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TEORIA GERAL DO CRIME
CONCEITO ANALÍTICO
Fato típico + Ilícito + Culpabilidade 
Conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva;
Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado;
Tipicidade (formal ou conglobante)
Relação de contrariedade que se estabelece entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico.
Juízo de reprovação pessoal que se faz sobre a conduta ilícita do agente e o ordenamento jurídico.
	> Quanto à pena privativa de liberdade imposta:
Art. 1º Lei de Introdução ao CP.
CRIME		 CONTRAVENÇÃO
 reclusão, detenção, multa	 prisão simples, multa
CRIME x CONTRAVENÇÃO
Diferenças:
CRIME		 CONTRAVENÇÃO
Somente é punível a contravenção 
praticada no território nacional.
Art. 2º LCP.
Quanto ao tempo de cumprimento
da pena:
	art. 10 LCP
Quanto à tentativa:
	art. 4º LCP
É tanto punível o crime praticado no território nacional quanto no exterior.
Quanto ao tempo de cumprimento da pena:
	art. 75 CP
Quanto à tentativa:
	art. 14 CP
	> Quanto à ação penal:
CRIME
APPública
APPrivada
Condicionada: representação 
do ofendido 
ou requisição do MJ
Incondicionada:
titularidade do MP 
Exclusiva: a vítima deve
prestar a queixa-crime 
Subsidiária da pública: 
quando o MP não propõe a
denúncia a vítima pode fazer 
a queixa-crime.
CRIME
(Rogério Greco)
 
FATO TÍPICO
ANTIJURÍDICO
CULPÁVEL
Conduta
 
Resultado
 
Nexo de causalidade
 
Tipicidade
 
Obs: quando o agente não atua em:
Estado de necessidade
Legítima defesa
Estrito cumprimento do dever legal
Exercício regular de direito
Quando não houver o consentimento do ofendido como causa supralegal de exclusão da ilicitude
 
Imputabilidade
 
Potencial consequência sobre a ilicitude do fato
 
Exigibilidade da conduta diversa
Formal
Conglobante
Dolosa/culposa
Comissiva/omissiva
ATIVO: 
Pessoa que pratica a infração;
Pessoa física capaz e com 18 anos completos;
SUJEITO DO CRIME/ CONTRAVENÇÃO
Crimes quanto ao sujeito ativo pode ser:
Próprio: praticado por determinada categoria de sujeito e admite co-autoria.
Ex.: Peculato (art. 312 CP), Infanticídio (art. 123 CP)
Mão-própria: praticado por determinada pessoa e não admite co-autoria.
Ex.: Falso testemunho (art. 342 CP)
Simples ou comum: qualquer pessoas pode praticar.
PASSIVO:
Pessoa que sofre as consequências da infração penal.
Pode ser:
Pessoa física;
Pessoa jurídica;
Ente indeterminado (arts. 286, 338, 359-A CP)
Crimes de dupla subjetividade passiva: tem pluralidade de vítimas
Ex.: arts. 151, 209-212 CP.
Pode ser:
	Comum: 
	Próprio: condição especial
Quanto ao momento consumativo:
Permanente: o momento consumativo se protrai no tempo e o bem jurídico é continuamente agredido. Ex.: art. 148 CP
Instantâneo: consuma-se em um dado instante, sem continuidade no tempo (ex.: desacato). 
De efeitos permanentes: consuma-se em um dado momento, mas seus efeitos perpetuam-se no tempo (ex.: bigamia, dano, homicídio). 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DE CRIMES:
Quanto ao meio de execução:
Comissivo: são os crimes praticados mediante ação.
Omissivos próprios: podem ser imputados a qualquer pessoa. São crimes ligados à conduta omitida.
Omissivos impróprios/comissivos por omissão: somente podem ser praticados pelas pessoas referidas no §2º do art. 13 do CP. É preciso que o agente se encontre na posição de garante ou garantidor.
Quanto ao resultado:
Material: a lei descreva a conduta, o resultado e exige a produção do resultado para consumar o delito.
Formal: a lei descreve a conduta, o resultado, mas não exige a produção do resultado para a consumação do delito. Ex.: art. 140 CP.
Mera conduta: a lei descreve apenas a conduta. Ex.: art. 150 CP.
Quanto à lesão ou risco ao bem jurídico:
Crime de dano: lesão ao bem jurídico.
Crime de perigo: se consumam com a mera possibilidade de lesão ao bem.
Crime de perigo abstrato ou presumido: mera exposição do bem à risco. Ex.: art.137 CP.
Crime de perigo concreto: o perigo precisa ser demonstrado, não aceitando-se presunção. Ex.: arts. 130,131.
Crime de perigo coletivo: exposição de risco à um grupo, ou número indeterminado de pessoas.
Crime de perigo individual: exposição de risco à um grupo determinado de pessoas, ou a uma só pessoa. Ex.: arts. 132 a 135 CP.
Quanto ao bem jurídico tutelado:
Simples: apenas um bem jurídico. Ex.: homicídio.
Complexo: dois ou mais bens jurídicos. Ex.: latrocínio.
Quanto à intenção:
Culposos (art. 18,II CP) : consiste numa conduta voluntária que realiza um fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi por ele previsto ou lhe era previsível e que podia ser evitado se o agente atuasse com o devido cuidado.
Dolosos (art. 18,I CP): é aquele em que o agente prevê o resultado lesivo de sua conduta e, mesmo assim, leva-a adiante, produzindo o resultado.
Preterdolosos (art. 19 CP): o agente pratica um crime distinto do que havia projetado cometer, advindo resultado mais grave, decorrência de negligência, imprudência ou imperícia. 
Quanto a pluralidade de ações:
Unissubsitente: é o que se perfaz com um único ato (ex.: injúria verbal). Não admite a tentativa. 
Plurissubistente: é o que exige mais de um ato para a sua realização (ex.: estelionato). 
Quanto à pluralidade de agentes:
Monosubjetivo: cometido por um único agente.
Plurisubjetivo: exige que mais de um agente pratique o crime.
Outras classificações:
Crimes multitudinários: é o cometido por influência de uma multidão em tumulto (ex.: linchamento). 
Crime falho: é o nome que se dá à tentativa perfeita ou acabada, em que se esgota a atividade executória sem que se tenha produzido o resultado (ex.: agente desfere contra a vítima todas as balas existentes no tambor de seu revólver mas não consegue matá-la como pretendia). 
Crime vago: é aquele que tem por sujeito passivo entidade sem personalidade jurídica (ex.: art. 233 – crime de ato obsceno – o sujeito passivo é a coletividade em seu pudor). 
Crime de atentado: ocorre nos tipos legais que preveem a punição da tentativa com a mesma pena do crime consumado (ex.: art. 309 do Código Eleitoral – votar ou tentar votar duas vezes).
Crime transeunte: é o que não deixa vestígios.
Crime não transeunte: é o que deixa vestígios.
QUESTIONÁRIO
Assinale a alternativa correta.
 
