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1 Lesões no esporte Profa. Dra. Marilia dos Santos Andrade Centro UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA CENTRO DE ESTUDOS DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO • Tenosinovite – inflamação da bainha sinovial que envolve o tendão. • Paratendinite – inflamação e espessamento da bainha paratendão dos tendões que não tem bainha sinovial. • Tendinite – inflamação do tendão. • Tendinose – degeneração do tendão devido a atrofia (envelhecimento, microtrauma, comprometimento vascular). Lesões Lesões tendíneastendíneas Lesões Lesões tendíneastendíneas • Contratura – falência do músculo em relaxar. Acúmulo de ácido lático causa fadiga (inabilidade de produzir contração máximas e relaxamento máximos). • Espasmo muscular – contração muscular reflexa que acompanha lesão. • Contusão muscular – força externa suficiente para causar dano muscular. Lesões muscularesLesões musculares 2 • Rutura – pode ser causada por estiramento ou por trauma direto. Pode ser dividida em 3 graus. • 1º grau – lesão estrutural mínima, hemorragia mínima, resolução precoce. • 2º grau – rompimento parcial geralmente na junção miotendínea acompanhada de dor, hemorragia e perda de função. • 3º grau – rutura severa, hemorragia obvia, edema, geralmente rutura completa e palpável. Lesões muscularesLesões musculares Lesões muscularesLesões musculares • Dor muscular tardia (delayed onset muscle soreness - DOMS) • Disfunção inflamatória secundária a uma lesão muscular caracterizada por: edema, músculo endurecido, dor e limitação da ADM. Lesões muscularesLesões musculares Lesões muscularesLesões musculares 3 Lesão ligamentarLesão ligamentar • Pode ser rutura ou estiramento. Pode ser dividida em 3 níveis de lesão. • 1º grau – poucos dias. • 2º grau – até 6 semanas • 3º grau – no mínimo 6 - 8 semanas até indefinido. Lesão ligamentarLesão ligamentar Lesão capsularLesão capsular • Capsulite (inflamação da cápsula articular) • Estiramento (luxação articular) Lesão capsularLesão capsular 4 Risco de lesãoRisco de lesão Intrínsecos • Encurtamento muscular • Fraqueza muscular • Desequilíbrio muscular • Mau alinhamento • Instabilidade articular (diferente de hipermobilidade) • Sexo • Idade • Somatotipo Risco de lesãoRisco de lesão Extrínsecos • Lesões específicas de determinado esporte • Técnica • Treinamento • Posição na equipe • Nível da competição • Jogadas ilegais • Clima • Equipamento PRICER (lesão aguda)PRICER (lesão aguda) • P – Protection – restringir a atividade e colocar em posição segura. • R – Rest – minimizar a lesão associada ao sangramento e dor • I – Ice – alívio da dor e sangramento • C – Compression - edema e a fase congestiva da resposta inflamatória. Ajuda na drenagem. • E – Elevation - a pressão intra-vascular local o sangramento. • R – Referral – se necessário FASES DA CICATRIZAÇÃOFASES DA CICATRIZAÇÃO FASE I: Inflamação FASE II: Proliferação FASE III: Remodelação 5 FASE I FASE I –– INFLAMAÇÃOINFLAMAÇÃO Objetivo: Estabilizar e conter a área de lesão e desfazer-se do tecido morto. FASE I FASE I –– INFLAMAÇÃOINFLAMAÇÃO ?Fundamental fase do processo de cicatrização; ? Vasoconstrição inicial; ? Vasodilatação após alguns segundos; FASE I FASE I –– INFLAMAÇÃOINFLAMAÇÃO ? Formação de coágulo; ? Edema; ? Macrófagos e Polimorfonucleares (Neutrófilos). SINAIS DA INFLAMAÇÃOSINAIS DA INFLAMAÇÃO ? Rubor; ? Edema; ? Dor; ? Aumento da temperatura; ? Perda de função. 