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Biofísica Renal.01

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Sarah L. K. Moser-XLIII
Função Renal
Dentre várias funções dos rins, uma delas é a produção de urina ,além de estar relacionado ao sistema circulatório, controle de pH e da osmolaridade e da concentração plasmática. A importância da manutenção da osmolaridade está relacionado com a manutenção do volume das células. O controle de pH sanguíneo é feito com auxílio do rins (excreção e reabsorção de HCO-3) e do sistema respiratório, além das soluções tampões.
O mecanismo renal de tamponamento é um pouco mais tardil, primeiramente funcionam as soluções tampão, depois o centro respiratório e após alguns dias os mecanismos dos rins entram em ação.Essas tarefas são feitas através da excreção e da reabsorção de íons metabólicos nos rins.
A parte mais externa é denominada de córtex e a mais interna de medula, entre elas se encontram os néfrons.O néfron é a unidade funcional do rim, o sangue chega através da artéria renal e sai pela veia renal.
 Cerca de 25% do débito cardíaco é bombeado para os rins para que ocorram os mecanismos de secreção, excreção, reabsorção e filtração. O néfron consiste em um sistema tubular e um corpúsculo. Esse corpúsculo é formado por uma rede de capilares que é denominada de GLOMÉRULO, que é envolto por uma membrana impermeável, que é a CÁPSULA DE BOWMAN, a filtração ocorre no corpúsculo renal, de forma que o solvente e o soluto de baixa massa moleculár passaram do gromérulo para a cápsula.
A parte mais externa é denominada de córtex e a mais interna de medula, entre elas se encontram os néfrons.O néfron é a unidade funcional do rim, o sangue chega através da artéria renal e sai pela veia renal. Cerca de 25% do débito cardíaco é bombeado para os rins para que ocorram os mecanismos de secreção, excreção, reabsorção e filtração.
 O néfron consiste em um sistema tubular e um corpusculo, Esse corpúsculo é formado por uma rede de capilares que é denominada de GLOMÉRULO, que é envolto por uma membrana impermeável, que é a CÁPSULA DE BOWMAN, a filtração ocorre no corpúsculo renal, de forma que o solvente e o soluto de baixa massa moleculár passaram do gromérulo para a cápsula. O filtrado então segue para o sistema tubular, inicialmente no TÚBULO PROXIMAL, e na ALÇA DE HENIE E TÚBULO DISTAL e por fim TÚBULO COLETOR. O sangue entra através da artéria renal e vai passar por outras artérias até chegar na arteríola aferente, que é a que passa pelo golmérulo, e sai pela arteríola eferente. O filtrato que fica na cápsula (que é o que extravasa da arteríola, que é o que será filtrado) seguirá para o túbulo proximal.
O sangue que retorna, ou seja aquele que passou pelo glomérulo, e volta através da arteríola eferente, passa pelos capilares peritubulares, que são aqueles circundam todos os túbulos. O sangue que retorna, ou seja aquele que passou pelo glomérulo, e volta através da arteríola eferente, e passa pelos capilares peritubulares, que são aqueles circundam os túbulos. Os capilares retortam,com o sangue após a reabsorção de nutrientes e líquido no filtrato , para a arteríola eferente que segue pelo tecido até desembocar na veia renal, voltando para circulação venosa. O sangue da arteríola eferente é um sangue rico em proteínas pois o glomérulo é praticamente impermeável a proteínas de médio e grande peso molecular e as demais são reabsorvidas.Tudo aquilo que for FILTRADO poderá ser ELIMINADO(EXCRETADO) ou REABSORVIDO, algumas coisas que são filtradas são essenciais ao organismo como por exemplo a glicose (será 100%reabsorvida, assim como os aminoácidos), e existem outras substâncias que devem ser eliminadas por serem tóxicas, ou apenas por deverem ser excretadas, como uréia, creatinina (que são produtos finais do metabolismo),a creatinina por exemplo, tudo que dela é produzido deve ser excretado.A glicose, os aminoácidos e uma boa porcentagem dos íons são reabsorvidos após a filtração, a reabsorção também irá ocorrer no túbulo e direcionará os nutrientes para o capilar. Além da reabsorção existe também o processo de secreção tubular, que é um processo auxiliar a filtração,ou seja ocorre após a filtração. A secreção é importante para a excreção,o que é secretado será eliminado,que seria o inverso da reabsorção. Se na reabsorção as substâncias passavam dos túbulos para os capilares, na secreção a substâncias vão dos capilares para os túbulos, e passando pelo túbulo será encaminhada para a urina e eliminada.