a) São considerados crimes próprios os delitos que podem ser realizados por qualquer pessoa, enquanto os crimes comuns, exige-se sujeito ativo especial ou qualificado.
b) São considerados crimes comuns os delitos que podem ser realizados por qualquer pessoa, enquanto os crimes próprios, exige-se sujeito ativo especial ou qualificado.
c) São considerados crimes comuns aqueles que são habitualemente realizados, enquanto os crimes próprios, são os realizados com menor freqüência.
d) São considerados crimes próprios aqueles que sãohabitualementerealizados, enquanto os crimes comuns, são os realizados com menorfreqüência.
Os crimes comuns não exigem do agente uma qualidade especial, portanto, qualquer um poderá se enquadrar nesse tipo de crime (por exemplo: roubo, furto, homicídio etc). 
No entanto, os crimes próprios só podem ser realizados por um sujeito que tenha uma qualidade especial descrita na norma penal (por exemplo: mulher no auto-aborto, mãe no infanticídio, funcionário público no peculato etc).
 Quantoaos crimes instantâneos. Considere as seguintes afirmações:
I - São aqueles cuja consumação se dá com uma única conduta; 
II - Produzem efeitos prolongado no tempo; 
III - Não produzem efeitos prolongados no tempo; 
IV - São aqueles cuja consumação exige qualidade especial do agente.
 
a) As assertivas I e III estão corretas.
b) As assertivas I, III e IV estão corretas.
c) As assertivas II e IV estão corretas.
d) As assertivas I, II e IV estão corretas.
"Os crimes instantâneos são aqueles cuja consumação se dá com uma única conduta e não produzem um resultado prolongado no tempo. Assim, ainda que a ação possa serarrastada no tempo, o resultado sempre é instantâneo". Guilherme de Souza Nucci.
 Quantoaos crimes permanentes. Considere as afirmações: 
I - Não se relaciona com o tempo;
II - Caracterizam-se com uma única conduta, porém seus efeitos perduram no tempo;
III - O homicídio e o roubo seguido de morte (latrocínio) não são crimes permanentes.
 
a) Somente a assertiva II está correta.
b) As assertivas I e III estão incorretas.
c) As assertivas II e III estão corretas.
d) Todas estão incorretas.
Os crimes permantentes são aqueles que se prolongam no tempo, ou seja, sua consumação só se dará quando cessarem os efeitos da conduta delitiva, por vontade ou não do agente. Por exemplo: Seqüestro ou cárcere privado, nota-se que enquanto os agentes tiverem sob seu poder a vítima, o crime estará sendo cometido, ou seja, em andamento, por isso são crimes permantentes.
O homicídio e o latrocínio são crimes instantâneos, pois a conduta do agente criminoso se dará no ato de sua efetiva execução e se caracterizará neste mesmo ato. Enquanto os crimes permantentes, a situação antijurídica gerada se prolonga no tempo até quando queira o agente (caso não exista intervenção de terceiros, alheia a vontade do agente, por exemplo a polícia).
Assinale a alternativa correta.
 
a) Crimes comissivos são os cometidos por intermédio de uma comissão.
b) Crimes comissivos são os cometidos por intermédio de uma omissão.
c) Crimes comissivos são os cometidos por intermédio de uma ação.
d) Nenhuma está correta.
 Os delitos comissivos são aqueles que são cometidos por intermédio de uma ação. Por exemplo: estrupo, injúria, roubo etc).
 
Assinale a alternativa INCORRETA.
Os crimes de dano:
 
a) São os que se consumam com a efetiva lesão a um bem jurídico tutelado.
b) Trata da ocorrência de um prejuízo perceptível pelos sentidos humanos.
c) Constituem um dano efetivo ao bem jurídico protegido pela norma penal.
d) Todas as afirmações estão incorretas.
Esta questão é a típica "pegadinha" dos concursos. O que foi pedido é que fosse assinalada a alternativa incorreta e esta é a alternativa "D". Pois todas estão corretas, exceto a alternativa que diz que estão todas incorretas.
É um jogo de palavras que deve ser prestado atenção nos concursos.
Parabéns aquele que assinalou a alternativa correta. 
Explicação da questão - As alternativas "A" e "B" se interligadas, definirão o conceito de crimes de dano, sendo que a alternativa "C" é o mesmo do que está descrito na alternativa "A", porém em outras palavras.
Assinale a alternativa que se apresente a mais correta.
 
