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Creatinina e Ureia

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DETERMINAÇÃO DA TAXA PLASMÁTICA 
DA CREATININA (CREATININÉMIA) E DA UREIA (URÉMIA) 
 
 CREATININÉMIA 
 
A creatinina é um catabolito do metabolismo muscular da creatina-fosfato. É eliminada 
preferencialmente por filtração glomerular; a sua retenção é, portanto, um índice de insuficiência 
glomerular. Uma pequena parte é eliminada por secreção tubular. 
A creatinina é um óptimo parâmetro de avaliação da função renal, já que a sua produção 
apenas depende do metabolismo celular muscular e é quase exclusivamente eliminada por filtração 
glomerular. 
 
CAUSAS DE AUMENTO DA CREATININÉMIA 
•Desidratação 
•Hipovolémia 
•Insuficiência renal 
•Destruição muscular 
 
A creatina encontra-se presente no músculo, cérebro e sangue, na forma livre e na forma de 
fosfocreatina. Pode também ser encontrada na urina em pequenas quantidades. 
A creatinina é o anidrido da creatina e é formada, em grande parte, no músculo, a partir da 
creatina-fosfato, por desidratação, numa reacção irreversível e não enzimática. 
Na síntese da creatinina intervêm directamente três aminoácidos: glicina, arginina e 
metionina. 
A primeira reacção é de transaminação a partir da arginina para a glicina, formando o ácido 
guanidoacético (glicociamina), processo que ocorre no rim. No fígado é completada a síntese da 
creatina por metilação do ácido guanidoacético. 
A creatinina plasmática e urinária são o reflexo fiel da massa muscular global de um 
indivíduo. A eliminação da creatinina é exclusivamente urinária. Ao nível do nefrónio sofre um 
processo de filtração glomerular e considera-se que não é reabsorvida nem secretada a nível tubular. 
O doseamento da creatinina sérica é um teste bioquímico simples de avaliação da taxa de 
filtração glomerular. Uma refeição rica em carne e o exercício muscular podem aumentar a 
concentração de creatinina. 
 
Os valores normais de creatinina sérica são de 0,6 a 1,1 mg/ dl (homens) e 0.5 a 0.9 mg/dl 
(mulheres). 
Outro valor, menos utilizado mas não menos importante, é o da depuração (clearance) da 
creatinina. Este valor mede o volume de filtrado glomerular (“urina primitiva”) formado por 
segundo (o valor normal é de ± 2 ml/ s por 1,73 m2 de superfície corporal, ou de 120 ml/ minuto 
num sujeito adulto): 
 
Clearance= [creatinina urinária-mg/ ml] x volume urinário-ml/ min/ [creatinina plasmática-mg/ ml] 
 
Uma situação normal implica uma concentração plasmática normal da creatinina (H - 0,6 - 1,1 
mg/ dl; M: 0,5 - 0,9 mg/ dl) e uma diurese nas 24 horas que oscila entre os 1000 e 1500 ml. 
 
Sendo a eliminação da creatinina endógena um parâmetro constante, a sua depuração serve 
como medida da taxa de filtração glomerular, mas existe na clínica uma correlação suficientemente 
válida entre a depuração e a concentração de creatinina no soro, sendo este parâmetro largamente 
utilizado para deduzir o grau de insuficiência glomerular. 
 
Valor diagnóstico e prognóstico da creatininémina: 
- Nefropatias 
- Nefrose por produtos tóxicos (Hg e Ag) 
- Insuficiência cardíaca (pode existir uma retenção discreta ou moderada de creatinina, embora 
não exista verdadeira nefropatia) 
- Obstruções urinárias (próstata, bexiga, ureter, cálculos e anúria reflexa) produzem elevações 
da creatinina , reversíveis com a reparação da obstrução. 
 
 
* URÉMIA 
 
De um modo genérico poderemos afirmar que os aminoácidos se degradam pela remoção do 
grupo alfa aminado e pela conversão da cadeia carbonatada num composto intermediário do 
metabolismo dos glúcidos e ou dos lípidos. 
A amónia que se origina a partir dos grupos aminados dos aminoácidos pode ser utilizada no 
organismo de duas formas: 
 
 
• síntese dos compostos nitrogenados 
• síntese da ureia. 
 
O principal mecanismo de síntese é através da glutamina, numa reacção catalizada pela 
glutamina sintetase. A amónia não utilizada na síntese da glutamina e do ácido glutâmico é 
eliminada por via urinária na forma de um composto não tóxico denominado ureia. 
 
 
 CAUSAS DE AUMENTO DA URÉMIA: 
 
1. AUMENTO DA SÍNTESE 
- Regime alimentar rico em proteínas; 
- Aumento do catabolismo das proteínas corporais (febre, infecções). 
 
2. DIMINUIÇÃO DA EXCREÇÃO 
- Lesão pré-renal, com diminuição do fluxo sanguíneo renal; 
- Lesão renal. 
 
 
CAUSAS DE DIMUIÇÃO DA URÉMIA: 
- Lesão hepática grave, com déficit de síntese 
 
A ureia é filtrada no glomérulo e reabsorvida no túbulo por transporte passivo, ocorrendo 
maior reabsorção a taxas de fluxo urinário mais baixo. Pode ser usada como índice da função renal, 
embora a creatinina seja mais importante como indicativo da função renal. 
 
HIPERAZOTÉMIA - UREIA ALTA: URÉMIA > 50 mg/ dl 
 - 80 mg/ dl - incipiente 
 - 80-100 - moderada 
 - 100-150 - grave 
 - >150 mg/ dl - gravíssima 
 
 
 
 
I – Urémia elevada - Renal e pós-renal 
 
1) AGUDA (Com anúria ou oligúria e urina densa) 
Exemplos: 
 - Glomerulonefrite aguda 
 - Nefropatias anúricas 
 * Traumáticas 
 * Shock 
 * Necrose muscular isquémica 
 * Choques hemolíticos e transfusionais 
 - Nefropatias necrotizantes - tóxicos 
 - Por obstrucção: 
 * Cálculos uretrais 
 * Tumores ou adenopatias compressivas 
 * Obstrução prostática 
 
 
2) CRÓNICA 
Quantidade normal de urina ou com poliúria compensadora, baixa densidade da urina, 
com lesões avançadas ou irreversíveis. 
 Exemplos: 
 - Glomerulonefrite crónica; 
 - Hidronefrose; 
 - Tuberculose renal; 
 - Pielonefrites; 
 - Rim poliquístico; 
 - Rim atrófico. 
 
II – Urémia elevada - Extrarrenal (sem nefropatia) 
Oligúria, urina de densidade normal ou concentrada, ureia na urina em proporção 
normal. 
Exemplos: 
 
1 - Insuficiência circulatória - retenção pré-renal 
 - Insuficiência cardíaca congestiva 
 - Insuficiência periférica: 
 * Hipotensão do shock 
 * Colapso tóxico ou infeccioso. 
2 - Desidratação. 
3 - Infecções (por aumento da proteólise).

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