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Alguns crimes previstos no ECA - slides

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Sabrina Sampaio
Fernanda oliveira
Leonardo Pinheiro
Laíse Serejo
Larissa Furtado
Hanna Porto
Tárcila Moura
Estatuto da Criança e do Adolescente
Histórico
Código Civil de 1916 – Direito de Família
Código de Menores de 1927
 Crianças de 0 a 18 anos, em estado de abandono
Classificava as crianças em “expostas”, “abandonadas”, “vadias”, “mendigas” e “libertinas”
Doutrina do Direito do Menor
Código de Menores de 1979
Doutrina da Situação Irregular
Preocupação apenas com o conflito instalado, não com a prevenção
Doutrina da Proteção Integral
Constituição Federal de 1988
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990)
Crianças e adolescentes como sujeitos de direitos
Direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária
Conceito de “criança” e de “adolescente”
Nomen Iuris
Idade
Criança
De 0 a 12 anos incompletos
Adolescente
De 12 completos e 18 anos incompletos
Maior
A partir de 18 anos completos
Direitos fundamentais no ECA
Direito à vida e à saúde (arts. 7º a 14)
Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade (arts. 15 a 18)
Direito à convivência familiar e comunitária (arts. 19 a 52-D)
Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer (arts. 53 a 59)
Direito à profissionalização e à proteção no trabalho (arts. 60 a 69)
Crianças e Adolescentes são sujeitos de Direito
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
ART.228
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no Art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato :
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
Art. 228.Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no Art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato:Pena -detenção de seis meses a dois anos.
SUJEITO ATIVO
encarregado do serviço ou dirigente do estabelecimento
SUJEITOPASSIVO
Parturiente ou neonato
ELEMENTONORMATIVO
Omitir registro,informação ou declaração
ELEMENTOSUBJETIVO
Dolo
TENTATIVA
Nãoadmite (crime de mera conduta)
CONSUMAÇÃO
Nãoregistrar, informar ou declarar situações que envolvam o parto, a saúde de parturiente ou do neonato
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
Próprio, emissivo próprio, de mera conduta, de perigo, doloso ou culposo, de menor potencial ofensivo.
PENA
detenção de seis meses a dois anosou detenção de dois a seis meses, ou multa (culpa)
AÇÃO PENAL
Açãopenal pública incondicionada
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais.
Art. 230
Privação de liberdade da criança ou do adolescente
Núcleo do Tipo
Privar
Objeto Jurídico
Proteção ao direito de liberdade da criança e do adolescente
Sujeito Ativo
Qualquer Pessoa
Sujeito Passivo
Criança e o Adolescente
Elemento Subjetivo
Dolo
Admite Tentativa
Consuma-se com a privação de liberdade da criança ou do adolescente
Classificação Doutrinária
Crime comum, de dano, material, comissivo, permanente eunissubsistente.
Jurisprudência
TJ-PR - Apelação Crime : ACR 764207 PR Apelação Crime – 0076420-7, Relator: José Mauricio Pinto de Almeida, Julgamento:	18/05/2000, 2ª Câmara Criminal
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Pena - detenção de seis meses a dois anos
Art. 231
Omissão da comunicação da apreensão da criança e do adolescente
Núcleo do Tipo
Deixar
Objeto Jurídico
Proteção a dignidade do apreendido
Sujeito Ativo
Autoridade Policial
Sujeito Passivo
Criança e o Adolescente
Elemento Subjetivo
Dolo
Não admite tentativa
A simples omissão configura a consumação
Classificação Doutrinária
Crime próprio, mera conduta, omissivo, instantâneo eunissubsistente
Jurisprudência
HC 16421 PE 9300001888, Relator: Pio dos Santos, Órgão Julgador:	Seção Criminal.
