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Universidade Federal de Pernambuco Centro de Cieˆncias Exatas e da Natureza Departamento de F´ısica F´ısica Experimental 1 Experimento 3: Peˆndulo simples Informac¸o˜es sobre a Equipe Nome: Nome: Nome: Bancada: Turma: Data: F´ısica Experimental 1 Objetivos Voceˆ investigara´ neste experimento o movimento de um objeto suspenso por um fio: um peˆndulo. O peˆndulo e´ um dos objetos mais emblema´ticos da f´ısica. Foi atrave´s de seu estudo que Galileu Galilei comec¸ou a desenvolver a intuic¸a˜o que o levaria a enunciar princ´ıpios gerais do movimento. Preste atenc¸a˜o na diferenc¸a que existe entre o que voceˆ de fato mede e a interpretac¸a˜o dos resultados de medida! Para entender o comportamento de um objeto real, devemos sempre buscar o modelo teo´rico mais simples que descreva as observac¸o˜es: o objetivo e´ capturar com o mı´nimo de suposic¸o˜es a esseˆncia do comportamento do objeto estudado. E sa˜o suas medidas que determinam se o objeto a` sua frente e´ bem descrito pelo modelo simpli- ficador adotado, e na˜o o contra´rio! Observac¸o˜es tais como “mas o peˆndulo na˜o pode fazer isso!” sa˜o completamente nonsense, e o peˆndulo lhe respondera´ apenas: “Can’t I? Just watch me!”. Por isso e´ bom manteˆ-lo no regime em que voceˆ tem pelo menos alguma chance de entendeˆ-lo! Voceˆ aprendera´ neste experimento me´todos importantes de ana´lise estat´ıstica. O dado experimental mais relevante nesse experimento sera´ o per´ıodo de oscilac¸a˜o do peˆndulo, e a precisa˜o com que voceˆ podera´ medi-lo guiara´ suas concluso˜es. Voceˆ determinara´ o melhor procedimento experimental a ser seguido. Material utilizado: Cronoˆmetro, peˆndulo (pec¸a de alumı´nio), linha, trena, suporte com regula- gem de altura e posic¸a˜o (‘cabuetas’). Lembretes • Sempre leia todo o material (teoria e roteiro) antes da aula experimental. • Justifique suas respostas sempre que necessa´rio. • Organize sua bancada ao final do experimento. • O material utilizado esta´ sob sua responsabilidade durante a aula. • E o mais importante: antes de perguntar qualquer coisa ao professor, esforce-se em descobrir a resposta sozinho(a) ou discutindo com colegas! 2 Experimento 3: Peˆndulo simples Utilizac¸a˜o do aparato de medida O aparato experimental dispon´ıvel no curso de f´ısica experimental e´ ilustrado na Fig. 1. Ele consiste de uma haste vertical na qual duas hastes horizontais se apoiam. Figura 1: Aparato experimental. A haste horizontal superior da´ sustentac¸a˜o ao peˆndulo, evitando que ele caia caso escape. E´ nela que voceˆ deve prender seu fio. Esse arranjo permite a voceˆ ajustar com calma o comprimento do fio do peˆndulo usando a haste inferior. A haste inferior fixa o ponto de apoio da oscilac¸a˜o do peˆndulo. Variando a altura em que essa haste se prende a` haste vertical, voceˆ ajusta o comprimento do peˆndulo. 