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Sabrina Sampaio Fernanda oliveira Leonardo Pinheiro Laíse Serejo Larissa Furtado Hanna Porto Tárcila Moura Estatuto da Criança e do Adolescente Histórico Código Civil de 1916 – Direito de Família Código de Menores de 1927 Crianças de 0 a 18 anos, em estado de abandono Classificava as crianças em “expostas”, “abandonadas”, “vadias”, “mendigas” e “libertinas” Doutrina do Direito do Menor Código de Menores de 1979 Doutrina da Situação Irregular Preocupação apenas com o conflito instalado, não com a prevenção Doutrina da Proteção Integral Constituição Federal de 1988 Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990) Crianças e adolescentes como sujeitos de direitos Direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária Conceito de “criança” e de “adolescente” Nomen Iuris Idade Criança De 0 a 12 anos incompletos Adolescente De 12 completos e 18 anos incompletos Maior A partir de 18 anos completos Direitos fundamentais no ECA Direito à vida e à saúde (arts. 7º a 14) Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade (arts. 15 a 18) Direito à convivência familiar e comunitária (arts. 19 a 52-D) Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer (arts. 53 a 59) Direito à profissionalização e à proteção no trabalho (arts. 60 a 69) Crianças e Adolescentes são sujeitos de Direito Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. ART.228 Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no Art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato : Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. Art. 228.Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no Art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato:Pena -detenção de seis meses a dois anos. SUJEITO ATIVO encarregado do serviço ou dirigente do estabelecimento SUJEITOPASSIVO Parturiente ou neonato ELEMENTONORMATIVO Omitir registro,informação ou declaração ELEMENTOSUBJETIVO Dolo TENTATIVA Nãoadmite (crime de mera conduta) CONSUMAÇÃO Nãoregistrar, informar ou declarar situações que envolvam o parto, a saúde de parturiente ou do neonato CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA Próprio, emissivo próprio, de mera conduta, de perigo, doloso ou culposo, de menor potencial ofensivo. PENA detenção de seis meses a dois anosou detenção de dois a seis meses, ou multa (culpa) AÇÃO PENAL Açãopenal pública incondicionada Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais. Art. 230 Privação de liberdade da criança ou do adolescente Núcleo do Tipo Privar Objeto Jurídico Proteção ao direito de liberdade da criança e do adolescente Sujeito Ativo Qualquer Pessoa Sujeito Passivo Criança e o Adolescente Elemento Subjetivo Dolo Admite Tentativa Consuma-se com a privação de liberdade da criança ou do adolescente Classificação Doutrinária Crime comum, de dano, material, comissivo, permanente eunissubsistente. Jurisprudência TJ-PR - Apelação Crime : ACR 764207 PR Apelação Crime – 0076420-7, Relator: José Mauricio Pinto de Almeida, Julgamento: 18/05/2000, 2ª Câmara Criminal Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada: Pena - detenção de seis meses a dois anos Art. 231 Omissão da comunicação da apreensão da criança e do adolescente Núcleo do Tipo Deixar Objeto Jurídico Proteção a dignidade do apreendido Sujeito Ativo Autoridade Policial Sujeito Passivo Criança e o Adolescente Elemento Subjetivo Dolo Não admite tentativa A simples omissão configura a consumação Classificação Doutrinária Crime próprio, mera conduta, omissivo, instantâneo eunissubsistente Jurisprudência HC 16421 PE 9300001888, Relator: Pio dos Santos, Órgão Julgador: Seção Criminal. Art 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 232 Submissão de criança ou adolescente a vexame ou a constrangimento Núcleo do tipo Submeter Objetojurídico Proteção a dignidade e honra da criança e do adolescente Sujeito Ativo Todo aquele que detém a criança ou o adolescente Sujeito Passivo Criança e o adolescente Elemento Subjetivo Dolo Admite-se tentativa Consuma-se com a efetiva submissão da criança ou do adolescente a vexame ou a constrangimento Classificação Doutrinária Crime próprio, mera conduta, dano, comissivo, instantâneo eunissubsistente Jurisprudência APL 00097563220098190028 RJ 0009756-32.2009.8.19.0028, Relatora: DES. MARIA ANGELICA GUIMARAES GUERRA GUEDES, Julgamento: 13/08/2015, Órgão Julgador: SÉTIMA CAMARA CRIMINAL Art 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 234 Omissão da imediata liberação da