a) Os crimesunissubjetivossomente podem ser praticados por uma só pessoa e, osplurisubjetivossó podem ser cometidos por duas ou mais pessoas.
b) Os crimes plurissubjetivos admitem concurso de agentes.
c) A rixa é um crime unissubjetivo, pois cada um é responsabilizado por seus próprios atos.
d) O homicídio é um crime necessariamenteplurissubjetivo, pois sempre existirá o agente e a vítima, indicando assim, duas ou mais pessoas.
A própria conceituação básica está na resposta correta desta questão:
Crime Unissubjetivo: São os crimes que somente poderão ser cometidos por um único agente. Por exemplo: homicídio, aborto, extorsão, entre outros).
Crime Plussubjetivo: São os crimes que necessariamente, para se classificar deste modo, precisam ter dois ou mais agentes cometendo crime. Por exemplo: rixa, quadrilha ou bando, bigamia, entre outros).
Obs.: Não confundir Crime Plurissubjetivo com Concurso de Agentes. Os crimes plurissubjetivos exigem a participação de dois ou mais autores para a configuração do crime, ou seja, já está tipificado na norma penal a pluralidade de agentes para atingir a norma penal (rixa, quadrilha etc), no entanto, nos crimes unissubjetivos, quando na prática é cometido por dois ou mais agentes, a regra do artigo 29 será utilizada para tipificar todas as condutas, pois cada um contribuiu de um modo para o delito, sendo assim, a soma de todas essas manifestações criminosas atingem a figura típica total. Portanto, pode-se dizer que o Concurso de agentes, recai, somente, nos crimes unissubjetivos, pois nos crimes plurissubjetivos a norma penal já descreve a pluralidade de agentes, não sendo necessária a vinculação da regra do artigo 29 do CP (Concurso de Agentes).
Quanto aos crimes progressivos, assinale a alternativa incorreta:
 
a) Não se relacionam em nenhuma forma com os crimes complexos.
b) Quando um tipo penal tacitamente envolve o outro é considerado como crime progressivo.
c) Está contido no homicídio o crime de lesão corporal.
d) A alternativa "A" está incorreta.
A resposta certa é a letra A. Os crimes progressivos são aqueles que a norma penal tacitamente engloba outra, permanecendo a conduta mais gravosa (pois a menos grave está contida na mais grave).
As respostas "B", "C" e "D" estão corretas, portanto a alternativa INCORRETA, como foi pedido, é a alternativa "A".
A alternativa "D" está indicando a resposta que deveria ser feita, pois ela está correta.
Assinale a alternativa correta.
 
a) Os crimes condicionados admitem a tentativa.
b) Os crimes de atentado admitem a tentativa.
c) Os crimes condicionados são os que dependem de uma condição qualquer, prevista no tipo ou não, para se configurarem.
d) Todas estão corretas.
 A resposta certa é a letra C. 
O conceito de crimes condicionados está descrito na alternativa correta. Exemplo desses crimes: delito de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio depende do advento do suicídio ou, em caso de tentativa de suicídio, da ocorrência de lesões graves para a vítima (art. 122, CP). Não admitem tentativa.
CONCEPÇÕES:
Tripartite:
Crime= fato típico + antijuricidade + culpabilidade.
 
Bipartite: (adotada pelo nosso CP) 
Crime= fato típico + antijuricidade.
 
ESTRUTURA DA INFRAÇÃO PENAL
Neste caso a culpabilidade é mero pressuposto para aplicação da pena
FATO TÍPICO:
Conceito de Rogério Sanches:
 
