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Resumo de microbiologia Geral

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Resumo de microbiologia Geral
A capacidade de viver de forma independente na natureza é o que distingue os microrganismos de células de organismos macroscópicos, como os vegetais e os animais. Os microrganismos realizam seus processos vitais 	de crescimento, geração de energia e reprodução independentemente de outras células. 
Os microrganismos têm características como quaisquer seres vivos: metabolismo, geração de energia; reprodução (crescimento), síntese de novas células a partir de pré-existentes; diferenciação, que consiste em formar uma nova estrutura celular, como um esporo, por exemplo, como parte do ciclo de vida celular; comunicação, através de substancias químicas liberadas e incorporadas por elas; movimento, apesar do flagelo não ser um órgão obrigatório para as bactérias; evolução, as células contem gens que podem evoluir, conferindo novas propriedades biológicas as células.
Figura 1 Hierarquia estrutural na organização celular
As atividades benéficas dos m-os são derivadas de suas atividades metabólicas no ambiente, suas associações com plantas e animais e seu uso na produção de alimentos e nos processos biotecnológicos. O papel dos microrganismos no meio ambiente consiste em: fixação de nitrogênio atmosférico, decomposição da matéria orgânica e resíduos, reciclagem de nutrientes, complexação de metais pesados, degradação de produtos tóxicos, incluindo pesticidas e produção de antibióticos e outros compostos bioativos. A fixação no nitrogênio é feito pelos m-os para que haja substrato para síntese de proteínas e ácidos nucleicos e se dão da seguinte forma: 
Ainda falando de suas utilidades biológicas, temos o exemplo dos ruminantes (boi, ovelha e etc.) que se alimentam de capim, pois há em seu aparelho digestório o rumem, que é composto por bactérias e fungos.
Bioremediação: o uso de bactérias , fungos e plantas na degradação de compostos químicos tóxicos que se acumulam no ambiente.
Biosurfactantes são moléculas produzidas por microrganismos e podem ser classificadas em moléculas de baixo peso molecular ( glicolipídios, lipopeptídios e flavolipídios) e de alto peso molecular ( polissacarídios, proteínas, lipopolissacarídios e lipoproteínas).
Probióticos são microrganismos incorporados em alimentos, bebidas ou como suplementos nutricionais com a finalidade de melhorar a saúde humana. Os microrganismos mais comumente usados são do gênero Lactobacillus e bifidobacterium.
Biopesticida: A endotoxina δ ou proteína Cry, sintetizada durante a esporulação, apresenta propriedades inseticidas. Esta molécula tem como mecanismo de ação a formação de poros transmembrana ou canais iônicos levando a lise osmótica.
Componentes das células microbianas
Membrana celular: composta por bicamada fosfolipídica, proteínas, glicoproteínas, glicolipídeos e hopanoides, que são estruturam parecidas com o colesterol (que não tem em células microbianas) que se intercalam com os lipídeos para garantir a fluidez e só há em bactérias do domínio bacteria. As estruturas dos fosfolipídios da membrana celulares das bactérias do domínio Bacteria e Archaea apresentem diferenças. O domínio bacteria tem ligação tipo ester entre o glicerol e o ácido graxo do fosfolipídio. O domínio archeae tem ligações tipo éter entre o glicerol e os terpenos. 
- Funções: barreira de permeabilidade, transporte de nutrientes para dentro e fora da célula; ancoragem de proteínas, local de muitas proteínas envolvidas no transporte, bioenergética; conservação de energia, local de geração e utilização da força próton motiva. 
 
Alguns lipídios de membrana do reino Archeae possuem uma monocamada lipídica devido ao fosfolipídio caldarqueol: 
Microrganismos alteram sua composição lipídica de acordo com as condições ambientais; termófilos tem maior percentagem de ácidos graxos saturados e psicrófilos tem maior percentagem de ácidos graxos insaturados. 
As proteínas membranares podem ser periféricas ou integrais. Podem também ser ancoradas por glicosilfostidilinositol (GPI).
Em células procarióticas a fosforilação oxidativa é feita na membrana celular. 