criança e do adolescente, em face da ilegalidade da apreensão Núcleo do Tipo Deixar Objeto Jurídico Proteção ao direito de liberdade da criança e do adolescente Sujeito Ativo Autoridade competente para ordenar a imediata liberação da apreensão ilegal Sujeito Passivo Criança e o adolescente Elemento Subjetivo Dolo Elemento Normativo Justa Causa Não admite tentativa Consuma-se no momento em que a autoridade conhecedora da ilegalidade da apreensão deixa de liberar o menor sem justa causa Classificação Doutrinária Crime próprio, material, de dano, omissivo, instantâneo eunissubsistente Art 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 235 Descumprimento injustificado de prazo fixado em lei Núcleo do tipo Descumprir Objeto jurídico Proteção ao direito de liberdade da criança e do adolescente Sujeito Ativo Autoridade competente para ordenar imediata liberação da apreensão ilegal Sujeito Passivo Criança e o adolescente Elemento Subjetivo Dolo Não admite tentativa Consuma-se com o efetivo descumprimento do prazo Classificação Doutrinária Próprio, mera conduta, de dano, omissivo, instantâneo eunissubsistente Art 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo O Estado (Autoridade Judiciária, Membro do Conselho Tutelar, representante do Ministério Público) Núcleo do Tipo Impedir ou Embaraçar Elemento Subjetivo Dolo Tentativa Admite tentativa na formaplurissubsistente Objeto Jurídico O interesse da Administração da Justiça, no campo da proteção aos interesses da criança e do adolescente Classificação Doutrinária comum, material (impedir) ou formal (embaraçar), de formalivre,comissivo, instantâneo, de menor potencial ofensivo Benefícios processuais Cabe Transação Penal Art 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto: Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. Art237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto: Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Criança ou Adolescente, e, secundariamente, aquele que o detém sob guarda Núcleo do Tipo Subtrair Elemento Subjetivo Dolo Tentativa Admite tentativa Objeto Jurídico O dispositivo protege o direito infanto-juvenil à convivência familiar e comunitária Classificação Doutrinária Comum, formal, comissivo, instantâneo,unissubjetivo,plurissubsistente Benefícios processuais Cabe aplicação do sursis se houver condenação no mínimo legal; Pode haver substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Confronto aparente de normas Em havendo confronto com o art. 249 do CP que trata da subtração de incapazes, prevalece este artigo visto que engloba a finalidade especial de agir, além de a lei ser mais recente. Art 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. Art238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. Sujeito Ativo Pai ou mãe, tutor ou guardião Sujeito Passivo Criança ou adolescente privado de seu guardião Núcleo do Tipo Prometer, efetivar Elemento Subjetivo Dolo Tentativa Admite tentativa Objeto Jurídico O bem jurídico protegido neste dispositivo é o direito da criança e do adolescente à convivência familiar Classificação Doutrinária Próprio, formal, comum, comissivo, doloso, instantâneo, formal ("prometer" e "oferecer") e material ("efetivar"),plurissubsistente. Benefícios processuais Cabe suspensão condicional do processo. Art 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro: Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência. Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro: Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência. Sujeito Ativo Qualquer Pessoa Sujeito Passivo Criança ou adolescente Núcleo do Tipo Promover, auxiliar Elemento Subjetivo Dolo Tentativa e consumação Objeto Jurídico Proteção à família da criança e adolescente Classificação Doutrinária Comum, formal, livre, comissivo,unissubjetivo,plurissubsistente, instantâneo Confronto aparente de normas Em confronto com o artigo 245 do CP que trata do auxilio ou promoção de ato que efetive o envio de criança ou adolescente ao exterior com o fito de obter lucro ou por inobservância das formalidades legais, deve-se primar por este artigo, que é abrangente e especial. Art 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. § 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. Art240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Sujeito Ativo Qualquer Pessoa Sujeito Passivo Criança ou adolescente Núcleo do Tipo Agenciar, produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar Elemento Subjetivo Dolo Tentativa e consumação