excesso.
 
*
Legitima defesa sucessiva
O agente só será punido pelo ato que gerou o excesso. 
"Dentre as hipóteses de excesso doloso, tem-se sua configuração quando a vítima, embora agindo inicialmente sob a proteção da legítima defesa, passa a repelir as agressões em situação que não mais justifica o revide. Na hipótese, dá-se o chamado excesso extensivo, afastando, a partir de sua concretização, a justificativa da legítima defesa”.
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LEGITIMA DEFESA
A maior parte da doutrina ADMITE a possibilidade de AGRESSÃO por OMISSÃO só nos casos de OMISSÃO POR COMISSÃO, entendendo que a omissão própria não pode constituir-se em agressão:
Servem de exemplos recolhidos da doutrina:
a) O carcereiro que por negligência deixa de soltar o preso que já cumpriu a pena, comete injusta agressão ao seu direito de liberdade, ensejando a repulsa legítima daquele (exemplo de Mezger);
b) Há legítima defesa no comportamento daquele que, para salvar a própria vida, arrebata, causando lesões corporais na enfermeira, o remédio que esta sonega animo necandi.
*
LEGÍTIMA DEFESA
d) O viajante que, num trem que chegue ao ponto terminal, se negue a abandonar o carro leito onde dorme (exemplo de Maurach);
e) O sujeito que se planta à porta da casa de outrem, impedindo-lhe a passagem e liberdade de trânsito (exemplo de Antolisei);
f) Médico que não dá alta ao paciente, embora devesse fazê-lo, mas porque espera a chegada dos familiares e assim poder receber os honorários - também há entendimento de que seria cabível nos casos de omissão própria - o sujeito que ameaça de morte o transeunte que não lhe pretende dar socorro.
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Legitima defesa 
Legítima defesa e aberratio ictus ( erro quanto á pessoa).
 De acordo com o artigo 73, do CP:
 Art. 73. Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do artigo 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do artigo 70 deste Código. Art. 20. § 3º. 
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Legítima defesa 
Não existe legítima defesa contra mera provocação. Aquele que age contra a provocação responde penalmente por sua conduta.
Se alguém provoca outrem com o intuito de fazê-lo partir para a agressão e, em revide, como se em legítima defesa, agride de volta, não pode ser amparado pela causa de justificação.
Se a agressão foi provocada intencionalmente para logo invocar a legítima defesa, trata-se de um abuso de direito, de uma manipulação do agressor, não podendo haver causa de justificação.
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Legítima Defesa
Elemento subjetivo na legítima defesa
Para que se possa falar em legítima defesa, não basta que sejam preenchidos os requisitos de ordem objetiva constantes no artigo 25, do CP, devendo, além disso, saber o agente que está atuando nesta condição, ou melhor, querer atuar sob defesa de algum bem jurídico injustamente agredido.
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ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
Estrito cumprimento de dever legal Determina o art.23, III, do CP, que não há crime quando o sujeito pratica o fato em estrito cumprimento de dever legal. Há casos em que a lei impõe determinado comportamento, em face do que, embora típica a conduta, não é ilícita. 
 A excludente só ocorre quando há um dever imposto pelo direito objetivo. O dever pode ser imposto por qualquer lei. A atividade pode ser pública ou privada. É necessário que o sujeito pratique o fato no estrito cumprimento do dever legal. E exige-se que o sujeito tenha conhecimento de que está praticando o fato em face de um dever imposto pela lei.
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ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
 
 EXEMPLOS 
	Oficial de justiça que cumpre o mandado 	de busca e apreensão, subtraindo coisa 	alheia móvel sem o seu consentimento. 
	O policial que encarcera um assaltante. 
	O fiscal da Receita Federal que apreende 	mercadorias ilegais. 
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Grecco afirma, ainda, que a atitude de policiais que, visando evitar a fuga de detentos em um presídio, ou mesmo durante uma blitz, onde alguém tenta fugir do bloqueio, atiram em direção aos fugitivos com a intenção de matá-los, é conduta penalmente reprovável, pois:
A finalidade do policial, no primeiro caso, é trazer de volta às grades o prisioneiro fugitivo [...] no segundo exemplo, embora possa haver perseguição e até mesmo prisão daquele que desobedeceu à ordem emanada da autoridade competente, também não se admite o disparo mortal, sendo altamente discutível, ainda, mesmo o disparo em parte não letal do corpo humano, a fim de se interromper a fuga. Em determinadas situações [...] será preferível a fuga do preso do que a sua morte, sob pena de ser maculado o princípio da dignidade da pessoa humana. Não estamos com isso querendo afirmar, como entende parte de nossos tribunais, que o preso tem direito à fuga, o que seria um absurdo. Ele não tem direito à fuga, mas sim o dever de cumprir a pena que lhe foi imposta pelo Estado, atendido o devido processo legal.  
Estrito Cumprimento do Dever Legal
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ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região ratificou a condenação de policial rodoviário federal por disparo de arma de fogo em serviço, imposta pelo juízo singular, afastando a excludente de ilicitude de estrito cumprimento do dever legal, verbis:
Restando provado que o réu desferiu disparo de arma de fogo em via pública, correta a imposição das penas do art. 10, § 1º, inc. III, da Lei 9.437/97. 2. Não há falar em estrito cumprimento do dever legal, nos moldes do art. 23, III, do Estatuto Repressivo, em face das circunstâncias fáticas evidenciadas nos autos, que afastam a aplicação da guerreada excludente. 3. Sendo o acusado agente da PRF, a proibição de ausentar-se da comarca onde reside (art. 78, § 2º, b do CP) evidentemente não inclui as tarefas rotineiras de patrulhamento em municípios contíguos (TRF4 - AC Nº 2005.72.14.001072-9, 8ª Turma Criminal – Rel. Desª. SALISE MONTEIRO SANCHOTENE. Julgado em 29/11/2006).Grifamos.
 