- Tipos de transporte em bactérias: 
 - Transporte simples: promovido pela energia da força próton motiva (H+ carrega molécula)
 - Translocação de grupo (fosfotransferase): substância transportada sofre modificação química (fosforilação) promovida pelo fosfoenolpiruvato. Isso faz com que ela não saia do m-os por já esta fosforilada (polarizada), já entrando como substrato fosforilado do glicolise. 
 - Sistema ABC: encontrado apenas em bactérias gram-negativas. A substância a ser transportada passa pela porina (proteína transmembranar) da membrana externa sendo endocitada e transportada entre as membranas pela proteína periplasmática de ligação. Quando chegam à proteína transportadora da membrana interna a substancia se desliga da primeira proteína e se liga no canal da proteína transportadora. Com o gasto de ATP essa proteína transportadora muda de conformação possibilitando a entrada da substancia a ser transportada.
Tipos de bactéria: Gram + e Gram –
Peptidoglicana é a estrutura básica da parede célular das bactérias. É formada por açucares dissacarídeos (N-acetilgicosamida e N-acetilmurâmico) e ligados ao açúcar estão quatro aminoácidos que formam o peptídeo. Esses peptidoglicanos são ligados entre si pelos seus peptídeos da seguinte forma: o terceiro aminoácido do peptidoglicano se liga ao ultímo do peptidoglicano seguinte no caso das gram -, nas gram + o terceiro aminoácido se liga a uma ponte de glicina que se liga ao ultimo aminoácido de outro peptidoglicano, logo é indireta. O nome dessa ligação é ligação cruzada. 
- Parede celular de bactérias gram positiva: peptidoglicana + ácidos teicoico + ácido lipoteicoico. Os ácidos teicoicos estão ligados as peptídoglicanas e os ácidos lipoteicoicos estão ligados aos fosfolipideos. 
- Parede celular de bactérias gram negativa: peptidoglicana + membrana externa (com lipopolissacarídeos e porinas) + lipoproteína. 
Porinas são proteínas triméricas presentes na membrana externa de bactérias gram negativo. Tem como função a passagem de substâncias hidrofílicas de baixo peso molecular. Podem ser especificas (que possuem sítios de ligação para uma ou um grupo de substâncias estruturalmente relacionadas) ou não específicas (que formam canais preenchidos com água e passam pequenas moléculas. 
Os lipopolissacarideos são formados de lipídeo A e o antígeno O (parte sacaridica). O antigeno O é mais externo e pode produzir anticorpos. O lipídeo A é uma endotoxina bacteriana que promove o reconhecimento do sistema imune gerando uma cascata de sinalização e com isso liberando citocinas inflamatórias. 
 
Capsula bacteriana (opcional)
É a estrutura mais externa da célula procariótica. Camada de polímero (polissacarídica ou polipeptídica) que reveste e está firmemente aderida à parede celular (glicocálix), sendo extremamente organizada. Quando polissacarídica, pode funcionar como reserva nutritiva ou energética e para retenção de H2O. É uma estrutura externa que dificulta a ação do sistema imune, por proteger diversos ligantes que seriam reconhecidos por esse sistema para a fagocitose. As bactérias encapsuladas estão envolvidas na patogenicidade bacteriana.
 
- Biofilme: Acomodação feita apenas por células capsuladas. É um empilhamento de microorganismos imersos em uma matriz polissacarídica (glicocálice) que também poderá servir como fonte de nutriente. Há canais que levam nutrientes vitais para todas as camadas, e também excretas das camadas mais inferiores. O esforço cooperativo favorece a proteção. Isso impede a ação de quimioterápicos porque terão acesso menor. O biofilme é formado primeiro por um colonizador primário que adere ao local e começa a se dividir. Pode haver também colonizadores secundários, que serão microorganismos (bactérias ou fungos) que serão atraídos pelos colonizadores primários , que aumentará o biofilme. Os microorganismos aeróbicosficarão na parte externa do biofilme, onde há oxigenio, enquanto os anaeróbicos ficarão na parte interna. 
