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Anatomia apostila Sistema Cardiovascular

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a. ANATOMIA
1 - Coronária Direita
2 - Coronária
Descendente Anterior
Esquerda
3 - Coronária
Circunflexa Esquerda
4 - Veia Cava Superior
5 - Veia Cava Inferior
6 - Aorta
7 - Artéria Pulmonar
8 - Veias Pulmonares
9 - Átrio Direito
10 - Ventrículo Direito
11 - Átrio Esquerdo
12 - Ventrículo
Esquerdo
13 - Músculos
Papilares
14 - Cordoalhas
Tendíneas
15 - Válvula
Tricúspide
16 - Válvula Mitra
17 - Válvula Pulmonar
Como somos
complexos seres
multicelulares e como
todas as nossas células,
enquanto vivas,
desempenhando suas
funções, necessitam
constantemente de
nutrição, oxigênio e demais substâncias, é necessário um
bombeamento contínuo do sangue por toda a vasta rede
vascular que possuímos. Tal bombeamento é feito, o tempo
todo, através de uma bomba muscular, que se encontra
funcionando desde a nossa vida embrionária.
O coração pode ser, portanto, considerado como
uma importante bomba muscular.
Como podemos observar na ilustração ao lado, o
nosso coração possui 4 cavidades: 2 átrios e 2 ventrículos.
Através das 2 veias cavas (inferior e superior) o
sangue, venoso, chega ao coração proveniente da grande
circulação sistêmica. O coração recebe este sangue através
do átrio direito.
IX – O Sistema Cardiovascular
Do átrio direito o sangue, rapidamente, vai
passando ao ventrículo direito. Cerca de 70% do
enchimento ventricular se faz mesmo antes da contração
atrial. Durante a contração atrial completa-se o enchimento
ventricular.
Logo em seguida, com a sístole ventricular, uma
boa quantidade de sangue venoso do ventrículo direito é
ejetado para a artéria pulmonar. Desta, o sangue segue
para uma grande rede de capilares pulmonares. Ao passar
através dos capilares pulmonares as moléculas de
hemoglobina presentes no interior das hemácias vão
recebendo moléculas de oxigênio que se difundem do
interior dos alvéolos, através da membrana respiratória,
para o interior dos capilares pulmonares e interior das
hemácias. O gás carbônico, ao mesmo tempo, se difunde
em direção contrária, isto é, do interior dos capilares
pulmonares para o interior dos alvéolos. Desta maneira o
sangue se torna mais enriquecido de oxigênio e menos
saturado de gás carbônico.
Este sangue volta então, mais rico em oxigênio, ao
coração. Através das veias pulmonares o sangue atinge o
átrio esquerdo e vai rapidamente passando ao ventrículo
esquerdo. Com a sístole atrial uma quantidade adicional de
sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo,
completando o enchimento deste.
Em seguida, com uma nova sístole ventricular, o
sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a artéria aorta
e desta será distribuído, por uma enorme rede vascular, por
toda a circulação sistêmica.
Após deixar uma boa quantidade de oxigênio nos
tecidos, o sangue retorna mais pobre em oxigênio do
mesmos, é coletado pelas grandes e calibrosas veias cavas,
por onde retorna ao coração, no átrio direito.
Um jovem saudável, em repouso, apresenta
aproximadamente os seguintes volumes de sangue nas
câmaras ventriculares:
Volume Diastólico Final (o volume de
sangue que se encontra em cada câmara
ventricular ao final de uma diástole): 120
a 130 ml.
Volume Sistólico Final (o volume de
sangue que se encontra em cada câmara
ventricular ao final de uma sístole): 50 a
60 ml.
Volume Sistólico ou Débito Sistólico (o
volume de sangue ejetado por cada
câmara ventricular durante uma sístole):
70 ml.
Se, durante 1 minuto, um adulto normal em
repouso apresenta aproximadamente 70 ciclos (sístoles e
diástoles) cardíacos e se, a cada ciclo, aproximadamente 70
ml. de sangue são ejetados numa sístole, podemos concluir
que, durante 1 minuto, aproximadamente 5 litros (70 x 70
ml.) de sangue são ejetados por cada ventrículo a cada
minuto. O volume de sangue ejetado por cada ventrículo a
cada minuto é denominado Débito Cardíaco (DC).
b. REGULAÇÃO DA ATIVIDADE
CARDÍACA
Conforme foi dito, o coração, num adulto jovem
saudável e em repouso ejeta, a cada minuto,
aproximadamente 5 litros de sangue através de cada
câmara ventricular.
Mas acontece que, ao se praticar alguma atividade
física mais intensa, com a dilatação acentuada de diversos
vasos sanguíneos na musculatura esquelética, uma
quantidade bem maior de sangue passa a retornar ao
coração. O coração então, nessas ocasiões, passa também a
 
Lei de Frank-Starling: 
Estabelece que o 
coração, dentro de limites 
fisiológicos, é capaz de 
ejetar todo o volume de 
sangue que recebe 
proveniente do retorno 
venoso. 
Podemos então 
concluir que o coração 
pode regular sua atividade 
a cada momento, seja 
aumentando o débito 
cardíaco, seja reduzindo-o, 
de acordo com a 
necessidade. 
 
ejetar a mesma quantidade através de seus ventrículos e
evitando assim a ocorrência de uma estase sanguínea. Em
determinados momentos, com atividade física intensa, o
volume de sangue que retorna ao coração chega até a
aproximadamente 25 litros por minuto e, ainda assim,
muitas vezes o coração é capaz de bombear todo este
volume.