3 F´ısica Experimental 1 1 Considerac¸o˜es iniciais Uma massa suspensa pelo fio forma em princ´ıpio um peˆndulo f´ısico, isto e´, um peˆndulo com massa distribu´ıda ao longo de toda a sua extensa˜o. Sob algumas circunstaˆncias, voceˆ sabe que na˜o e´ necessa´rio determinar a distribuic¸a˜o de massa do peˆndulo f´ısico em seus mı´nimos detalhes, pois ele deve ser bem descrito pelo modelo do peˆndulo simples. Cite condic¸o˜es necessa´rias para que isso ocorra. • • • Discuta com seus colegas algumas complicac¸o˜es que voceˆ poderia encontrar no peˆndulo a` sua frente com relac¸a˜o ao modelo do peˆndulo simples. Cite-as abaixo. • • • O movimento do peˆndulo simples e´ bem descrito pela mecaˆnica de Newton. Desenhe no esquema abaixo os vetores das forc¸as atuando sobre a massa m. B B B B B B B B BB ℓ ~ m ��������� A geometria do problema nos sugere decompor as forc¸as atuando sobre o peˆndulo nas direc¸o˜es do fio e ortogonal a ele. Desenhe na figura o vetor forc¸a resultante. Sendo θ(t) o aˆngulo entre o fio e a vertical, escreva a equac¸a˜o para a acelerac¸a˜o angular θ¨(t) = d2θ(t)/dt2 do peˆndulo decorrente da 2a lei de Newton. 4 Experimento 3: Peˆndulo simples Voceˆ sabe que essa equac¸a˜o admite soluc¸o˜es oscilato´rias, o movimento harmoˆnico simples, em certo limite. Em que aproximac¸a˜o isso vale? Resposta: Nesse caso, mostre por substituic¸a˜o direta na equac¸a˜o obtida acima que θ(t) = θ0 cos[ω(t− t0)) e´ soluc¸a˜o. Deduza com isso a frequeˆncia de oscilac¸a˜o ω como func¸a˜o de ℓ e g, a acelerac¸a˜o da gravidade. Nessa aproximac¸a˜o, o per´ıodo de oscilac¸a˜o T = 2π/ω depende de sua amplitude θ0? Resposta: 2 Atividades O movimento do peˆndulo simples possui algumas caracter´ısticas gerais bem conhecidas, como voceˆ revisou acima. Vamos investigar experimentalmente um peˆndulo real e determinar seu compor- tamento com relac¸a˜o ao modelo simplificado. Monte o peˆndulo com comprimento ℓ em torno de 80 cm (isso e´ apenas uma sugesta˜o!). Coloque- o para oscilar seguindo as aproximac¸o˜es que voceˆ julgar necessa´rias. Perturbe o peˆndulo e observe como o movimento parece perio´dico. Para testar seu comportamento de forma um pouco mais detalhada, buscamos medir seu per´ıodo de oscilac¸a˜o T . E embora parec¸a uma medida simples, devemos pensar cuidadosamente sobre a melhor forma de realiza´-la para que seja confia´vel. 2.1 Medida do per´ıodo de oscilac¸a˜o de um peˆndulo Para realizar medidas confia´veis, e´ preciso considerar todos os detalhes do procedimento, desde o ato de soltar o peˆndulo ate´ a forma como determinar os pontos de in´ıcio e fim da oscilac¸a˜o. Leve 5 F´ısica Experimental 1 em conta sempre a lei zero da engenharia (lei de Murphy): tudo que pode dar errado dara´ errado. Analise o seguinte procedimento de medida: Procedimento 1 Experimentador desloca o peˆndulo ligeiramente de seu equil´ıbrio com uma das ma˜os. Na outra ma˜o, segura o cronoˆmetro. Experimentador solta o peˆndulo com uma das ma˜os e dispara o cronoˆmetro com a outra. Apo´s uma oscilac¸a˜o, o peˆndulo e´ segurado pela mesma ma˜o que o soltou e o cronoˆmetro e´ parado com a outra. Esse procedimento possui va´rios problemas. Aponte e descreva sucintamente uma fonte presente de erro sistema´tico: Resposta: Descreva sucintamente uma fonte de erro aleato´rio nesse procedimento: Resposta: Vamos agora criar um novo procedimento de forma a minimizar os erros do primeiro. Considere o procedimento revisado: Procedimento 2 Experimentadora perturba o peˆndulo, colocando-o para oscilar; observa algumas oscilac¸o˜es para ‘pegar o ritmo’ do peˆndulo e determina visualmente pontos de inflexa˜o da trajeto´ria. Escolhendo algum ponto da trajeto´ria como refereˆncia, experimentadora