Elementos:
Conduta;
Nexo causal;
Resultado;
Tipicidade.
CONDUTA: ação ou omissão voluntária, dolosa ou culposa, direcionada a um resultado típico.
Formas:
Dolosa;
Culposa;
Comissiva;
Omissiva.
DOLO (art. 18, I CP): 
componente subjetivo implícito da conduta, composto de dois elementos: volitivo (vontade) e intelectivo (consciência da conduta e do resultado). Portanto é a vontade e consciência dirigidas a realizar a conduta prevista no tipo penal incriminador.
Espécies:
Dolo direto: vontade consciente de praticar a conduta delituosa.
Dolo indireto: está presente a vontade parcial do agente, o qual assume o risco do resultado, sem direcionar sua vontade para um objeto específico. O dolo Indireto pode ser dividido em alternativo ou eventual.
Dolo Alternativo – A ação praticada pode fornecer mais de um resultado (lesionar ou matar).
Dolo Eventual: mesmo que o agente não queira, por sua vontade, a efetividade do resultado, assume o risco eventual de sua ação.
Preterdolo – Existência de dolo e culpa; encontrando-se o dolo na prática delituosa antecedente, e a culpa, na prática consequente. Exemplo: latrocínio (roubo seguido de morte).
DOLO EVENTUAL ≠ CULPA CONSCIENTE 
Assumir o risco de produzir o resultado.
O agente acredita que com sua habilidade não irá provocar evento danoso.
Teorias:
Vontade: dolo é a vontade consciente de querer praticar a infração penal.
Representação: dolo é a previsão do resultado como possível.
Consentimento ou assentimento: o agente assume o risco de produzir o resultado.
O CP adotou em seu art. 18 as teorias da vontade e de consentimento.
Uma pessoa maior de dezoito anos, com plena capacidade mental e psicológica, ao passar na rua por uma idosa, resolveu fazer uma brincadeira e soltou um rato
domesticado perto dela, que se assustou com o animal e resolveu correr, momento em que tropeçou, bateu a cabeça e veio a óbito.
Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta.
 a) O maior de dezoito anos é ao mesmo tempo sujeito ativoe passivo, uma vez que acabou prejudicado com a reação da idosa, pois não tinha a intenção de matá-la.
 b) Há licitude na conduta do agente, pois ele não tinha a intenção de matar a idosa.
 c) Há tipicidade penal na conduta do maior de dezoito anos no resultado da morte da idosa.
 d) A idosa é sujeito ativo do fato criminoso.
 e) No caso, não haverá culpabilidade, uma vez que o sujeito passivo é idoso.
QUESTIONÁRIO
Aquele que assume o risco de produzir um resultado criminoso comete crime movido por:
 a) culpa.
 b) imprudência.
 c) dolo.
 d) imperícia.
 e) negligência.
Há algum ponto de semelhança entre condutas praticadas com culpa consciente e dolo eventual? Aponte a alternativa correta.
 a) Sim. Tanto na culpa consciente quanto no dolo eventual há a aceitação do resultado
 b) Sim. Tanto na culpa consciente quanto no dolo eventual o agente prevê o resultado.
 c) Não. Não há nenhum ponto de semelhança nas condutas em questão
 d) Sim. Em ambas o elemento subjetivo da conduta é o dolo.
 e) Não Pois a aceitação do resultado na culpa consciente é elemento normativo da conduta.
CULPA (art. 18, II CP):
Conduta humana voluntária
Quando alguém quer cometer um delito ou assume o risco de cometê-lo, ele estará agindo dolosamente. 
Mas se ele cometeu o crime apenas por negligência,  imprudência  ou imperícia, ele estará agindo culposamente.
Assim, se Pedrinho dá um tiro em Zezinho, ele agiu dolosamente, pois quis matá-lo. Se pega um revólver, retira a metade dos projéteis, coloca-o contra a cabeça de Zezinho e diz que vai brincar de roleta-russa, aperta o gatilho e o mata, ele pode até não ter querido matá-lo, mas assumiu o risco de fazê-lo e, por isso, terá agido dolosamente, pois ninguém em sã consciência brinca de roleta-russa sem saber que está assumindo o risco de fazer a arma disparar.
Por outro lado, se Mariazinha deixa seu revólver cair da bolsa sem querer, e ao bater no chão ele dispara e mata Rosinha, ela não desejou e nem assumiu o risco de matar Rosinha, mas agiu com imprudência, pois ninguém deveria andar com uma arma destravada em uma bolsa.
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO CRIME CULPOSO:
Conduta humana involuntária.
Violação de um dever de cuidado objetivo:
Imprudência: o agente atua com precipitação, sem os cuidados que o caso requer.
Negligência: ausência de precaução .
Imperícia: falta de aptidão técnica. 
Resultado naturalístico involuntário.
Nexo entre a conduta e o resultado.
Resultado involuntário (previsível).
Tipicidade.
			
ESPECIES:
Culpa consciente: o agente prevê o resultado, mas acredita que com sua habilidade não irá provocar o resultado danoso ou lesivo.
Culpa inconsciente: aquela que o agente não tem qualquer previsão do resultado, embora seja previsível.
Culpa própria: culpa comum.
Culpa imprópria (art. 20 § 1º CP): o agente deseja o resultado, mas só o deseja por engano ou precipitação, como no caso daquele que atira numa pessoa dentro de uma sala escura, pensando tratar-se de um ladrão, quando se tratava de um visitante (erro de tipo inescusável).
OBS:
Compensação de culpa
Concorrência de culpa
Crime preterdoloso