6 FASE II FASE II -- PLORIFERAÇÃOPLORIFERAÇÃO Objetivo: Mobilizar fibroblastos e restaurar a circulação. FASE II FASE II -- PLORIFERAÇÃOPLORIFERAÇÃO ? Migração de Fibroblastos, Colágeno, e Miofibroblastos; ? Formação de Tecido Granular; ? Angiogenese; ? Diminuição do tamanho da lesão; ? PMN e fibroblastos; ? Duração: 2 a 4 semanas ( Peacock, 1984). FASE III FASE III -- REMODELAÇÃOREMODELAÇÃO Objetivo: Melhorar a qualidade do tecido cicatricial e restabelecendo a área. FASE III FASE III -- REMODELAÇÃOREMODELAÇÃO ? Tamanho da lesão; ? Possível formação de aderência; ? Substituição colágeno III por colágeno I; ? Regressão dos capilares recém formados; ? Coloração próxima da pele; ? Duração: 6 a 18 meses (Cannolly, 1988) 7 CondutaConduta • Massagem (drenagem linfática) • Ultrassom (facilitar a transferência de íons através da membrana) • Corrente elétrica (alívio da dor) • Estimulação muscular elétrica ( ajudar a drenagem) • Exercícios (aumentar o fluxo sanguíneo e linfático e reduzir aderências a atrofia) • Instruir o paciente para limitar atividades CondutaConduta • Metabolismo • Fluxo sanguíneo • Espasmo muscular ( velocidade de condução nervosa) • Inflamação • Tensão Crioterapia CondutaConduta Calor • Metabolismo • Fluxo sanguíneo • Rigidez articular • Relaxamento • Dor CUIDADOS GERAISCUIDADOS GERAIS ? Orientação nutricional – Dietas pobres em vitaminas A e C ou em Zinco ou Cobre dificultam o processo cicatricial; ? Manter o condicionamento das partes não lesadas e do Sistema Cardiorrespiratório; 8 CUIDADOS GERAISCUIDADOS GERAIS ? Exercício com o membro contra-lateral provocam ganhos no lado acometido (Steadman et.al, 1989); ? Exercícios na fase I podem desprender o coágulo de Fibrina; CUIDADOS GERAISCUIDADOS GERAIS ? Na fase III os tendões e ligamentos são mais suscetíveis à lesão; ? Após 2 meses é muito difícil aumentar a ADM. REABILITAÇÃOREABILITAÇÃO FLEXIBILIDADEFLEXIBILIDADE ? ADM - quantidade de mobilidade de uma articulação; ? Flexibilidade – habilidade do tecido músculo – tendíneo de alongar com a aplicação de uma força externa. FLEXIBILIDADE LESÃO PERFORMANCEFLEXIBILIDADE LESÃO PERFORMANCE 9 FLEXIBILIDADEFLEXIBILIDADE ? Exercícios ativos (3 a 5 Xs por semana para ganho de flexibilidade e 1 X por semana para manutenção); ? Exercícios passivos; ? FNP; ? Balístico. FLEXIBILIDADEFLEXIBILIDADE FORÇAFORÇA ? FORÇA; ? POTÊNCIA; ? RESISTÊNCIA. FORÇAFORÇA Adaptações benéficas: • Aumenta a força contrátil. • Aumenta a resistência dos ligamento, tendões e ossos. 10 Mecanismos: • Adaptação aos estímulos neurais. – Habilidade de recrutar músculos agonistas. – Inibição dos antagonistas – Melhora da sincronização do disparo das unidades motoras – Recrutamento adicional de unidades FORÇAFORÇA • Hipertrofia FORÇAFORÇA ? Resistência manual; FORÇAFORÇA ?Peso corpóreo; FORÇAFORÇA ? Pesos livres; 11 FORÇAFORÇA ? Rubber Band; FORÇAFORÇA ? Equipamentos Isotônicos; FORÇAFORÇA ? Equipamentos Isocinéticos. PROPRIOCEPÇÃOPROPRIOCEPÇÃO Flexibilidade, força, potência e resistência Agilidade, Equilíbrio e Coordenação Proprioceptores 12 PROPRIOCEPÇÃOPROPRIOCEPÇÃO “Habilidade corporal de transmitir a posição, interpretar a informação e responder consciente ou inconscientemente à estimulação através da execução apropriada de uma postura ou movimento” (Houglum, 2001). PROPRIOCEPÇÃOPROPRIOCEPÇÃO PROPRIOCEPÇÃOPROPRIOCEPÇÃO RECEPTORES CUTÂNEOSRECEPTORES CUTÂNEOS ? Aferentes de adaptação rápida – vibração ? Aferentes de adaptação lenta - alongamento 13 PROPRIOCEPTORES PROPRIOCEPTORES MUSCULARES E TENDÍNEOSMUSCULARES E TENDÍNEOS ? Orgão Tendinoso de Golgi – tensão; ? Fuso Muscular – alongamento. RECEPTORES