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Crase para concurso

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR 
ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
 
Aula 7 - CRASE 
“Bom filho ___ casa torna” 
A partir desse adágio, iniciamos a aula sobre crase. 
E aí, como você preencheu a lacuna? Com um “a”? Com dois? Um com acento grave? 
Afinal, o que é crase? CRASE NÃO É O ACENTO, CRASE É O FENÔMENO! 
Portanto, rejeitamos a forma “crasear” (arghh....), mesmo já tendo sido registrada nos 
melhores dicionários e aceita por professores e gramáticos gabaritados. 
Preferimos usar expressões como “colocar o acento grave, indicativo de crase” ou 
“ocorre crase (fusão)” - essa última você vai ler bastante no nosso encontro de hoje. 
Dá-se o nome de crase ao encontro de duas vogais iguais e contíguas. 
Na língua portuguesa, só se registram com o acento grave os encontros da preposição 
a com outro a, que poderá ser um artigo definido feminino, um pronome 
demonstrativo ou um pronome relativo. 
Ao fim da aula, você verá que esse assunto não é nenhum bicho de sete cabeças. 
Vamos seguir o nosso método da simplificação – se tivermos várias regras e uma ou 
outra exceção, o que fica mais fácil memorizar? O que há em menor número. 
Então, vamos ao caso clássico de crase. Mais adiante, veremos alguns casos especiais. 
COMO ANALISAR A OCORRÊNCIA DE CRASE? 
Da mesma forma como você ensina uma criança a atravessar a rua. “Filhinho, você 
deve olhar para os dois lados!”. Então aplicamos essa lição à análise de crase – 
devemos olhar para os dois lados. 
TERMO REGENTE + TERMO REGIDO 
De um lado, há um termo regente, que pode ou não exigir uma preposição (e, nesta 
aula, só nos interessa a preposição a). 
Do outro lado, há um termo regido, que pode aceitar ou não um artigo definido 
feminino. Nessa posição de “termo regido” também pode existir um pronome 
demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a 
qual/as quais. 
Se houver o encontro da preposição a com o outro a, OCORRE A CRASE: os dois viram 
um só “a” e recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: à. 
Veja o quadro explicativo do caso clássico de crase. 
Preposição A + 
ARTIGO DEFINIDO A / AS = à / às 
PRONOME 
DEMONSTRATIVO 
A / AS = à / às 
AQUELE (S) = àquele(s) 
AQUELA (S) = àquela (s) 
AQUILO = aquilo 
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2 
 
PRONOME RELATIVO 
A QUAL / AS QUAIS = à qual / 
às quais 
 
Voltando ao ditado que encabeça o nosso estudo de hoje, antes de qualquer coisa, 
ajuda (e muito!) construir a oração na ordem direta (SUJEITO + VERBO + 
COMPLEMENTOS): “Bom filho torna ... casa.”. 
De um lado, o termo regente (verbo tornar, que tem o mesmo sentido e regência do 
verbo retornar) exige a preposição a (“Alguém torna / retorna a algum lugar.”). 
Do outro lado, o termo regido é “casa”, no sentido de lar, não recebe o 
acompanhamento do artigo. 
Note que você costuma dizer “quando eu for para casa”, “saí de casa” ou “fiquei em 
casa”, sempre sem o artigo antes da palavra “casa”. 
Esse vocábulo só aceita artigo quando identificado como a casa de alguém (“Nunca 
mais piso na casa da minha sogra!”), ou seja, quando a palavra casa estiver 
DETERMINADA. 
De volta à análise – de um lado, o termo regente exige a preposição. De outro, o 
termo regido não aceita o artigo definido. 
Há, portanto, a ocorrência de apenas um “a” , que é a preposição exigida pelo termo 
regente, não ocorrendo crase. Por isso, a construção correta é “bom filho a casa 
torna”, sem acento grave. 
Em resumo: só haverá crase (fusão) se houver dois “as”, isto é, SIMULTANEAMENTE o 
termo regente exigir a preposição a e o termo regido: 
- for o pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo; 
- for o pronome relativo a qual / as quais; 
- admitir artigo definido feminino (singular ou plural): a(s). 
 
BIZU: Para ter certeza de que a palavra admite o artigo definido feminino, construa 
uma frase em que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar o 
artigo antes dela. 
1. Eu me dirijo ____ menina. 
2. Eu me dirijo ____ esta menina. 
3. Eu me dirijo ____ você 
Resolução: 
Em todas as orações, o termo regente é o verbo DIRIGIR-SE. Ele exige a preposição a 
(Alguém se dirige a alguém). Por isso, nas três ocorrências, existe a preposição a. 
Para que ocorra crase, é necessário haver outro a, que, neste caso, pode ser um artigo 
definido feminino. Vamos verificar: 
Exemplo 1: O termo regido é menina. Esta palavra pode, como sujeito, ser precedida 
de um artigo definido feminino (A menina está linda). Assim, o termo regido admite 
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3 
 
o artigo definido feminino antes de si. Como o termo regente exige preposição a e o 
termo regido admite o artigo definido feminino a, ocorre crase. 
1. Eu me dirijo à menina. 
Exemplo 2: O termo regido, agora, vem precedido de um pronome demonstrativo: 
esta menina. Na função de sujeito, a expressão não admite o artigo definido 
feminino. Você nunca diria “A esta menina está linda.”. Então, não podemos colocar 
um artigo definido feminino antes do termo regido. Em virtude disso, não ocorre crase 
e o “a” não recebe acento grave. 
2. Eu me dirijo a esta menina. 
Exemplo 3: Desta vez, a palavra escolhida é “você”. Não seria possível usar o artigo 
feminino antes desse pronome de tratamento. Como sujeito, duvido que você dissesse 
“A você está linda hoje”. Como não há artigo, não ocorre crase antes de “você”. 
3. Eu me dirijo a você. 
 
A partir da compreensão desses conceitos, evitamos aquela “decoreba” de listas e mais 
listas de casos de ocorrência (ou, mais precisamente, de não ocorrência) de crase, 
como: 
ƒ antes de palavra masculina - é lógico que não há crase, uma vez que 
palavra masculina não admite artigo definido feminino antes de si; 
ƒ antes de verbo - um verbo não pode ser antecedido de artigo definido 
feminino; mesmo quando substantivado, recebe o artigo masculino e não 
feminino – “o ranger”, “o regressar”; por isso, não poderia ocorrer crase; 
ƒ antes de pronomes em geral - com exceção dos pronomes possessivos (que 
veremos adiante, nos casos especiais) e de alguns poucos pronomes indefinidos 
(mesmas, outras), os pronomes não admitem artigo definido feminino 
antes de si – observe o caso do pronome demonstrativo “essa” no exemplo 
apresentado; 
ƒ antes de substantivos em sentido vago, genérico - por serem vagos, 
genéricos, como no exemplo do adágio, esses substantivos não admitem artigo 
definido feminino; 
ƒ em expressões de palavras repetidas (cara a cara, dia a dia, boca a 
boca) – nesses casos, há apenas uma preposição ligando dois substantivos 
genéricos que formam uma expressão. Se faltar o artigo antes do primeiro 
elemento, também faltará antes do segundo. 
 