**Nem tudo aquilo que for filtrado será excretado, pois pode haver reabsorção, porém tudo aquilo que for secretado será excretado.
-Em resumo as principais funções renais são:
-Excreção: que é feita através da filtração e da secreção.
-Reabsorção: nutrientes vitais que são reabsorvidos daquilo que é filtrado.
-Filtração: passagem de plasma, íons e algumas pequenas moléculas (glicose e aminoácidos) que pssam pelo glomérulo renal.
-O rim possuí funções:
Endócrinas:pois produz e secreta substâncias como a renina e a eritropoetina(produzida nos rins e estímula a produção de células do sangue na medula óssea)
Exócrinas: pois elimina resíduos do metabolismo, como uréia, ácido úrico e creatinina.Além de eliminar esse produtos ele também descarta aquelas substâncias que são consideradas córpos estranhos, que é o caso das drogas, pesticídas eagrotóxicos ingeridos junto com os alimentos.
->HORMÔNIOS:
Renina: Será secretada quando houver diminuição de pressão arterial, acontece pelo complexo glomerular, nás células das arteríolas aferente e eferente. 
A renina vai se ligar a uma enzima proteolítica, ela vai clivar o angiotensinogênio que é uma proteína plasmática formando angiotensína I,que sofrerá a ação de uma outra enzima que é a ECA (enzima conversora de angiotensina) sendo assim rasnformada em angiotensina II. A angiotensina II age realizando vasoconstrição,o que eleva a pressão arterial,além disso estimula a supra renal a secretar aldosterona, e a aldosterona estimula a reabsorção de água e sal, fazendo com que o volume circulatório aumente, e a pressão aumente.Além disso, estímula a liberação de ADH pela hipófise posterior, o ADH é o hormônio antidiurético também chamado de vasopressina, o ADH é responsável pelo aumento de reabsorção de água.
*Esse sistema é denominado Renina-Angiotensina-Aldosterona.
**Alguns medicamentos anti-hipertensivos agem inibindo a enzima ECA para evitar a formação da angiotensina II, e que ela realize sua função (aumento da pressão arterial e da reabsorção de sal e água).
Eritropoietina: estimula a produção de hemácias na medula, a eritropoietina é produzina, 90% dela, pelos rins. No caso de uma insuficiência renal os níveis de eritropoietina vão diminuir, e isso faz com quediminua a produção de hemácias, isso causa anemia (anemia secundária a uma doença crônica, no caso de uma doença renal). Pacientes com insuficiência renal utilizam eritropoietina para estimular a produção de hemácia, ou realizam transfusões sanguíneas.
Filtração
Os fatores que interferem/ determinam se um composto será filtrado ou não são 2, a massa (peso molecular) e a carga elétrica. Quanto menor a massa mais fácil será a filtração, ou passagem pela membrana, moléculas que tem até 5 mil daltons são livremente filtradas. A medidaque a massa vai aumentando a filtração se torna mais difícil, acima de cerca de 70 mil daltons não ocorre mais a filtração. Como a maioria das proteínas tem uma massa superior a 70 mil daltons é extremamente difícil sua filtração, apenas passam aquelas que possuem baixo peso molecular. 