A placa dental é uma otima superficie para o crescimento de biofilmes. Em geral comemos alimentos com sacarose, que é formada por glicose e frutose, que são substratos usados por esses microorganismos. Esses m-os polimerizam a glicose e formam uma capsula de dextrana e outros polimerizam a frutose formando capsulas de levrana. Também pode ocorrer fermentação desses substratos para produção de energia desses m-os, que levam a formação de ácidos (ácido lático, ácido pirúvico e etc.) que formarão as cáries. 
Os biofilmes também estão envolvidos na corrosão bacteriana através das bactérias redutoras de sulfato. 
Fímbria ou pili (opcional)
São estruturas proteicas ou glicoproteicas de aderência. As proteínas variam de m-os para m-os, mas são genericamente chamadas de pilina. Podem ser encontradas em gram + e gram -. Há receptores para essas estruturas nas células hospedeiras, sendo essa proteína normalmente ligada à um açucar na membrana hospedeira. Cada tipo de pili tem um receptor específico. 
M-os que não possuem essa estrutura há ligantes na célula bacteriana que serão reconhecidos pelos receptores da célula hospedeira.
Em um primeiro momento, essa adesão é fraca, mas conforme o m-os se aproxima, outros pilis vão se ligando ao receptor da celula alvo. Outros m-os podem se ligar a receptores presentes em m-os já ligados a celula alvo. 
Como inibir essa adesão? Pode haver o bloqueio do ligante na bactéria usando o anticorpo para esse ligante ou saturar o lugar onde a bactéria se ligaria ao receptor, bloqueando o receptor.
- Pili-F ou Pili sexual: pili especial onde o material genético de uma bactéria pode ser compartilhada com outra bactéria por uma ligação.
Flagelo (opcional)
Estrutura opcional que tem como função principal a locomoção bacteriana. Tem composição química semelhante ao da pili, proteína ou glicoproteína. O nome genérico de sua protéina é flagelina. 
Os flagelos são aderidos às bactérias através de anéis proteicos inseridos na(s) membrana(s):
 
Todo esse sistema é envolvido na produção de energia para a movimentação do flagelo. Bactérias flageladas possuem quimiotaxia, que é a habilidade de usar um gradiente químico para “navegar” em direção aos locais do hospedeiro para sua colonização. 
Ribossomas (obrigatória)
Estrutura onde há síntese de proteína. Composta por protéinas e RNA ribossomal. 
Como todo ribosoma, é formado de duas subunidades. O ribosoma inteiro de eucarióticas se segmenta em 80S (60S e 40S).
Já o ribosoma bacteriano vai se segmentar em 70S e como todo ribosoma é formando em duas subunidades, 50S e 30S.
Cromossoma (obrigatória)
Também chamado nucleoide. Responsável pela reprodução da célula, pela informação fornecida à célula. A bactéria tem um único cromossoma e é circular. Esse cromossoma é extremamente enrolado, compactado porque a bactéria já é muito pequena.
Para haver o enrolamento do DNA, temos a presença de proteínas semelhantes às histonas que ajudam no empacotamento.
Inclusões citoplasmáticas 
Estruturas opcionais. A função, em geral, é de reserva nutritiva e energetica das bactérias. 
- Glicogênio: polissacarídeo de reserva, semelhante ao amido. Algumas bactérias apresentam depósitos, grânulos de glicogênio.
- Lipídeos: são importantes fontes de energia. Uma bem conhecida é o PHB, importante na indústria para obter plásticos.
Ainda tem o magnetosoma, que não são inclusões, são estruturas que algumas bactérias apresentam. Devido a essas estruturas, se orientam no campo magnético da Terra.
Endosporos
As bactérias podem se proteger de condições adversas se diferenciando, devido à formação de esporo. Como é formado dentro da célula, é chamado de endosporo.
Sua função é de sobrevivência.
Tenho a célula normal, vegetativa. O meio já está velho, não tem mais nutrientes, mudou um pouco a temperatura e a célula pode se diferenciar, não sendo mais vegetativa mas sobrevive como esporo. Então a célula normal pode esporular e forma o endósporo (dentro da célula), mas a célula pode lisar e fica fora. 