CASOS ESPECIAIS DE EMPREGO DO ACENTO GRAVE 
Existem alguns casos em que o “a” recebe o acento grave (à) mesmo não havendo 
esse encontro de dois “as”. Outros de “faculdade” da crase. 
São os chamados casos especiais. 
Há acento grave: 
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¾ em locuções femininas, sejam elas adverbiais (à força, à vista), adjetivas (à 
fantasia, à toa), conjuntivas (à medida que, à proporção que) ou prepositivas (à 
espera de, à procura de). 
Neste ponto, encontramos posições doutrinárias contrárias. Alguns gramáticos 
consagrados só admitem o acento grave quando houver algum risco de 
ambiguidade (Recebeu a bala ≠ Recebeu à bala, Ele cheira a gasolina = aspirao combustível ≠ Ele cheira à gasolina = fede a combustível), outros 
desaconselham em locuções adverbiais de instrumento (escrever a máquina). 
Contudo, em provas de concursos, já encontramos questões que exigiram 
acento grave em locuções adverbiais femininas. Por isso, nada melhor, na hora 
da prova, do que bom senso. Veja todas as opções antes de indicar “certo ou 
errado”; 
¾ diante de masculino, em que esteja subentendida a expressão “à moda 
de”, “à maneira de” (“Ele escrevia à Machado de Assis.”, “O artilheiro fez um 
gol à Romário.”). 
Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho” não está 
subentendida essa expressão (não é à maneira do cavalo ou ao modo do 
passarinho) e, por isso, não leva acento. 
Não há acento grave: 
¾ palavras genéricas como casa, no sentido de lar (já mencionado no início 
da aula); terra, contrário de “a bordo” (Tão logo o navio aportou, desci a 
terra.); ou indicação de distância não determinada. Esse último ponto 
também é um pouco polêmico. Celso Luft, considerando tratar-se de uma 
locução adverbial feminina, aceita o acento grave mesmo sem indicação 
da distância. Em prova, tenha em mente a posição majoritária (sem 
acento), devendo verificar as demais opções. 
Pode haver acento grave: 
¾ em topônimos (logicamente femininos), ou seja, nomes dos lugares, a 
depender do emprego do artigo antes deles. Na aula sobre concordância, já 
falamos sobre isso (caso 7.a da Aula 5 – Concordância parte 2). Se usamos 
artigo antes do nome, havendo preposição a antes dele, ocorrerá crase. 
Para ter certeza desse emprego do artigo, uma DICA é empregar o 
topônimo com o verbo morar. Veja: 
Bahia – esse lugar aceita artigo (Eu morei na Bahia). Então, por exemplo, 
com o verbo ir, que rege a preposição a, ocorre crase: Ele foi à Bahia. 
Brasília – vamos ao teste: Eu morei em Brasília. Então, não usamos 
artigo antes desse topônimo: Ele foi a Brasília. 
Quando determinado de alguma outra forma (adjetivo ou locução adjetiva), 
usa-se artigo e, necessariamente, haverá crase no encontro da preposição 
a: Ele foi à Brasília do mensalão. 
Faça o teste agora e preencha a lacuna: Ele foi ___ Roma e não viu o Papa. 
E aí? Como fica? Para desvendar esse mistério, use o verbo morar: Ele 
morou em Roma Î não foi usado artigo definido. Então, não há crase: Ele 
foi a Roma e não viu o Papa. 
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¾ com nomes próprios (femininos, é claro!)– o emprego do artigo antes de 
nomes próprios depende de diversos fatores – regionalismo (em alguns 
lugares, não se usa artigo antes de nomes das pessoas – Fui à casa de 
Fulana), intimidade que se tem com a pessoa - por isso, em referência a 
pessoas ilustres, não se emprega o acento, por não se usar artigo definido 
(Li o livro de Raquel de Queiroz – Eu me refiro a Raquel de Queiroz) 
 
Os dois próximos casos especiais são chamados por alguns de “emprego facultativo do 
acento grave”. Vamos analisá-los para compreender onde reside essa “faculdade”: 
¾ pronomes possessivos – esses pronomes admitem o artigo definido antes 
de si. Se estivesse na função de sujeito, poderíamos empregar o artigo 
definido ou não: “Minha mesa está suja” ou “A minha mesa está suja”. 
Por isso, se o termo regente exigir a preposição a e se deseje empregar o 
pronome possessivo com artigo, haverá crase (preposição a + artigo 
definido feminino + possessivo = à sua – “Refiro-me à sua professora.”); 
em se escolhendo não colocar o artigo antes do possessivo, haverá somente 
a preposição e, por isso, não haverá a ocorrência de crase (preposição a + 
possessivo = a sua - “Refiro-me a sua professora.”). Não obstante alguns 
autores chamarem de “um caso facultativo de crase”, o que ocorre, na 
verdade, é o uso opcional do artigo definido feminino antes do pronome 
possessivo; 
No entanto, ocorrendo a omissão do substantivo que acompanha o 
pronome possessivo, a acentuação é obrigatória! 
Refiro a/à sua professora [facultativo], e não à minha [obrigatório]. 
Ele deu instruções a/à sua secretária [facultativo] e à minha [obrigatório]. 
Alguns gramáticos, como Cegalla e Sacconi, rejeitam o artigo antes de 
nomes de parentesco precedidos de possessivos. Segundo eles, o correto 
seria “Refiro-me a minha mãe”. No entanto, já houve questões de prova 
em que a banca examinadora não faz essa distinção, tratando os nomes de 
parentesco do mesmo modo que os demais casos de pronome possessivo – 
artigo definido facultativo e, consequentemente, crase facultativa. Uma 
dessas questões será comentada em nosso material, ao fim da aula. 
 
¾ com a locução prepositiva “até a” (que é a junção das duas preposições: 
até + a). Havendo um termo regido que admita o artigo definido (“A 
entrada de sua casa é ali.”), haverá crase (até a + a = até à – “Andei até à 
entrada de sua casa.”). Essa locução prepositiva equivale à preposição 
“até”, que, quando usada na forma simples, não leva à fusão de dois ‘as’, 
pois só existe um – o artigo (até + a = até a - “Andei até a entrada de sua 
casa.”). Em resumo, no primeiro exemplo, havia a contração da locução 
prepositiva ate a com o artigo a (até à); no segundo, o encontro da 
preposição até com o artigo a (até a). Por isso, alguns falam 
simplesmente que, com a preposição “até”, a crase é facultativa. Na 
verdade, o que é facultativo é o uso da locução prepositiva “até a” ou da 
preposição simples “até” – com a primeira, haverá crase (até à); com 
segunda, não (até a). 
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Você verá, nos exercícios de fixação, que a maior parte das questões de prova que 
tratam de crase envolvem o esquema “TERMO REGENTE + TERMO REGIDO” (caso 
clássico). Nesses casos, nunca se esqueça de olhar para os dois lados antes de 
resolver uma questão de crase! Você pode ser atropelado pela banca examinadora! 
(rs...) 
Então, vamos às questões! 
 
 
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QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
01 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) 
Marque a opção que atende às normas gramaticais vigentes. 
a) Encaminhei os documentos perdidos as autoridades competentes; 
b) Encaminhei os documentos perdido as competentes autoridades; 
c) Encaminhei os documentos perdidos às autoridades competentes; 
d) Encaminhei os documentos perdidos as competentes autoridades; 
e) Encaminhei os documentos perdidos a autoridades competente. 
 
02 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001) 
 ....por que enviar à forca....; o acento grave indicativo da crase, nesse caso, marca: 
a) a união do pronome demonstrativo A com o artigo definido A; 
b) a contração de A regido pelo verbo com o artigo do substantivo seguinte; 
c) a presença de um adjunto adverbial; 
d) a presença de uma locução adverbial com palavra feminina; 
e) a presença de uma locução prepositiva com palavra feminina. 
 
03 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005) 
Assinale a opção que corresponde à melhor redação, considerando correção, clareza e 
concisão. 
(A) A parada o autorizava à cobrar um novo preço; 
(B) A parada lhe autorizava de cobrar um novo preço; 
(C) A parada o autorizava de cobrar um novo preço; 
(D) A parada o autorizava a cobrar um novo preço; 
(E) A parada lhe autorizava a cobrar um novo preço. 
 
04 - (ESAF/AFPS/2002) 
Identifique o item sublinhado que contenha erro de natureza ortográfica ou 
gramatical, ou impropriedade vocabular. 
Fala-se(A) com arroubo(B) sobre os inesgotáveis recursos de novas tecnologias, como 
o vídeo ou a realidade virtual, mas qualquer reflexão à respeito do(C)invariavelmente 
orbita(D) em torno da matéria-prima(E) desta página – o texto. 
(Paul Saffo, com adaptações) 
a) A 
b) B 
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c) C 
d) D 
e) E 
 
05 - (FCC / AFTE PB / 2006) 
 
Em relação aos aspectos gramaticais, julgue a assertiva abaixo: 
• Apenas 20% dos deputados estão dispostos à respeitar as conclusões dos 
relatores dos processos. 
 
06 - (FCC / MPE PE – Técnico/2006) 
O acesso ...... mercados externos por boa parte dos produtores que passaram ...... 
usar novas tecnologias, aconteceu devido também ...... qualidade das sementes. 
As lacunas da frase apresentada estão corretamente preenchidas, respectivamente, 
por 
(A) a - à - à 
(B) a - a - à 
(C) à - à - à 
(D) a - a - a 
(E) à - a - a 
 
07 - (FCC / TRE PI / 2002) 
Diga ...... ela que esteja aqui ...... uma hora para conversarmos ...... respeito do 
projeto. 
(A) a - a - à 
(B) a - à - a 
(C) à - a - à 
(D) à - à - a 
(E) à - à - à 
 
08 - (ESAF/ACE/2002) 
Marque o item sublinhado que represente impropriedade vocabular, erro gramatical ou 
ortográfico. 
A democracia, segundo Aristóteles, é forma de governo. Esse entendimento milenar(A) 
assim se conservou entre os publicistas(B) romanos e os teólogos da Idade Média. Não 
discreparam(C) também do juízo aristotélico pensadores políticos do tomo(D) de 
Montesquieu e Rousseau, presos as heranças(E) clássicas. 
(Baseado em Paulo Bonavides) 
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9 
 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
09 - (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) 
O ano de 2001 caracterizou-se por grandes desafios para a economia brasileira, 
que levaram a mudanças substanciais na formação de expectativas quanto ao 
desempenho das principais variáveis econômicas. 
Em relação ao trecho acima, julgue a assertiva. 
ƒ O uso do sinal indicativo de crase em “levaram a mudanças” (R.2) é facultativo, 
porque “mudanças” está no plural. 
 