Em relação aos crimes dolosos e culposos, é correto afirmar:
 a) a culpa estará caracterizada se o agente previu o resultado e assumiu o risco de produzi-lo.
 b) o dolo estará caracterizado quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
 c) a culpa consciente estará caracterizada quando o agente assumiu o risco de produzir o resultado do crime.
 d) o dolo estará caracterizado se o agente previu o resultado, mas não assumiu o risco de produzi-lo.
 e) com fundamento na parte geral do Código Penal, o agente será responsabilizado pela prática de crime culposo se praticar uma conduta prevista na lei como crime doloso, mas tenha agido com imprudência, imperícia ou negligência, independentemente da previsão legal do crime na modalidade culposa.
QUESTIONÁRIO
Em relação ao dolo e a culpa é INCORRETO afirmar que:
 a) É justamente na previsibilidade dos acontecimentos e na ausência de previsão pelo agente que reside a conceituação da culpa penal.
 b) Enquanto no dolo direto o indivíduo age por causa do resultado, no eventual, age apesar do resultado.
 c) No campo penal, em razão da adoção da teoria da “compensação de culpas”, se dois agentes concorrem culposamente para um resultado ilícito, ambos serão, em tese, responsabilizados.
 d) Na culpa consciente, diferentemente do dolo eventual, o agente firme e deliberadamente age visando a obtenção do resultado ou assume o risco de produzi-lo.
 e) Dolo é o comportamento psíquico contrário à ordem jurídica e como tal deve ser aferido no momento do delito.
Há mera culpa consciente, e não dolo eventual, quando o agente:
 a) atua sem se dar conta de que sua conduta é perigosa, e de que desatende aos cuidados necessários para evitar a produção do resultado típico, por puro desleixo e desatenção.
 b) não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como possível ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado.
 c) conhece a periculosidade da sua conduta, prevê o resultado típico como possível, mas age deixando de observar a diligência a que estava obrigado, por confiar que este não se verificará.
 d) quer o resultado representado como fim de sua ação, sendo sua vontade dirigida à realização do fato típico.
 e) não dá causa ao resultado, do qual depende a existência do crime.
Sobre a classificação dos delitos como dolosos ou culposos, considere as afirmações abaixo. 
I - Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. 
II - O elemento diferenciador entre o dolo eventual e a culpa consciente é a previsão concreta e subjetiva do resultado. 
III - As penas abstratamente previstas para os delitos praticados com dolo direto são mais gravosas do que as previstas para os delitos praticados com dolo eventual, porquanto no primeiro caso o agente tem a intenção de produzir o resultado, enquanto que, no segundo, o agente apenas assume o risco da sua ocorrência. 
IV - O elemento diferenciador entre a culpa consciente e a culpa inconsciente é a previsibilidade objetiva do resultado. 
V - O ordenamento jurídico brasileiro adota o princípio da excepcionalidade do crime culposo. 
estão corretas? 
 a) Apenas I e II.
 b) Apenas I e V.
 c) Apenas III e V.
 d) Apenas I, II e IV.
 e) Apenas I, IV e V.
Com base nesse relato, o rapaz 
 a) responderá por crime doloso.
 b) responderá por crime culposo.
 c) responderá por crime preterdoloso.
 d) não será responsabilizado pelo crime, pois a vítima deu causa ao acidente.
 e) responderá pelo crime por dolo eventual.
A respeito do dolo e da culpa, considere: 
I. Presume-se a culpa do agente quando infringir disposição regulamentar. 
II. Para a existência de ilícito contravencional não se exige dolo, nem culpa, mas apenas ação ou omissão voluntária. 
III. Se a vítima e o agente tiverem culposamente dado causa ao evento, este somente será penalmente responsável se a sua culpa for mais grave que a daquela. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 a) I.
 b) II.
 c) I e II.
 d) I e III.
 e) II e III.
ESTRUTURA DO CRIME:
CRIME
FATO TÍPICO
ANTIJURCICIDADE
Conduta
Nexo causal
Resultado
Tipicidade 
Culpabilidade
Nexo causal
Conceito:
Relação de produção entre a causa eficiente e o efeito ocasionado, pouco importando se mediato ou imediato.
O CP adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais ou da conditio sine qua non: causa é tudo aquilo que contribui para o resultado
Concausas: mais de uma causa concorrente para o resultado.
NEXO CAUSAL:
liame entre a conduta e o resultado
ESPECIES: 
Absolutamente independentes: É a causa que teria acontecido, vindo a produzir o resultado, mesmo se não tivesse havido qualquer conduta por parte do agente.
Preexistente: ocorre antes da conduta do agente. 
Ex.: A dispara contra o peito de B e este vem a falecer,não em virtude do disparo, mas em virtude de ter ingerido veneno para se suicidar. B morreu envenenado. Como não podemos considerar a conduta de A como a causadora do evento morte, A somente responderá por seu dolo, ou seja, como não conseguiu alcançar o resultado em virtude de acontecimento alheio à sua vontade, responderá por tentativa de homicídio.
Concomitante – ocorre simultaneamente à conduta do agente.
 