Art 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 232
Submissão de criança ou adolescente a vexame ou a constrangimento
Núcleo do tipo
Submeter
Objetojurídico
Proteção a dignidade e honra da criança e do adolescente
Sujeito Ativo
Todo aquele que detém a criança ou o adolescente
Sujeito Passivo
Criança e o adolescente
Elemento Subjetivo
Dolo
Admite-se tentativa
Consuma-se com a efetiva submissão da criança ou do adolescente a vexame ou a constrangimento
Classificação Doutrinária
Crime próprio, mera conduta, dano, comissivo, instantâneo eunissubsistente
Jurisprudência
APL 00097563220098190028 RJ 0009756-32.2009.8.19.0028, Relatora:	DES. MARIA ANGELICA GUIMARAES GUERRA GUEDES, Julgamento:	13/08/2015, Órgão Julgador:	SÉTIMA CAMARA CRIMINAL
Art 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 234
Omissão da imediata liberação da criança e do adolescente, em face da ilegalidade da apreensão
Núcleo do Tipo
Deixar
Objeto Jurídico
Proteção ao direito de liberdade da criança e do adolescente
Sujeito Ativo
Autoridade competente para ordenar a imediata liberação da apreensão ilegal
Sujeito Passivo
Criança e o adolescente
Elemento Subjetivo
Dolo
Elemento Normativo
Justa Causa
Não admite tentativa
Consuma-se no momento em que a autoridade conhecedora da ilegalidade da apreensão deixa de liberar o menor sem justa causa
Classificação Doutrinária
Crime próprio, material, de dano, omissivo, instantâneo eunissubsistente
Art 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 235
Descumprimento injustificado de prazo fixado em lei
Núcleo do tipo
Descumprir
Objeto jurídico
Proteção ao direito de liberdade da criança e do adolescente
Sujeito Ativo
Autoridade competente para ordenar imediata liberação da apreensão ilegal
Sujeito Passivo
Criança e o adolescente
Elemento Subjetivo
Dolo
Não admite tentativa
Consuma-se com o efetivo descumprimento do prazo
Classificação Doutrinária
Próprio, mera conduta, de dano, omissivo, instantâneo eunissubsistente
Art 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Sujeito Ativo
Qualquer pessoa
Sujeito Passivo
O Estado (Autoridade Judiciária, Membro do Conselho
Tutelar, representante do Ministério Público)
Núcleo do Tipo
Impedir ou Embaraçar
Elemento Subjetivo
Dolo
Tentativa
Admite tentativa na formaplurissubsistente
Objeto Jurídico
O interesse da Administração da Justiça, no campo da proteção aos interesses da criança e do adolescente
Classificação Doutrinária
comum, material (impedir) ou formal (embaraçar), de formalivre,comissivo, instantâneo, de menor potencial ofensivo
Benefícios processuais
Cabe Transação Penal
Art 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto: 
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
Art237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
Sujeito Ativo
Qualquer pessoa
Sujeito Passivo
Criança ou Adolescente, e, secundariamente, aquele que o detém sob guarda
Núcleo do Tipo
Subtrair
Elemento Subjetivo
Dolo
Tentativa
Admite tentativa
Objeto Jurídico
O dispositivo protege o direito infanto-juvenil à convivência familiar e comunitária
Classificação Doutrinária
Comum, formal, comissivo, instantâneo,unissubjetivo,plurissubsistente
Benefícios processuais
Cabe aplicação do sursis se houver condenação no mínimo legal; Pode haver substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
Confronto aparente de normas
Em havendo confronto com o art. 249 do CP que trata da subtração de incapazes, prevalece este artigo visto que engloba a finalidade especial de agir, além de a lei ser mais recente.
Art 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: 
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
Art238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa:
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
Sujeito Ativo
Pai ou mãe, tutor ou guardião
Sujeito Passivo
Criança ou adolescente privado de seu guardião
Núcleo do Tipo
Prometer, efetivar
Elemento Subjetivo
Dolo
Tentativa
Admite tentativa
Objeto Jurídico
O bem jurídico protegido neste dispositivo é o direito da criança e do adolescente à convivência familiar
Classificação Doutrinária
Próprio, formal, comum, comissivo, doloso, instantâneo, formal ("prometer" e "oferecer") e material ("efetivar"),plurissubsistente.
