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Aula 3 de GQ1

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Aluno: Bruno Boechat – Curso: Medicina – 3º p – 14/03/2012
Anatomia das vias aéreas, faringe e laringe – Prof. Ricardo
O sistema respiratório é um conjunto de tubos condutores de ar (vias aéreas superiores e inferiores) e um par de órgãos respiratórios.
Vias aéreas superiores – nariz e suas cavidades anexas, uma parte da faringe e pela laringe.
Vias aéreas inferiores – traquéia e brônquios. 
O nariz pode ser dividido em nariz interno e externo. O nariz interno também é chamado de cavidade nasal. No nariz externo encontramos uma raiz, um dorso, um ápice, as asas do nariz e as aberturas anteriores do nariz chamadas de narinas. O nariz externo possui uma parte óssea e uma parte cartilaginosa. O dorso do nariz é formado por osso, o esqueleto do nariz externo. O dorso, o ápice e as asas tem uma constituição cartilaginosa. Os ossos nasais, direito e esquerdo, vão compor a raiz do nariz. As cartilagens laterais e as cartilagens alares (asa do nariz e ápice). 
Uma projeção cartilaginosa que vem do nariz interno, que corresponde a porção mais anterior do septo nasal, que também é cartilagíneo, e recebe o nome de cartilagem septal. 
A abertura piriforme é formada apenas pela porção óssea do nariz (sem as cartilagens). O nariz externo faz a captação do ar. 
Quando penetramos na cavidade nasal vamos encontrar um compartimento revestido por mucosa (mucosa nasal). A mucosa nasal desempenha funções importantes: filtração, aquecimento e umidificação do ar; receptores nervosos da olfação e condução do ar; adequação do ar. 
Quando fazemos um corte sagital mediano, identificamos três estruturas pertencentes ao septo nasal: a cartilagem septal, uma lâmina do osso etmoide, chamada de lâmina perpendicular e o osso vômer (osso ímpar da face). Na cavidade nasal ainda encontramos um assoalho chamado de palato duro (teto da cavidade oral), um teto formado em parte pelo osso nasal, osso frontal, etmóide e pelo esfenóide. 
As duas aberturas posteriores da cavidade nasal são chamadas de coanos, que comunica a cavidade nasal com a 1ª porção da faringe.
No septo nasal encontramos uma intensa vascularização. As principais artérias que irrigam não só o septo nasal, mas a parede lateral e o assoalho são as artérias etmoidais e artérias esfenopalatinas. 
Fibras do nervo olfatório atravessam o osso etmoide no teto da cavidade nasal através da lâmina cribriforme (pequenos orifícios nesse osso). Inervam a porção mais superior do septo nasal e a porção mais superior das paredes laterais da cavidade nasal, região essa denominada região olfatória, onde encontramos a mucosa olfatória (região mais superior).
Na parede lateral temos os ossos esfenóide, palatino, maxila, ponte nasal inferior, lacrimal e etmóide. São 6 ossos revestidos por mucosas. Quando revestidos encontramos as conchas nasais. São 3 estruturas que se projetam para o interior da cavidade. Dessas 3 conchas nasais, a concha nasal inferior corresponde a um osso isolado da face chamado de ponte nasal inferior; as outras duas conchas, a concha nasal média e a concha nasal superior são acidentes anatômicos do osso etmóide. O osso etmóide é cercado por ossos, tendo o frontal acima, maxila do lado, esfenóide atrás, lacrimal anteriormente. 
A mucosa olfatória vai estar localizada na concha nasal superior e metade da concha nasal média. Abaixo das conchas encontramos os meatos, locais onde o ar vai estar circulando. 
A região de entrada da cavidade nasal é chamada de vestíbulo nasal. Nela encontramos pêlos, denominados vibrissas. As vibrissas são responsáveis pelo início do processo de adequação do ar. Durante a inspiração as partículas maiores do ar inspirado, como a poluição, ficam retidas nas vibrissas. A próprio secreção mucosa umedece as vibrissas. As conchas nasais causam um turbilhonamento do ar inspirado,isso faz com que as partículas de poeira sejam lançadas em direção a parede da cavidade nasal. Os cílios da mucosa ciliada nasal varrem a “sujeira” em direção a faringe. Esses resíduos acabam caindo no sistema digestório e são eliminados. As conchas nasais também promovem um aumento da superfície de contato do ar com a mucosa nasal. 
O centro do vômito se comunica ao sistema respiratório pela mucosa olfatória. 