Esse esporo é extremamente desidratado, mas tem tudo o que for necessário para formar novamente a célula vegetativa. Terá uma composição química diferente e essa composição dará as propriedades dos esporos. Ficam em estado de dormência por muito tempo, mas podem voltar à ser célula-mãe.
São altamente resistentes a radiações físicas e a compostos químicos, por isso a bactéria o usa para não morrer. Apesar de vir da célula-mãe, o esporo é quimicamente diferente dela. São altamente resistentes ao calor.
O esporo é formado de várias camadas.
O que ele tem de diferente da célula que deu origem a ele? Ele tem, na capa proteica, proteínas ricas em aminoácidos que tem ligação de enxofre que conferem resistência ao esporo. Ainda tem um composto que só o esporo tem, o ácido dipicolínico. Em geral tem também cálcio e assim o sal desse ácido, o dipicolinato de cálcio.
Mas o que ele tem no córtex? Restos da peptidoglicana e no centro tem também DNA e etc. Porque tem tudo o que ele precisa pra quando der um choque térmico ele consiga se reproduzir.
Nutrição e crescimento microbiano
Os m-os distinguem-se nos que coseguem produzir enzimas necessárias para produção de quase todas suas moléculas, ou seja, conseguem viver e crescer em qualquer meio; e nos que precisam que o meio disponibilize as moléculas para que haja crescimento. Pra isso é necessário que existam mecanismos de transporte do meio extra para o meio intracelular e no meio intracelular é necessário todo um aparato para que essas moléculas sejam quebradas em monômeros e a partir daí cheguem a composição das biomoléculas que atuam tanto na parte estrutural como na parte fisiológica. 
- Crescimento microbiano: crescimento de uma população de células. Uma célula da origem a duas após certo tempo, que é chamado tempo de geração. Esse tempo não é bem definido, ele varia de acordo com as condições diversas (temperatura, pH e meio de cultura). Quando o m-os ta em meios ricos de nutrientes ele só precisa transportar do meio extra para o intra celular. Quando esta em meio pobre ele precisa produzir suas próprias moléculas. Pra que a célula se duplique é preciso que ocorra previamente a duplicação das suas biomoléculas e o crescimento em tamanho da célula, que é chamado de elongação celular.
 As proteínas responsáveis pelo controle da divisão celular são as proteínas Fts, sendo a Ftsz a mais estudada. Sua principal função é a formação do anel de divisão (divisomo) para que a divisão seja simetrica. Essas proteínas formam um complexo proteico que é orientado ao centro da célula onde forma um anel. Ao longo desse processo a célula vai se duplicando e quando chega na divisão do seu material genético e etc há sinalização pra que esse anel de proteína FtsZ seja despolimerizado havendo transcrição celular e formação de duas células. A proteína FtsI é a responsável pela formação do peptidoglicano. 
O crescimento ocorre de forma exponencial quando em condições favoráveis e pode ser divididos em quatro fases:
- Fase Lag: de adaptação; os m-os precisam de tempo para produzir as moléculas da maquinaria de divisão. Essa fase dependendo do meio é maior ou menor. 
- Fase exponencial: de desenvolvimento; divisão células; os m-os estão metabolicamente ativos para que haja o crescimento celular. Em industria essa é a fase de interesse. 
- Fase estacionária: extinção de nutriente e/ou produtos de excreção de m-os acumulam-se no meio. 
- Fase de morte: se a população permanecer na fase estacionaria por muito tempo as células começam a morrer. 
A avaliação de crescimento bacteriano pode ser feito por quantificação direta (contagem de células totais – viáveis e não-viáveis [Câmera de Petroff]) e indireta (turbidimetria – avaliação da massa celular [feita por densidade óptica]).