Vejamos, portanto, de que forma o coração
controla sua atividade:
Controle da Atividade Cardíaca:
O controle da atividade cardíaca se faz tanto de
forma intrínseca como também de forma extrínseca.
Controle Intrínseco:
ƒ Ao receber maior volume de sangue proveniente
do retorno venoso, as fibras musculares cardíacas
se tornam mais distendidas devido ao maior
enchimento de suas câmaras. Isso faz com que, ao
se contraírem durante a sístole, o fazem com uma
maior força. Uma maior força de contração,
conseqüentemente, aumenta o volume de sangue
ejetado a cada sístole (Volume Sistólico).
Aumentando o volume sistólico aumenta também,
como conseqüência, o Débito Cardíaco (DC = VS
x FC).
Outra forma de controle intrínseco:
ƒ Ao receber maior volume de sangue proveniente
do retorno venoso,
as fibras
musculares
cardíacas se tornam
mais distendidas
devido ao maior
enchimento de suas
câmaras, inclusive
as fibras de
Purkinje. As fibras
de Purkinje, mais
distendidas,
tornam-se mais
excitáveis. A maior
excitabilidade das
mesmas acaba
acarretando uma
maior freqüência
de descarga rítmica
na despolarização
espontânea de tais
fibras. Como
conseqüência, um
aumento na
Freqüência
Cardíaca se
verifica. O aumento na Freqüência Cardíaca faz
com que ocorra também um aumento no Débito
Cardíaco (DC = VS X FC).
Controle extrínseco:
Além do controle intrínseco o coração também
pode aumentar ou reduzir sua atividade dependendo do
grau de atividade do Sistema Nervoso Autônomo (SNA).
O Sistema Nervoso Autônomo, de forma
automática e independendo de nossa vontade consciente,
exerce influência no funcionamento de diversos tecidos do
nosso corpo através dos mediadores químicos liberados
pelas terminações de seus 2 tipos de fibras: Simpáticas e
Parassimpáticas.
As fibras simpáticas, na sua quase totalidade,
liberam noradrenalina. Ao mesmo tempo, fazendo também
parte do Sistema Nervoso Autônomo Simpático, a medula
das glândulas suprarrenais libera uma considerável
quantidade de adrenalina na circulação.
Já as fibras parassimpáticas, todas, liberam um
outro mediador químico em suas terminações: acetilcolina.
ƒ Um predomínio da atividade simpática do
SNA provoca, no coração, um significativo
aumento tanto na freqüência cardíaca como
também na força de contração. Como
conseqüência ocorre um considerável
aumento no débito cardíaco.
ƒ Já um predomínio da atividade
parassimpática do SNA, com a liberação de
acetilcolina pelas suas terminações nervosas,
provoca um efeito oposto no coração: redução
na freqüência cardíaca e redução na força de
contração. Como conseqüência, redução
considerável no débito cardíaco.
Sabemos que o tecido cardíaco apresenta 2 tipos de
receptores químicos:
Receptores β1 e γ:
Substâncias β? agonistas provocam um aumento
na freqüência cardíaca e um aumento naforça de
contração.
Substâncias γ agonistas, ao contrário, provocam
uma redução na freqüência cardíaca e uma redução na
força de contração.
c. SISTEMA DE PURKINJE
A ritmicidade própria do coração, assim como o
sincronismo na contração de suas câmaras, é feito graças
um interessante sistema condutor e excitatório presente no
tecido cardíaco: O Sistema de Purkinje. Este sistema é
formado por fibras auto-excitáveis e que se distribuem de
forma bastante organizada pela massa muscular cardíaca.
Podemos conferir, na ilustração abaixo, como se
distribuem as diversas fibras que formam o Sistema de
Purkinje:
ƒ Nodo Sino-Atrial (SA): Também chamado nodo
Sinusal, é de onde partem os impulsos, a cada ciclo,
que se distribuem por todo o restante do coração. Por
isso pode ser considerado o nosso marcapasso natural.
Localiza-se na parede lateral do átrio direito, próximo
à abertura da veia cava superior. Apresenta uma
freqüência de descarga rítmica de aproximadamente
70 despolarizações (e repolarizações) a cada minuto. A
cada despolarização forma-se uma onda de impulso
que se distribui, a partir deste nodo, por toda a massa
muscular que forma o sincício atrial, provocando a
contração do mesmo. Cerca de 0,04 segundos após a
partida do impulso do nodo SA, através de fibras
denominadas internodais, o impulso chega ao Nodo
AV.
ƒ Nodo Atrioventricular (AV): Chegando o impulso a
este nodo, demorará aproximadamente 0,12 segundos
para seguir em frente e atingir o Feixe AV, que vem
logo a seguir. Portanto este nodo, localizado em uma
região bem baixa do sincício atrial, tem por função
principal retardar a passagem do impulso antes que o
mesmo atinja o sincício ventricular. Isto é necessário
para que o enchimento das câmaras ventriculares
ocorra antes da contração das mesmas, pois, no
momento em que as câmaras atriais estariam em
sístole (contraídas), as ventriculares ainda estariam em
diástole (relaxadas). Após a passagem, lenta, através
do nodo AV, o impulso segue em frente e atinge o feixe
AV.
