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APOSTILA DE TRIBUTÁRIO II Prof. Fabrizio Cândia dos Santos

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Direito Tributário – Prof. Fabrizio 
DIREITO TRIBUTÁRIO II
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AULA 1 - 
SUJEITO PASSIVO
Plano de Aula
1. SUJEIÇÃO PASSIVA
2. CONTRIBUINTE E RESPONSÁVEL
3. INOPONIBILIDADE DAS CONVENÇÕES PARTICULARES AO FISCO
4. SOLIDARIEDADE PASSIVA
5. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA
6. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
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1. SUJEITO PASSIVO – De acordo com o CTN, art. 121, “Sujeito passivo da
obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária”. E, nos termos do art. 122 “Sujeito passivo da obrigação acessória é a
pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto”. Tem-se:
 - obrigação acessória – obrigação de fazer ou não fazer 
- Sujeito passivo
 - obrigação principal – obrigação de pagar tributo ou penalidade.
1.1. O sujeito passivo é, por conseguinte, a pessoa (física ou jurídica) que ocupa uma
posição subjetiva obrigacional perante o Estado fiscal.
1.2. A obrigação deriva de lei em sentido estrito, no que tange à obrigação principal
(legalidade estrita), e deriva da lei em sentido amplo (legislação tributária), quando
se tratar de obrigação acessória (legalidade genérica).
2. CONTRIBUINTE E RESPONSÁVEL – O CTN, art. 121 especifica ainda, em
seu parágrafo único:
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra
de disposição expressa de lei.
2.1. Donde sobressai:
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 - contribuinte – relação pessoal e direta com fato gerador
Sujeito Passivo
obrigação principal
 - responsável – obrigação decorre de previsão expressa em lei
2.2. Ambas as posições decorrem de lei. Entretanto, o contribuinte guarda relação
direta e pessoal com o fato gerador, ao passo que o responsável é uma pessoa que,
embora não tenha relação direta e pessoal com o fato gerador (não se reveste da
condição de contribuinte) está vinculado pela lei tributária ao pagamento do tributo.
2.3. Por exemplo, no caso do imposto de renda, o CTN dispõe:
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem
prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda
ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a
condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
2.3.1. Fato Gerador: auferir renda
 Fisco Fonte Pagadora Assalariado
 (responsável tributário) (contribuinte)
 