Temperatura e crescimento bacteriano
Em baixas temperaturas o crescimento bacteriano é reduzido, ou seja, as reaçõesenzimáticas ocorrem menos eficientemente. A medida que a temperatura se eleva é chegado a temperatura ótima pra cada m-os, onde ele cresce de maneira mais eficiente. Essa temperatura ótima fica bem próxima da temperatura onde já começa a não haver crescimento e ocorre consequentemente a morte dessas células (desnaturação de proteínas, colapso de membrana citoplasmática e lise térmica). Altas taxas de NaCl são prejudiciais as células. 
Mecanismos de obtenção de energia em células procarióticas
Catabolismo: Degradação de compostos e obtenção de energia.
Anabolismo: Síntese de compostos e gasto de energia. 
Bactéria quimioheterotrófica: 
- Usam moléculas orgânicas, como glicose, e produz energia por dois mecanismos, respiração (via glicolítica, ciclo de Krebs [em m-os é no citoplasma] e fosforilação oxidativa [em m-os é na membrana plasmática]) e fermentação. A respiração pode ser aeróbica (aceptor final de elétron: O2) ou anaeróbica (possível aceptor final de elétron: NO3-, SO42-, S0, Fe3+). 
A energia formada nessas vias serão usadas para a síntese do ATP, movimentação do flagelo e para o transporte ativo.
Tipos de fermentação: Fermentação lática (produção de iogurte), Fermentação etanolica (produção de vinho. Pode ser dois tipos de via glicolítica), fermentação butírica e aceto-butanol, fermentação propriônica e fermentação acida-mista.
Bactéria facultativa pode fazer respiração aeróbica, anaeróbica e fermentação dependendo do meio. 
Bactéria quimioautotrofica:
- Energia obtida a partir de compostos químicos inorgânicos (H2, NO2, Fe2+, S0). Sua cadeia transportadora de elétrons está na membrana e há formação de gradientes de próton para síntese de ATP. Aceptores finais de elétrons variados. 
Há presença de hidrogenases membranares (doação de elétron para cadeia) e citoplasmáticas (redução de NAD+ para síntese de compostos orgânicos).
Há também bactérias que oxidam compostos contendo nitrogênio (nitrificante): 
Bactérias fotoautotróficas: 
Transformam energia luminosa em energia química (ATP) com auxilio de pigmentos (bacterioclorofilas) para absorção dessa energia luminosa. 
Podem fazer dois tipos de fotossíntese: 
- Anoxigenica: Bactérias verdes e púrpuras. Não utilizam a água para redução do CO2 (ou seja, a água não será o ultimo aceptor). Produz O2.
- Oxigenica: Vegetais, algas e cianobactérias. Utilizam a água para redução do CO2 (a água é o ultimo aceptor). Produz O2.
Bactérias fotoheterotróficas:
Só fazem fotossíntese anoxigenica. O ultimo aceptor de elétron serão moléculas orgânicas variadas. 
Quimioterápicos: conceito e mecanismos de ação
Quimioterápico é um termo mais abrangente para antibiótico. Antibiótico é uma substância produzida por um microorganismo que inibe o crescimento de outro microorganismo. Quimioterápico é uma substancia produzida por um m-os ou sintetizada em laboratório e que tenha ação sobre o m-os. Há duas propriedades desejadas para um antobiotico/quimioterápico que é a toxicidade seletiva (dano apenas ao m-os e não à célula hospedeira) e ação bactericida (propriedade de destruir o m-os). 
Ação bacteriostática: inativa a bactéria.
Ação bactericida: destrói a bactéria
- Concentração mínima inibitória (MIC) x Concentração mínima bactericida (MBC): 
Na MIC o m-os é inibido mas não é destruído. No MBC a bactéria morre. 
O quimioterápico pode ter efeito em diversos locais do m-os, como:
- Inibição da biossíntese da parede celular; Ex: Penicilina, cicloserina, vancomicina, bacitracina.
- Inibição da função da membrana celular; Ex: polimixina, peptídeos antimicrobianos e agentes antifúngicos.
- Inibição da biossíntese de DNA; Ex: quinolonas.
- Inibição da biossíntese de RNA; Ex: rifamicina.