Ex.: A e B, sem saberem um a intenção do outro, desejam matar C e atiram contra ele no exato momento. Se ambos os disparos o atingem, mas somente o de A vem a atingir seu coração, fazendo-o falecer, enquanto o de B atinge C no braço, B responderá por tentativa de homicídio (responde pelo dolo) e A responde por homicídio.
• Superveniente – a causa ocorre posteriormente à conduta do agente, e com ela não guarda relação de dependência alguma. 
Ex.: A atira em B e o atinge no peito. Logo após o tiro, o prédio no qual se encontravam vem a desabar. B morre em virtude do desabamento, e não em virtude do tiro. A responderá somente por seu dolo, por tentativa de homicídio. Se usarmos o método hipotético de eliminação de Thyrén, suprimindo a conduta de A, e mesmo assim verificarmos que o resultado ocorreria, a conduta de A não foi causadora do resultado.
Relativamente independentes: É a causa que somente tem a possibilidade de produzir o resultado se for conjugada com a conduta do agente. A ausência de qualquer uma delas faz com que o resultado seja modificado.
Preexistente – já existia antes do comportamento do agente e, quando com ele conjugada numa relação de complexidade, produz o resultado. 
Ex.: A quer matar B e, sabendo ser B hemofílico, nele desfere um golpe de faca em região não letal. B é levado ao hospital e, embora a facada não o pudesse matar se não fosse hemofílico, morre em decorrência das complicações trazidas pela doença. Se o agente queria matar = homicídio doloso. Se o agente queria lesionar = lesão corporal seguida de morte. Se o agente desconhecia a doença e não queria matar, não responde por tentativa de homicídio, mas por lesão corporal simples (não por lesão corporal seguida de morte porque o resultado morte não estava dentro de seu campo de previsibilidade).
Concomitante – é a causa que, ocorrendo numa relação de simultaneidade com a conduta doa gente, conjugada com a mesma é também considerada produtora do resultado. 
Ex.: A e B querem matar C e, cada um deles ministra quantidade insuficiente de veneno ao mesmo tempo. C vem a falecer envenenado. Embora suprimindo a conduta de A e, depois, de B, o resultado não se produza, as condutas se somaram para produzir o resultado. Assim, tanto A quanto B responderão por homicídio doloso qualificado. Não há co-autoria, pois não há vínculo subjetivo entre os autores, mas autoria colateral.
Superveniente – ocorre posteriormente à conduta do agente e com ela tem ligação.
O código diz, no §1o do artigo 13, que essas causas só excluem a imputação do agente quando, por si sós, produziriam o resultado.
Ex. clássico: A atira em B e este, vindo a ser socorrido, morre em razão de a ambulância ter colidido com um trem. Se retirarmos o disparo, a vítima não estaria na ambulância. Se retirarmos o acidente, mesmo se a vítima falecesse, o resultado não teria ocorrido COMO OCORREU.
QUESTIONÁRIO
Paulo foi até a casa de Pedro e ministrou-lhe dose letal de veneno, retirando-se, em seguida, do local. Antes de Pedro começar a sentir os efeitos do veneno, o teto do imóvel desabou e Pedro foi atingido por uma viga, vindo a falecer por traumatismo craneano. Nesse caso, Paulo
a) responde por tentativa de homicídio, pois causa superveniente por si só produziu o resultado.
 b) responde por homicídio porque deu início à execução desse delito, que veio a se consumar.
 c) responde por homicídio porque a causa superveniente encontrava-se na linha de desdobramento da sua conduta.
 d) não responde por nenhum delito porque o evento morte ocorreu em decorrência de causa superveniente absolutamente independente.
 e) responde por lesões corporais por ter feito Pedro ingerir substância nociva à sua saúde.
Abel, com intenção de matar, disparou um tiro de revólver contra Bruno, que foi socorrido e, dias depois, faleceu em decorrência do desabamento do prédio do hospital onde convalescia dos ferimentos causados pelo disparo. 
Carlos foi esfaqueado por Daniel, que pretendia matá-lo, e, embora tenha resistido às feridas, morreu dias depois, em decorrência de septicemia originada por infecção bacteriana contraída em razão dos ferimentos, apesar do rigoroso tratamento médico a que fora submetido. 
Fátima submeteu-se a uma cirurgia, após haver sido gravemente ferida por Eliana, que pretendia matá-la, e, já bastante debilitada pelos ferimentos sofridos, morreu em razão de hemorragia no curso do procedimento cirúrgico realizado por médico imperito. 
Considerando as situações hipotéticas acima apresentadas, assinale a opção correta.
 a) O médico imperito e Eliana, autora das lesões, podem responder, em concurso de pessoas, pelo resultado morte.
 b) Abel deve responder por homicídio, pois, se não houvesse disparado o tiro contra Bruno, este não teria sido internado no hospital e, portanto, não teria morrido em decorrência do desabamento do prédio.
 c) Daniel deve responder por tentativa de homicídio, pois a septicemia não foi, no caso em questão, decorrência natural dos ferimentos produzidos em Carlos.
 d) Eliana deve responder por homicídio se for comprovado que a hemorragia poderia ter sido contida, não fosse a gravidade do estado de Fátima, em decorrência da lesão produzida por Eliana.
“Alpha”, com intenção de matar, põe veneno na comida de “Beta”, seu desafeto. Este, quando já está tomando a refeição envenenada, vem a falecer exclusivamente em conseqüência de um desabamento do teto. 
No exemplo dado, é correto afirmar que “Alpha” responderá tão-somente por tentativa de homicídio, porquanto: 
 a) o desabamento é causa concomitante relativamente independente da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”. 
 b) o desabamento é causa superveniente relativamente independente da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”. 
 c) o desabamento do teto é causa superveniente absolutamente independente da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.
 d) o desabamento é causa concomitante absolutamente independente da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”. 
Na hipótese do sujeito, na condução de um ônibus pela via pública, colidir com um poste que sustenta fios elétricos, um dos quais, caindo ao chão, atinge um passageiro ileso e já fora do veículo, provocando a sua morte em decorrência da forte descarga elétrica recebida, corresponde a causa superveniente relativamente independente. 
 Certo       Errado
Júlio, com intenção de matar Maria, disparou tiros de revólver em sua direção. Socorrida, Maria foi conduzida, com vida, de ambulância, ao hospital; entretanto, no trajeto, o veículo foi abalroado pelo caminhão de José, que ultrapassara um sinal vermelho, tendo Maria falecido em razão do acidente. 
Nessa situação, Júlio deverá responder por tentativa de homicídio e José, por homicídio culposo.
Certo Errado
INTER CRIMINIS
Percurso percorrido pelo agente na prática do crime.
Fases:
Cogitação
Preparação
Execução
Resultado 
ARREPENDIMENTO EFICAZ: Art. 15 do CP
E quando o agente criminoso executa toda a ação criminosa, encerra os atos executórios e antes de acontecer o resultado delitivo, ele mesmo (o agente), se arrepende e evita o resultado. 
Ex: A sabendo que B não sabe nadar, derruba B na piscina com a intenção de matá-lo, porém se arrepende e salva B do resultado morte.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA: Art. 15 do CP
O agente desiste de prosseguir na execução, ou seja, ele mesmo, voluntariamente, interrompe a execução, só responde pelos atos já praticados. 
Não há defalar em desistência voluntaria, em crime unissubsistente, visto que é composto de um único ato.
Arrependimento Posterior – Art. 16 do CP
Ocorre após a consumação do crime, é uma causa obrigatória de redução de pena, porém são necessários alguns requisitos:
- A reparação do dano(ressarcimento) ou a restituição do objeto material
- É necessário que o ato seja voluntario, ainda que não seja espontâneo. 
- O ressarcimento deve ser feito até o recebimento da denúncia ou queixa