Objeto Jurídico Proteção à dignidade da criança e adolescente. Classificação Doutrinária Comum, formal, livre,unissubjetivo, comissivo,unissubjetivo, instantâneo,plurissubsistente Concurso material Admite-se concurso material entre o estupro e o crime previsto neste artigo. Art 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Art241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Obs: conceito de pornografia infantil (vago) Núcleo do tipo Vender ou expor a venda(alternativo) Objeto material Fotografia, vídeo ou registro Objeto jurídico Proteção à formação moral da criança ou do adolescente Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança ou adolescente Elemento subjetivo Dolo. Não há elemento subjetivo específico; não se pune a forma culposa. Classificação Crime comum, alternativo, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, de perigo abstrato,unissubjetivo,plurissubsistente Tentativa Admite tentativa Benefícios processuais Como regra, não cabe transação, suspensão condicional do processo ou da pena Competência Justiça Estadual x Federal Competência territorial (vide jurisprudência STJ)quando é e quando não é possível saber o local de origem do crime Art 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Art241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Obs.: Não é obrigatório o uso da internet. Núcleo do tipo Oferecer (dar como presente ou apresentar para aceitação), trocar (substituir determinada coisa por outra), disponibilizar (tornar acessível para aquisição), transmitir (enviar de um lugar a outro), distribuir (entregar a várias pessoas), publicar (tornar público, de maneira expressa e ampla) e divulgar (difundir, ainda que implicitamente) –tipo misto alternativo Objeto material Fotografia, vídeo ou registro Objeto jurídico Proteção à formação moral da criança ou do adolescente Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança ou adolescente Elemento subjetivo Dolo.E o ânimo do agente pode ser qualquer um; não se pune a conduta culposa Classificação Crime comum, formal, comissivo, instantâneo (mas pode ser permanente em “divulgar” e “disponibilizar”), de perigo abstrato,unissubjetivoplurissubsistente Tentativa Admite tentativa Benefícios processuais Como regra, não cabe transação, suspensão condicional do processo ou da pena. Se a pena for fixada de 3 a 4 anos, cabe substituição por restritiva de direitos. § 1º Nas mesmas penas incorre quem: I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo; II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo. § 2º As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo. I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo; Núcleo do tipo Assegurar (garantir) Objeto material Meio ou serviço para o armazenamento Objeto jurídico Proteção à formação moral da criança ou do adolescente Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança ou adolescente Elemento subjetivo Dolo. Não há elemento subjetivo específico; não se pune a forma culposa Classificação Crime comum, formal, comissivo, permanente, de perigo abstrato,unissubjetivoplurissubsistente Tentativa Admite tentativa Punição do partícipe II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo. Núcleo do tipo Assegurar (garantir) Objeto material O acesso ao material pornográfico (através de rede de computadores = não necessariamente internet) Objeto jurídico Proteção à formação moral da criança ou do adolescente Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança ou adolescente Elemento subjetivo Dolo. Não há elemento subjetivo específico; não se pune a forma culposa Classificação Crime comum, formal, de forma livre, comissivo, permanente, de perigo abstrato,unissubjetivoplurissubsistente Tentativa Admite tentativa Punição do partícipe ligado à manutenção da rede . *Condição objetiva de punibilidade: Parágrafo 2º Antes de qualquer medida penal, demanda-se a notificação do responsável pela prestação do serviço, alertando-o acerca do material pornográfico e, ao mesmo tempo, possibilitando-lhe que desative o acesso imediatamente, o que demonstraria a ausência de ligação com o agente criminoso Responsável legal: pessoa que possui condições técnicas e efetivas de alcançar a interrupção do serviço de acesso à rede de computadores = com poder de mando Notificação oficial: intimação por juiz ou parquet Art 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Art241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Núcleo do tipo Adquirir, possuir ou armazenar–tipo misto alternativo Objeto material Fotografia, vídeo ou registro Objeto jurídico Proteção à formação moral da criança ou do adolescente Não é obrigatório o uso da Internet. Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança ou adolescente Elemento subjetivo Dolo.E o ânimo do agente pode ser qualquer um; não se pune a conduta culposa Classificação Crime comum, formal, comissivo, instantâneo (em “adquirir”) ou permanente (em “possuir” e “armazenar”), de perigo abstrato,unissubjetivoplurissubsistente Tentativa Admite tentativa Benefícios processuais Como regra, não cabe transação, MAS cabe suspensão condicional do processo ou da pena;Se a pena for fixada de 3 a 4 anos, cabe substituição por restritiva de direitos. Diminuição de pena (3ª fase): § 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. Pensamento doutrinário: crime de bagatela (fato atípico); pequena quantidade; grande quantidade Obs: Pequena quantidade. Excludente de ilicitude: § 2o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por: I – agente público no exercício de suas funções; II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste parágrafo; III – representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário. § 3o As pessoas referidas no § 2o deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito referido. Desnecessário (vide art. 23, III, do CP) Inciso I: servidor ocupante de cargo, emprego ou função pública (no exercício de suas funções) Inciso II: entidades não governamentais, que se envolvam em atividades de proteção à criança e ao adolescente Inciso III: empresas que trabalham com rede de computadores ou provedores de internet *dever de sigilo Simulacro de pedofilia Art 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança ou adolescenteenvolvidas na cena simulada Tipo objetivo Simular Elemento normativo Adulteração, montagem ou modificação Elemento subjetivo Dolo Tentativa Admite tentativa Consumação Simples simulação/adulteração do material Classificação doutrinária Crime comum; forma; de forma livre; comissivo; instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo; plurissubsistente Pena Reclusão, de 1 a 3 anos AçãoPenal Ação penal pública incondicionada Jurisprudência: (TJ-SC - APR: 20140108880 SC 2014.010888-0 (Acórdão), Relator: Salete Silva Sommariva, Data de Julgamento: 23/06/2014, Segunda Câmara Criminal Julgado). Concurso de crimes: estupro de vulnerável (art. 217-A do CP) e arts. 241-C e 241-B do ECA. Concurso material. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido na forma do caput deste artigo. Sujeitoativo Qualquerpessoa Sujeito passivo Criança ou adolescente, participante da simulaçãorealizada Tipo objetivo Vender, expor à venda, disponibilizar, distribuir, publicar, divulgar, adquirir, possuir, armazenar. Tiposubjetivo Dolo.Não se pune a forma culposa Tentativa É admitida Consumação Por ser crimes plurissubsistente, há consumação com qualquer dos núcleos do tipo Conflito aparente de normas Arts. 241 e 241-A do ECA Classificação Crime comum; forma; de forma livre; comissivo;instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo; plurissubsistente Pena Reclusão, de 1 a 3 anos Ação penal Ação penal pública incondicionada Jurisprudência: (TJ-MS - APL: 00065766520118120017 MS 0006576-65.2011.8.12.0017, Relator: Des. Luiz Gonzaga Mendes Marques, Data de Julgamento: 05/08/2013, 1ª Câmara Criminal, Data de Publicação: 09/08/2013) Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso: Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança Tipo objetivo Aliciar;assediar; instigar; constranger Elemento normativo Ato libidinoso Elemento subjetivo Dolo. Não se pune a forma culposa Tentativa É admitida Consumação Qualquer dos núcleos do tipo penal Classificação Crime comum; formal; de forma livre; comissivo; instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo; plurissubsistente Pena Reclusão de 1 a 3 anos e,multa Ação penal Ação penal pública incondicionada Conflito aparente Art. 217-Ado C.P. (Estupro devilnerável) Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso; II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança Tipo objetivo Facilitar; induzir Elemento normativo I- cena de sexo explícito ou pornográfica; II- se exibir de forma pornográficaou sexualmente explícita Elemento subjetivo Dolo. Não admite culpa Tentativa É admissível Consumação Com a prática de quaisquerdos núcleos do tipo Classificação Crime comum; formal; de forma livre; comissivo; instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo;plurissubsistente