10 - (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) 
A Venezuela, como a Argentina, ainda que de maneira distinta, recebe as duras 
lições de adaptações malsucedidas ao dilema entre a valorização do interno e a 
incorporação dos valores externos. A presidência de Hugo Chávez, nos últimos 
anos, expunha a fratura a que, estruturalmente, está submetida a América 
Latina, inclusive o Brasil. A tensão entre a administração para os de dentro, 
especialmente aqueles menos favorecidos pelo modelo de inserção aberta e 
liberal, e o agrado aos centros internacionais de poder, especialmente àqueles 
que hegemonizam as relações internacionais do presente, levou ao descompasso 
social e político a que chegou a Venezuela. 
Relativamente ao texto e ao assunto nele tratado, julgue o item seguinte. 
• O sinal indicativo de crase em “àqueles” indica que ocorre aí uma preposição, a, 
por exigência do substantivo “agrado”, segundo as regras de regência da norma 
culta. 
 
11 - (UNB CESPE/CEF/2002) 
As carteiras Hipotecária e de Cobrança e Pagamentos surgiram em 1934, durante 
o governo Vargas, quando tiveram início as operações de crédito comercial e 
consignação. As loterias federais começaram a ser gerenciadas pela CAIXA em 
1961, representando um importante passo na execução dos programas sociais do 
governo, já que parte da arrecadação é destinada à seguridade social, ao Fundo 
Nacional de Cultura, ao Programa de Crédito Educativo e a entidades de prática 
esportiva. 
Considerando o texto acima, julgue o item que se segue. 
• Caso se reescrevesse o trecho "a entidades de prática esportiva" (1.10-11) como à 
entidades de prática desportiva, o período permaneceria de acordo com a 
norma culta da língua portuguesa. 
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12 - (FUNDEC / TRT 2ª Região / 2003) 
No enunciado “os serviços essenciais à população” (linhas 41-42), é obrigatório o 
emprego do acento para marcar a crase. Nas alterações do enunciado feitas abaixo 
dispensa-se o acento por não haver a crase. Numa das alterações, entretanto, pode-se 
usar o acento por se tratar de um caso de crase facultativa. Esta alteração está na 
opção: 
A) os serviços essenciais a essa população; 
B) os serviços essenciais a toda e qualquer população; 
C) os serviços essenciais a uma população ansiosa por melhorias; 
D) os serviços essenciais a quase toda a população; 
E) os serviços essenciais a nossa população. 
 
13 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 
A alternativa em que o acento grave indicativo da crase é optativo é: 
(A) Entreguei-o à minha mãe; 
(B) Entreguei-o àquela mulher; 
(C) Entreguei-o à elegante atriz; 
(D) Entreguei-o à polícia; 
(E) Entreguei-o à mesma funcionária. 
 
14 - (Fundação João Goulart / Engenheiro Civil / 2004) 
Dentre as frases abaixo, a que apresenta sinal indicador da crase indevido é: 
A) Estas teses sobre a ilusão, à primeira vista, nada acrescentam ao que já se lê nos 
estudos antigos. 
B) À terapia convencional preferem os médicos novas condutas que combatam as 
ilusões patológicas. 
C) Minha experiência revela que à ilusão não se pode combater senão com o 
tratamento psicológico. 
D) A referência a doenças mentais ligadas às ilusões marcou o congresso de medicina 
do mês passado. 
 
 
15 - (UnB CESPE / Banco do Brasil /2003) 
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a 
lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, 
votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram 
a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do 
indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, 
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à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, 
políticos e sociais. 
Jaime Pinsky. História da cidadania. (Org. Contexto 2003). 
Considerando o texto acima e a atualidade brasileira, julgue o item seguinte. 
• Constitui uma estrutura alternativa e também correta para o primeiro período do 
texto o trecho Ser cidadão é ter direito a vida, liberdade, propriedade, 
igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. 
16 - (UnB CESPE/DEFENSOR/2004) 
Não temos dado muita atenção a uma de nossas mais importantes riquezas 
nacionais. Trata-se de nosso patrimônio lingüístico. Exatamente as línguas ou 
idiomas e dialetos falados em nosso país. Qual é a situação atual e importância? 
Há proteção legal para eles? É o que tentaremos analisar. 
 
A respeito da organização do texto acima, julgue o seguinte item. 
• Na linha 1, é gramaticalmente opcional o emprego do sinal indicativo de crase em 
“a”, mas seu uso tornaria o sentido de “atenção” menos genérico e mais 
especificamente direcionado para “riquezas nacionais” (R.2). 
 
17 - (UnB CESPE/SMF Maceió/2003) 
FHC recua e tira “superpoderes” da Receita 
O presidente Fernando Henrique Cardoso alterou ontem o decreto que facilitava o 
acesso da Receita Federal a dados bancários protegidos por sigilo e desobrigou os 
bancos de informarem ao órgão as movimentações mensais superiores a R$ 5 
mil, no caso de pessoas físicas, e a R$ 10 mil, no caso de empresas. 
A respeito da organização do texto acima, julgue o seguinte item. 
• Na expressão “a dados bancários”, caso o vocábulo “dados” fosse substituído por 
informações, seria necessárionão somente o ajuste na concordância com 
“bancários” e “protegidos”, na linha 2, mas também o emprego do sinal indicativo 
de crase no “a” que antecede a expressão. 
 
18 - (FCC/CEAL Advogado/ 2005) 
Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta é: 
(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a um 
posto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um político 
profissional. 
(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas nos 
prendemos todos, em nossa vida comum. 
(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam àqueles 
artistas e profissionais que dão graça à nossa vida. 
(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam as 
pessoas, vítimas próximas ou à distância de nós. 
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(E) Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento, pois 
este se reserva às pessoas generosas. 
 
19 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) 
No trecho “Do décimo andar à rua” (linha 15), foi usado adequadamente o acento 
indicativo da crase. O mesmo NÃO ocorre na frase: 
A) Há muito não se assistia à peças com tanto senso crítico com estas. 
B) Chegando-se à varanda, era possível admirar a paisagem. 
C) Do Leblon a Ipanema e de Jacarepaguá à Barra, todas as vias expressa estavam 
engarrafadas. 
D) O povo referia-se às nossas praias como redutos de esgoto e mau cheiro. 
E) As ondas dirigiam-se à direita e à esquerda do palanque sobre a areia. 
 
20 – (ESAF/Técnico ANEEL / Abril 2006) 
Julgue a correção da alteração proposta em relação ao texto abaixo. 
Não é a violência nem as da economia e muito menos a saúde. A maior preocupação 
do brasileiro é o trabalho. A conclusão é resultado de uma consulta realizada com 23,5 
mil pessoas de 42 países. Num suposto ranking mundial de pessimismo em relação às 
oportunidades de trabalho, o brasileiro apareceria nas primeiras posições. Na média 
global, o emprego seguro é citado por 21% dos entrevistados, ficando em segundo 
lugar entre as preocupações de curto prazo, depois da economia. 
(Adaptado da Folha de São Paulo, 19 de fevereiro de 2006) 
¾ Retirar o artigo definido antes de “oportunidades”(l.4), escrevendo apenas à. 
 