ARTICULARESRECEPTORES ARTICULARES ? Localização: tecido conjuntivo, cápsula articular ao redor dos fragmentos; ? Possui importância na estabilização articular. OUTROS RECEPTORESOUTROS RECEPTORES ? Ligamentos também podem ter receptores; ? Receptor no LCA percebe stress e inibe a contração do músculo agonista. PROPRIOCEPÇÃOPROPRIOCEPÇÃO 14 PROPRIOCEPÇÃOPROPRIOCEPÇÃOPLIOMETRIAPLIOMETRIA • Atividades de início e término rápido, • Mudança rápida de direção • Aceleração e desaceleração Automática, econômica e eficientemente PLIOMETRIA PLIOMETRIAPLIOMETRIA “ Uso de um movimento rápido de atividade excêntrica seguido por uma atividade concêntrica brusca que objetiva melhora da potência (Houglum, 2001).” PLIOMETRIAPLIOMETRIA 15 Componente mecânico; Elementos contráteis (miofibrila); Componente elástico em série (tendão, sarcolema) Componente elástico em paralelo (tecido conjuntivo) Componente neural; Fuso muscular; Orgão tendinoso de Golgi. PLIOMETRIAPLIOMETRIA PLIOMETRIAPLIOMETRIA PLIOMETRIAPLIOMETRIA Cuidados GeraisCuidados Gerais • Realizar atividades sempre que possível em terreno plano. • Tênis adequado para o esporte e para o pé. • Não aumentar a intensidade de treino rapidamente. 16 MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Quadríceps e isquiotibiais •Condromalácia patelar •Artrose •Tendinite patelar Tríceps sural •Fascite plantar •Tendinite de Aquiles Banda ílio tibial •Síndrome da banda ílio tibial MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Condromalácia femuro-patelar Amolecimento e fissuração da superfície cartilaginosa da região posterior da patela, caracterizada por dor ao correr, subir e descer escadas. Freqüente em jovens do sexo feminino adolescentes. Osteoartrose Alteração degenerativa progressiva da cartilagem articular. MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES 17 MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Tratamento •Equilíbrio muscular – fotalecimento de vasto medial oblíquo (lembrar de evitar posições de muita pressão da patela no fêmur) •Realinhamento fêmuro-patelar •Perda de peso •Preferencialmente exercícios na água MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Tendinite patelar Inflamação do tendão que pode se desenvolver de forma aguda ou crônica. Dor ao longo do tendão e geralmente no pólo inferior da patela. MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Quadríceps e isquiotibiais •Condromalácea patelar •Artrose •Tendinite patelar Tríceps sural •Fascite plantar •Tendinite de Aquiles Banda ílio tibial •Síndrome da banda ílio tibial MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Fascite plantar •Inflamação da fáscia plantar, estrutura fibrosa espessa localizada na planta dos pés. •Indivíduos com peso excessivo, ou que caminham muito, ou que apresentam desvios de arco estão predispostos. Tendinite de Aquiles •Inflamação do Tendão de Aquiles, ou do seu paratendão. •Aumento da atividade, mudança do calçado ou do piso de treinamento. •Calcanhar pronado predispõe. 18 MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Quadríceps e isquiotibiais •Condromalácea patelar •Artrose •Tendinite patelar Tríceps sural •Fascite plantar •Tendinite de Aquiles Banda ílio tibial •Síndrome da banda ílio tibial MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Síndrome da banda ílio tibial Causada pela fricção da banda ílio tibial no epicôndilo lateral do fêmur. Sensibilidade aumentada sobre o epicôndilo lateral com 30º de flexão quando o joelho está sendo estendido é indicativo do diagnóstico. Corredores e ciclistas. 