ƒ Feixe AV: Através do mesmo o impulso segue com
grande rapidez em frente e atinge um segmento que se
divide em 2 ramos:
ƒ Ramos Direito e Esquerdo do Feixe de Hiss: Através
destes ramos, paralelamente, o impulso segue com
grande rapidez em direção ao ápice do coração,
acompanhando o septo interventricular. Ao atingir o
ápice do coração, cada ramo segue, numa volta de
quase 180 graus, em direção à base do coração, desta
vez seguindo a parede lateral de cada ventrículo. Note
que cada ramo emite uma grande quantidade de
ramificações. Estas têm por finalidade otimizar a
chegada dos impulsos através da maior quantidade
possível e no mais curto espaço de tempo possível por
todo o sincício ventricular. Com a chegada dos
impulsos no sincício ventricular, rapidamente e com
uma grande força, ocorre a contração de todas as suas
fibras. A contração das câmaras ventriculares reduz
acentuadamente o volume das mesmas, o que faz com
que um considerável volume de sangue seja ejetado, do
ventrículo direito para a artéria pulmonar e, do
ventrículo esquerdo para a artéria aorta.
75
Algo interessante de se verificar no músculo
cardíaco é a forma como suas fibras se dispõem, umas
junto às outras, juntando-se e separando-se entre si, como
podemos observar na ilustração ao lado.
Uma grande vantagem neste tipo de disposição de
fibras é que o impulso, uma vez atingindo uma célula,
passa com grande facilidade às outras que compõem o
mesmo conjunto, atingindo-o por completo após alguns
centésimos de segundos. A este conjunto de fibras, unidas
entre si, damos o nome de sincício. Portanto podemos dizer
que existe uma natureza sincicial no músculo cardíaco.
Existem, na verdade, 2 sincícios funcionais
formando o coração: Um sincício atrial e um sincício
ventricular. Um sincício é separado do outro por uma
camada de tecido fibroso. Isto possibilita que a contração
nas fibras que compõem o sincício atrial ocorra num tempo
diferente da que ocorre no sincício ventricular.
d. HEMODINÂMICA
Durante todo o tempo o sangue flui,
constantemente, por uma vasta rede vascular por todos os
nossos tecidos.
O coração bombeia continuamente, a cada sístole,
um certo volume de sangue para nossas artérias. O sangue
encontra uma certa resistência ao fluxo, proporcionada em
grande parte pelo próprio atrito das moléculas e células
sanguíneas contra a parede de um longo caminho
encontrado a frente através de nossos vasos sanguíneos, de
variados diâmetros e numerosas ramificações.
O fluxo sanguíneo varia bastante nos diferentes
tecidos. Determinados tecidos necessitam de um fluxo bem
maior do que outros. Tecidos como músculos esqueléticos
apresentam grandes variações no fluxo sanguíneo através
dos mesmos em diferentes situações: Durante o repouso o
fluxo é relativamente pequeno, mas aumenta
significativamente durante o trabalho, quando o consumo
de oxigênio e demais nutrientes aumenta e a produção de
gás carbônico e outros elementos também aumenta.
Através de uma vasodilatação ou de uma
vasoconstrição, a cada momento, o fluxo sanguíneo num
tecido pode aumentar ou diminuir, devido a uma menor ou
maior resistência proporcionada ao mesmo.
Dois importantes fatores que determinam o fluxo
num vaso, o que pode ser demonstrado pela seguinte
fórmula:
FLUXO = PRESSÃO/RESISTÊNCIA
Diante disso podemos concluir que, aumentando a
pressão, o fluxo aumenta; aumentando a resistência, o
fluxo diminui.
A resistência ao fluxo, por sua vez, depende de diversos
outros fatores:
ƒ Comprimento do Vaso: Quanto mais longo o
caminho a ser percorrido pelo sangue num
tecido, maior será a resistência oferecida ao
fluxo. Portanto, quanto maior for o
comprimento de um vaso, maior será a
resistência ao fluxo sanguíneo através do
próprio vaso.
ƒ Diâmetro do Vaso: Vasos de diferentes
diâmetros também oferecem diferentes
resistências ao fluxo através dos mesmos.
Pequenas variações no diâmetro de um vaso
proporcionam grandes variações na
resistência ao fluxo e, conseqüentemente,
grandes variações no fluxo. Vejamos: Se um
determinado vaso aumenta 2 vezes seu
diâmetro, através de uma vasodilatação, a
resistência ao fluxo sanguíneo através do
mesmo vaso (desde que as demais condições
permaneçam inalteradas) reduz 16 vezes e o
fluxo, conseqüentemente, aumenta 16 vezes.
Existem situações em que um vaso chega a
aumentar em 4 vezes seu próprio diâmetro.
Isso é suficiente para aumentar o fluxo em
256 vezes. Podemos concluir então que a
resistência oferecida ao fluxo sanguíneo
através de um vaso é inversamente
proporcional à variação do diâmetro deste
mesmo vaso, elevada à quarta potência.
ƒ Viscosidade do Sangue: O sangue apresenta
uma viscosidade aproximadamente 3 vezes
maior do que a da água. Portanto, existe cerca
de 3 vezes mais resistência ao fluxo do sangue
76
do que ao fluxo da água através de um vaso.
O sangue de uma pessoa anêmica apresenta
menor viscosidade e, conseqüentemente, um
maior fluxo através de seus vasos. Isso pode
facilmente ser verificado pela taquicardia
constante que tais pessoas apresentam.
Diante dos diferentes fatores citados acima e de
que forma os mesmos interferem no fluxo sanguíneo,
podemos melhor entender a Lei de Poiseuille:
FLUXO = γγγγγP.(D)4/V.C
Onde:
γP = Variação de Pressão entre um segmento e outro do
segmento vascular.
C = Comprimento do vaso.
V = Viscosidade do sangue.