21 - (ESAF/Analista ANEEL/ Abril 2006) 
Indique a opção que preenche com correção as lacunas numeradas no texto abaixo. 
A colonização jamais correspondeu, entre nós, ...(1)... necessidades do trabalho; 
correspondeu sempre, sim, ...(2)... necessidade da produção, ou, mais realmente à 
necessidade das colheitas, isto é, ...(3)... necessidades de dinheiro pronto e de 
dinheiro fácil, que é o que sustenta as culturas, nas regiões onde se encontram 
colonos. No dia em que se abrir guerra ...(4)... ociosidade e se oferecerem garantias 
...(5)... gente do campo, afluirá para o trabalho remunerado grande parte da 
população, hoje mantida ........(6)................... da bondade alheia. 
(Adaptado de Alberto Torres, “As fontes da vida no Brasil”. Rio, 1915, p. 47) 
 (1) (2) (3) (4) (5) (6) 
a) às a às a a a custas da 
b) às à as à a às custas da 
c) as à as a à a custas da 
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d) a a às à a a custa da 
e) a à às à à à custa da 
 
22 - (FCC/TRT 22ª Região/ 2004) 
Os dados comprovam que, de janeiro ...... julho deste ano, houve aumento na 
produção de veículos, em comparação com ...... obtida no ano passado. As 
montadoras passaram ...... exportar uma parte dessa produção. 
As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas por 
(A) a - a - a 
(B) à - à - a 
(C) à - a - à 
(D) a - à - a 
(E) a - à - à 
 
23 - (FCC / TRF 4 – Técnico Judiciário / 2007) 
Os elefantes apresentam necessidades parecidas com ...... dos seres humanos e, para 
oferecer ...... eles os cuidados exigidos, os especialistas têm recorrido até mesmo ...... 
táticas inovadoras. 
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por 
(A) as − a − à 
(B) as − a − a 
(C) as − à − à 
(D) às − à − a 
(E) às − a − a 
 
24 - (FCC / TRF 4 – Analista Judiciário / 2007) 
Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, a frase inteiramente correta é: 
(A) Voltam-me à memória os romances a que me dediquei como jovem leitor, bem 
como os filmes a que assisti com tanto prazer. 
(B) Se à princípio os jovens demonstram pouco interesse pelas ficções, o contínuo 
estímulo a elas pode reverter esse quadro. 
(C) Quem se entrega à boa leitura pode avaliar sua inestimável contribuição à uma 
vida interior mais rica e mais profunda. 
(D) Ao se referir à ficção de “O Caçador de Pipas”, o autor tomou-a como exemplo 
essencial a argumentação que desenvolvia. 
(E) Os que se dedicam à cultivar a boa literatura sabem o quanto é difícil dotar as 
palavras de um sentido verdadeiramente essencial. 
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25 - (ESAF/Agente Tributário - Piauí/2001) 
Assinale a opção que corresponde a erro. 
Desde o início de janeiro, quando foi sancionada a lei que permite ao(1) Executivo 
usar os dados da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) nas 
investigações, o Fisco está apto a(2) ajudar o INSS nas investigações das entidades 
filantrópicas. As informações sobre a CPMF são enviadas a Receita(3) pelas 
instituições financeiras trimestralmente. Com esse(4) instrumento, é possível verificar 
se há distorções muito grandes entre o faturamento da entidade e a sua 
movimentação financeira. Nos casos em que(5) o programa de informática que faz o 
cruzamento de dados para o Fisco apontar discrepância, a fiscalização poderá ser 
iniciada. 
(Adaptado de Simone Cavalcanti, www.estadao.com.br - 6/2/2001 ) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
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GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
01 – C 
Para não perder o hábito, a primeira questão é simples. Trata-se de um caso clássico 
de crase. Olhe para os dois lados: 
- termo regente: verbo encaminhar (Alguém encaminha algo a alguém) – o verbo é 
transitivo direto e indireto e rege a preposição a. 
- termo regido: autoridades competentes – esse elemento aceita o emprego de artigo 
definido feminino: As autoridades competentes receberam os documentos. 
De um lado, temos uma preposição a; de outro, o artigo definido feminino plural as: 
OCORRE CRASE! 
A posição do adjetivo “competentes” não iria influenciar nossa análise, pois o termo 
regido é, nesse caso, o substantivo autoridades. 
Assim, a construção correta é: Encaminhei os documentos perdidos às autoridades 
competentes. 
 
02 – B 
Para começar, ocorre crase a partir da união da PREPOSIÇÃO A com outro elemento, 
que pode ser o artigo definido feminino a/as, os pronomes demonstrativos 
a(s)/aquele(s)/aquela(s)/aquilo ou os pronomes relativos a qual/as quais. 
Não há possibilidade de contração de um pronome demonstrativo com um artigo, 
como sugere a opção a. 
Vamos olhar para os dois lados: 
- termo regente: o verbo enviar, que exige a preposição a (Alguém envia alguma 
coisa a alguém ou a algum lugar); 
- termo regido: o substantivo feminino forca, que admite o artigo definido feminino (A 
forca foi usada para matar Tiradentes). 
OCORRE CRASE! 
A justificativa para o empregodo acento grave está indicada na opção b. 
 
03 – D 
Como vimos na aula anterior, o verbo autorizar é um daqueles que apresentam dupla 
possibilidade de regência: posso autorizar alguma coisa a alguém ou autorizar alguém 
a (fazer) alguma coisa (normalmente, um verbo no infinitivo). 
Então, de acordo com a primeira possibilidade, a construção seria: A parada lhe 
autorizava (lhe = objeto indireto) cobrar um novo preço (objeto direto sob a forma 
oracional). 
Construindo-se da segunda forma, seria: A parada o autorizava (o = objeto direto) a 
cobrar um novo preço. 
Vamos, agora, verificar a ocorrência da crase: 
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- termo regente: verbo autorizar, que exige a preposição a; 
- termo regido: a oração reduzida de infinitivo cobrar um novo preço. 
Antes de verbo, não podemos empregar um artigo definido feminino. Assim, a única 
ocorrência de “a” é a preposição exigida pelo termo regente. Não há crase! 
A construção correta é: A parada o autorizava a cobrar um novo preço. 
Essa questão foi objeto de comentário na aula anterior. Resolvemos comentá-la 
também nesse encontro para que você observe uma ocorrência muito comum de erro: 
acento grave antes de verbo no infinitivo. 
Isso pode ser observado, também, em expressões como a partir de, locução 
prepositiva cujo elemento principal é um verbo. Nesse caso, não se coloca acento 
grave. As locuções prepositivas que recebem acento, independentemente da 
verificação desse esquema TERMO REGENTE X TERMO REGIDO, são as locuções 
FEMININAS. 
Esse é o nosso próximo assunto. 
 
04 – C 
Essa questão trata de um dos casos especiais – locuções femininas; sejam elas 
adverbiais, prepositivas, adjetivas ou conjuntivas, recebem acento grave 
independentemente do esquema TERMO REGENTE x TERMO REGIDO. 
Acentuam-se as locuções femininas. A locução prepositiva “a respeito de” tem em 
seu núcleo um substantivo masculino, não sendo, portanto, acentuada – “a respeito 
de”. 
Estão corretos os demais itens, cabendo comentários em relação aos seguintes: 
(B) arroubo = êxtase, encanto; 
(D) orbita = conjugação do verbo orbitar = girar (eu orbito, tu orbitas, ele orbita...) 
– sentido conotativo de girar. 
Além do erro de crase na locução prepositiva (C), parece que faltou algum elemento 
regido por ela na sequência: “mas qualquer reflexão à respeito do (... ? ...) 
invariavelmente orbita em torno da matéria-prima desta página – o texto”. Pergunta-
se: reflexão a respeito do quê? Ficou faltando algo, causando prejuízo na coesão 
textual e, por consequência, em sua coerência. 
 
05 – Item INCORRETO 
Esse tipo de erro, como já mencionamos, é muito comum em provas. Antes de verbo, 
não pode haver crase por inexistir um artigo definido feminino que se contraia com a 
preposição porventura exigida pelo termo regente. 
Assim, a única coisa que existe ali é a preposição a, exigência da regência nominal do 
adjetivo disposto (Alguém está disposto a alguma coisa). 
 
06 – B 
Agora deve ter ficado bem mais fácil. 
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Vamos analisar cada um das lacunas. 
 
 
1ª lacuna: 
- termo regente: acesso (Alguém tem acesso a alguma coisa/algum lugar). A palavra 
exige a preposição a; 
- termo regido: mercados externos. Essa expressão não admite um artigo definido 
feminino. No máximo, masculino plural. Assim, não poderia ocorrer crase – o único “a” 
é a preposição. 
O acesso a mercados externos ... 
 
2ª lacuna: 
- termo regente: verbo auxiliar modal passar. Falei grego? O que é mesmo um verbo 
auxiliar modal? Bem, um verbo auxiliar faz parte de uma locução verbal (ainda lembra, 
não é? VERBO AUXILIAR + VERBO PRINCIPAL). 
Esse tipo de verbo auxiliar (chamado de modal) emprega ao verbo principal um 
atributo, como em passar a usar, em que se exprime a mudança de ação (eles 
passaram a usar novas tecnologias), que não poderia ser alcançado somente com o 
emprego das construções “normais”. 
No meio de uma locução verbal, pode haver uma preposição (cheguei a comentar, 
estou a sair, acabo de saber). 
Assim, o termo regente (verbo auxiliar de uma locução) exige a preposição a; 
- termo regido: o verbo principal da mesma locução. 
Assim, em resumo, no meio de uma locução verbal, só há espaço para uma 
preposição, pura e simples. Não pode haver um artigo definido que justifique a crase. 
... por boa parte dos produtores que passaram a usar novas tecnologias... 
 