19 MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES Tensor da Tensor da fásciafáscia latalata IsquiotibiaisIsquiotibiais ÍlioÍlio--psoaspsoas 20 GastrocnêmeoGastrocnêmeo SóleoSóleo Músculos plantaresMúsculos plantares Tríceps Tríceps suralsural 21 Abdutores do quadrilAbdutores do quadril Adutores do quadrilAdutores do quadril Quadríceps (vasto medial)Quadríceps (vasto medial) Flexores dos dedosFlexores dos dedos 22 Tibial anteriorTibial anterior Lesão de colunaLesão de coluna Músculo piriforme: rotação lateral com a coxa extendida e abdução com a coxa fletida Plexo lombar, Plexo lombar, sacralsacral e coccígeoe coccígeo DermátomosDermátomos do membro inferiordo membro inferior 23 Articulação do ombroArticulação do ombro • Articulação mais móvel do corpo Mobilidade Estabilidade Articulação do ombroArticulação do ombro Estabilidade Estabilidade GlenoGleno--UmeralUmeral • Estruturas cápsulo-ligamentares • Compressão na concavidade (músculos do manguito rotador) • Pressão negativa • Equílibrio escápulo-umeral (ação muscular coordenada) Estruturas Estruturas cápsulocápsulo--ligamentaresligamentares 24 Estabilidade Estabilidade GlenoGleno--UmeralUmeral • Estruturas cápsulo-ligamentares • Compressão na concavidade (músculos do manguito rotador) • Pressão negativa • Equílibrio escápulo-umeral (ação muscular coordenada) Compressão na concavidadeCompressão na concavidade MANGUITO ROTADORMANGUITO ROTADOR Estabilidade Estabilidade GlenoGleno--UmeralUmeral • Estruturas cápsulo-ligamentares • Compressão na concavidade (músculos do manguito rotador) • Pressão negativa • Equílibrio escápulo-umeral (ação muscular coordenada) 25 Compressão na concavidadeCompressão na concavidade Fortalecimento preventivoFortalecimento preventivo Principalmente dos músculos do manguito rotador: • Infraespinhoso – rotação lateral • Supraespinhoso – abdução e rotação lateral • Subescapular – adução e rotação medial • Redondo menor – abdução e rotação lateral Rotadores externosRotadores externos Rotadores internosRotadores internos 26 OMBROOMBRO Movimentos repetitivos em abdução Stress em estruturas: Músculo-tendíneas Cápsulo-ligamentares Falência por fraqueza Altera o equilíbrio escápulo umeral instabilidade Microtraumatismo tecidual OMBROOMBRO OMBROOMBRO EpicondiliteEpicondilite Lateral • dor lateral no cotovelo • mecanismo de backhand • tenistas amadores e masters Alongamento e fortalecimento de flexores e extensores de punho 27 ExtesoresExtesores dos dedos e do punhodos dedos e do punho EpicondiliteEpicondilite Medial • dor medial no cotovelo • mecanismo de forehand • tenistas profissionais Alongamento e fortalecimento de flexores e extensores de punho Flexores dos dedos e do punhoFlexores dos dedos e do punho Síndrome do túnel do carpoSíndrome do túnel do carpo • Edema dentro do túnel do carpo • Compressão do nervo mediano • Alongamento e fortalecimento de flexores do punho 28 Síndrome do túnel do carpoSíndrome do túnel do carpo Lesões agudas de joelhoLesões agudas de joelho Lesão LCALesão LCA Lesão de meniscoLesão de menisco 29 Lesão de meniscoLesão de menisco Lesão de tornozeloLesão de tornozelo Lesão em Lesão em invesãoinvesão Lesão em Lesão em invesãoinvesão 30 Tornozelo Tornozelo –– Vista posteriorVista posterior CrioterapiaCrioterapia do fluxo sangüíneo edema hemorragia local dor Cuidados: • Máximo de 20 minutos • Evitar compressão excessiva • Proteger a pele do contato direto CalorCalor • Somente em casos crônicos • Uso crônico pode levar a hemorragia compartimental
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