D = Diâmetro do vaso.
e. VELOCIDADE DO SANGUE:
A Velocidade do sangue nos vasos também varia
dependendo do diâmetro do vaso: Quanto maior o diâmetro
de um vaso, menor será a velocidade do sangue para que
um mesmo fluxo ocorra através deste vaso.
Vejamos um exemplo:
A área de secção de reta da artéria aorta é de
aproximadamente 2,5 cm2. Já a área de secção de reta de
todos os capilares existentes no nosso corpo (somados)
seria de, aproximadamente, 1000 vezes maior do que a da
aorta(2,5 cm2 x 1.000 = 2500 cm2 = 25 m2).
A velocidade do sangue na artéria aorta é de,
aproximadamente, 30 cm/segundo. Sendo assim, a
velocidade do sangue num capilar seria de,
aproximadamente, 1.000 vezes menor, ou seja, 30 cm/seg /
1.000 = 0,3 mm/seg.
f. CONTROLE DA PRESSÃO
ARTERIAL
Conforme pudemos constatar no tópico
“hemodinâmica”, o fluxo sanguíneo no interior dos vasos
depende diretamente da pressão arterial: quanto maior a
pressão, maior é o fluxo.
Portanto, é muito importante que nós tenhamos uma
adequada pressão arterial, pois, se esta for muito baixa, o
fluxo será insuficiente para nutrir todos os tecidos; por
outro lado, uma pressão excessivamente elevada pode,
além de sobrecarregar o coração, acelerar o processo de
envelhecimento das artérias e, pior ainda, aumentar o risco
de um acidente vascular (do tipo derrame cerebral).
Para que a pressão arterial em nosso corpo não
seja nem elevada demais nem baixa demais, possuímos
alguns sistemas que visam controlar nossa pressão arterial.
Destacamos abaixo 3 mecanismos importantes que
atuam no controle de nossa pressão arterial:
MECANISMO NEURAL
Como o próprio nome diz, envolve a importante
participação do Sistema Nervoso. Não é o mecanismo mais
importante, porém é o mais rápido em sua ação.
Situado no tronco cerebral, na base do cérebro, um
circuito neuronal funciona a todo o momento, estejamos
nós acordados ou dormindo, em pé ou sentados ou mesmo
deitados, controlando, entre outras coisas, a nossa
freqüência cardíaca, força de contração do coração e tônus
vascular de grande parte de nossos vasos. Tal circuito
denomina-se Centro Vasomotor.
Quanto maior a atividade do centro vasomotor,
maior é a freqüência cardíaca, maior é a força de contração
do coração e maior é a vasoconstrição em um grande
número de vasos.
Ora, o aumento da freqüência cardíaca e da força
de contração provocam um aumento no Débito Cardíaco; o
aumento na vasoconstrição provoca um aumento na
resistência ao fluxo sanguíneo. Lembremos da seguinte
fórmula:
PRESSÃO ARTERIAL = DÉBITO
CARDÍACO x RESISTÊNCIA
Podemos então concluir que, o aumento da
atividade do Centro Vasomotor induz a um conseqüente
aumento na Pressão Arterial.
Na parede da artéria aorta, numa região
denominada croça da aorta, e também nas artérias
carótidas, na região onde as mesmas se bifurcam (seios
carotídeos), possuímos um conjunto de células auto-
excitáveis que se excitam especialmente com a distensão
dessas grandes e importantes artérias. A cada aumento na
pressão hidrostática no interior dessas artérias, maior a
distensão na parede das mesmas e, conseqüentemente,
maior é a excitação dos tais receptores. Por isso estes
receptores são denominados baroceptores (receptores de
pressão). Acontece que esses baroceptores enviam sinais
nervosos inibitórios ao Centro Vasomotor, reduzindo a
atividade deste e, conseqüentemente, reduzindo a pressão
arterial.
Portanto, quando a pressão naquelas importantes
artérias aumenta (ex.: no momento em que deitamos), os
baroceptores aórticos e carotídeos se tornam mais excitados
e, com isso, inibem mais intensamente o nosso Centro
Vasomotor, localizado no tronco cerebral. Com isso a nossa
pressão arterial diminui; por outro lado, quando a pressão
naquelas artérias diminui (ex.: no momento em que nos
levantamos), os tais baroceptores se tornam menos
excitados e, com isso, inibem menos intensamente o nosso
Centro Vasomotor, o que provoca um aumento na pressão
arterial.
MECANISMO RENAL
Este é o mais importante e pode ser subdividido
em 2 mecanismos: hemodinâmico e hormonal.
Hemodinâmico:
Um aumento na pressão arterial provoca também
um aumento na pressão hidrostática nos capilares
glomerulares, no nefron. Isto faz com que haja um
aumento na filtração glomerular, o que aumenta o volume
de filtrado e, conseqüentemente, o volume de urina. O
aumento na diurese faz com que se reduza o volume do
nosso compartimento extracelular. Reduzindo tal
compartimento reduz-se também o volume sanguíneo e,
77
conseqüentemente, o débito cardíaco. Tudo isso acaba
levando a uma redução da pressão arterial.