A carga influencia de modo que moléculas que possuem carga positiva são filtradas mais facilmente, enquanto que as de carga negativa não são filtradas. Isso porque no glomérulo existe uma membrana basal que é rica em glicoproteínas com carga negativa (o que acaba atraíndo íons positivos e repelindo íons negativos). No filtrado acabam tendo também íons negativos (ânions, como exemplo seria o Cl- que possuí pequena massa e acaba passando facilmente pela membrana) porém a predominância é de cátions.
Afiltração ocorre por difusão, então as substâncias vão se difundir pelo glomérulo até atingirem um equilíbrio, exceto em relação as proteínas que ficarão no plasma do sangue, esse processo é uma diálise (visto em aula prática).O filtrado se forma pois entre as forças de filtração e de reabsorção existe uma resultante que é a favor do filtrado. As forças são: PRESSÃO HIDROSTÁTICA (que é a pressão da água), PRESSÃO OSMÓTICA ( que é a pressão de íons e proteínas ou melhor, de concentração de soluto no plasma).
Arteríola eferente-> Corpúsculo renal(conjunto do glomérulo mais cápsula)->arteríola eferente. 
PHID(pressão hidrostática):é a pressão exercída pela água, no glomérulo ela é a favor do filtrado, e a pressão hidrostática da cápsula é contra a filtração.
POSM(pressão osmótica): depende da concentração de proteínas, quanto maior a concentração de proteína maior será a pressão osmótica. Quanto maior a quantidade de proteínas no sangue maior será a pressão osmótica, que é contra o filtrado no glomérulo e a favor do filtrado na cápsula.Em condições normais a pressão osmótica da cápsula está baixa (é favorável a formação do filtrado pois o glomérulo é praticamente impermeável a proteína, e como essa pressão depende da quantidade de proteína, é preticamente inexistente).
Se patologicamente a permeabilidade do glomérulo for comprometida, no caso aumentar, isso permite a passagem de proteínas, e passando proteínas essa pressão aumenta (pressão Osmótica do glomérulo), o que aumenta a força resultante de filtração, o que vai aumentar o fluxo de urina.Qualquer alteração nas pressões (hidrostática ou osmótica) vai interferir na pressão resultante, o que interfere no volume do filtrado. O volume do filtrado é diretamente proporcinal a pressão de filtração, ou pressão final.
**Uma ocorrência que leva ao aumento da pressão hidrostática da cápsula gromerular é a formação de cálculo. Os cálculos são formados pela deposição de minerais, como: oxalato de cálcio, ácido úrico, isso leva a formação da pedra. que irá se alojar no trato urinário, normalmente no ureter. A pedra é responsável pelo aumento de dificuldade na eliminação de urina. Isso acarreta no aumento da pressão hidrostática da cápsula o que diminuí a pressão do filtrado e a produção de urina.
PATOLOGIAS
Caso ocorra a obstrução da arteríola AFERENTE, o fluxo renal plasmático irá diminuir, se diminui o fluxo renal, diminuí a pressão hidrostática do glomerulo (PHS), que faz com que a pressão de filtração também diminua, reduzindo assim a quantidade de urina formada.(demonstrada na imagem).
*Caso ocorra uma dilatação da arteríola AFERENTE, isso fará com que o fluxo renal aumente,ou seja aumenta a pressão hidrostática e a quantidade de urina produzida.
*Em casos de HIPOTENSÃO a formação de urina também é reduzida, e a passagem de fluído é mais lenta, fazendo com que a reabsorção seja maior, isso compromete a excressão de algumas substâncias (inclusive as tóxicas como a uréia). Assim há uma diminuição da concentração tubular de cloreto de sódio, diminuindo o NaCl, diminuí a secreção de adenosina e ATP, gerando assim uma dilatação da arteríola AFERENTE, para aumentar o fluxo do filtrado. Paralelo a isso ocorrerá produção de angiotensina (RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA) que contraí a a. EFERENTE.