Pena Reclusão de 1 a 3 anos e,multa Ação penal Ação penal pública incondicionada Conflito aparente: Art. 218 do C. P.: Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos Jurisprudência e concurso de crimes: (TJ-RS - ACR: 70053257051 RS, Relator: Laura Louzada Jaccottet, Data de Julgamento: 25/02/2014, Sétima Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 28/02/2014) Art. 218-A do CP: satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente Concurso material Art. 241-E: Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. Norma meramente explicativa Venda, fornecimento ou entrega de arma, munição ou explosivo a criança ou adolescente Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo: Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos Sujeito ativo Qualquer pessoa Sujeito passivo Criança ou adolescente Tipo objetivo Vender; fornecer; entregar Elemento normativo Arma, munição ouexplosivo Elemento subjetivo Dolo. Não se pune a forma culposa Tentativa É admissível Consumação Basta a mera entrega. Efetiva venda, fornecimento ou entrega Classificação Crime comum; formal; de forma livre; comissivo; instantâneo; unissubjetivo; plurissubsistente Pena Reclusão, de 3 a 6 anos. Ação penal Ação penal pública incondicionada Divergência doutrinária Art. 16 da Lei 10.826/2003 Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente Conflito aparente: Art. 13 da Lei 10.826/2003 Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa Jurisprudência e concurso de crimes: (TJ-SP - APL: 00019856820138260189 SP 0001985-68.2013.8.26.0189, Relator: Nuevo Campos, Data de Julgamento: 12/03/2015, 10ª Câmara de Direito Criminal, Data de Publicação: 16/03/2015) Concurso Material Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica: Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: II - bebidas alcoólicas; III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida; Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma,a criança ou a adolescente,bebida alcoólicaou,sem justa causa,outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica: Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. Tipo Objetivo Núcleodo tipo:Vender; fornecer; servir; ministrar; entregar são condutas alternativas Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Criançaou adolescente Consumação Instantâneo(a consumação ocorre em momento definido) Tentativa É admissível Objeto material Produto capaz de causar dependênciafísica ou psíquica Objetojurídico Proteção à integridade dacriança ou adolescente Elemento Subjetivo Dolo. Não se exige elemento subjetivo específico,nem se pune a forma culposa. Elemento Normativo Sem justa causa Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente,bebida alcoólicaou,sem justa causa,outrosprodutos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica: Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. Classificação Crime comum; formal(independeda causação de vício); de forma livre; comissivo; instantâneo;unissubjetivo;plurissubsistente(cometido por mais de um ato); de perigo concreto; admite tentativa Norma penalem branco ANVISA: Portaria 344/98 - Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Pena Detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. AçãoPenal e Figuras Ação Penal Incondicionada. Nãohá qualificadora; Não há aumento de pena. Conflito Aparente de Normas Art. 243, ECA Art. 63, LCP • Lei especial •Sucessividade • Art. 81, ECA • Entendimento majoritárioSTJ Jurisprudência DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. (1) IMPETRAÇAO SUBSTITUTIVA DE RECURSO ESPECIAL. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. (2) ENTREGA DE BEBIDA A MENOR. TIPIFICAÇAO. CONTRAVENÇAO PENAL OUART. 242 DOECA. INTERPRETAÇAO SISTEMÁTICA DOS ARTS. 243 E 81 DO ECA. PRINCÍPIODA LEGALIDADE PENAL. ENQUADRAMENTO: ART. 63 DA LCP. ILEGALIDADE PATENTE. CONCESSAO DA ORDEM DE OFÍCIO. [...] 3. A entrega a consumo de bebida alcoólica a menores é comportamento deveras reprovável. No entanto, é imperioso, para o escorreito enquadramento típico, que se respeite a pedra angular do Direito Penal, o princípio da legalidade. Nesse cenário, em prestígio à interpretação sistemática, levando em conta osarts. 243 e 81 do ECA, e o art. 63 da Lei deContravencoesPenais, de rigor é o reconhecimento de que neste último comando enquadra-se o comportamento em foco. 4. Ordem não conhecida, expedida habeas corpus de ofício, a fim de restabelecer a decisão de primeiro grau, que declinou da competência em favor do juizado especial para apreciar a ação penal . (HC 167.659/MS, 6.