Relacionados a cavidade nasal encontramos os seios paranasais. São 4 pares de seios : seio frontal, seio etmoidal (várias pequenas cavidades, conjunto de células aéreas), seio esfenoidal (posteriormente) e o seio maxilar (maiores). Esses seios se comunicam com a cavidade nasal. O ar sofre o turbilhonamento que o direciona para dentro dos seios. A ar mais tempo circulando vai ser melhor umidificado, aquecido e filtrado. A mucosa nasal é contínua com a mucosa que reveste os seios paranasais. O assoalho dos seios maxilares mantém uma relação importante com as raízes dentárias dos 3 molares. O 3º molar é o dente ciso. Pode acontecer que ao se tentar extrair o ciso, ele ser empurrado para dentro do seio maxilar. Os seios também servem para diminuir o peso da cabeça, fazendo com que os ossos fiquem mais leves. Um outra função atribuída aos seios é que eles estariam relacionados a ressonância da voz, funcionando como caixas acústicas. Outra função atribuída aos seios seria a dissipação de forças na parede dos seios durante a mordida, no processo de mastigação. 
A glândula pituitária ou hipófise, localiza-se na sela túrsica (ou fossa hipofisária). Tumores na hipófise são operados através da cavidade nasal. Primeiro tira-se o septo nasal, abre o assoalho dos seios, chega-se no assoalho do seio esfenoidal, abre-se e retira o tumor. Ocorre uma revascularização do septo nasal. 
FARINGE
O ar ao atravessar as coanas chegam a 1ª porção da faringe, que está relacionada a cavidade nasal, a nasofaringe.
A orofaringe é a porção da faringe que está relacionada a cavidade oral. 
A região que está atrás da laringe é chamada de laringofaringe. 
O ar entra pela cavidade nasal passa pela nasofraringe, orofaringe e penetra na laringe, chegando a traquéia e brônquios. O alimento passa pela orofaringe, laringofaringe e esôfago. 
O limite superior da faringe são as coanas. O limite inferior é a margem inferior da 6ª vértebra cervical, que coincide com a margem superior da cartilagem cricóide. 
O palato duro que faz o assoalho da cavidade nasal continua-se posteriormente com o palato mole. O palato duro pode ser chamado de palato ósseo e o palato mole de palato muscular. 
O palato mole termina depois em uma formação cônica denominada úvula, conhecida vulgarmente pelo nome de campainha. A úvula e o palato mole são formados por músculo estriado esquelético (MEE) – contração voluntária, deglutição – Durante a deglutição essa musculatura se contrai e fecha a comunicação entre a nasofaringe e a orofaringe. Inferiormente tem um mecanismo que evita a passagem de alimento para a laringe por abaixamento da epiglote. Durante a deglutição a língua se desloca para trás, empurrando a epiglote posteriormente e a laringe é tracionada superiormente – “sobe”. O engasgo é a falha desse mecanismo com entrada de alimento na laringe. Quando “engasga” por cima o alimento entra no nariz, como no caso do refrigerante. rs
A faringe também é constituída por MEE, contraindo durante a deglutição. Temos 3 músculos justapostos:
- Músculo constrictor superior da faringe.
- Músculo constrictor médio da faringe.
- Músculo constrictor inferior da faringe – o maior. 
Empurra o bolo alimentar em direção ao esôfago, que tem na sua porção inicial MEE. É no esôfago que ocorre a transição de MEE para músculo liso no tubo digestório. 
Istmo das fauces ou istmo orofaríngeo comunica a boca com a orofaringe. 
Istmo= passagem estreita.
Epiglote ou cartilagem epiglótica.
Ádito da laringe – abertura.
Durante a deglutição a epiglote se projeta para trás fechando o ádito da laringe. 
Lateroinferiormente ao ádito da laringe encontramos uma depressão denominada recesso piriforme. Pode acontecer de um resíduo de alimento (ex: espinha de peixe) ficar retido no recesso piriforme. Laringoscópio e com uma pinça retirao objeto. Por ali passa o ramo interno do n. laríngeo superior, artéria laríngea superior (ramo da a. tireoidea superior) e veia laríngea superior. 
A artéria tireoidea inferior(¿) (sua curvatura) se relaciona ao gânglio cervical médio. 
O gânglio cervical inferior está em uma posição mais posterior e medial em relação a a. vertebral. 
O gânglio cervical superior se relaciona com a bifurcação da a. carótida comum em interna e externa. 
O ostio faríngeo da tuba auditiva é uma abertura na parede lateral da faringe. A tuba auditiva é um tubo cartilagíneo que liga a orelha média a faringe. Serve para regular a pressão entre a orelha média e a atmosfera. Separando a orelha da média da externa encontramos uma membrana, o tímpano ou membrana timpânica. O tímpano estará tenso e retificado quando a pressão atmosférica estiver igual a da orelha média. Se subirmos em altitude a pressão atmosférica irá baixar, como estamos habituados a pressão ao nível do mar (Rio), ficamos com a pressão na orelha média maior, o tímpano era se deformar em direção ao local de maior pressão. Ao abri o óstio a pressão se iguala e o desconforto passa. 