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POLICIAL MILITAR DE FOLGAE À PAISANA - AGRESSAO VERBAL - IMPUTAÇAO DE FATO CRIMINOSO FALSO. AGRESSAO FÍSICA - ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL - NAO CONFIGURADO - DESPROPORCIONALIDADE NA CONDUTA - LESÕES CORPORAIS - DANO MORAL RECONHECIDO - RECURSO IMPROVIDO - SENTENÇA MANTIDA. 1. O agente policial é ¿longa manus¿ do Estado na prestação da segurança pública, assim, uniformizado e utilizando arma da corporação, age na condição de agente estatal, fato que não ocorre quando está de folga e à paisana, de sorte que o ato ilícito deveser suportado somente pelo agente, na qualidade de cidadão comum. 2. A agressão desproporcional, seja ela verbal ou física, gera dano moral indenizável, uma vez que o ato ofende a integridade psíquica da pessoa, a sua honra, dignidade e vida privada, repercussão na esfera subjetiva da vítima, causando-lhe sofrimento. 3. Recurso improvido. Sentença mantida. Vistos, 
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ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
 ARTIGO 15 DA LEI 10.826 /03. LEGÍTIMA DEFESA NÃO CARACTERIZADA. CONDENAÇÃO MANTIDA. O RÉU FOI CONDENADO NAS PENAS DO ART. 15 , DA LEI 10.826 /03, POR TER EFETUADO DISPAROS DE ARMA DE FOGO NAS IMEDIAÇÕES DE LOCAL HABITADO, ALEGANDO QUE AGIU EM LEGÍTIMA DEFESA DE TERCEIRO E NO ESTRITO CUMPRIMENTO DODEVER LEGAL, VISANDO REPELIR INJUSTA AGRESSÃO A OUTREM. MAS A PROVA REVELOU QUE A PESSOA AGREDIDA, SEU P ARTICULAR AMIGO, JÁ TINHA SIDO RETIRADO DA ENRASCADA POR TERCEIRO, E NÃO MAIS CORRIA PERIGO, DE SORTE QUE A REAÇÃO SE APRESENTOU TARDIA E DESNECESSÁRIA, CONFIGURANDO O TIPO IMPUTADO. APELO DESPROVIDO.
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Estrito Cumprimento do dever
Não cabe legítima defesa nas ações meramente morais, sociais e religiosas.
Ex: policial queobriga passageiro a ceder a cadeira uma senhora idosa.
Padre que invadir domicílio para dar comunhão.
Não cabe estrito cumprimento do dever legal nos crimes culposos.
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EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO
O art.23, parte final, do CP determina que não há crime quando o agente pratica o fato no exercício regular de direito. Ex.: liberdade de censura prevista no art.142 do CP; direito de correção do pai em relação ao filho. Conduta autorizada por lei.
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Exercício Regular do Direito
DIREITO – esse “direito” que se exige pode surgir de situações expressas nas regulamentações legais em sentido amplo, ou até mesmo nos costumes. Diz respeito a todos os tipos de direito subjetivo, seja oriundo de norma codificada ou consuetudinária.
EXERCÍCIO REGULAR – o limite do lícito termina necessariamente onde começa o abuso, posto que aí o direito deixa de ser exercido regularmente, para mostrar-se abusivo, caracterizando sua ilicitude.
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EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO
Causa de exclusão de ilicitude que consiste no exercício de uma prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico, caracterizada pelo fato típico.
Qualquer do pessoa pode exercitar um direito subjetivo ou uma faculdade previstos em lei.
Ex. coação para evitar suicídio ou para a prática de uma intervenção cirúrgica.
Intervenção cirúrgica é indispensável o consentimento do paciente ou de seu representante legal.
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EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO
	
	Ofendículos são aparelhos, animais de guarda, predispostos para a defesa da de bens jurídicos, visíveis e a que estão equiparados meios mecânicos ocultos.
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EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO
Lesões provocadas no –paciente no decorrer do procedimento cirúrgico como meio necessário ao seu tratamento não configura crime. Ex. cortes , amputação etc.
Violência desportiva=
Violência inerente a alguns esportes. Boxe
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CAUSA SUPRALEGAL DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE
O consentimento do ofendido, no estudo do crime, pode ter dois enfoques com finalidades diferentes:
- afastar a tipicidade-
Caso o consentimento do ofendido esteja autorizada no tipo penal. Ex: art. 150: entrar ou permanecer, clandestinamente ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito. Art. 160. autorização para que alguém introduza animais em sua propriedade.
- excluir a ilicitude.
 Quando o tipo penal não contém a discordância.
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CAUSA SUPRALEGAL DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE
alguns requisitos:
1º) a concordância deve ter sido manifestada de forma livre, sem coação, fraude ou outro vício de vontade;
2º) o ofendido deve, no momento da aquiescência, ser capaz, ou seja, estar em condições de compreender o significado e as conseqüências de sua decisão – somente o PENALMENTE IMPUTÁVEL (mais de 18 anos) poderá consentir;
3º) o bem jurídico lesado deve ser disponível – bem disponível é aquele exclusivamente de interesse privado;
4º) o consentimento deve ser dado antes da prática do ato típico.
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