ª Turma,rel. Maria Thereza de Assis Moura, 20.02.2013) Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente,bebida alcoólicaou,sem justa causa,outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica: Pena -detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,se o fato não constitui crime mais grave. Benefícios Penais Não é infração de menor potencial ofensivo, descabendo os benefícios previstos na Lei n. 9.099/95. Se houver condenação, no mínimo legal, cabe a aplicação desursis. Acimado mínimo, pode haver a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Crime subsidiário Somente se aplica o art. 243se não estiver configurado delito mais grave. Ex.: Tráfico ilícito de drogas (art. 33, Lei 11.343/2006). Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida: Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida; Art. 244.Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescentefogos de estampidooude artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida: Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. Tipo Objetivo Núcleodo tipo:Vender; fornecer; entregar Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Criançaou adolescente; sociedade Consumação Instantâneo(a consumação ocorre em momento definido) Tentativa É admissível Objeto material Fogos de estampido ou de artifício Objetojurídico Proteção à incolumidade física de crianças e adolescentes; protege-se, também, a integridade física das outras pessoas Elemento Subjetivo Dolo. Não se exige elemento subjetivo específico,nem se pune a forma culposa. Elemento Normativo Fogos de estampido e/ou de artifício Art. 244.Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescentefogos de estampidooude artifício,exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida: Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. Classificação Crime comum; formal; de forma livre(“de qualquer forma”); comissivo; instantâneo;unissubjetivo;plurissubsistente; de perigo concreto,de menorpotencial ofensivo;admite tentativa Pena Detenção de seis meses a dois anos, e multa AçãoPenal e Figuras Ação Penal Incondicionada. Nãohá qualificadora; Não há aumento de pena. Benefícios Penais Éinfração penal de menor potencial ofensivo, cabendo a transação e os demais benefícios previstos na Lei n. 9.099/95. Jurisprudência APELAÇÃO CRIMINAL. ARTIGO 244 DO ECA. PROVA DA AUTORIA E MATERIALIDADE. LESÕES GRAVES COMPROVADAS. CONCEITO DE FOGOS DE ESTAMPIDO E/OU ARTIFÍCIO. VERSÃO ACUSATÓRIA PREVALENTE. SENTENÇA CONFIRMADA. Autoria e materialidade comprovadas. Versão da vítima e das testemunhas que esvaziaram a negativa de autoria do réu. [...] No que toca a aventada ausência de definição pela lei (artigo 244 do ECA) do que sejam fogos de estampido e/ou de artifício, sem razão o recorrente, pois conceito normativo ao alcance de qualquer indivíduo, e, por dever, de quem os comercializam. Sem embargo, eventuais dúvidas poderiam e podem ser desbastadas no sítio do Inmetro no que toca ao assunto. Aexculpatórianão é, portanto, válida por ausência de razoabilidade. Por fim, sem razão ao apelante no que toca à ausência de provajudicializada, a qual, embora não seja abundante, é suficiente a sustentar a solução condenatória. Sentença mantida por seus próprios e jurídicos fundamentos. APELAÇÃO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (Apelação Crime Nº 70053082848, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José ConradoKurtzde Souza, Julgado em 16/05/2013) Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual: Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa. § 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo. § 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. Código Penal Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável. Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. § 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. § 2o Incorre nas mesmas penas: I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. § 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual: Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa. Tipo Objetivo Núcleodo tipo:Submeter (:subjugar; dominar moralmente) Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Menor de 18 anos (e maior de 14) Menor de 14 anos: estupro de vulnerável (Art. 217-A, CP) Consumação Instantâneo- a consumação ocorre em momento definido. Porém, quando se trata deprostituição: “crime instantâneo de continuidade habitual” Tentativa Art. 244-A,ECA Art. 218-B,CP Submeter: NÃO cabe tentativa Submeter,atrair, induzir e facilitar:NÃOcabetentativa. Impedir,dificultar: cabe tentativa Objeto material Menorde 18 anos e maior de 14 anos Objetojurídico Proteção à formação moral dacriança ou adolescente Elemento Subjetivo Dolo.Obs.: Não é obrigatórioque importe em proveito pecuniário ao autor do delito. Elemento Normativo Prostituiçãoe aexploraçãosexual Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual: Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa. Classificação Crime comum; material; de forma livre; comissivo; instantâneo(ou instantâneo de continuidade habitual);unissubjetivo;plurissubsistente; não admite tentativa Norma penalem branco Art. 2º, Lei n. 8.069/90. Pena Reclusão de quatro a dez anos, e multa. AçãoPenal e Figuras Ação Penal Incondicionada. Nãohá qualificadora; Não há aumento de pena. Conflito Aparente de Normas Art. 244-A, ECA Art. 218-B, CP Inseridopela Lei n. 12.015/2009: tratando-se de lei mais recente, o art. 218-B afasta a aplicabilidade do art. 244-A. Art. 244-A. § 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo. § 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. Benefícios Penais Não é infração de menor potencial ofensivo, descabendo os benefícios previstos na Lei n. 9.099/95. Se for aplicada penamínima, pode substituí-la por restritiva de direitos, por não se tratar de crime cometido com violência ou grave ameaça à pessoa. Acima do mínimo, pode o magistrado aplicar os regimes semiaberto ou fechado, conforme a pena concretizada e os elementos previstos no art. 59, do CP. Explicitaçãodo partícipe § 1º: Dever deresponder pelo crimeo proprietário, o gerente ou o responsável pelo local,desde que haja submissão do menor a tais situações. Conteúdo reproduzido também no art. 218-B,§ 2º, II, do CP. Efeito específico e obrigatório da condenação § 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. Jurisprudência APELAÇAO CRIMINAL - CONDENAÇAO DO RÉU NO ART. 244-A DOESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E ART. 65 DA LEI Nº 3.688/41 - PLEITO ABSOLUTÓRIO COM FUNDAMENTO DO IN DUBIO PRO REO - IMPOSSIBILIDADE - PROVA NOS AUTOS E PALAVRA DA VÍTIMA - SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Para a configuração do delito de exploração sexual de criança e adolescente, previsto no art. 244-A do ECA, basta a submissão da vítima à prostituição ou exploração sexual, sendo irrelevante o seu consentimento. (Resp1.104.802/RS, 5ª T., rel. Arnaldo Esteves Lima, 16.06.2009,v.u.) Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. § 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. § 2º As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990. Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Tipo Objetivo Núcleodo tipo:Corromper(perverter, estragar); facilitar a corrupção(tornar mais fácil tal perversão) verbos do tipo misto alternativo Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Menor de 18 anos; família; sociedade Consumação Instantâneo(a consumação ocorre em momento definido) Tentativa É admissível,embora dedifícil configuração. Objeto material Menor de 18 anos Objetojurídico Boa formação moral da criança e do adolescente Elemento Subjetivo Dolo Elemento Normativo O elemento normativo está na qualidade de ser alheia a respeito. Classificação Crime comum; formal ; de forma livre; comissivo; instantâneo;unissubjetivo;plurissubsistente; admite tentativa, embora de difícil configuração. Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Crime impossível Hipóteses deobjeto absolutamente impróprio; Hipóteses deinstrumento absolutamente ineficaz. Pena Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. AçãoPenal e Figuras Ação Penal Incondicionada. Nãohá qualificadora; Aumentodepena: de um terço para crimes considerados hediondos. (Art. 244-B,§2º , Lei 8.069/90) Benefícios Penais Admite-se suspensãocondicional do processo, pois a pena mínima é de um ano (art. 89, Lei 9.0299/95); Cabesubstituição por penas alternativasquando a pena privativa de liberdade não for superior a quatro anos seo delito não for cometido com violência ou grave ameaça. Jurisprudência SÚMULA 500, STJ:A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal. Meios eletrônicos Art. 244-B,§1º-Preocupação em abranger ao máximo o leque de possibilidades de atuação do agente corruptor,cuidando, inclusive dacorrupção virtual, praticada, basicamente, pela internet.
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