Caso ocorra a obstrução da arteríola EFERENTE, isso dificulta a saída de sangue do glomérulo, aumentando assim a pressão glomerular (PHS) o que aumenta a pressão do filtrado e o volume de urina. 
*Indivíduo HIPERTENSO produz muito filtrado devido ao aumento do fluxo renal, só que o mecânismo de filtração deve ser controlado. Logo, existem mecanismos de autocorreção, esses mecanismos são necessários pois pode acabar danificando o glomérulo a produção excessiva de urina. Além disso, com a produção excessiva, a passagem do filtrado pelos tubulos é mais rápida fazendo com que haja comprometimento da reabsorção. Isso fará com que ocorra um aumento na concentração de íons como é o caso de cloreto de sódio (NaCl) nos túbulos (distal e alça de henie na parte ascendente), que são responsáveis pela reabsorção de íons, e esse aumento de NaCl acarreta no aumento de secreção de adenosina e ATP, que são substâncias vasoconstritoras e, essas substâncias irão realizar a constrição da arteríola AFERENTE para que diminua o fluxo, a pressão, e a formação do filtrado ( diminuindo a velocidade e aumentando a reabsorção).
*Para regulação desses mecânismos de filtração é necessária uma pressão arterial regulada, o que ocorre devido a um conjunto de fatores (ADH é um exemplo, ou a eliminação de adenosina e ATP nos túbulos). 
Controle da Filtração Glomerular:
Norepinefrina e Epinefrina: causam constrição de arteríola aferente (diminuí a quantidade de filtrado pois diminuí pressão de filtrado).Liberados pelos nervos simpáticos e pela supra renal.
Endotelina: Atua também realizando a constrição da arteríola aferente, o que diminuí a formação de filtrado. 
*Os 3 são liberados quando houver HIPERTENSÃO, para diminuir a formação de filtrado.
Angiotensina II: Aumento ocorre com o aumento de HIPOTENSÃO e formação de renina. Gera a constrição de a. EFERENTE, para aumentar a pressão glomerular. Causa aumento na formação de filtrado.
Óxido Nítrico: É o fator de relaxamento endotelial natural, vai diminuir a resistência vascular evitando constrição excessiva. Por exemplo na hipotensão, deve ocorrer uma constrição moderada da a. eferente, para controlar, pois se não acaba invertendo o efeito.Existe uma enzima que é a oxido nítrico sintase endotelial que está presente no endotélio, existem 3 isoformas (enzimas com mesma função em tecidos diferentes) dessa enzima, ela realiza síntese de óxido nítrico (formado a partir de um aminoácido). 
Prostaglandinas e Bradicinina: causam dilatação da a. AFERENTE, o que aumenta pressão do filtrado e o fluxo de urina, atua em casos de hipotensão.
Ritmo de filtração glomerular 
O ritmo de filtração glomerular (RFG) é a quantidade de plasma filtrada por minuto. Que corresponde a 21% do fluxo renal plasmático (FRP), que é o volume de sangue que chega a a. AFERENTES que em condições normais é de 600 mL por minuto, se 600 equivale a 100%, 21% é igual a 125 mL/min. Ou seja, a cada minuto é formado 125 mL de FILTRADO, e não de urina, pois haverá reabsorção.
Se em um minuto são formados 125 mL de filtrado em 24 h serão 180 L de filtrado, e desses 180 L são excretados aproximadamente 1/1,5 L, logo grande parte do filtrado é reabsorvido. Apenas 1% do que é filtrado será excretado, ou outros 99% são reabsorvidos.O ritmo de filtração glomerula é o volume de líquido que é retirado do plasma quando ele passa pelo glomérulo, o que resta é o sangue que vai pela arteríola eferente e será chamado de fluxo eferente plasmático, pode ser calculado pelo fluxo renal plasmático - ritmo de filtração glomerular.