dispara o cronoˆmetro. O cronoˆmetro e´ parado quando o peˆndulo retorna ao ponto inicial com mesma velocidade. O erro sistema´tico apontado no primeiro procedimento desaparece no segundo? Explique. Resposta: Explique sucintamente por que o tempo de reac¸a˜o da experimentadora na˜o deve causar erro sistema´tico nesse procedimento. Resposta: 6 Experimento 3: Peˆndulo simples Ainda assim, havera´ uma fonte de erro da qual na˜o e´ poss´ıvel se livrar. A ‘pegada do ritmo’ sempre produz erro aleato´rio, mesmo para Chico Science. Para diminuir a influeˆncia do erro aleato´rio, e´ necessa´rio adquirir estat´ıstica. Vamos repetir va´rias vezes medidas de 1 per´ıodo T do peˆndulo . Denotamos o intervalo de tempomedido como t, para na˜o confundi-lo conceitualmente com T (uma propriedade do peˆndulo). Assim, almejamos determinar o valor mais confia´vel e incerteza de T a partir de medidas de t. Pense em seu procedimento experimental e descreva-o no espac¸o abaixo. Que ponto da trajeto´ria do peˆndulo voceˆ utilizara´ como refereˆncia para o in´ıcio da oscilac¸a˜o, o ponto de velocidadema´xima ou de deslocamento ma´ximo? Justifique sua escolha. Resposta: Realize 16 medidas de 1 per´ıodo do peˆndulo (cada membro da equipe!). Denotamos as medidas de cada membro da equipe pelo ı´ndice n = 1, 2, 3. Membro 1: t1 Membro 2: t2 Membro 3: t3 Calcule para cada membro da equipe algumas propriedades estat´ısticas importantes de seu con- junto de medidas: a me´dia 〈tn〉, o desvio padra˜o σtn e o desvio padra˜o da me´dia σ〈tn〉. Membro 1 〈t1〉 σt1 σ〈t1〉 7 F´ısica Experimental 1 Membro 2 〈t2〉 σt2 σ〈t2〉 Membro 3 〈t3〉 σt3 σ〈t3〉 Com base nas propriedades estat´ısticas acima, enuncie os valores experimentais Tn para o per´ıodo do peˆndulo conforme encontrado por cada membro da equipe. T1 = T2 = T3 = Escreva no quadro abaixo a expressa˜o para a incerteza σTn como func¸a˜o do erro estat´ıstico apro- priado (σtn ou σ〈tn〉?) e da incerteza instrumental σi. Embase sua escolha de σtn ou σ〈tn〉 para a composic¸a˜o da incerteza. Resposta: Os valores experimentais de Tn sa˜o compat´ıveis entre si? Embase sua resposta. Resposta: 2.2 Medida de 10 per´ıodos de oscilac¸a˜o do peˆndulo Voceˆ deve ter percebido uma certa dificuldade pra´tica em medir o per´ıodo do peˆndulo, dificuldade essa que seria ainda maior para medir per´ıodos mais curtos de oscilac¸a˜o. A causa disso e´ o tempo de reac¸a˜o humano, tR, que, por ser apenas algumas vezes menor que T , introduz erro aleato´rio na medida. Estime o tempo de reac¸a˜o humano. 8 Experimento 3: Peˆndulo simples tR = Descreva brevemente seu me´todo de estimativa. Resposta: Para diminuir o erro aleato´rio causado pelo tempo de reac¸a˜o, devemos tentar aumentar a raza˜o entre o tempo de medida t e seu tempo de reac¸a˜o tR. Uma forma de se fazer isso e´ diminuir tR, o que requereria treinamento como Bruce Lee e esta´ fora do escopo desta disciplina. A outra forma e´ aumentar t, pela medida de mu´ltiplas oscilac¸o˜es consecutivas. Mec¸a o tempo tomado pelo peˆndulo em 10 oscilac¸o˜es (i.e. mec¸a t = 10T ). Cada membro da equipe deve contribuir com 16 medidas para coletar estat´ıstica. Membro 1: t1 Membro 2: t2 Membro 3: t3 Determine abaixo as propriedades estat´ısticas de cada conjunto de medidas. Membro 1 〈t1〉 σt1 σ〈t1〉 Membro 2 〈t2〉 σt2 σ〈t2〉 Membro 3 