Hormonal:
Uma redução na pressão arterial faz com que haja
como conseqüência uma redução no fluxo sanguíneo renal
e uma redução na filtração glomerular com conseqüente
redução no volume de filtrado. Isso faz com que umas
células denominadas justaglomerulares, localizadas na
parede de arteríolas aferentes e eferentes no nefron,
liberem uma maior quantidade de uma substância
denominada renina. A tal renina age numa proteína
plasmática chamada angiotensinogênio transformando-a
em angiotensina-1. A angiotensina-1 é então transformada
em angiotensina-2 através da ação de algumas enzimas. A
angiotensina-2 é um potente vasoconstritor: provoca um
aumento na resistência vascular e, conseqüentemente,
aumento na pressão arterial; além disso, a angiotensina-2
também faz com que a glândula supra-renal libere maior
quantidade de um hormônio chamado aldosterona na
circulação. A aldosterona atua principalmente no túbulo
contornado distal do nefron fazendo com que no mesmo
ocorra uma maior reabsorção de sal e água. Isso acaba
provocando um aumento no volume sanguíneo e,
conseqüentemente, um aumento no débito cardíaco e na
pressão arterial.
DESVIO DO FLUIDO CAPILAR
É o mais simples de todos:
Através dos numerosos capilares que possuímos
em nossos tecidos, o sangue flui constantemente graças a
uma pressão hidrostática a qual é submetido. Os capilares
são fenestrados e, portanto, moléculas pequenas como água
podem, com grande facilidade e rapidez, passar tanto de
dentro para fora como de fora para dentro dos através da
parede dos capilares. A pressão hidrostática, no interior
dos capilares, força constantemente a saída de água para
fora dos capilares. Felizmente há uma pressão oncótica (ou
pressão coloidosmótica), exercida por colóides em
suspensão no plasma (como proteínas plasmáticas) que
força, também constantemente, a entrada de água para
dentro dos capilares. Normalmente há um certo equilíbrio:
a mesma quantidade de água que sai, também entra. Mas
quando ocorre um aumento ou redução anormal na pressão
hidrostática no interior dos capilares, observamos também
um aumento ou uma redução mais acentuada na saída de
água através da parede dos mesmos capilares. Isso faz com
que fiquemos com um volume sanguíneo mais reduzido ou
mais aumentado, dependendo do caso, o que certamente
influi na pressão arterial, reduzindo-a ou aumentando-a.
g. A CIRCULAÇÃO
Sistema Arterial
Conjunto de vasos que saem do coração e se
ramificam sucessivamente distribuindo-se para todo o
organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-
se com a pequena circulação, ou seja, leva sangue venoso
para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias
pulmonares, uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta
(carrega sangue arterial para todo o organismo através de
suas ramificações).
Estrutura:
1- Túnica externa: é composta basicamente por tecido
conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos filetes
nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a
irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias
somente.
2- Túnica média: é a camada intermediária composta por
fibras musculares lisas e pequena quantidade de tecido
conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do
organismo.
3- Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as
artérias, inclusive capilares. São constituídas por células
endoteliais.
Ramificações:
1- Ramos colaterais: surgem dos troncos principais em
ângulo agudo, em ângulo reto ou em ângulo obtuso.
2- Ramos terminais: são os que irrigam com certa
exclusividade um determinado território. São os ramos
mais ditais.
Relação volumétrica: a soma da área dos lumes dos ramos
distais é sempre maior que a área do vaso que lhe deu
origem.
Anastomose: significa ligação entre artérias,veias e
nervos os quais estabelecem uma comunicação entre si. A
ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais,
nunca em troncos principais. Às vezes duas artérias de
pequeno calibre se anastomosam para formar um vaso mais
calibroso. Freqüentemente a ligação se faz por longo
percurso, por vasos finos, assegurando uma circulação
colateral.
Relações:
1- Com as veias: a norma geral é que uma artéria seja
acompanhada por pelo menos uma veia, sendo chamadas
veias satélites. Artérias de grosso calibre geralmente são
acompanhadas por uma veia e artérias de média e pequeno
calibre são seguidas em seu trajeto por duas veias.
2- Com os músculos: certos músculos servem como ponto
de reparo às artérias que os acompanham, sendo chamados
de músculos satélites, como por exemplo o músculo
esternocleidomastóideo que acompanha a artéria carótida
comum.
3- Com as articulações: as artérias sempre passam pela
superfície flexora da articulação.
Algumas artérias importantes do corpo humano
Sistema do tronco pulmonar: o tronco pulmonar sai do
coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias
pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas
se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias
segmentares pulmonares.
Este sistema leva sangue venoso para os pulmões
para que ocorra a troca de gás carbônico por oxigênio.
78
Sistema da aorta (sangue oxigenado): a artéria aorta sai do
ventrículo esquerdo e se ramifica na porção ascendente em
duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que
vão irrigar o coração. Logo em seguida a artéria aorta se
encurva formando um arco para a esquerda dando origem a
três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas:
1 - Tronco braquiocefálico arterial
2 - Artéria carótida comum esquerda
3 - Artéria subclávia esquerda
O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias:
1 - Artéria carótida comum direita
2 - Artéria subclávia direita
A artéria subclávia (direita ou esquerda), logo
após o se início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar
na vascularização cerebral, descendo em direção a axila
ela, a subclávia, recebe o nome de artéria axilar, e quando
finalmente atinge o braço seu nome muda de novo mas
agora para artéria braquial (umeral). Na região do cotovelo
ela emite dois remos terminais que são as artérias radial e
ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas
artérias se anastomosam formando um arco palmar
profundo que origina as artérias digitais palmares comuns
e as artérias metacarpianas palmares que vão se
anastomosar.
As artérias digitais palmares originam as artérias
digitais palmares próprias para cada dedo.