Reabsorção Tubular
O processo de reabsorção começa no túbulo proximal(que é onde ocorre a maior parte da reabsorção), para que a substância seja reabsorvida ela deve passar do lúmen do túbulo para os capilares. A membrana que está em contato com o lúmen é denominada de membrana luminal ou m. apical, ela apresenta microvilosidades o que aumenta a área de absorção das células o que é característico do túbulo proximal. A membrana que está em contato com o interstício é chamada de membrana baso-lateral e ela contem grande quantidade de bomba de sódio e potássio. A reabsorção de uma substância através da célula (substância tem que penetrar na célula, vai passar do lúmen para a célula e da célula para o interstício, é chamada de transcelular) As célula estão unidas por junções que são permeáveis permitindo que aconteça uma certa reabsorção através das junções, e a reabsorção que ocorre através das junções é denominada de reabsorção paracelular.
O sódio(Na+)
- Relação Lúmen/ Membrana:
 A maior quantidade de sódio está presente no lúmen, sendo que é 140 mOSM (miliosmol) a concentração no lúmen e 12mOSM namembrana. Logo o gradiente de concentração é a favor da entrada de sódio na célula da membrana. A voltagem no lúmen é de -20mV, enquanto que na membrana é de -70mV, fazendo com que o gradiente elétrico atraia ainda mais o sódio e seja a favor do gradiente de concentração.
-Relação Membrana/Interstício:
A concentra ção de sódio no interstício é bem maior que na membrana (300 mOSM de Na) contra 12 mOSM da membrana . Assim a passagem do sódio para o interstício conta com gradiente desfavorável, pois vai passar de onde tem menos[ ] -> mais[ ]. O potencial do interstício é ZERO, então o potencial elétrico é desfavorável a saída, logo, o sódio sai por processo ativo primário que é a bomba de sódio e potássio.
-Relação Interstício/Capilar:
Chegando no interstício a pressão hidrostática é igual a 10mmHg e a pressão hidrostática do capilar é 8 mmHg, então a resultante é igual a 2 a favor da entrada de água. Assim no capila a reabsorção de sódio ocorre passivamente junto com a entrada de água.
Reabsorção de Bicarbonato:
 No lúmen o bicarbonato de sódio está ionizado, para que o bicarbonato seja reabsorvido é necessário que um hidrogênio seja secretado pelas células da membrana. Para isso o H vai passar de onde tem menos [ ] para onde tem mais [ ], para isso será utilizada a energia da passagem do gradiente de sódio (enquanto ocorre a entrada de sódio é realizada a saída de hidrogênio, esse processo é o contratrasporte feito por uma proteína antiporte do tipo sódio-hidrogênio). O hidrogênio que chega no lúmen se combina com o bicarbonato formando ác. carbônico que será decomposto pela anidrase carbônica em CO2 e H2O, que são moléculas pequenas e neutras de fácil difusão e entram facilmente na célula, chegando na célula a anidrase carbônica irá reverter o processo que ocorreu no lúmen e vai hidratar o CO2 e formar o ácido carbônico novamente, do ác. carbônico 1 H+ é retirado e secretado enquanto o bicarbonato será reabsorvido.
*para cada H+ secretado no lúmen 1 bicarbonato é reabsorvido. Isso tudo ocorre pois não existe nem uma proteína que faça o transporte de bicarbonato.
A concentração de potássio nas células da membrana é alta devido ao trasnporte de sódio para o interstício se dar por bomba de sódio/potássio, quando isso ocorre o sódio saí para o interstícios porém o potásio entra. Esse potásio que entra tende a sair, e quando ele sai ele leva junto o bicarbonato, então a saída do bicarbonato vai ocorrer por COTRANSPORTE, feito por uma proteína simporte, em que o potássio se liga a proteíne e o bicarbonato também, assim quando o patássio sai o bicarbonato sai também favorecido pelo potássio. O bicarbonato vai do interstício para o capilar de forma passiva.