2.3.2. O contribuinte realiza o tipo tributário (auferir renda) e por isso tem vínculo
direto e pessoal com o fato gerador. A fonte pagadora tem sua responsabilidade
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 Salário Líquido R$7.942,79Imposto de Renda Retido na
Fonte R$2.057,21.
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decorrente de lei (CTN, art. 45, parágrafo único c/c DL 5.844/1943, art. 100)
3. INOPONIBILIDADE DAS CONVENÇÕES PARTICULARES AO FISCO –
O CTN, art. 123 estabelece que “Salvo disposições de lei em contrário, as convenções
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à
Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes”.
3.1. A sujeição passiva não pode ser, em princípio, modificada por contratos particulares, dos quais,
inclusive, o Estado fiscal não é parte. Desse modo, a não ser que a lei preveja a possibilidade de
modificação da definição legal de sujeito passivo (“Salvo disposições de lei em contrário”), os
contratos não são oponíveis ao fisco.
3.2. Exemplo: Na locação de um imóvel, embora possa constar no contrato a responsabilidade
(civil, comercial) de o locatário recolher o IPTU, essa convenção não altera a sujeição passiva do
imposto, cujo contribuinte é o proprietário (locador). Assim, caso o locatário não pague o IPTU,
conforme avençado no contrato, o município poderá exigir o tributo do proprietário, o qual não
poderá opor o contrato de locação contra o fisco municipal, podendo, entretanto, exigir civilmente
do locatário o cumprimento do contrato:
STJ - REsp 818618 / RJ - RECURSO ESPECIAL -2006/0025263-0 
Relator(a) Ministro JOSÉ DELGADO (1105) 
Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA 
Data do Julgamento 06/04/2006 
Data da Publicação/Fonte DJ 02/05/2006 p. 273 
Ementa: TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. IPTU. LOCATÁRIO. ILEGITIMIDADE ATIVA AD
CAUSAM. ARTS. 34 , 121 E 123 DO CTN . PRECEDENTES. 1. Recurso especial contra acórdão que
decidiu pela legitimidade do recorrido, locatário, e condenou o recorrente à restituição dos valores pagos a
título de IPTU, em face da ilegalidade da cobrança. 2. O Superior Tribunal de Justiça possui vastidão de
precedentes no sentido de que o locatário é parte ativa ilegítima para impugnar lançamento de IPTU, pois
não se enquadra na sujeição passiva como contribuinte e nem como responsável tributário (arts. 121 e 123
do CTN ). 3. “Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu
possuidor a qualquer título” (art. 34 do CTN ). O “possuidor a qualquer título” refere-se, tão-somente, para
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situações em que ocorre posse ad usucapionem, não inserida nesta seara a posse indireta exercida pelo
locatário. 4. Os documentos de quitação do tributo discutido estão em nome do proprietário. 5. O contrato de
locação, com cláusula determinando a responsabilidade do inquilino pela liquidação do IPTU, não pode ser
oponível à certidão de pagamento de imposto. 6. Recurso provido. 
4. SOLIDARIEDADE PASSIVA – A solidariedade passiva tributária indica a
concorrência de obrigação tributária de mais de um sujeito passivo. De acordo com
Bernardo Ribeiro de Moraes1:
“Pode-se dizer, então, que há solidariedade tributária passiva, quando os diversos devedores respondem,
simultaneamente, pela obrigação tributária. Há uma pluralidade de devedores vinculados ao cumprimento da
obrigação tributária, isto é, de um único vínculo tributário. Cada um dos devedores se considera devedor
único da obrigação. A solidariedade passiva traz, assim, maior vantagem para o credor, seja para facilitar a
cobrança ou para a execução”.
4.1. Ao regular a solidariedade, o CTN, art. 124 prevê:
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
4.1.1. O interesse comum é uma decorrência da relação pessoal e direta com o fato.
Por exemplo, os co-proprietáriosde um imóvel são solidariamente obrigados ao
pagamento do IPTU.
4.1.2. A designação legal, por sua vez, se dá para maior garantia ao cumprimento da
obrigação. Pode ocorrer, por exemplo, pela solidariazação de um responsável
tributário com o contribuinte. Exemplo, no caso do ITCMD paranaense, a Lei
Estadual 8.927/1988, dispõe:
1 MORAES, Bernardo Ribeiro. Compêndio de Direito Tributário. 5ª edição, vol. II, p. 303. Rio de Janeiro: Forense, 
1996.
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SOLIDARIEDADE
CONTRIBUINTE RESPONSÁVEL
Art. 5º O sujeito passivo da obrigação tributária é:
(...) 
II - nas transmissões por doação o adquirente dos bens
ou direitos
 
Art. 6º São solidariamente responsáveis pelo imposto
devido pelo contribuinte:
(...) 
III - o doador na inadimplência do donatário;
 - diversos devedores respondem, simultaneamente, pela obrigação tributária
solidariedade - interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária
 - casos 
 - previsão legal
4.1.3. O CTN, art. 125, dispões sobre os efeitos da solidariedade:
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
 - pagamento – aproveita a todos
- Efeitos da solidariedade - isenção/remissão – exonera todos, salvo se pessoal
 - interrupção da prescrição – favorece ou prejudica todos
 