Benefícios processuais
Cabe suspensão condicional do processo.
Art 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro: 
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro:
  Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
  Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
  Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.
Sujeito Ativo
Qualquer Pessoa
Sujeito Passivo
Criança ou adolescente
Núcleo do Tipo
Promover, auxiliar
Elemento Subjetivo
Dolo
Tentativa e consumação
Objeto Jurídico
Proteção à família da criança e adolescente
Classificação Doutrinária
Comum, formal, livre, comissivo,unissubjetivo,plurissubsistente, instantâneo
Confronto aparente de normas
Em confronto com o artigo 245 do CP que trata do auxilio ou promoção de ato que efetive o envio de criança ou adolescente ao exterior com o fito de obter lucro ou por inobservância das formalidades legais, deve-se primar por este artigo, que é abrangente e especial.
Art 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1º  Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.
§ 2º  Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime:  
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; 
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou 
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. 
Art240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Sujeito Ativo
Qualquer Pessoa
Sujeito Passivo
Criança ou adolescente
Núcleo do Tipo
Agenciar, produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar
Elemento Subjetivo
Dolo
Tentativa e consumação
Objeto Jurídico
Proteção à dignidade da criança e adolescente.
Classificação Doutrinária
Comum, formal, livre,unissubjetivo, comissivo,unissubjetivo, instantâneo,plurissubsistente
Concurso material
Admite-se concurso material entre o estupro e o crime previsto neste artigo.
Art 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:     
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:     
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Obs: conceito de pornografia infantil (vago)
Núcleo do tipo
Vender ou expor a venda(alternativo)
Objeto material
Fotografia, vídeo ou registro
Objeto jurídico
Proteção à formação moral da criança ou do adolescente
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança ou adolescente
Elemento subjetivo
Dolo.
Não há elemento subjetivo específico; não se pune a forma culposa.
Classificação
Crime comum, alternativo, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, de perigo abstrato,unissubjetivo,plurissubsistente
Tentativa
Admite tentativa
Benefícios processuais
Como regra, não cabe transação, suspensão condicional do processo ou da pena
Competência
Justiça Estadual x Federal
Competência territorial (vide jurisprudência STJ)quando é e quando não é possível saber o local de origem do crime
Art 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Art241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Obs.: Não é obrigatório o uso da internet.
Núcleo do tipo
Oferecer (dar como presente ou apresentar para aceitação), trocar (substituir determinada coisa por outra), disponibilizar (tornar acessível para aquisição), transmitir (enviar de um lugar a outro), distribuir (entregar a várias pessoas), publicar (tornar público, de maneira expressa e ampla) e divulgar (difundir, ainda que implicitamente) –tipo misto alternativo
Objeto material
Fotografia, vídeo ou registro
Objeto jurídico
Proteção à formação moral da criança ou do adolescente
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança ou adolescente
Elemento subjetivo
Dolo.E o ânimo do agente pode ser qualquer um; não se pune a conduta culposa
Classificação
Crime comum, formal, comissivo, instantâneo (mas pode ser permanente em “divulgar” e “disponibilizar”), de perigo abstrato,unissubjetivoplurissubsistente
Tentativa
Admite tentativa
Benefícios processuais
Como regra, não cabe transação, suspensão condicional do processo ou da pena. Se a pena for fixada de 3 a 4 anos, cabe substituição por restritiva de direitos.
§ 1º  Nas mesmas penas incorre quem:      
I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo;     
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo.
§ 2º  As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo.
I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo;
Núcleo do tipo
Assegurar (garantir)
Objeto material
Meio ou serviço para o armazenamento
Objeto jurídico
Proteção à formação moral da criança ou do adolescente
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança ou adolescente
Elemento subjetivo
Dolo.