- Inibição da biossíntese de proteínas; Ex: aminoglicosídeos, tetraciclinas, cloranfenicol, eritromicina. 
- Inibição da síntese do ácido fólico (via essencial para o m-os); Ex: sulfas
Inibição da biossíntese da parede celular
Para ter ação tem que haver a formação da parede celular, se ela já estiver formada, não há inibição. 
- Biossíntese de peptídoglicana: Ela tem composição de glicoproteína. É um dissacarídeo ligado a um peptídeo com quatro aminoácidos. Na síntese desta esse peptídeo tem 5 aminoácidos.
Primeira etapa: Formação dos blocos básicos (no citosol) -> Primeiro há a síntese dos açucares e dos aminoácidos. Os açucares se ligam (β1,4) com auxilio da enzima transglicosilase. Depois de formado os dissacarídeos os peptídeos se ligam a ele formando o bloco básico. 
Segunda etapa: Transferência do bloco básico do citosol para o local de formação da parede. Isso é feito por um lipídeo carreador chamado bactoprenol que está inserido na membrana e é da classe dos terpenos. Ele tem um fósforo e reconhece o UDP que está ligado ao açúcar. O UDP é desfosforilado, sendo liberado como UMP, e o bactropenol, agora com dois fósforos, fica ligado ao bloco básico. Ele transfere o bloco básico para o outro lado da membrana celular com auxilio das flipases. Nessa transferência o bactoprenol perde um fósforo. 
Terceira etapa: Os blocos se ligam através dos dissacarídeos por uma reação de transglicosilação. E os peptídeos se ligam com auxilio da transpeptidase para fazerem as ligações cruzadas. Com a ligação desses peptídeos, o ultimo aminoácido (D-Ala) é clivado. 
Efeito do antibiótico Cicloserina: Ela interfere na formação da peptídoglicana inibindo a alanina racemase, que é a enzima que converte L-Ala em D-Ala. Também impede a ação da alanina ligase que é responsável pela formação do dímero D-ala-D-ala. 
Ela é um inibidor competitivo, pois as enzimas preferem se ligar a cicloserina do que ao D-alanina.
Efeito do antibiótico Vancomicina: Ela distorce a conformação do terminal D-Ala-D-Ala quando se liga ao mesmo impedindo o reconhecimento da enzima transglicosilase.	 
Efeito do antibiótico Penicilina: Ela inibe a transpeptidase se ligando a ela, impedindo a formação das ligações cruzadas. Inibidor competitivo. A taxa de hidrolise do complexo transpeptidase-penicilina é muito baixo, por isso a preferência de se ligar a penicilina e não ao terminal. A penicilina também atua na liberação de autolisinas, mas não se sabe o mecanismo, sendo assim, além de não haver formação de novas paredes, há a clivagem das já existentes. 
 
Efeito do antibiótico Bacitracina: Inibe a desfosforilação do bactoprenol, deixando-o com dois fósforos após o transporte do bloco básico. Sendo assim, o bactoprenol não se liga a outro bloco. 
Inibição das funções da membrana celular
Efeito do antibiótico Polimixina: interage com os fosfolipídios da membrana alterando suas funções e sua permeabilidade formando poros na membrana com liberação de metabolitos e/ou lise celular. 
Efeito dos peptídeos antimicrobianos: Formam poros na membrana. Ex: nisina e lactococcin A. Há uma seletividade de ação, dando preferência a células procarióticas. 
OBS: Antifungicos:
- Anfotericina B (polienicos): Se complexa com ergosterois (colesterol) da membrana dos fungos, estufa e forma poros. 
- Fluconazol (azois): Inibe a síntese do ergosterol. (inibição da enzima lanosterol 14 alfa-demetilase).
Inibição da biossíntese do DNA
Efeito dos antibioticos do tipo quinolona e ácido nalidixico: Interagem com a enzima topoisomerase ou dna girase (enzima que desenrola o DNA) impedindo a sua replicação. Ex: Norfloxacina, Ciprofloxacina. 