**Existem outras alternativas para a saída do bicarbonato, como a passagem pela membrana através de proteínas antiporte do tipo sódio/bicarbonato que faria a entrada do sódio e saída do bicarbonato, e também do tipo cloro/bicarbonato em que o cloro entra e o bicarbonato saí. Porém o mais utilizado é o cotrasporte do bicarbonato/potássio.
Reabsorção de Água
A medida que os solutos são reabsorvidos o lúmen fica hipotônico (menos concentrado), e a medida que ele se torna hipotônico ocorre a reabsorção da água (ocorre por osmose, vai do meio menos concentrado para o meio mais concentrado). Ocorreria de modo que sairia do meio hipotônico no lúmen para o hipertônico no capilar, ocorre de forma passiva de forma transcelular (80% da H2O passa pela célula) no túbulo proximal por osmose, um pequeno percentual de água pode ser reabsorvido de forma paracelular (pelas junções das células), uma pequena porção pode ser reabsorvida na alça eferente e o restante no túbulo distal e coletor por ação do ADH.
Quanto maior a concentração de ADH na circulação maior a reabsorção de água pelos túbulos distal e coletor, age aumentando a permeabilidade nos túbulos, o que aumenta a reabsorção de água.
Reabsorção do Cloro:
 Ocorre em sequência as reabsorções para que seja de forma adequada (primeiro NA+, HCO3- depois a água que segue os íons e por conseguinte o cloro isso se deve também a localização da proteína que realiza o transporte do cloro). Um terço do cloro (1/3) é reabsorvido passivamente via paracelular (nas junções) e dois terços (2/3) é de forma ativa, acoplado a entrada do sódio( Do lúmen para a célula é por COTRANSPORTE). No segmento inicial o sódio é reabsorvido com o bicarbonato e moléculas orgânica como a gllicose e alguns aminoácidos, e a partir da segunda metade do túbulo proximal passa a ser reabsorvido com o Cl (cloro) através de atração (+<->-). Do interstício para o capilar a passsagem de sódio e de cloro é passiva, e da célula para o interstício é Cotransporte.
Túbulo distal e coletor reabsorve apenas 7% do cloreto de sódio NaCl), e uma quantidade variável de água(8->17%), dependendo da concentração do ADH, quanto maior a concentração de ADH mais próximo aos 17%. 
O trasporte da glicose e de alguns aminoácidos:
É favorecido pelo transporte de sódio do lúmen para a célula, que utiliza uma proteína simporte. E a passagem da célula para o interstício é por transporte passivo. e na segunda metade do túbulo proximal o sódio é reabsorvido com o cloro, por isso o cloro é praticamente o último a ser reabsorvido, isso se deve a localização das proteínas que fazem esse transporte.
Controle da reabsorção de NaCl e ÁGUA:
Angiotensina II: A quantidade de angiotensina aumenta quando o fluxo circulatório diminui, pois diminui a pressão arterial diminui também, o que libera a RENINA( ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona). Isso faz com que ocorra o estímulo de reabsorção de sal e água. age no túbulo PROXIMAL para realizar essa reabsorção.
Aldosterona: Aumenta junto com a angiotensina II, pois é ela quem estimula a supra-renal a secretar aldosterona, que também é responsável por reabsorver sal e água na alça de henie ascendente, e no túbulo distal e t. coletor.
Norepinefrina e Epinefrina: Estão aumentadas na diminuição do volume circulante, dessa maneira também vão estimular a reabsorção de sal e água no tubulo proximal, alça de Henie ascendente e t. Coletor. São secretadas pelo córtex da supra-renal e nervos simpáticos.
Dopamina: aumenta quando o volume circulante aumenta, isso inibe a reabsorção de sal e água pelo túbulo proximal. (hormônio produzido pelo Sistema Nervoso)
ADH: hormônio antidiurético, também chamado de vasopressina, é produzido pela ADH. Será secretado em situação de desidratação. é afetado pelo consumo de álcool, pois esse realiza seu bloqueio. Ocorre quando a osmolaridade plasmática alta (alta concentração de soluto e pouco solvente), esse aumento da osmolaridade é que estimula a secreção de ADH, que vai estimular a reabsorção de água.