9 F´ısica Experimental 1 〈t3〉 σt3 σ〈t3〉 Com base nas propriedades estat´ısticas acima, enuncie os valores Tn para o per´ıodo do peˆndulo conforme encontrado por cada membro da equipe (note que tn = 10Tn). T1 = T2 = T3 = Escreva no quadro abaixo a expressa˜o para a incerteza σTn como func¸a˜o do erro estat´ıstico apro- priado (note, novamente, que tn = 10Tn) e da incerteza instrumental σi. As medidas Tn tomadas pelos membros da equipe sa˜o compat´ıveis entre si? Justifique. Resposta: 2.3 Ana´lise estat´ıstica dos dados Analisemos como os dois procedimentos de medida testados (t = T ou t = 10T ) se comparam. Considere suas medidas em dois conjuntos separados: de um lado, todas as medidas de 1 per´ıodo (denotadas por t(1)) e, do outro, todas as medidas de 10 per´ıodos (denotadas por t(10)). • Gra´fico 1: Numa folha de papel milimetrado, represente o histograma das medidas de 1 per´ıodo, t(1). Na˜o se esquec¸a de colocar t´ıtulo e denominar os eixos! • Gra´fico 2: Numa folha de papel milimetrado, represente o histograma das medidas de 10 per´ıodos, t(10). Escreva nas tabelas abaixo os intervalos e frequeˆncias dos histogramas, utilizando tantas linhas e colunas quanto necessa´rias. Na˜o se esquec¸a de denominar as colunas, incluindo-se a´ı unidades e incertezas, caso necessa´rio. Coloque t´ıtulos nas tabelas. 10 Experimento 3: Peˆndulo simples No gra´fico 1, marque com uma linha vertical tracejada a posic¸a˜o do valor me´dio do conjunto, 〈t(1)〉. Aponte da mesma forma os valores de t(1) que se encontram a 1 desvio padra˜o (denotado por σt(1)) de distaˆncia da me´dia, i.e. 〈t(1)〉 − σt(1) e 〈t(1)〉 + σt(1) . Marque, ale´m disso, os pontos de toleraˆncia para o erro na me´dia, denotado por σ〈t(1)〉, nos valores 〈t(1)〉−σ〈t(1)〉 e 〈t(1)〉+σ〈t(1)〉. No gra´fico 2, repita o mesmo procedimento. Analise os histogramas. Determine no gra´fico 1 o nu´mero de dados N (1) σ abarcados no intervalo de 1σt(1) em torno da me´dia, i.e. entre os pontos 〈t(1)〉 − σt(1) e 〈t(1)〉 + σt(1) . Estime como incerteza em N (1)σ a flutuac¸a˜o estat´ıstica t´ıpica esperada. N (1) σ = 11 F´ısica Experimental 1 Determine a quantidade de dados N (1) 2σ no intervalo de 2σt(1) no entorno da me´dia. Fac¸a o mesmo para N (1) 3σ , o nu´mero de dados no intervalo 3σt(1) ao redor da me´dia. N (1) 2σ = N (1) 3σ = Determine as quantidades equivalentes no gra´fico 2. N (10) σ = N (10) 2σ = N (10) 3σ = Determine a partir de cada histograma seus valoresmais prova´veis t (1) mp e t (10) mp (moda), e escreva- os abaixo, sempre denotando a margem de toleraˆncia estimada a partir do histograma. t (1) mp = t (10) mp = Os valores mais prova´veis sa˜o compat´ıveis com os respectivos valores me´dios? Justifique. Resposta: Com base em seus estudos, voceˆ diria que seus histogramas se aproximam de distribuic¸o˜es gaussianas? Justifique com base nas caracter´ısticas acima. Resposta: Comparemos agora os dois me´todos de medida quantitativamente. Compare os desvios padra˜o σt(1) e σt(10). Elas sa˜o compat´ıveis? Responda considerando a prova´vel fonte causadora dessa flutuac¸a˜o estat´ıstica. Resposta: 12 Experimento 3: Peˆndulo simples Compare as incertezas das me´dias, σ〈t(1)〉 e σ〈t(10)〉. Sa˜o compat´ıveis? Por que motivo? Resposta: Enuncie o valor experimental de T (1), isto e´, do per´ıodo do peˆndulo conforme