- Não pode ser aplicado nos casos de delitos praticados com violência ou grave ameaça. Todo crime com violência ou grave ameaça não terá a aplicação do arrependimento posterior.
QUESTIONÁRIO
Assinale a alternativa incorreta: 
 a) Segundo a sistemática do Código Penal, a desistência voluntária é compatível com a tentativa perfeita ou crime falho; 
 b) O chamado arrependimento posterior, nos moldes previstos no Código Penal, é causa de redução de pena; 
 c) Para que o agente somente responda pelos atos já praticados, o chamado arrependimento eficaz deve ser suficiente para impedir a ocorrência resultado, pouco importando, a voluntariedade do arrependimento do agente ou a reparação posterior do dano, caso o resultado venha a ocorrer;
 d) Segundo a doutrina, para a que ocorra a desistência voluntária ou o arrependimento eficaz, basta voluntariedade por parte do agente, não sendo exigida espontaneidade em sua decisão de abandonar a trajetória criminosa ou de impedir a ocorrência do resultado; 
 e) Pode-se afirmar que a desistência voluntária é incabível nos chamados crimes unissubsistentes.
Acerca da desistência voluntária, do arrependimento eficaz, do arrependimento posterior, do crime impossível e do crime preterdoloso, assinale a opção correta.
 a) O denominado crime impossível ocorre apenas na hipótese de absoluta ineficácia, no que se refere à produção do resultado desejado, do meio de execução utilizado pelo agente.
 b) Caracteriza-se crime preterdoloso ou preterintencional caso o agente cause um resultado mais grave que o desejado, em virtude da inobservância do cuidado objetivo necessário, inclusive na modalidade tentada.
 c) Em se tratando de crimes materiais, formais e de mera conduta, é possível a aplicação dos institutos da desistência voluntária e do arrependimento posterior.
 d) Para que fique caracterizado o arrependimento eficaz ou a desistência, a atitude do agente deve ser espontânea, ou seja, natural, sincera e verdadeira.
 e) O arrependimento posterior só pode ser aplicado se crime tiver sido cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa, se houver reparação do dano ou restituição do objeto material antes do recebimento da denúncia ou da queixa e se o ato do agente for voluntário.
Leandro desferiu cinco facadas contra o tórax de Régis, com intenção de matá-lo, executando, assim, o plano que havia elaborado. No entanto, ao sair do local, mudou de idéia e resolveu socorrer Leandro, levando-o ao hospital e evitando que ele falecesse. Nessa situação, a ação de Leandro caracteriza desistência voluntária, pois, já tendo ultimado o processo de execução do crime, desenvolveu voluntariamente nova atividade, impedindo a produção do resultado, razão por que responderá por lesão corporal.
 Certo       Errado
Na hipótese do sujeito, na condução de um ônibus pela via pública, colidir com um poste que sustenta fios elétricos, um dos quais, caindo ao chão, atinge um passageiro ileso e já fora do veículo, provocando a sua morte em decorrência da forte descarga elétrica recebida, corresponde a causa superveniente relativamente independente. 
Certo Errado
TENTATIVA
Não ocorrência do resultado por circunstâncias alheias à vontade do agente, o animus do agente é alcançar a consumação.
Elementos:
Inicio da execução;
Não consumação;
Interferência por circunstâncias alheias à vontade do agente.
FORMAS:
Imperfeita: não há conclusão da conduta.
Perfeita: há a conclusão da conduta, porém não se alcança o resultado (crime falho).
Branca ou incruenta: não há lesão ao bem jurídico.
Cruenta: há lesão ao bem jurídico.
CRIME IMPOSSÍVEL
Forma como o agente executa o crime por um meio ineficaz ou pela absoluta impropriedade do objeto.
ANTIJURICIDADE OU ILICITUDE
“É a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta e o ordenamento jurídico.”
“Além da relação de contrariedade entre a conduta do agente e a norma (ilicitude formal), é preciso que essa conduta possa, de alguma forma, causar lesão ou expor a perigo de lesão um bem jurídico tutelado (ilicitude material).”
ROGÉRIO GRECO, pág. 310.
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE
IMPLICAÇÕES:
Estado de Necessidade: art. 24 CP
Perigo provocado pelo agente> GRECO pág. 320,321.
Razoabilidade do sacrifício do bem> GRECO pág. 325.
Dever legal de enfrentar o perigo> pág. 326.
Aberratio e estado de necessidade> pág. 329.
Estado de necessidade putativo> pág. 330.
LEGÍTIMA DEFESA
Provocação para criação de situação de legítima defesa> pág. 341.
Moderação no uso dos meios necessários> pág. 343.
Atualidade ou iminência de agressão> pág. 344.
Excesso na legítima defesa> pág. 352.
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
QUESTIONÁRIO:
NÃO constitui uma causa de exclusão de antijuridicidade ou de ilicitude: 
 a) O estado de necessidade.
 b) A legítima defesa.
 c) O desconhecimento da lei penal.
 d) O estrito cumprimento do dever legal.
 e) O exercício regular de direito.
Considere que João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um desconhecido, também maior e capaz, comece a bater, moderadamente, na cabeça do agressor com um guarda - chuva e continue desferindo nele vários golpes, mesmo estando o desconhecido desacordado. Nessa situação hipotética, João incorre em excesso intensivo.
 Certo       Errado
Sobre o tratamento que o Código Penal dá à legítima defesa e ao estado de necessidade, marque a alternativa INCORRETA. 
 a) Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
 b) No caso do estado de necessidade, embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser a metade. 
 c) Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 d) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
Assinale a alternativa correta a respeito das excludentes de antijuridicidade previstas no Código Penal.
 a) Ao agir em estrito cumprimento de dever legal, o agente não responderá pelo excesso culposo, e, sim, apenas pelo excesso doloso.
 b) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que provocou por sua vontade e podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
 c) A alegação do estado de necessidade independe do fato de o agente ter o dever legal de enfrentar o perigo.
 d) Em qualquer das hipóteses de excludente de antijuridicidade, previstas na Parte Geral do Código Penal, o agente responderá pelo excesso doloso ou culposo.
 e) Para a caracterização da legítima defesa, basta que o agente demonstre ter repelido uma injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Considere que Júlio, agindo em legítima defesa contra Celso, atinja, por erro na execução - aberratio ictus -, Fátima, que esteja passando pelo local no momento e que não tenha relação com os contendores, causando-lhe lesões graves. Nessa situação hipotética, ainda que Júlio seja absolvido penalmente, haverá o dever de reparar os danos materiais e morais causados a Fátima, com o direito de regresso em face de Celso.
 Certo       Errado
CONCURSO DE PESSOAS (art. 29 CP)
Reunião ou concurso de duas ou mais pessoas para praticarum delito.
Co-delinquência:
Crimes monossubjetivos ou de concurso eventual.
Crimes plurissubjetivos ou de concurso necessário.
FORMAS/SUJEITOS:
Autoria/Autor/Co-autoria/co-autor: pratica a conduta descrita no tipo (núcleo) penal.
Participação/Partícipe: pratica a conduta acessória.
Autoria Mediata: autoria onde alguém aproveitando-se da ausência de discernimento ou capacidade do agente coloca-o na execução do delito.
Autoria Incerta: não há como identificar qual agente praticou a conduta considerada causadora da consumação do delito. Ambos responderão pelo crime na modalidade tentada.
Autoria Colateral: doutrinalmente, é modalidade de autoria incerta, onde é possível identificar a conduta e o resultado produzido por cada agente.
Autoria Desconhecida: quando não se conhece a autoria.
TEORIAS:
REQUISITOS:
Pluralidade de Condutas
Relevância Causal
Liame subjetivo ou Concurso de vontades
Identidade de infração para todos
QUESTIONÁRIO:
 