No recém-nascido o tubo está mais em posição horizontal, ao contrário no adulto a tuba auditva está em posição mais inclinado. Isso explica a maior incidência de otite média em recém-nascidos, que quando tem faringe é comum essa infecção/inflamação propagar para o ouvido. 
Envolvendo a esse orifício encontramos uma elevação que está a margem da abertura da tuba chamado de toro tubário. Atrás desse toro temos uma depressão chamada de recesso faríngeo. É no recesso faríngeo que encontramos as tonsilas faríngeas (função de imunidade da faringe). 
Da margem da tuba até o palato mole – prega salpingopalatina.
Da tuba até a parede lateral da faringe – prega salpingofaringea. 	
Essas pregas são formados por músculos que ajudam no processo de deglutição, bocejo e regular a abertura do óstio. 
O espaço retrofaríngeo está localizado entre a parede posterior da faringe e a coluna vertebral. Entre a fáscia pré-vertebral e a fáscia dos músculos da faringe existe musculatura que vai permitir o deslizamento da faringe durante a deglutição. Pessoas idosas que possuem osteófitos marginais na região do corpo vertebral sentem um desconforto, que pode ser intenso, durante a deglutição. Discopatia degenerativa é a causa mais comum de osteoartrose nessa região. 
LARINGE		
Possui um esqueleto cartilagíneo constituído de 3 cartilagens ímpares e 3 cartilagens pares. As cartilagens ímpares são as maiores:
- Epiglote.
- Tireóide.
- Cricóide – formato de anel, sendo mais estreito na parte inferior. 
O osso hióide não faz parte da laringe. Serve como sustentação das estruturas que compõem esse órgão. A tensão dos músculos supra e infra hioides é responsável por manter a estrutura da laringe. 
A cartilagem tem um ponto mais proeminente denominado proeminência laríngea. Mais desenvolvida nos homens devido a testosterona (¿) A voz se torna mais grave. Prega vocal mais desenvolvida. 
Articulando superiormente com a cartilagem cricóide temos uma cartilagem com um formato mais triangular, denominada cartilagem aritenóide (par). 
Na extremidade superior da aritenóide temos a cartilagem forniculada (menores).
Um 3º par fica na prega que vai da epiglote até a aritenóide denominada de cartilagem cuneiforme. 
As pregas vocais se inserem na cartilagem tireóide anteriormente e na aritenóide posteriormente. 
A membrana cricotireóide liga a c. cricóide a c. tireóidea. 
A membrana tireohióidea liga a c. tireóidea ao osso hioideo. Nela existe uma abertura por onde passa a. laríngea superior, v. laríngea superior e ramo interno do n. laríngeo superior, passam na parte interna do recesso piriforme.
O ligamento vocal...
Os músculos que tencionam a aritenóide fazem com que a cartilagem aritenóide abduza ou aduza, tencione ou diminua a tensão da prega vocal. O músculo vocal auxilia esse processo. Entre as pregas vocais temos uma abertura em forma de fenda chamada de rima da glote. 
Rima= abertura em forma de fenda. 
A glote é uma região, um espaço situado a nível das pregas vocais. Inclusive o espaço preenchido pelas pregas vocais e cartilagens aritenóides. 
A musculatura intrínseca da laringe serve para controlar a tensão ou abertura das pregas vocais. 
Os músculos intrínsecos da laringe são: aritenóides, cricoaritenóides e tireoaritenóides (falou que não vai pedir¿) todos inervados pelo n. laríngeo recorrente. Os m. cricotireóideos são inervados pelo ramo externo do n. laríngeo superior. Lesão nesse nervo ocasiona voz monótona. 
A maior tensão das cordas vocais pela contração da muscula que traciona a tireóide (m. cricotireóideos) anteriormente, faz a alteração do tom de voz. São inervados pelo laríngeo recorrente. Lesão nesse nervo altera a função das pregas vocais ocasionando alterações na voz. Outros músculos são responsáveis pela movimentação da cartilagem aritenóide. 
Atravessando o ádito encontramos o vestíbulo da laringe, e na sequencia duas pregas:
- prega vestibular (muscular).
- prega vocal (ligamentar).
Um depressão na parede lateral denomina-se ventrículo da laringe. 
Abaixo da prega vocal temos a cavidade infraglótica. 
A laringe vai até a margem inferior da cartilagem cricóide. Daí em diante temos a traquéia. 
Espaço mais fechado – som mais agudo. 
Laringotomia – incisão na membrana cricotireóidea. 
Laringostomia – comunicação com o meio externo através de um tubo.

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