Artéria carótida comum (esquerda ou direita): esta artéria
se ramifica em:
1 - Artéria carótida interna (direita ou esquerda)
2- Artéria carótida externa (direita ou esquerda)
Artéria carótida interna: penetra no crânio através do
canal carotídeo dando origem a três ramos colaterais:
artéria oftálmica, artéria comunicante posterior e artéria
coriódea posterior. E mais dois ramos terminais: artéria
cerebral anterior e artéria cerebral média.
Polígono de Willis:
A vascularização cerebral é formada pelas artérias
vertebrais direita e esquerda e pelas artérias carótidas
internas direita e esquerda.
As vertebrais se anastomosam originado a artéria
basilar, alojada na goteira basilar, ela se divide em duas
artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior
da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.
As artérias carótidas internas em cada lado
originam uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral
anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam
através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante
anterior.
As artérias cerebrais posteriores se comunicam
com as arteriais carótidas internas através das artérias
comunicantes posteriores.
Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus
ramos colaterais são: artéria tireoíde superior, a. lingual, a.
facial, a. occipital, a. auricular posterior e a. faríngea
ascendente. Seu ramos terminais são: artéria temporal e
79
artéria maxilar.
Artéria aorta porção torácica:
Após a curva ou arco aórtico, a artéria
começa a descer do lado esquerdo da coluna vertebral
dado origem aos ramos:
Viscerais (nutrem os órgãos):
1 – Pericárdicos
2 – Bronquiais
3 – Esofágicos
4 – Mediastinais
Parietais (irrigam a parede dos órgãos)
5 – Intercostais posteriores
6 – Subcostais
7 – Frênicas superiores
Artéria aorta parte abdominal:
Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma
até a altura da quarta vértebra lombar, onde termina,
a aorta é representada pela porção abdominal.
Nesta porção a aorta fornece vários ramos
colaterais e dois terminais.
Ramos colaterais:
Ramos parietais:
1 - Artéria frênica inferior
2 - Artérias lombares
Ramos viscerais:
1 - Tronco celíaco que origina:
Artéria gástrica esquerda
Artéria esplênica que da origem a artéria gastro-
epiplóica esquerda.
Artéria hepática comum fornece vários ramos
colaterais: artéria gástrica direita, artéria gastro
duodenal e artéria gastro-epiplóica direita; e
apenas um ramo terminal: Artéria hepática
própria.
2 - Artéria mesentérica superior
3 - Artéria mesentérica inferior
4 - Artéria supra-renal média (par)
5 - Artéria renal (par)
6 - Artéria gonadal (par)
7 - Artéria sacral mediana
Os ramos terminas da artéria aorta são
artéria ilíaca comum direita e artéria ilíaca comum
esquerda.
Artéria ilíaca comum (direita e esquerda): dão
origem às artérias ilíaca interna e externa direita e
esquerda.
Artéria ilíaca interna (direita e esquerda):
vascularização dos órgão genitais.
Artéria ilíaca externa (direita e esquerda):
Ramos colaterais:
1 - Artéria epigástrica inferior
2 - Artéria circunflexa profunda do ílio
Seu ramo terminal é a artéria femoral.
80
Artéria femoral: desce a coxa e na
altura do joelho na parte flexora está
artéria recebe o nome de artéria
poplítea.
Artéria poplítea: origina a artéria
tibial anterior e a artéria tibial
posterior que vão irrigar a perna.
Artéria tibial anterior: Na parte
flexora do tornozelo ela muda de
nome para dorsal do pé.
Artéria dorsal do pé:
Ramos:
1 - Artéria társica lateral
2 - Artéria társica medial
3 - Artéria primeira metatársica dorsal
4 - Artéria plantar profunda
Artéria tibial posterior:
Ramos:
1 – Fibular
2 – Nutrícia
3 – Musculares
4 - Maleolar medial posterior
5 – Comunicante
6 - Calcanear medial
7 - Plantar medial
8 - Plantar lateral
Sistema Venoso
É constituído por tubos chamados de veias que
tem como função conduzir o sangue dos capilares para o
coração. As veias, também como as artérias, pertencem a
grande e a pequena circulação.
O circuito que termina no átrio esquerdo através
das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos
pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação
pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através
das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue
venoso chama-se de grande circulação ou circulação
sistêmica.
Em relação à forma: é variável quanto mais cheia mais
cilíndrica e quanto mais vazia mais achatada. Fortemente
distendidas apresentam a forma nodosa devido à presença
de válvulas.
Quanto ao calibre pode ser grande, médio ou pequeno
calibre.
Tributárias ou afluentes: sua formação aumenta conforme
está chegando mais perto do coração pela confluência das
tributárias.
O leito venoso é praticamente o dobro do leito arterial.
Situação: São classificadas em superficiais e profundas e
também podem receber a denominação de viscerais e
parietais dependendo de onde estão drenando se é na
víscera ou em suas paredes.
Válvulas: são pregas membranosas da camada interna da
veia que tem forma de bolso.
Algumas veias importantes do corpo humano:
Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As
veias que conduzem o sangue queretorna dos pulmões
para o coração após sofrer a hematose (oxigenação),
recebem o nome de veias pulmonares.
São quatro veias pulmonares, duas para cada
pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, uma
esquerda superior e uma esquerda inferior.
As quatro veias pulmonares vão desembocar no
átrio esquerdo. Estas veias são formadas pelos veias
segmentares que recolhem sangue venosos dos segmentos
pulmonares.
Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação):
duas grandes veias desembocam no átrio direito trazendo
sangue venoso para o coração são elas veia cava superior e
veia cava inferior. Temos também o seio coronário que é
um amplo conduto venoso formado pelas veias que estão
trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração.
Veia cava superior: origina-se dos dois troncos
braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica direita e
esquerda).
Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia
subclávia (que recebe sangue do membro superior) com a
veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça e
pescoço).
A veia cava inferior é formada pelas duas veias
ilíacas comuns que recolhem sangue da região pélvica e
dos membros inferiores.
O seio coronário recebe sangue de três principais
veias do coração: veia cardíaca magna, veia cardíaca média
e veia cardíaca parva ou menor ou pequena.
Crânio: a rede venosa do interior do crânio é representada
por um sistema de canais intercomunicantes denominados
seios da dura-máter.
Seios da dura-máter:
São verdadeiros túneis escavados na membrana
dura-máter, está é a membrana mais externa das meninges.
Estes canais são forrados por endotélio.
Os seios da dura-máter podem ser divididos em
seis ímpares e sete pares.
Seios ímpares: são três relacionados com a calvária
craniana e três com a base do crânio.
Seios da calvária craniana:
1 - seio sagital superior: situa-se na borda superior, e
acompanha a foice do cérebro em toda sua extensão.
2 - seio sagital inferior: ocupa dois terços posteriores da
borda inferior da parte livre da foice do cérebro.
3 - seio reto: situado na junção da foice do cérebro com a
tenda do cerebelo.
Anteriormente recebe o seio sagital inferior e a
veia magna do cérebro (que é formada pelas veias internas
do cérebro) e posteriormente desemboca na confluência dos
seios.
Seios da base do crânio:
1 - seio intercavenoso anterior: liga transversalmente os
dois seios cavernosos, situado na parte superior da sela
túrsica, passando diante e por cima da hipófise.
2 - seio intercavernoso posterior: paralelo ao anterior,
este liga os dois seios cavernosos, passando por trás e
acima da hipófise.
3 - plexo basilar: é um plexo de canais venosos que se
situa no clivo do occipital.
Este plexo desemboca nos seios, intercavernoso
posterior e petrosos inferiores (direito e esquerdo).
Seios pares: são situados na base do crânio.
1 - seio esfenoparietal: ocupa a borda posterior da asa
menor do osso esfenóide.
2 - seio cavernoso: disposto no sentido antero-
posterior, ocupa cada lado da sela túrsica.
Recebe anteriormente a veia oftálmica, a veia média
profunda do cérebro e o seio esfenoparietal, e
posteriormente se continua com o seios petrosos
superior e inferior.
3 - seio petroso superior: estende-se do seio cavernoso
até o seio transverso, situa-se na borda superior da parte
petrosa do temporal.
4 - seio petroso inferior: origina-se na extremidade
posterior do seio cavernoso, recebe parte do plexo basilar,
indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna.
5 - seio transverso: origina-se na confluência dos seios e
percorre o sulco transverso do osso occipital, até a base
petrosa do temporal, onde recebe o seio petroso superior e
se continua com o seio sigmóide.
6 - seio sigmóide: ocupa o sulco de mesmo nome, o qual
faz um verdadeiro S na borda posterior da parte petrosa do
temporal, indo terminar no bulbo superior da veia jugular
interna, após atravessar o forame jugular.
A veia jugular interna faz continuação ao
seio sigmóide, sendo que o seio petroso inferior
atravessa o forame jugular para ir desembocar
naquela veia.
7 - seio occipital: origina-se perto do forame
magno e localiza-se de cada lado do borda
posterior da foice do cerebelo.
Posteriormente termina na confluência
dos seios ao nível da protuberância occipital
interna.
Face: Normalmente as veias tireóidea superior,
lingual, facial e faríngica se anastomosam
formando um tronco comum que vai desembocar
na veia jugular interna.
O plexo pterigoídeo recolhe o sangue do
território vascularizado pela artéria maxilar,
inclusive de todos os dente, mantendo anastomose
com a veia facial e com o seio cavernoso.
Os diversos ramos do plexo pteridoídeo se
anastomosam com a veia temporal superficial, para
constituir a veia retromandibular.
Essa veia retromandibular que vai se unir com a
veia auricular posterior para dar origem à veia jugular
82
externa.
A cavidade orbital é drenada pelas veias
oftálmicas superior e inferior que vão desembocar no seio
cavernoso.
A veia oftálmica superior mantém anastomose
com o início da veia facial.
Pescoço: descendo pelo pescoço encontramos quatro pares
de veias jugulares. Essas veias jugulares têm o nome de
interna, externa, anterior e posterior.
Veia jugular interna: vai se anastomosar com a
veia subclávia para formar o tronco braquiocefálico
venoso.
Veia jugular externa: desemboca na veia
subclávia.
Veia jugular anterior: origina-se superficialmente
ao nível da região supra-hioídea e desemboca na
terminação da veia jugular externa.
Veia jugular posterior: origina-se nas
proximidades do occipital e desce posteriormente ao
pescoço para ir desembocar no tronco braquiocefálico
venoso. Está situada profundamente.
Tórax: encontramos duas exceções principais:
A primeira se refere ao seio coronário que se abri
diretamente no átrio direito.
A segunda disposição venosa diferente é o sistema
de ázigos.
As veias do sistema de ázigo recolhem a maior
parte do sangue venoso das paredes do tórax e abdome. Do
abdome o sangue venoso sobe pelas veias lombares
ascendentes, e do tórax é recolhido principalmente por
todas as veias intercostais posteriores.
O sistema de ázigo forma um verdadeiro H por
diante dos corpos vertebrais da porção torácica da coluna
vertebral.
O ramo vertical direito do H é chamado veia
ázigos.