Não há elemento subjetivo específico; não se pune a forma culposa
Classificação
Crime comum, formal, comissivo, permanente, de perigo abstrato,unissubjetivoplurissubsistente
Tentativa
Admite tentativa
Punição do partícipe
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo.
Núcleo do tipo
Assegurar (garantir)
Objeto material
O acesso ao material pornográfico (através de rede de computadores = não necessariamente internet)
Objeto jurídico
Proteção à formação moral da criança ou do adolescente
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança ou adolescente
Elemento subjetivo
Dolo.
Não há elemento subjetivo específico; não se pune a forma culposa
Classificação
Crime comum, formal, de forma livre, comissivo, permanente, de perigo abstrato,unissubjetivoplurissubsistente
Tentativa
Admite tentativa
Punição do partícipe ligado à manutenção da rede .
*Condição objetiva de punibilidade: Parágrafo 2º 
Antes de qualquer medida penal, demanda-se a notificação do responsável pela prestação do serviço, alertando-o acerca do material pornográfico e, ao mesmo tempo, possibilitando-lhe que desative o acesso imediatamente, o que demonstraria a ausência de ligação com o agente criminoso
Responsável legal: pessoa que possui condições técnicas e efetivas de alcançar a interrupção do serviço de acesso à rede de computadores = com poder de mando
Notificação oficial: intimação por juiz ou parquet
Art 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Núcleo do tipo
Adquirir, possuir ou armazenar–tipo misto alternativo
Objeto material
Fotografia, vídeo ou registro
Objeto jurídico
Proteção à formação moral da criança ou do adolescente
Não é obrigatório o uso da Internet.
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança ou adolescente
Elemento subjetivo
Dolo.E o ânimo do agente pode ser qualquer um; não se pune a conduta culposa
Classificação
Crime comum, formal, comissivo, instantâneo (em “adquirir”) ou permanente (em “possuir” e “armazenar”), de perigo abstrato,unissubjetivoplurissubsistente
Tentativa
Admite tentativa
Benefícios processuais
Como regra, não cabe transação, MAS cabe suspensão condicional do processo ou da pena;Se a pena for fixada de 3 a 4 anos, cabe substituição por restritiva de direitos.
Diminuição de pena (3ª fase):
§ 1º  A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. 
Pensamento doutrinário:
crime de bagatela (fato atípico);
pequena quantidade;
grande quantidade
Obs: Pequena quantidade.
Excludente de ilicitude:
§ 2o  Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por:
I – agente público no exercício de suas funções; 
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste parágrafo; 
III – representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário.
§ 3o  As pessoas referidas no § 2o deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito referido.   
Desnecessário (vide art. 23, III, do CP)
Inciso I: servidor ocupante de cargo, emprego ou função pública (no exercício de suas funções)
Inciso II: entidades não governamentais, que se envolvam em atividades de proteção à criança e ao adolescente
Inciso III: empresas que trabalham com rede de computadores ou provedores de internet
*dever de sigilo
Simulacro de pedofilia
Art 241-C.  Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual:
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança ou adolescenteenvolvidas na cena simulada
Tipo objetivo
Simular
Elemento normativo
Adulteração, montagem ou modificação
Elemento subjetivo
Dolo
Tentativa
Admite tentativa
Consumação
Simples simulação/adulteração do material
Classificação doutrinária
Crime comum; forma; de forma livre; comissivo; instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo; plurissubsistente
Pena
Reclusão, de 1 a 3 anos
AçãoPenal
Ação penal pública incondicionada
Jurisprudência:
(TJ-SC - APR: 20140108880 SC 2014.010888-0 (Acórdão), Relator: Salete Silva Sommariva, Data de Julgamento: 23/06/2014, Segunda Câmara Criminal Julgado). 