3ª lacuna: 
Voltamos ao caso clássico. 
- termo regente: a locução prepositiva devido a. 
A locução prepositiva “devido a” tem origem na forma participial adjetiva do verbo 
dever (devido). 
Vamos apertar a tecla SAP: como assim “forma participial adjetiva”? Vimos 
que o particípio é uma forma nominal que, muitas vezes, exerce a função que seria 
própria de um adjetivo, lembra? “Roupa lavada (adjetivo / particípio do verbo lavar)”, 
“cabelo penteado (adjetivo / particípio do verbo pentear)” 
Na função adjetiva, a palavra “devido” (adjetivo, cuja origem é o particípio do verbo 
dever) concorda em gênero e número com o substantivo correspondente e rege a 
preposição a: 
ƒ “Sua ausência devida a problemas de saúde foi notada.” 
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ƒ “Muitos acidentes devidos à falta de prudência dos motoristas são registrados 
nas estradas brasileiras.”. 
Apesar de condenada por diversos puristas, que acham que essa palavra só deve ser 
empregada na função adjetiva, a forma prepositiva “devido a” é abonada por ilustres 
como Celso Luft, sendo constantemente apresentada em questões de prova. 
Quando usado na locução prepositiva (devido a), o vocábulo “devido” não se flexiona 
(pertence ao conjunto de palavras invariáveis, lá dos “primórdios” do nosso curso) – 
equivalente a “por causa de” - “Devido aos problemas de saúde, ela não veio.”, 
“Muitos acidentes ocorrem devido à falta de prudência dos motoristas.”. 
A preposição a, que faz parte da locução prepositiva, poderá se contrair ao artigo 
subsequente, no esquema “termo regente – termo regido”. 
Vejamos, então, qual o termo regido: 
- termo regido: qualidade das sementes. Essa expressão admite o artigo definido 
antes de si. Se estivesse na posição de sujeito, poderíamos ter, por exemplo: A 
qualidade das sementes tem trazido bons resultados à safra deste ano. 
De um lado, então, temos a locução prepositiva devido a, que apresenta em seu 
corpo a preposição a. De outro lado, temos um vocábulo que admite artigo definido 
feminino. Pronto! Ocorreu crase! 
... aconteceu devido também à qualidade das sementes. 
A ordem correta é, portanto: a / a / à - opção B. 
 
07 – B 
Novamente, temos uma questão de lacunas. 
Nas provas, esse tema pode ser explorado em questões assim ou naquelas em que se 
exige todo tipo de conhecimento gramatical (concordância, regência, ortografia). 
1ª lacuna: 
- termo regente: o verbo dizer, que, na construção, é bitransitivo (Dizer algo a 
alguém). Complementam o verbo um objeto direto (a oração que se segue) e um 
objeto indireto, regido pela preposição a. 
- termo regido: o pronome pessoal ela. Esse pronome não admite artigo definido 
feminino antes de si (Ela está linda, e não “A ela está linda”). Assim, a única coisa que 
vai aparecer antes dele é a preposição, exigida pelo verbo. 
Diga a ela ... 
2ª lacuna: 
A expressão que será apresentada a seguir tem valor adverbial. Indica o momento em 
que a pessoa deve estar em algum lugar. Na indicação de hora certa, usa-se 
preposição.Na dúvida, uma boa saída é a troca do feminino pelo masculino, sempre. 
Em vez de “uma hora”, vamos colocar “meio-dia”. 
“Diga a ela que esteja aqui ao meio-dia...” 
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Opa! Se eu empreguei “ao”, já fico sabendo que, antes da expressão adverbial que 
indica horas, existe um artigo definido. Da mesma forma que uso “ao meio dia” (a+o), 
posso usar “às duas horas, às dez horas ou à uma hora” (a+a). 
O que causa certo mal-estar é a proximidade do “a” acentuado com o “uma”. Note, 
contudo, que esse vocábulo (“uma”) é um numeral, e não um artigo indefinido. Por 
isso, está certíssima a colocação de um acento grave antes do adjunto adverbial que 
indica as horas. 
O mesmo pode acontecer com expressões adverbiais que indicam lugar: “À entrada da 
sala”. 
Em alguns casos, além da troca do feminino pelo masculino, dá certo substituir a 
preposição a (que introduz o advérbio) pela preposição em, ficando aparente o artigo 
ou pronome que forma crase com a preposição a: 
À entrada da sala, fui avisada de que não haveria aula Î Na [em +a] entrada da sala 
... 
Àquela hora da madrugada, recebi a notícia Î Naquela [em + aquela] hora da 
madrugada, ... 
Diga a ela que esteja aqui à uma hora... 
3ª lacuna: como vimos na questão 4, a locução prepositiva a respeito de tem um 
elemento masculino, não havendo justificativa para sua acentuação. 
... para conversarmos a respeito do projeto. 
 
A ordem correta é: a / à / a – opção B. 
 
08 - E 
Caso clássico. 
De um lado, o termo regente presos exige a preposição a (“Eles estão presos a 
alguma coisa”); de outro, o termo regido as heranças admite artigo definido feminino 
(“As heranças foram apresentadas.”). 
Ocorre crase da preposição a com o artigo definido feminino plural as: “presos às 
heranças”. 
 
09 – Item INCORRETO 
De um lado, o termo regente (verbo levar) exige a preposição. Contudo, na posição 
de termo regido, temos um substantivo feminino plural (mudanças). Não foi 
empregado o artigo na construção original devido ao emprego genérico do substantivo 
(não se determina quais foram essas mudanças). 
Se houvesse algum artigo antes desse vocábulo, este seria um artigo também no 
plural (as mudanças), por exigência da sintaxe de concordância. 
Exatamente por haver um substantivo plural, não existe a menor possibilidade de se 
empregar somente o acento grave, como sugere o examinador, pois, nesse caso, o 
artigo seria singular (a+a). 
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10 – Item CORRETO 
O primeiro complemento ao substantivo agrado já indica a necessidade de se 
empregar a preposição a: “o agrado aos centros internacionais de poder”. 
De um lado, o termo regente agrado exige a preposição a; de outro, há um pronome 
demonstrativo aquele. Ocorre crase! Portanto, está correta a afirmativa. 
 
 
 
11 – Item INCORRETO 
Verifica-se nessa questão o mesmo erro apresentado na questão 09. Antes de um 
elemento no plural, pode-se usar um artigo definido também no plural. Por isso, 
estaria incorreta a construção “à entidades de prática desportiva”. 
 
12 – E 
Temos, agora, uma ótima oportunidade de observar como se emprega o acento grave 
com pronomes. 
De um lado, o termo regente é essenciais, que exige a preposição a (Algo é essencial 
a alguma coisa). 
Do outro lado, temos: 
a) o pronome demonstrativo “essa”. Vamos fazer o teste do sujeito: Essa 
população está carente. Podemos usar um artigo definido antes do “essa”? 
Lógico que não. Então, não há crase! Está certa a opção. Nós estamos 
procurando um caso facultativo. Assim, essa não é a nossa resposta. 
b) os pronomes indefinidos “toda e qualquer”. Na função de sujeito: Toda e 
qualquer população está carente. Podemos usar o artigo? Não. Então o 
emprego não é facultativo. 
c) o artigo indefinido “uma”. Se já existe um artigo, por que colocar outro? Só se 
for para confundir. 
d) a expressão indefinida “quase toda a população”. Como sujeito: Quase toda a 
população está carente. Posso usar outro artigo (“A quase toda a população”)? 
Cruzes!!!! 
e) um pronome possessivo acompanhado de um substantivo. Como vimos, o 
emprego do artigo, nesses casos, é opcional. Consequentemente, a crase 
também poderá ocorrer ou não. Essa é a resposta. 
 
13 – A 
Veremos mais uma questão que aborda o emprego de pronome possessivo. 
Assim, vamos treinar mais uma vez: fale bem alto: “Meu trauma com Português foi 
superado!” ou “O meu trauma com Português foi superado” (repita 20 vezes, em voz 
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alta!!!) 
Viu só? Não só resolvemos um (possível) bloqueio psicológico (que talvez você esteja 
carregando desde a sua 2ª série – na época, se chamava assim, não é?...rs...), como 
constatamos que, antes de pronome possessivo, o artigo é facultativo. 
Agora, vamos resolver a questão. 
Essa é uma ótima oportunidade de analisarmos, na prática, aquele conceito de “não 
empregar artigo antes de nome de parentesco”, defendido por alguns autores. 
Analisando todas as opções da questão, a única em que o emprego do artigo definido 
feminino poderia ser facultativo seria a opção a: Entreguei-o à minha mãe. 
A banca do NCE UFRJ considerou válido o emprego de artigo antes de pronome 
possessivo que acompanha parentesco. 
É por essas e outras que, em se tratando de pontos doutrinários divergentes, devemos 
apresentar todas as formas válidas, a fim de possibilitar ao candidato a análise das 
opções e identificação da resposta válida. Se a banca apresentar referência 
bibliográfica, siga a linha adotada pelo autor indicado. Caso contrários, leve na manga 
todos esses conceitos e, na hora, analise as opções. 
De volta à questão, em todos os casos, o termo regente é o verbo entregar. Alguém 
entrega alguma coisa a alguém. Então o termo regente (entregar) exige a preposição 
a. Assim, estão corretas as formas “Entreguei-o a minha mulher” e “Entreguei-o à 
minha mulher”. Se for dinheiro, então, entregue logo à sua mulher de qualquer jeito, 
com crase ou sem crase! 
 