determinado com base nas propriedades estat´ısticas de todos os dados t(1) de 1 per´ıodo. T (1) = Enuncie o valor experimental de T (10), isto e´, do per´ıodo do peˆndulo conforme determinado com base nas propriedades estat´ısticas de todos os dados t(10) de 10 per´ıodos (note que t(10) = 10T (10)). T (10) = Compare criticamente os valores de T obtidos pelos dois me´todos. Sa˜o compat´ıveis? Embase sua resposta em seus dados. Resposta: Qual me´todo de medida e´ mais preciso, segundo seus dados? Embase sua resposta. Resposta: Aponte a fonte de incerteza mais importante em cada caso (estat´ıstica ou instrumental), sempre embasando sua resposta nos dados experimentais. Resposta: E´ poss´ıvel tambe´m considerar o que pode ser dito sobre T conhecendo-se apenas 1 medida (em vez do conjunto inteiro), caso em que devemos nos perguntar qual e´ a incerteza de cada medida. Enuncie o valor experimental de T (1) caso ele fosse determinado por apenas uma medida possuindo as propriedades estat´ısticas do conjunto t(1). 13 F´ısica Experimental 1 T (1) = Enuncie o valor experimental de T (10) caso ele fosse determinado por apenas uma medida possuindo as propriedades estat´ısticas do conjunto t(10) (note que t(10) = 10T (10)). T (10) = Compare criticamente os valores de T obtidos pelos dois me´todos. Sa˜o compat´ıveis? Justifique sua resposta. Resposta: Qual me´todo de medida e´ mais preciso, segundo seus dados? Embase sua resposta. Resposta: Aponte a fonte de incerteza mais importante em cada caso, justificando sua resposta. Resposta: Forte sugesta˜o: voceˆ deve ter completado todas as atividas propostas ate´ aqui antes de iniciar a segunda aula deste experimento Dica: Tente na˜o sonhar com peˆndulos e variaˆncias esta noite 2.4 Medida da magnitude da acelerac¸a˜o gravitacional no laborato´rio No in´ıcio deste experimento, voceˆ apontou o cena´rio esperado em que o peˆndulo f´ısico se comporta como um peˆndulo simples. Tendo o cuidado de se manter dentro desses limites, e´ poss´ıvel medir a acelerac¸a˜o da gravidade.14 Experimento 3: Peˆndulo simples Para um peˆndulo simples, a relac¸a˜o entre seu per´ıodo T , o comprimento ℓ do fio e a magnitude da acelerac¸a˜o local da gravidade g, e´ dada pela expressa˜o T = 2π√ g √ ℓ. (1) E´ poss´ıvel, enta˜o, determinar g pelo movimento do peˆndulo, bastando para isso medir T e ℓ. Mec¸a o per´ıodo T do peˆndulo para 5 valores diferentes de ℓ. Coloque seus resultados na pro´xima tabela. Na tabela, o intervalo de tempo t se refere ao dado bruto medido, enquanto T e´ o per´ıodo do peˆndulo (determinado a partir de t). OBS: a forma de medida do per´ıodo fica a seu crite´rio. Use o espac¸o abaixo para descrever de forma sucinta seu procedimento experimental, definindo o que e´ t em seu caso e como e´ medido. Enuncie o valor adotado para a incerteza em t (use suas medidas anteriores). Resposta: Descreva no espac¸o abaixo seu procedimento para medida de ℓ, explicando como voceˆ definiu esse comprimento em sua medida. Resposta: ℓ t T 2.5 Gra´fico linear para ana´lise de dados Vamos analisar esses dados por uma representac¸a˜o gra´fica. Se voceˆ tiver em ma˜os uma relac¸a˜o linear entre duas grandezas mensura´veis, e´ poss´ıvel determinar por um ajuste de reta outras grandezas que entrem na relac¸a˜o. 15 F´ısica Experimental 1 