Concurso de crimes:
estupro de vulnerável (art. 217-A do CP) e arts. 241-C e 241-B do ECA. Concurso material. 
Parágrafo único.  Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido na forma do caput deste artigo.
Sujeitoativo
Qualquerpessoa
Sujeito passivo
Criança ou adolescente, participante da simulaçãorealizada
Tipo objetivo
Vender, expor à venda, disponibilizar, distribuir, publicar, divulgar, adquirir, possuir, armazenar.
Tiposubjetivo
Dolo.Não se pune a forma culposa
Tentativa
É admitida
Consumação
Por ser crimes plurissubsistente, há consumação com qualquer dos núcleos do tipo
Conflito aparente de normas
Arts. 241 e 241-A do ECA
Classificação
Crime comum; forma; de forma livre; comissivo;instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo; plurissubsistente
Pena
Reclusão, de 1 a 3 anos
Ação penal
Ação penal pública incondicionada
Jurisprudência:
(TJ-MS - APL: 00065766520118120017 MS 0006576-65.2011.8.12.0017, Relator: Des. Luiz Gonzaga Mendes Marques, Data de Julgamento: 05/08/2013, 1ª Câmara Criminal, Data de Publicação: 09/08/2013)
Art. 241-D.  Aliciar, assediar,
instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso:     
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança
Tipo objetivo
Aliciar;assediar; instigar; constranger
Elemento normativo
Ato libidinoso
Elemento subjetivo
Dolo. Não se pune a forma culposa
Tentativa
É admitida
Consumação
Qualquer dos núcleos do tipo penal
Classificação
Crime comum; formal; de forma livre; comissivo; instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo; plurissubsistente
Pena
Reclusão de 1 a 3 anos e,multa
Ação penal
Ação penal pública incondicionada
Conflito aparente
Art. 217-Ado C.P. (Estupro devilnerável)
Parágrafo único.  Nas mesmas penas incorre quem:     
 I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso;     
 II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança
Tipo objetivo
Facilitar; induzir
Elemento normativo
I- cena de sexo explícito ou pornográfica; II- se exibir de forma pornográficaou sexualmente explícita
Elemento subjetivo
Dolo. Não admite culpa
Tentativa
É admissível
Consumação
Com a prática de quaisquerdos núcleos do tipo
Classificação
Crime comum; formal; de forma livre; comissivo; instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo;plurissubsistente
Pena
Reclusão de 1 a 3 anos e,multa
Ação penal
Ação penal pública incondicionada
Conflito aparente:
 Art. 218 do C. P.:   Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos
Jurisprudência e concurso de crimes:
(TJ-RS - ACR: 70053257051 RS, Relator: Laura Louzada Jaccottet, Data de Julgamento: 25/02/2014, Sétima Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 28/02/2014)
Art. 218-A do CP: satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente 
Concurso material
Art. 241-E: Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. 
Norma meramente explicativa
Venda, fornecimento ou entrega de arma, munição ou explosivo a criança ou adolescente
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Sujeito passivo
Criança ou adolescente
Tipo objetivo
Vender; fornecer; entregar
Elemento normativo
Arma, munição ouexplosivo
Elemento subjetivo
Dolo. Não se pune a forma culposa
Tentativa
É admissível
Consumação
Basta a mera entrega. Efetiva venda, fornecimento ou entrega
Classificação
Crime comum; formal; de forma livre; comissivo; instantâneo; unissubjetivo; plurissubsistente
Pena
Reclusão, de 3 a 6 anos.