PRESTE BASTANTE ATENÇÃO quando houver, em construções com pronomes 
possessivos, mais de um termo regido. Neste caso, devemos respeitar o 
PARALELISMO SINTÁTICO, ou seja, o que acontecer com um elemento deve 
acontecer também com todos os demais que exercem a mesma função sintática. 
Exemplo: 
“Preciso pedir dinheiro ..... minha patroa”. 
Termo regente – pedir – exige preposição a 
Termo regido – (a) minha patroa – como o emprego do artigo é facultativo, se 
houver artigo, há crase (pedir dinheiro à minha patroa); se não houver artigo, não 
há crase (pedir dinheiro a minha patroa). Assim, a lacuna pode ser preenchida com 
a ou com à. 
Com dois termos regidos: 
“Preciso pedir dinheiro ..... minha patroa e ao meu patrão.” – nesse caso, se 
houve o emprego do artigo antes do segundo elemento (ao meu patrão), deve-se 
empregar também no outro (à minha patroa), já que ambos exercem a mesma 
função sintática: “Preciso pedir dinheiro à minha patroa e ao meu patrão”. A 
lacuna, agora, só poderia ser preenchida com à. 
Sobre paralelismo sintático, teremos outra questão mais adiante. 
 
14 – C 
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Para acertar essa questão, devemos ter na ponta da língua diversos tópicos já 
estudados nas aulas anteriores (concordância e regência). 
O gabarito foi opção c. 
A pergunta que solucionao problema é: o que se pode combater? 
A estrutura PODER + SE + VERBO NO INFINITIVO possibilita duas construções: 
1ª. VOZ PASSIVA – Pode-se combater a ilusão. (= A ilusão pode ser combatida). 
2ª. SUJEITO ORACIONAL – Pode-se combater a ilusão. (= Combater a ilusão é 
possível). 
De qualquer forma, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. 
Assim, na primeira construção, “a ilusão” exerce a função de sujeito, que não deve ser 
antecedido de preposição, segundo a norma culta. 
Na segunda, “a ilusão” serve de complemento verbal para o verbo combater. Esse é 
um complemento direto, dada a transitividade do verbo (Alguém combate alguma 
coisa - transitivo direto). 
Não há justificativa para o emprego da preposição qualquer que seja a construção 
escolhida. 
Em relação às demais opções: 
a) a locução adverbial feminina recebe acento grave – à primeira vista. 
b) o termo regente é o verbo preferir. Como bitransitivo, exige a preposição a 
antes de seu complemento indireto, que vem representado pela expressão 
“terapia convencional”. O que se afirma (colocando na ordem direta) é: Os 
médicos preferem novas condutas (...) às terapias convencionais. Portanto, 
está correta a construção. 
d) de um lado, o termo regente é o substantivo referência, que exige a 
preposição a (Alguém faz referência a alguma coisa). De outro, um substantivo 
usado em sentido amplo, genérico: doenças mentais. Nesse caso, há apenas 
um “a”, a preposição, o que impede a acentuação. Está correta a passagem. Em 
seguida, outra ocorrência: o termo regente é o adjetivo ligadas, que exige a 
preposição a. De outro lado, o termo regido é ilusões. Deu-se o encontro dos 
dois “as”: ligadas às ilusões. Tudo certinho, certinho... 
 
15 – Item CORRETO 
ACORDO ORTOGRÁFICO: O trema foi abolido – a palavra, agora, é “tranquila”. 
Essa é uma ótima questão sobre paralelismo sintático, que começamos a estudar na 
resolução da q.13. 
O termo regente é direito. Alguém tem direito a alguma coisa. Assim, o substantivo 
exige a preposição a. 
Na posição de termos regidos, originalmente o autor determinou cada um deles: a 
vida, a liberdade, a propriedade, a igualdade perante a lei. 
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23 
 
O examinador sugere a retirada desses determinantes. Não há problema algum, desde 
que se retire TODOS os determinantes, como indicou (direito a [só a preposição] vida, 
liberdade, propriedade, igualdade...). Por isso, está correta tal assertiva. 
Observe, mais adiante no texto, um outro bom exemplo: “o direito à educação, ao 
trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila (*).”. 
Os termos educação, trabalho, salário justo, saúde estão acompanhados de 
artigos definidos. Já o substantivo velhice, por ser vago, apresenta um artigo 
indefinido. De qualquer forma, todos os elementos apresentam-se junto de um 
determinante – o artigo. 
 
16 – Item INCORRETO 
ACORDO ORTOGRÁFICO: O trema foi abolido – a palavra, agora, é “linguístico”. 
O termo regente dar (verbo que faz parte da locução temos dado) apresenta 
complemento direto (atenção) e indireto (regido pela preposição a). 
Sugere o examinador que a expressão que se segue perderia seu caráter genérico se 
estivesse, opcionalmente, antecedida de um a com acento grave. 
Tudo lindo, maravilhoso, não estivesse o termo regido “riquezas nacionais” 
acompanhado da expressão “uma de nossas mais importantes”. 
Quem se ateve a ler a opção sem voltar ao texto deve ter caído direitinho nessa casca 
de banana. Não é possível o emprego do acento grave por não ser possível o emprego 
de um artigo definido feminino antes daquela expressão. 
Mesmo que assim não fosse, ou seja, que não houvesse a expressão, o termo regido 
seria “riquezas nacionais”, expressão plural que, se fosse o caso, seria acompanhada 
de um artigo definido plural. 
 
17 – Item INCORRETO 
O termo regente é o substantivo acesso (Alguém tem acesso a alguma coisa/ algum 
lugar), que exige a preposição a. 
A troca sugerida do termo regido, com o emprego do sinal grave, iria alterar o sentido 
da expressão “dados bancários protegidos por sigilo”, que foi usada de maneira vaga, 
genérica (não são os dados bancários “X ou Y”, mas quaisquer dados). Essa 
acentuação indicaria o uso de artigo definido antes do substantivo. 
Seria possível, sim, a troca de dados por informações, desde que ajustada a 
concordância com os adjetivos correspondentes e mantida a preposição (exigida pelo 
termo regente) sem artigo, para dar à expressão um valor vago: “... que facilitava o 
acesso da Receita Federal a informações bancárias protegidas por sigilo...”. 
 