Inibição da biossíntese do RNA
Efeitos dos antibioticos do tipo Rifamicina: A rifamicina se liga a subunidade β da RNA polimerase , bloqueando a entrada de um novo nucleotídio durante a síntese do RNA.
 Figura 2 Resíduos da subunidade beta e rifamicina (em amarelo)
Inibição da biossíntese de proteína
Efeito do antibiotico do tipo Aminoglicosídios: Inibem a formação do complexo de iniciação. Complexa com RNAm distorcendo-o. Com isso há a formação de proteínas defeituosas que são nocivas à celula. 	
Efeito do antibiotico Tetraciclina:Se liga a subsunidade 30S e inibe a ligação do aminoacil-tRNA. Bloqueia o codon do mRNA impedindo o reconhecimento do anti-codon do tRNA, logo não há a ligação de mais um aminoácido na cadeia peptídica crescente. Se liga ali e não deixa outro tRNA entrar. 
Efeito do antibiotico Cloranfenicol: Inibe a peptidiltransferase impedindo que o aminoácido que entra se ligue a cadeia peptidica sendo formad.
Efeito do antibiotico Eritromicina: Inibe a translocação do peptídeo crescente do sítio A para o B, pela enzima translocase. Fica parado no sítio impedindo que outra cadeia peptídica seja formada. 
Efeitos dos antibióticos Sulfas e trimetoprim: Inibe a síntese de ácido fólico, inibindo as enzimas por competição. Sem o ácido fólico há bloqueio na síntese de moléculas importantes como DNA e RNA. 
Mecanismos de resistência aos quimioterápicos
- Efluxo da droga: droga entra e é jogada para fora por uma bomba de efluxo de droga. Ex.: Eritromicina e Tetraciclina
- Inativação da droga: de forma enzimática. Reações que transformam a droga em uma molécula biologicamente inativa. Ex: Penicila (há bactérias que produzem penicilinase que abre o anel β-lactamico e inativa a penicila)
- Alteração da droga por modificação química: modificação em sua estrutura inativando-a. Ex: aminoglicosídeo e rifamicina. 
- Modificação da molécula alvo: Ex.: vancomicina interage com o terminal D-ala D-ala e a bactéria muda um D-ala por um D-lac, criando resistência a vancomicina, pois ao invés dela se ligar com 5 ligações de hidrogênio, só se liga com 4. 
Noções de genética bacteriana
Mutação: Qualquer alteração na sequencia de base do DNA que podem ser aparentes ou não aparentes. Podem ser:
Espontaneamente: Ocorrem na ausência de agentes mutagênicos através de erros ocasionais que ocorrem na replicação do DNA.
Induzida: Causada por agentes mutagênicos que podem ser de natureza física ou química. 
Tipos de mutações:
Mutações de ponto: É o tipo mais comum de mutação, onde um único par de bases é substituído por outro.
Mutações no código de leitura(“frame shift mutations”):Um ou mais pares de bases são inseridos ou deletados do DNA, resultando em uma mudança na leitura dos codons.
Agentes mutagênicos químicos:
Mais um ex: Brometo de Etidium
Agentes mutagênicos Físicos
Teste de Ames: Em que se baseia?
- Utilização de mutantes de Salmonella que requerem histidina para o seu crescimento ( bloqueio na via de síntese deste aminoácido).
- A substância teste causa uma mutação reversa ( “back mutation”) nos mutantes permitindo o seu crescimento na ausência de histidina.
- Aproximadamente 90% das substâncias identificadas como mutagênicas pelo teste de Ames tem sido confirmadas como carcinogênicasem animais.
Aquisição de gens por transferência horizontal de DNA
- Podem ser:
Transformação: 
Transdução: 
 
Conjugação
- Alta frequência de conjulgação:
Gram negativas: 
O receptor pra pili-F da gram-negativa é lipopolissacarídeo.
Gram positivo: 
Libera feromônios para atrair a célula doadora. Quando o feromônio se liga ao receptor para feromônios, esse sinaliza para o m-os sintetizar Substancias de agregação (SA) que se ligarão aos receptores da célula receptora. 
Funções do plasmideo

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