Conforme as necessidades metabólicas o rim pode absorver mais ou menos íons ( Na+,K+,Cl- e HCO3-), enqando que glicose e aminoácidos uma vez que filtrados são sempre 100% reabsorvidos ( a menos que exista alguma doença renal ou diabetes).A reabsorção dos íons depende da concentração plasmática desses íons (no capilar), caso na circulção ocorra um aumento da concentração de sódio a reabsorção diminuí por exemplo, e aumenta a excreção.
Existe um valor máximo, uma capacidade para reabsorção, caso a concentração seja maior que o limite a substância será excretada, como é o caso da glicose em sangue de diabéticos, que será excretada. Essa capacidade máxima pode ser chamada de transporte máximo (TM) de reabsorção, a concentração plasmática que oocorre quando essa capacidade é atingida é chamada de Limiar Renal Plasmático (LRP) -Para glicose fica entre 160-180mg/dL, o que difere do valor que é aconselhavel na concentração plasmática que é de 99mg/dL-126mg/dL, logo a dosagem de glicose da urinanão é o mais aconselhavel para teste, pois se acusar o indíce ja vai ter passado muito do recomendado.
Secreção Tubular
A secreção é o inverso da reabsorção, o sentido da secreção é do capilar para o túbulo. E o que é secretado será excretado(o que é extremamente importante para a excreção, é um processo auxiliar da filtração). A excreção é a eliminação de água e solutos através da urina.
-Métodos de Estudo da função Renal:
Existem métodos pra explorar a função glomerular, um desses métodos é através da depuração renal, que é um método que avalia a velocidade com que uma substância é retirada do sangue, através da filtração e excreção.
*se houver uma substância que foi filtrada, e após filtrada ela não for reabsorvida e nem secretada, ou seja tudo que for ingerido será secretado, nesse caso a depuração(DR) é igual ao ritmo de filtração glomerular( essa substância seria o marcador glomerular ideal).
Dr (depuração)=Ritmo de filtração glomerular. Esse é o caso da INULINA(é um polímero de frutose com baixa massa, e após filtrada ela não é reabsorvida e nem secretada, nem produzida pelo orgânismo). O que é produzido pelo corpo e mais se aproxima da inulina é a creatinina (NÃO é ideal) pois possuí uma porcentagem de secreção.
A creatinina é formada a partir da creatina fosfáto que está armazenada na célula múscular, a creatina fosfáto tem função de armazenamento de energia e sítese de ATP (2% é convertido em creatinina) a creatinina e a creatina fosfato são proporcionais a massa muscular. Uma vez formada a creatinina é secretada e excretada, sem que haja reabsorção. Essa formação começa nos rins,posteriormente passa para o fígado e depois músculo, no início são dois aminoácidos a arginina e a glicina, se unem formando o guanatino acetato, transportado ao fígado onde é metilado e forma a creatina. A creatina é trasportada para a célula muscular, onde vai receber uma molécula de ATP, o que a converte em creatinina fosfáto, e 2% dessa creatina fosfáto é convertida em creatinina e é secretada pelos rins.
 
U: concentração da substância na urina.
V: é o volume da urina coletado em 24h, dividido pelo tempo em minutos em um dia.(aproximadamente 1,8 L /1440min)
P: concentração da substância no plasma
* A creatinina não sofre inetrferência do grau de hidratação e isso ocorre com a uréia, por isso a creatinina é um marcador/indicador melhor, além de não depender da dieta. Por isso o mais comum é medir a Dce (depuração de creatinina endógena), que é calculado por:
Existe uma fórmula alternatia que seria: (é mais utilizada que a anterior):
Comparação entre marcadores:
Sarah L. K. Moser-XLIII

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