O ramo vertical esquerdo é subdividido pelo ramo
horizontal em dois segmentos, um superior e outro inferior.
O segmento inferior do ramo vertical esquerdo é
constituído pela veia hemiázigos, enquanto o segmento
superior desse ramo recebe o nome de hemiázigo acessória.
O ramo horizontal é anastomótico, ligando os dois
segmentos do ramo esquerdo com o ramo vertical direito.
Finalmente a veia ázigo vai desembocar na veia
cava inferior.
Abdome: no abdome a um sistema venoso muito
importante que recolhe sangue das vísceras abdominais
para transportá-lo ao fígado. É o sistema da veia porta.
A veia porta é formada pela anastomose da veia
esplênica (recolhe sangue do baço) com a veia mesentérica
superior.
A veia esplênica, antes de se anastomosar com a
veia mesentérica superior, recebe a veia mesentérica
inferior.
Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as
veias gástrica esquerda e prepilórica.
Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a
veia portas se bifurca em dois ramos (direito e esquerdo),
penetrando nessa víscera.
No interior do fígado, os ramos da veia porta
realizam uma verdadeira rede admirável.
Vão se ramificar em vênulas de calibre cada vez
menor, até a capilarização.
Em seguida os capilares vão constituindo
novamente vênulas que se reúnem sucessivamente para
formar as veias hepáticas as quais vão desembocar na veia
cava inferior.
A veia gonadal do lado direito vai desembocar em
um ângulo agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado
esquerdo desembocaperpendicularmente na veia renal.
Membros: As veias que não acompanham as artérias nos
membros são as que se situam na tela subcutânea, sendo
então chamadas veias superficiais.
As veias superficiais dos membros superiores:
A veia cefálica tem origem na rede de vênulas
existente na metade lateral da região da mão.
Em seu percurso ascendente ela passa para a face
anterior do antebraço, a qual percorre do lado radial, sobe
pelo braço onde ocupa o sulco bicipital lateral e depois o
sulco deltopeitoral e em seguida se aprofunda, perfurando
a fáscia, para desembocar na veia axilar.
A veia basílica origina-se da rede de vênulas
existente na metade medial da região dorsal da mão.
Ao atingir o antebraço passa para a face anterior,
a qual sobe do lado ulnar.
No braço percorre o sulco bicipital medial até o
meio do segmento superior, quando se aprofunda e perfura
a fáscia, para desembocar na veia braquial medial.
A veia mediana do antebraço inicia-se com as
vênulas da região palmar e sobe pela face anterior do
antebraço, paralelamente e entre as veias cefálica e
basílica.
Nas proximidades da área flexora do antebraço, a
veia mediana do antebraço se bifurca, dando a veia
mediana cefálica que se dirige obliquamente para cima e
lateralmente para se anastomosar com a veia cefálica, e a
veia mediana basílica que dirige obliquamente para cima e
medialmente para se anastomosar com a veia basílica.
As veias superficiais dos membros inferiores:
Veia safena magna: origina-se na rede de vênulas
da região dorsal do pé, margeando a borda medial desta
região, passa entre o maléolo medial e o tendão do músculo
tibial anterior e sobe pela face medial da perna e da coxa.
Nas proximidades da raiz da coxa ela executa uma
curva para se aprofundar e atravessa um orifício da fáscia
lata chamado de hiato safeno.
A veia safena parva: origina-se na região de
vênulas na margem lateral da região dorsal do pé, passa
por trás do maléolo lateral e sobe pela linha mediana da
face posterior da perna até as proximidades da prega de
flexão do joelho, onde se aprofunda para ir desembocar em
uma das veias poplíteas.
A veia safena parva comunica-se com a veia
safena magna por intermédio de vários ramos
anastomósticos.
Sistema Linfático
È um sistema auxiliar de drenagem formada por
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vasos e órgãos linfóides, que tem como objetivo a
circulação de linfa (um líquido aquoso, claro que está
contido dentro deste sistema). Este sistema auxilia o
sistema venoso pois nem todos as moléculas que estão
contidas nas células conseguem passar diretamente para os
capilares sangüíneos, elas precisam ser recolhidas por
capilares especiais, capilares linfáticos, de onde a linfa
segue para os vasos linfáticos e destes para os troncos
linfáticos que lançam a linfa em veias de médio e grande
calibre. Estes vasos linfáticos são muito encontrados na
pele e nas mucosas e estes e apresentam válvulas como as
veias que asseguram que o fluxo corra em uma só direção,
ou seja, para o coração.
No sistema linfático encontramos estruturas
denominadas linfonodos que tem como objetivo servir de
barreira ou filtro contra a penetração de toxinas na
corrente sangüínea, estes linfonodos encontram-se no
trajeto dos vasos linfáticos, e são estrutura de defesa do
organismo, e para isso produzem glóbulos
brancos principalmente os linfócitos. Muitas vezes os
linfonodos estão localizados ao longo de um vaso
sangüíneo no pescoço, no tórax, no abdômen e na pelve e
em um processo inflamatório estes se tornam doloridos e
são chamados de íngua.
Baço: O baço é um órgão linfóide apesar de não filtrar
linfa.
Suas principais funções são as de reserva de
sangue, para o caso de uma hemorragia intensa, e de
destruição dos glóbulos vermelhos do sangue e preparação
de uma nova hemoglobina a partir do ferro liberado da
destruição dos glóbulos vermelhos.
Timo: Considerado um órgão linfático por ser composto
por um grande número de linfócitos e por sua única função
conhecida que é de produzir linfócitos. O timo após a
puberdade sofre um processo de involução.
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