Note, no entanto, que a Eq. (1) na˜o e´ uma relac¸a˜o linear entre T e ℓ. De fato, esperamos segundo o modelo teo´rico que T varie com √ ℓ. Mas isso e´ fa´cil de contornar. Por uma troca de varia´veis, chamamos x = √ ℓ e y = T para reescrever a Eq. (1) como uma relac¸a˜o do tipo y = Ax+ B, em que A = 1√ g e B = 0. (2) Com isso, podemos proceder com o ajuste linear. O coeficiente linear A da reta (sua inclinac¸a˜o, ou derivada), deve fornecer o valor de g, enquanto seu coeficiente linear B e´ esperado nulo. Utilize seus dados de ℓ e T para obter os pares de valores x e y. x y Escreva no quadro abaixo a expressa˜o utilizada no ca´lculo das incertezas σx como func¸a˜o de σℓ. • Gra´fico 3: Numa folha de papel milimetrado, fac¸a um gra´fico de x = √ℓ versus y = T . Denote sempre as grandezas correspondentes nos eixos dos gra´ficos (e unidades)! Utilize barras de erro em ambos os eixos! Estude seu gra´fico. A relac¸a˜o encontrada experimentalmente e´ de fato linear? Caso voceˆ veja desvios do comportamento linear, comente o que pode teˆ-los causado. Resposta: Encontre visualmente uma boa reta de ajuste ao dados. Utilize uma re´gua para guiar seus olhos na escolha de boas retas poss´ıveis. Voceˆ percebera´ que existe uma regia˜o ampla de possibilidades. De fato, o ajuste visual consiste num me´todo grosseiro, e por isso veremos te´cnicas melhores ao longo do curso. Para trac¸ar a reta, considere todos os pontos experimentais. 16 Experimento 3: Peˆndulo simples Para determinar o coeficiente angular do ajuste visual e sua incerteza aproximada, trace duas retas extremas no gra´fico: uma com inclinac¸a˜o ma´xima e outra com inclinac¸a˜o mı´nima. Lembre-se de que as duas retas devem se ajustar bem a todos os dados. Determine o coeficiente angular de cada reta trac¸ada. Para facilitar a leitura do gra´fico, encontre dois pontos em que a reta cruze ao mesmo tempo ambas as marcac¸o˜es (horizontal e vertical) do papel milimetrado e marque esses pontos no gra´fico. Escolha pontos distantes para maximizar a precisa˜o de sua estimativa. Para a reta com coeficiente angular mı´nimo Amin, leia no papel a distaˆncia ∆x e ∆y entre esses dois pontos. Calcule enta˜o a inclinac¸a˜o da reta Amin = ∆y/∆x. ∆x ∆y Amin Fac¸a o mesmo para a reta com coeficiente angular ma´ximo Amax. ∆x ∆y Amax Para determinar graficamente o coeficiente linear da reta visual e seu erro, utilize uma re´gua para estimar os valores ma´ximo Bmax e mı´nimo Bmin do ponto onde as retas poss´ıveis cruzariam o eixo x = 0 (cuidado: verifique se esse ponto aparece em seu gra´fico!). Bmin Bmax Utilize seus resultados para enunciar os coeficientes A e B da reta visual e suas incertezas. A = B = Trace no gra´fico a reta ajustada visualmente (utilize caneta que a ressalte das demais). Utilizando a Eq. (2), determine o valor de g obtido a partir da reta ajustada. g = Considere o valor aceito para a magnitude da acelerac¸a˜o da gravidade como g0 = 9,781 m/s 2. Seu resultado experimental e´ compat´ıvel com esse valor? Justifique. 17 F´ısica Experimental 1 Resposta: O coeficiente linear B obtido experimentalmente e´ nulo? Ou seja, voceˆ defenderia B = 0 ou B 6= 0 com base em seus dados? Justifique. Caso B 6= 0, conjecture sobre o poss´ıvel motivo. Resposta: 18
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