Ação penal
Ação penal pública incondicionada
Divergência doutrinária
Art. 16 da Lei 10.826/2003
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
 Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
 Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente
Conflito aparente: Art. 13 da Lei 10.826/2003
 Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
    Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa
Jurisprudência e concurso de crimes:
(TJ-SP - APL: 00019856820138260189 SP 0001985-68.2013.8.26.0189, Relator: Nuevo Campos, Data de Julgamento: 12/03/2015, 10ª Câmara de Direito Criminal, Data de Publicação: 16/03/2015)
Concurso Material
Art. 243.  Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica:
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
II - bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida;
Art. 243.  Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma,a criança ou a adolescente,bebida alcoólicaou,sem justa causa,outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica:
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Tipo Objetivo
Núcleodo tipo:Vender; fornecer; servir; ministrar; entregar são condutas alternativas
Sujeito Ativo
Qualquer pessoa
Sujeito Passivo
Criançaou adolescente
Consumação
Instantâneo(a consumação ocorre em momento definido)
Tentativa
É admissível
Objeto material
Produto capaz de causar dependênciafísica ou psíquica
Objetojurídico
Proteção à integridade dacriança ou adolescente
Elemento Subjetivo
Dolo.
Não se exige elemento subjetivo específico,nem se pune a forma culposa.
Elemento Normativo
Sem justa causa
Art. 243.  Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente,bebida alcoólicaou,sem justa causa,outrosprodutos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica:
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Classificação
Crime comum; formal(independeda causação de vício); de forma livre; comissivo; instantâneo;unissubjetivo;plurissubsistente(cometido por mais de um ato); de perigo concreto; admite tentativa
Norma penalem branco
ANVISA: Portaria 344/98 - Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Pena
Detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
AçãoPenal e Figuras
Ação Penal Incondicionada.
Nãohá qualificadora;
Não há aumento de pena.
Conflito Aparente de Normas
Art. 243, ECA
Art. 63, LCP
• Lei especial
•Sucessividade
• Art. 81, ECA
• Entendimento majoritárioSTJ
Jurisprudência
DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. (1) IMPETRAÇAO SUBSTITUTIVA DE RECURSO ESPECIAL. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. (2) ENTREGA DE BEBIDA A MENOR. TIPIFICAÇAO. CONTRAVENÇAO PENAL OUART. 242 DOECA. INTERPRETAÇAO SISTEMÁTICA DOS ARTS. 243 E 81 DO ECA. PRINCÍPIODA LEGALIDADE PENAL. ENQUADRAMENTO: ART. 63 DA LCP. ILEGALIDADE PATENTE. CONCESSAO DA ORDEM DE OFÍCIO.
[...] 3. A entrega a consumo de bebida alcoólica a menores é comportamento deveras reprovável. No entanto, é imperioso, para o escorreito enquadramento típico, que se respeite a pedra angular do Direito Penal, o princípio da legalidade. Nesse cenário, em prestígio à interpretação sistemática, levando em conta osarts. 243 e 81 do ECA, e o art. 63 da Lei deContravencoesPenais, de rigor é o reconhecimento de que neste último comando enquadra-se o comportamento em foco.
4. Ordem não conhecida, expedida habeas corpus de ofício, a fim de restabelecer a decisão de primeiro grau, que declinou da competência em favor do juizado especial para apreciar a ação penal .
(HC 167.659/MS, 6.ª Turma,rel. Maria Thereza de Assis Moura, 20.02.2013)
Art. 243.  Vender, fornecer, servir, ministrar ou
entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente,bebida alcoólicaou,sem justa causa,outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica:
Pena -detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,se o fato não constitui crime mais grave.
Benefícios Penais
Não é infração de menor potencial ofensivo, descabendo os benefícios previstos na Lei n. 9.099/95.
Se houver condenação, no mínimo legal, cabe a aplicação desursis.
Acimado mínimo, pode haver a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
Crime subsidiário
Somente se aplica o art. 243se não estiver configurado delito mais grave.
Ex.: Tráfico ilícito de drogas (art. 33, Lei 11.343/2006).