18 - E 
Para confirmar a existência da preposição antes de “aqueles”, é necessário, 
primeiramente, colocar a oração na ordem direta. Para isso, partimos do verbo ser e, 
para haver lógica, do adjetivo inútil. O que é inútil? Resposta: “recomendar 
desprendimento” (sujeito oracional). 
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O verbo “recomendar”, na construção, é transitivo direto e indireto (Recomendar 
alguma coisa a alguém). O que se recomenda (ou seja, qual é o objeto direto)? 
Desprendimento. A quem se recomenda desprendimento (qual é o objeto indireto?) 
Àqueles [a + aqueles] que alimentam um preconceito. Note que o objeto indireto é 
regido pela preposição a. 
Na ordem direta, a oração seria: Recomendar desprendimento àqueles que alimentam 
um preconceito é inútil. 
Então, seguindo a análise de TERMO REGENTE + TERMO REGIDO, o termo regente, 
verbo “recomendar”, exige a preposição “a”. O termo regido é o pronome 
demonstrativo “aqueles”. Houve crase, devendo ser indicado com o acento grave: 
“Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento” – 
construção perfeita. 
Na sequência, há outra ocorrência de crase: 
TERMO REGENTE – verbo “reservar”: Alguém reserva alguma coisa a alguém. Como 
está acompanhado do pronome “se” apassivador, o pronome “este”, que se refere a 
“desprendimento”, é o sujeito paciente. 
Como vimos na aula sobre verbos, o objeto indireto da voz ativa (Fulano reservou 
alguma coisa a alguém) continua a exercer a mesma função na voz passiva (Alguma 
coisa foi reservada por Fulano a alguém) – esquema em “Transposição de Vozes 
Verbais” do tópico “Vozes do Verbo” da aula 3 (pg.16, se não me engano...). 
Como o termo regente exige a preposição “a” e o termo regido (“pessoas generosas”) 
admite artigo definido feminino plural, há ocorrência de crase, estando correta a 
construção: “...este se reserva às pessoas generosas”. 
Os demais itens apresentam as seguintes incorreções. 
(A) Dos dois registros de crase, somente o segundo está incorreto. 
Na primeira ocorrência, o termo regente é o verbo reportar-se, que exige a 
preposição “a” (Alguém se reporta a alguém/alguma coisa). O termo regido é o 
substantivo inexperiência, que aceita o artigo definido feminino. Há, portanto, 
ocorrência de crase, que está devidamente indicada pelo acento grave em 
“Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão...”. 
Já no segundo registro, o termo regente “propensos” (adjetivo) exige a preposição “a” 
(Alguém é propenso a alguma coisa). Contudo, o termo regido não admite o artigo 
definido, pois é um verbo (rejeitar). A construção seria: “somos propensos a rejeitar a 
candidatura de um político profissional”. 
(B) A primeira ocorrência de crase está corretamente indicada. O termo regente culto 
exige a preposição “a”; o termo regido aparências admite o artigo definido feminino 
plural – há crase: “O culto às aparências”. 
Já no segundo, o termo regente, o verbo prender, é transitivo direto (pronominal) e 
indireto, com a preposição“a” (Alguém se prende a alguma coisa); no entanto, o 
termo regido é o pronome pessoal elas, que não admite o artigo definido antes de si. 
Há, portanto, apenas um “a”, que é a preposição – “uma vez que a elas nos 
prendemos todos, em nossa vida comum”. 
(C) O termo regente caber é transitivo indireto (Alguma coisa cabe a alguém). A 
expressão que exerce a função de objeto indireto é “a gente”, que, segundo o 
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contexto, apresenta a acepção equivalente a “nós”; uma vez antecedida da preposição 
“a”, forma crase. Para a análise, não se deve levar em conta a expressão denotativa “é 
que”; na ordem direta, a construção seria: “identificar os preconceitos (sujeito) cabe à 
gente.”. 
Em seguida, o termo regente, verbo afetar, é transitivo (Alguma coisa afeta alguém). 
O termo regido é “aqueles artistas e profissionais”: “sobretudo os que afetam aqueles 
artistas” – crase incorretamente indicada. 
Finalmente, o termo regente dar é transitivo direto (objeto direto: graça) e indireto 
(objeto indireto: nossa vida), devendo o complemento indireto ser precedido da 
preposição “a”. Como o termo regido é iniciado por um pronome possessivo, o 
emprego de artigo definido feminino é facultativo, podendo ocorrer crase ou não 
(“profissionais que dão graça a / à nossa vida”). Portanto, está correta a indicação de 
crase. 
(D) O termo regente, verbo assistir, no sentido de “ver, presenciar”, é transitivo 
indireto, exigindo a preposição “a”. O termo regido é “exibição”, que admite artigo 
definido feminino. Há crase: “Assistimos à exibição descarada de preconceitos...”. 
Correto emprego do acento grave. 
O erro está na sequência: o termo regente, verbo causar, é transitivo direto (coisa) e 
indireto (pessoa) (Fulano causou alguma coisa a alguém), regendo a preposição “a”; o 
termo regido é “pessoas”, que admite o artigo definido feminino plural. Houve o 
registro desse artigo, mas faltou a indicação de crase para registrar a existência da 
preposição. A forma correta seria: “que tantos dissabores causam às pessoas...”. 
Por fim, a expressão “à distância”, como vimos, é objeto de bastante polêmica. 
Vamos relembrar: a maioria dos gramáticos afirma que, sem especificação, a 
expressão não recebe acento (“Mantenha-se a distância.”). Havendo definição dessa 
distância, usa-se o acento grave (“Mantenha-se à distância de 10 metros.”). Contudo, 
a recomendação do professor Celso Luft é acentuá-la sempre, por considerá-la uma 
locução adverbial feminina. 
Note que o examinador, nesta questão, não deixou clara a sua posição, ao indicar 
outro erro de crase antes dessa expressão. Ótimo para o candidato, que não precisaria 
esquentar a cabeça. Mas, mesmo assim, todo cuidado é pouco. Leve esse 
conhecimento para a prova e, caso se depare com a polêmica expressão adverbial “a/à 
distância”, analise as demais opções para afirmar se está certo ou errado o emprego 
na questão. 
 
19 – A 
O verbo assistir é transitivo indireto e rege a preposição a. Este é o termo regente. O 
termo regido é o substantivo peças, que, por estar no plural, deve ser acompanhado 
de artigo definido feminino plural. Só que esse substantivo está sendo usado de 
maneira genérica, dispensando o artigo. Assim, a forma correta seria: “... não se 
assistia a peças com tanto senso crítico como estas”. 
Em relação às demais opções, devemos observar. 
a) O termo regente é chegar, verbo transitivo indireto que, por indicar movimento, 
rege a preposição a. Como o termo regido é o substantivo varanda, a contração do 
artigo que o acompanha com a preposição forma “à”. Para nunca mais errar na 
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regência deste verbo, passe a usá-lo corretamente no seu dia a dia. Assim que chegar 
a casa (sem acento, como vimos logo no início), ensine essa lição ao seu filho, 
seu cônjuge, sua sogra, seu cunhado... seja um chato!!!! Passe a corrigir todo 
mundo!!! Assim é que se apre(e)nde o conceito...rs... 
c) Um bom exemplo do emprego de artigo com topônimos. Vamos fazer o teste do 
morar: Eu moro em Ipanema, em Jacarepaguá ou na Barra. Dos três bairros, o único 
que admite artigo é o terceiro, motivo pelo qual o “a” foi acentuado. 
d) O verbo referir-se é transitivo indireto, com a preposição a. O artigo antes de 
pronomes possessivos é facultativo. O examinador optou por seu emprego. Assim, 
houve a fusão da preposição a com o artigo definido as = “O povo referia-se às nossas 
praias...”. 
e) Os artigos definidos que acompanham os substantivos direita e esquerda se 
contraíram com a preposição exigida pelo termo regente, o verbo dirigir-se (transitivo 
indireto, regente da preposição a), formando crase (“...à direita e à esquerda do 
palanque”). 
Observe que estas não são locuções adverbiais femininas, como em “Vire à direita / à 
esquerda” (que também seriam acentuadas). 
 
20 – Item INCORRETO 
Até que essa questão não foi das piores, não é mesmo? 
O termo regente é a locução prepositiva “em relação a”. O termo regido é 
“oportunidades”. Houve crase por ter sido empregado o artigo definido feminino plural 
antes desse substantivo: as oportunidades. 
A questão propõe a retirada do artigo. Até aí, tudo certo. O erro está em indicar que a 
forma passaria a ser “à”. Opa! Você já está careca de saber que “à” é a contração da 
preposição “a” com o artigo definido singular feminino “a”. Se ele quisesse usar um 
artigo, não poderia ser, de modo algum, no singular, haja vista que o substantivo 
correspondente está no plural. 
A retirada do artigo levaria ao registro de “em relação a oportunidades”, em que só 
haveria a locução prepositiva e, portanto, apenas um “a”, sem acento grave. 
 