Pode-se dizer que:
a) Co-autoria e participação são a mesma forma de concurso de pessoas.
b) Na co-autoria os agentes contribuem para a realização do delito, enquanto na participação, eles realizam a conduta típica do crime.
c) Na participação, os agentes não cometem o comportamento descrito pelo tipo penal, mas concorrem para a realização do delito. Já na co-autoria, os agentes realizam a conduta típica.
d) Aco-autoriae a participação só ocorrem no concurso necessário.
Na co-autoria, os agentes realizam a conduta descrita pela figura típica. Na participação, os agentes contribuem para a formação do delito. Desta forma a alternativa "C" está correta.
Analise as seguintes afirmações sobre autoria mediata:
I - Exige pluralidade de pessoas.
II - Não admite a participação entre o autor e terceiro.
III - O autor pode aproveitar-se do executor por sua ausência de capacidade penal, inimputabilidade por doença mental ou por sua obediência hierárquica.
 
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas I e III estão corretas.
c) As alternativas II e III estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
Na autoria mediata, o autor faz com que o executor pratique a conduta delituosa levado a erro de tipo essencial, ou aproveitando-se de sua inimputabilidade por doença mental, entre outros casos. Assim, a autoria mediata exige pluralidade de pessoas, mas, não há concurso entre o autor mediato, responsável pelo crime, e o executor material do fato. No entanto, é possível participação entre o autor mediato e terceiro.
No decorrer do crime, o partícipe se arrepende e consegue impedir a consumação do delito. O partícipe:
a) Não responderá pela tentativa, apenas se responsabilizará pelos atos anteriores à desistência voluntária ou arrependimento eficaz.
b) Responderá pelo crime na forma consumada, por já ter iniciado a execução do crime.
c) Responderá pelo crime na forma tentada, uma vez que teve a intenção de praticá-lo.
d) Não responderá nem pelo crime nem pelos atos praticados anteriormente à desistência.
De acordo com o art. 15, do CP, "o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados".
No caso de dois sujeitos, sem saber, atirarem em uma mesma pessoa e esta vier a falecer em decorrência dos ferimentos produzidos pelo projétil de uma das armas, ficando impossível saber de qual delas o objeto foi disparado, deve-se:
a) Condenar ambos pelo crime de homicídio consumado.
b) Absolver ambos.
c) Condenar ambos pelo crime de homicídio na sua forma privilegiada.
d) Condenar ambos pelo crime de homicídio na sua forma tentada.
A autoria incerta ocorre quando na autoria colateral não se apura a quem atribuir a produção do evento. Além disso, os agentes desconhecem as condutas paralelas e convergentes. Desse modo, ambos devem responder pelo crime em sua forma tentada, uma vez que não é possível distinguir qual dos dois sujeitos é o autor do crime, aplicando-se, desta forma, o princípio do "in dubio pro reo".
	Roberto e Carla pretendem matar Marcelo com tiros de revólver, e, para isso, postam-se de emboscada, ignorando cada um o comportamento do outro. Ambos atiram na vítima, que falece em consequência dos ferimentos causados pelos projéteis disparados pela arma de Roberto. Nessa situação, Roberto e Carla respondem por homicídio consumado, em face da co-autoria.
 Certo       Errado
Uma mulher caminhava pela rua quando foi abordada por dois homens. Enquanto um lhe apontava um revólver e mandava que ela ficasse em silêncio, outro veio por trás e lhe arrancou a bolsa.Em seguida, os dois correram para um carro,dirigido por um terceiro homem, que os aguardava para lhes dar fuga.Sabendo que o art. 157 do Código Penal define roubo como a ação de “subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”,no caso de prisão dos criminosos ainda portando a bolsa com todos os seus pertences, deve o delegado instaurar inquérito e indiciar: 
 a) como coautores do roubo, o homem que apontou a arma e o que arrancou a bolsa, sendo o motorista do carro apenas um partícipe. 
 b) como autor do roubo apenas o homem que apontou a arma, porque foi ele quem praticou a violência, figurando os demais como seus partícipes. 
 c) como autor do roubo apenas o homem que arrancou a bolsa, porque realizou o núcleo do tipo, figurando os demais como seus partícipes. 
 d) os três envolvidos como coautores diretos do roubo, porque todos concorreram para a execução material do núcleo do tipo. 
 e) os três envolvidos como coautores do roubo, por se constatar a execução do crime mediante divisão de tarefas.
Suponha que Cláudio, servidor lotado em uma escola pública, tenha convidado o seu vizinho, que está desempregado e tem conhecimento do cargo ocupado por Cláudio, para, à noite, subtraírem dois novos computadores que haviam chegado àquela unidade de ensino. Nessa situação, consumado o delito, Cláudio, por ser servidor público, deverá responder pela prática do crime de peculato e seu vizinho, por furto.
 Certo       Errado

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