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida:
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
Art. 244.Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescentefogos de estampidooude artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida:
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
Tipo Objetivo
Núcleodo tipo:Vender; fornecer; entregar
Sujeito Ativo
Qualquer pessoa
Sujeito Passivo
Criançaou adolescente; sociedade
Consumação
Instantâneo(a consumação ocorre em momento definido)
Tentativa
É admissível
Objeto material
Fogos de estampido ou de artifício
Objetojurídico
Proteção à incolumidade física de crianças e adolescentes; protege-se, também, a integridade física das outras pessoas
Elemento Subjetivo
Dolo.
Não se exige elemento subjetivo específico,nem se pune a forma culposa.
Elemento Normativo
Fogos de estampido e/ou de artifício
Art. 244.Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescentefogos de estampidooude artifício,exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida:
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
Classificação
Crime comum; formal; de forma livre(“de qualquer forma”); comissivo; instantâneo;unissubjetivo;plurissubsistente; de perigo concreto,de menorpotencial ofensivo;admite tentativa
Pena
Detenção de seis meses a dois anos, e multa
AçãoPenal e Figuras
Ação Penal Incondicionada.
Nãohá qualificadora;
Não há aumento de pena.
Benefícios Penais
Éinfração penal de menor potencial ofensivo, cabendo a transação e os demais benefícios previstos na Lei n. 9.099/95.
Jurisprudência
APELAÇÃO CRIMINAL. ARTIGO 244 DO ECA. PROVA DA AUTORIA E MATERIALIDADE. LESÕES GRAVES COMPROVADAS. CONCEITO DE FOGOS DE ESTAMPIDO E/OU ARTIFÍCIO. VERSÃO ACUSATÓRIA PREVALENTE. SENTENÇA CONFIRMADA.
Autoria e materialidade comprovadas. Versão da vítima e das testemunhas que esvaziaram a negativa de autoria do réu. [...]
No que toca a aventada ausência de definição pela lei (artigo 244 do ECA) do que sejam fogos de estampido e/ou de artifício, sem razão o recorrente, pois conceito normativo ao alcance de qualquer indivíduo, e, por dever, de quem os comercializam. Sem embargo, eventuais dúvidas poderiam e podem ser desbastadas no sítio do Inmetro no que toca ao assunto. Aexculpatórianão é, portanto, válida por ausência de razoabilidade. Por fim, sem razão ao apelante no que toca à ausência de provajudicializada, a qual, embora não seja abundante, é suficiente a sustentar a solução condenatória. Sentença mantida por seus próprios e jurídicos fundamentos. APELAÇÃO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
(Apelação Crime Nº 70053082848, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José ConradoKurtzde Souza, Julgado em 16/05/2013)
Art. 244-A.  Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual:
Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo.
§ 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Código Penal
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
§ 1o  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
§ 2o  Incorre nas mesmas penas:
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
§ 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Art. 244-A.  Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual:
Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa.
Tipo Objetivo
Núcleodo tipo:Submeter (:subjugar; dominar moralmente)
Sujeito Ativo
Qualquer pessoa
Sujeito Passivo
Menor de 18 anos (e maior de 14)
Menor de 14 anos: estupro de vulnerável (Art. 217-A, CP)
Consumação
Instantâneo- a consumação ocorre em momento definido.
Porém, quando se trata deprostituição: “crime instantâneo de continuidade habitual”
Tentativa
Art. 244-A,ECA
Art. 218-B,CP
Submeter:
NÃO cabe tentativa
Submeter,atrair, induzir e facilitar:NÃOcabetentativa.
Impedir,dificultar:
cabe tentativa
Objeto material
Menorde 18 anos e maior de 14 anos
Objetojurídico
Proteção à formação moral dacriança ou adolescente
Elemento Subjetivo
Dolo.Obs.: Não é obrigatórioque importe em proveito pecuniário ao autor do delito.
Elemento Normativo
Prostituiçãoe aexploraçãosexual
Art. 244-A.  Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual:
Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa.
Classificação
Crime comum; material; de forma livre; comissivo; instantâneo(ou instantâneo de continuidade habitual);unissubjetivo;plurissubsistente; não admite tentativa
Norma penalem branco
Art. 2º, Lei n. 8.069/90.