21 - E 
Essa questão de crase nos dá a oportunidade de falar sobre a expressão “à custa de”, 
que deve ter derrubado muita gente. 
Vamos analisar lacuna por lacuna. 
1ª lacuna) O termo regente corresponder exige a preposição “a” (Algo corresponde a 
alguma coisa). O termo regido poderia até admitir o artigo ou ser usado em sentido 
genérico (correspondeu às / a necessidades do trabalho). Para confirmar essa 
possibilidade, vamos construir uma oração em que “necessidade do trabalho” seja o 
sujeito: “Necessidade do trabalho leva milhares de pessoas à migração” – ou - “A 
necessidade do trabalho leva...”. Pode haver artigo ou não. Mas de qualquer forma há 
preposição, exigida pelo termo regente. Eliminamos, assim, a opção “c” (as – só 
artigo, sem preposição). 
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2ª lacuna) Esse termo regido possui o mesmo termo regente (correspondeu) que exige 
a preposição “a”. Dessa vez, o termo regido foi usado em sentido específico 
(necessidade da produção, ou mais realmente à necessidade das colheitas) – percebeu 
o “à” antes da segunda ocorrência de “necessidade”? Então, há artigo antes de 
“necessidade da produção” também, o que provoca crase: “[corresponde] à 
necessidade da produção”. 
3ª lacuna) Essa lacuna dá continuidade à estrutura que teve início em “correspondeu 
sempre, sim, à necessidade de produção”. Como houve artigo antes de “necessidade 
da produção”, antes de “necessidade das colheitas”, deve haver também antes de 
“necessidades de dinheiro pronto e de dinheiro fácil”. Todos esses substantivos 
encontram-se definidos, o que justifica o emprego do artigo. Em virtude do encontro 
com a preposição exigida por “correspondeu”, há crase: às necessidades de 
dinheiro. 
4ª lacuna) Agora a palavra “guerra” (em abrir guerra) requer a preposição “a” (Alguém 
abre guerra a ou contraalgo/alguém). Como “ociosidade” admite artigo, há crase: “No 
dia em que se abrir guerra à ociosidade...”. 
5ª lacuna) O verbo “oferecer” é bitransitivo, ou seja, apresenta complemento direto e 
indireto. O objeto direto é “garantias” e o objeto indireto “gente do campo”. Como 
temos uma voz passiva pronominal (presença do pronome apassivador se – se 
oferecerem garantias = se garantias forem oferecidas), o objeto direto exerce a função 
de sujeito paciente. Mas nada disso afeta a função de objeto indireto (olha o esquema 
aí, gente!!!). Em relação a esse segundo complemento, exige-se a preposição “a” 
(Alguma coisa é oferecida a alguém). Antes de “gente do campo” pode haver artigo 
definido feminino singular, o que justifica o acento grave: “se oferecem garantias à 
gente do campo”. 
6ª lacuna) Finalmente, chegamos à última lacuna. Trata-se da expressão “à custa 
de”, que significa “às expensas de”. 
Cuidado com a confusão que muita gente boa faz: o substantivo “custas” significa 
“despesas judiciais devidas no processo”. Já o correspondente no singular (custa) tem 
o sentido de “custo, dispêndio, despesa”. A partir do significado de cada um dos 
vocábulos, já dá para perceber que a expressão deve ser grafada no singular: “Aquele 
rapaz vive até hoje à custa do pai”, “Eu não sou homem de viver à custa de mulher”. 
Se você costumava usar essa expressão no plural, pode começar a mudar hoje 
mesmo. Como é uma locução feminina, recebe o acento grave. Esse conceito seria 
suficiente para definir a resposta dessa questão – a única opção que apresenta “à 
custa de” é a de letra E. 
 
22 - A 
1ª lacuna: Para começar, analise uma outra estrutura: 
“A loja funciona das 10h .... 18h”. 
Há um artigo (contraído com a preposição “de”) antes do primeiro elemento (das 10h). 
Então, deve haver artigo antes do segundo. Como já existe uma preposição “a”, ocorre 
a fusão: “das 10h às 18h”. A isso se dá o nome de paralelismo sintático (Lembra? O 
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que acontece com um elemento ocorre também com os demais de mesma função 
sintática). 
Note, agora, que antes de “janeiro” há somente uma preposição (“de”), não há artigo. 
Aliás, não daria para ser diferente. Ninguém fala “do janeiro ao dezembro”, não é 
mesmo??? Pois, se não há artigo antes do primeiro elemento, não pode haver antes 
dos demais. A relação é “de ... a ...”, somente com preposições. Por isso, não há 
crase: “de janeiro a julho”. Paralelismo nele! 
2ª lacuna: Na expressão “em comparação com” já existe uma preposição (“com”), o 
que impossibilita a existência da preposição “a”. O que irá preencher a lacuna é o 
pronome demonstrativo “a”, equivalente a “aquela”, que se refere à palavra 
“produção” (“houve aumento na produção de veículos, em comparação com [a 
produção] obtida no ano passado”). Não há dois “as”, somente um - o pronome 
demonstrativo. Portanto, não há crase: “em comparação com a obtida...”. 
3ª lacuna: Em locução verbal, há apenas preposição, sem artigo. Por isso, não há 
crase: “As montadoras passaram a exportar”. 
A ordem será: a, a, a – opção (A) 
 
23 - B 
Reforçando: CRASE é o fenômeno de encontro de duas vogais iguais e contíguas. O 
encontro da preposição “a” com outro “a” (artigo definido feminino, pronome 
demonstrativo, pronome relativo) acarreta crase, registrada com o acento grave. 
Assim, para que um “a” receba o acento, é preciso esse encontro dos dois “as”. 
1ª lacuna – O termo regente “parecidas” exige a preposição “com” e não “a”. Em 
seguida, temos um pronome demonstrativo “as”, que se refere a “necessidades”. Não 
ocorre crase: “parecidas com as dos seres humanos”. 
2ª lacuna – O termo regente é o verbo OFERECER, que é bitransitivo. O objeto direto é 
representado por “os cuidados exigidos”, e o objeto indireto, o pronome pessoal “eles”. 
Esse termo regido não admite artigo definido feminino e, por isso, há apenas UM “a”: a 
preposição – “para oferecer a eles os cuidados exigidos”. 
3ª lacuna – O termo regente “RECORRER”, da locução verbal “têm recorrido”, exige a 
preposição “a” (Alguém recorre A alguma coisa/ alguém). O termo regido, contudo, 
além de estar sendo usado em sentido genérico, o que dispensa o emprego de artigo 
definido, se o aceitasse, seria o artigo “as” (plural – “as táticas”) e não “a”(singular). 
Por isso, há apenas a PREPOSIÇÃO e, por isso, não ocorre crase: “têm recorrido ... a 
táticas inovadoras”. 
 
24 - A 
O verbo VOLTAR rege preposição “a” (Alguém volta A algum lugar). Esse é o termo 
regente. O termo regido admite artigo definido feminino (“a memória”). Assim, há o 
encontro da preposição com o artigo definido feminino, ocorrendo crase: “Voltam-me 
à memória...”. 
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Em seguida, o termo regente é o verbo ASSISTIR, que, no sentido de ver, presenciar, 
rege a preposição “A”. Como o termo regido é o pronome relativo “que”, não há crase, 
pois o pronome relativo não aceita artigo definido feminino antes de si. 
Está correta a opção. 
B) A expressão “a princípio”, por apresentar um substantivo masculino, não recebe 
acento grave. 
C) Está certa a primeira ocorrência de crase: o verbo ENTREGAR-SE rege a preposição 
“a” (Alguém se entrega A alguma coisa) e o termo regido “leitura” aceita artigo. O 
problema está a seguir: o termo regente exige preposição “a” (contribuição A alguma 
coisa), mas o termo regido é “uma vida interior”, expressão que já apresenta um 
artigo INDEFINIDO. Há apenas uma preposição e, por isso, não ocorre crase. 
D) Novamente, o examinador acerta na primeira, mas erra na segunda. O verbo 
REFERIR-SE exige a preposição “a” e, ao encontrar-se com o artigo definido feminino 
que acompanha “ficção”, provoca o fenômeno, que deve ser acentuado. Em seguida, o 
termo regente, o adjetivo “essencial”, exige a preposição (Algo é essencial a alguma 
coisa/alguém) e o termo regido admite artigo (a argumentação que desenvolvia). Mais 
uma vez, há o encontro dos dois “as”, devendo ser assinalado com o acento: 
“essencial à argumentação que desenvolvia”. 
E) Antes de verbo, não há artigo definido feminino. Por isso, mesmo que o termo 
regente exija a preposição (Alguém se dedica A alguma coisa), o termo regido, o verbo 
CULTIVAR, não aceita artigo e, com isso, não ocorre crase. 
 
25 - C 
Essa é para terminarmos o nosso estudo de hoje. 
Vamos analisar cada um dos termos destacados. 
1º) O termo regente permitir exige a preposição a (permitir algo a alguém); o termo 
regido Executivo admite artigo definido masculino – forma-se “ao” - correto; 
2º) O termo regente apto exige a preposição a (“Alguém está apto a alguma coisa.”); 
o termo regido ajudar é um verbo e não admite artigo definido feminino. Portanto, 
não ocorre crase: está apto a ajudar - correto; 
3º) O termo regente enviar exige a preposição a (“Alguém envia algo a alguém.”); o 
termo regido Receita admite o artigo definido feminino (“A Receita divulga o último 
lote de restituição.”). Por isso, ocorre crase: “As informações ... são enviadas à 
Receita ...” – Esse é o item incorreto. 
4º) O pronome demonstrativo está se referindo a alguma informação que já foi dada 
(pertence ao “passado” do texto), por isso requer a forma “esse”. O emprego de 
pronomes demonstrativos em relação ao texto (referência anafórica) será objeto de 
nossa próxima aula (Pronomes). 
5º) O pronome relativo que substitui casos. Em uma outra estrutura, teríamos 
“nesses (= em + esses) casos, o programa ...”. Percebe-se a necessidade do 
emprego da preposição em, então a forma está correta: “nos casos em que o 
programa...”. 
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Mas não se preocupe com pronome relativo. Em nosso próximo encontro (que será 
bem maior que esse de hoje), veremos também esse assunto. 
 
Grande abraço e até a próxima.

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