Pena
Reclusão de quatro a dez anos, e multa.
AçãoPenal e Figuras
Ação Penal Incondicionada.
Nãohá qualificadora;
Não há aumento de pena.
Conflito Aparente de Normas
Art. 244-A, ECA
Art. 218-B, CP
Inseridopela Lei n. 12.015/2009: tratando-se de lei mais recente, o art. 218-B afasta a aplicabilidade do art. 244-A.
Art. 244-A.
§ 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo.
§ 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Benefícios Penais
Não é infração de menor potencial ofensivo, descabendo os benefícios previstos na Lei n. 9.099/95.
Se for aplicada penamínima, pode substituí-la por restritiva de direitos, por não se tratar de crime cometido com violência ou grave ameaça à pessoa.
Acima
do mínimo, pode o magistrado aplicar os regimes semiaberto ou fechado, conforme a pena concretizada e os elementos previstos no art. 59, do CP.
Explicitaçãodo partícipe
§ 1º: Dever deresponder pelo crimeo proprietário, o gerente ou o responsável pelo local,desde que haja submissão do menor a tais situações.
Conteúdo reproduzido também no art. 218-B,§ 2º, II, do CP.
Efeito específico e obrigatório da condenação
§ 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Jurisprudência
APELAÇAO CRIMINAL - CONDENAÇAO DO RÉU NO ART. 244-A DOESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E ART. 65 DA LEI Nº 3.688/41 - PLEITO ABSOLUTÓRIO COM FUNDAMENTO DO IN DUBIO PRO REO - IMPOSSIBILIDADE - PROVA NOS AUTOS E PALAVRA DA VÍTIMA - SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
Para a configuração do delito de exploração sexual de criança e adolescente, previsto no art. 244-A do ECA, basta a submissão da vítima à prostituição ou exploração sexual, sendo irrelevante o seu consentimento.
(Resp1.104.802/RS, 5ª T., rel. Arnaldo Esteves Lima, 16.06.2009,v.u.)
Art. 244-B.  Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
§ 2º As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990.
Art. 244-B.  Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Tipo Objetivo
Núcleodo tipo:Corromper(perverter, estragar); facilitar a corrupção(tornar mais fácil tal perversão) verbos do tipo misto alternativo
Sujeito Ativo
Qualquer pessoa
Sujeito Passivo
Menor de 18 anos; família; sociedade
Consumação
Instantâneo(a consumação ocorre em momento definido)
Tentativa
É admissível,embora dedifícil configuração.
Objeto material
Menor de 18 anos
Objetojurídico
Boa formação moral da criança e do adolescente
Elemento Subjetivo
Dolo
Elemento Normativo
O elemento normativo está na qualidade de ser alheia a respeito.
Classificação
Crime comum; formal ; de forma livre; comissivo; instantâneo;unissubjetivo;plurissubsistente; admite tentativa, embora de difícil configuração.
Art. 244-B.  Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Crime impossível
Hipóteses deobjeto absolutamente impróprio;
Hipóteses deinstrumento absolutamente ineficaz.
Pena
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
AçãoPenal e Figuras
Ação Penal Incondicionada.
Nãohá qualificadora;
Aumentodepena: de um terço para crimes considerados hediondos. (Art. 244-B,§2º , Lei 8.069/90)
Benefícios Penais
Admite-se suspensãocondicional do processo, pois a pena mínima é de um ano (art. 89, Lei 9.0299/95);
Cabesubstituição por penas alternativasquando a pena privativa de liberdade não for superior a quatro anos seo delito não for cometido com violência ou grave ameaça.
Jurisprudência
SÚMULA 500, STJ:A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.
Meios eletrônicos
Art. 244-B,§1º-Preocupação em abranger ao máximo o leque de possibilidades de atuação do agente corruptor,cuidando, inclusive dacorrupção virtual, praticada, basicamente, pela internet.

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