4.1.3.1. EXEMPLO DOS EFEITOS DA SOLIDARIEDADE – Uma pessoa jurídica
é cobrada judicialmente por falta de pagamento de tributo (IRPJ). Proposta a ação de
cobrança pelo Fisco (execução fiscal), o Juiz ordena a citação da pessoa jurídica,
verificando, entretanto, que a mesma foi dissolvida irregularmente pelos sócios, sem
reserva de bens suficientes para a quitação da dívida tributária. Nesse passo, o Juiz, a
pedido da Fazenda, ordena a citação do sócio-gerente da pessoa jurídica para integrar
o polo passivo do feito, na qualidade de responsável tributário (art. 135 do CTN). No
caso, sendo pessoa jurídica e sócio-gerente responsáveis:
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a) a ordem da citação da pessoa jurídica interrompeu a prescrição da cobrança contra
o sócio-gerente;
b) se o sócio-gerente pagar a dívida, tal pagamento aproveita à pessoa jurídica e
vice-versa; 
REsp 790034 / SP - RECURSO ESPECIAL
Relator(a) Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI (1124)
Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento 17/12/2009
Data da Publicação/Fonte DJe 02/02/2010
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CITAÇÃO
DA EMPRESA. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO AOS SÓCIOS. PRAZO
SUPERIOR A CINCO ANOS. PRESCRIÇÃO CONFIGURADA.
1. "Este Superior Tribunal de Justiça pacificou entendimento no sentido de que a citação da empresa interrompe a
prescrição em relação aos seus sócios-gerentes para fins de redirecionamento da execução. Todavia, para que a
execução seja redirecionada contra o
sócio, é necessário que a sua citação seja efetuada no prazo de cinco anos a contar da data da citação da empresa
executada, em observância ao disposto no citado art. 174 do CTN." (REsp 702211/RS, 1ª Turma, Min. Denise Arruda,
DJ de 21.06.2007).
5. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA – A capacidade tributária passiva indica a
aptidão para figurar no polo passivo da relação obrigacional tributária. De acordo com o CTN:
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação
do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta
de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional.
5.1. CAPACIDADE CIVIL. Em relação à capacidade civil, o Código Civil, em seu
art. 1º diz que “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. A
capacidade de direito é um atributo da personalidade que confere aptidão para a
fruição de direitos ou para assunção de deveres. Ao dispor sobre a independência
entre capacidade tributária passiva e capacidade civil, o CTN refere-se à capacidade
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de fato, da capacidade de exercício, que consiste na faculdade de exercer por si os
atos da vida civil. Se toda a pessoa é dotada de capacidade de direito, nem todos tem
capacidade de fato, conforme o Código Civil:
5.1.1. Nesse passo, um menor, por exemplo, ao realizar um fato gerador tributário,
figurará como contribuinte na relação tributária, independentemente de sua
capacidade civil. Se importar, auferir renda, exportar, inexoravelmente ficará
vinculado à obrigação tributária do imposto de importação, do imposto de renda e do
imposto de exportação, respectivamente, na condição de contribuinte, embora
civilmente incapaz.
5.2. RESTRIÇÕES À CAPACIDADE. Igualmente, a capacidade tributária passiva
independe de a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação
do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração
direta de seus bens ou negócios. Desse modo, o falido, embora sofra restrições ao
exercício de atividade empresarial, ficará sujeito à tributação caso realize fato
gerador de tributos ao empresariar, ainda que ilegalmente.
5.3. PERSONALIDADE JURÍDICA. A capacidade tributária passiva independe de
estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional. As sociedades irregulares e as sociedades de fato
são tributariamente capazes, embora não cumpra os requisitos formais para sua
constituição ou tenha cessado a sua regularidade.
5.4. Em resumo:
 - capacidade civil
- Capacidade Tributária - restrições civis, comerciais, profissionais
 Passiva independe - personalidade jurídica.
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6. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO - O domicílio tributário é a sede jurídica da
pessoa, onde ela pode presumivelmente ser encontrada para o cumprimento de suas
obrigações fiscais. O domicílio tributário é, em princípio eleito pelo sujeito passivo,
mas, em não o fazendo ou em caso de impossibilitar ou dificultar a arrecadação, há
regras subsidiárias para a determinação do domicílio:
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da
legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o
centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em
relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicasde direito público, qualquer de suas repartições no território da
entidade tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo,
considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens
ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a
arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
6.1. Resumo
 - residência; ou
 - Pessoa física 
 - domicílio profissional (se incerta ou desconhecida a residência)
 
 - Pessoa jurídica - sede; ou
 - Não-eleição direito privado - cada estabelecimento – quanto aos atos ou fatos que derem
 origem à obrigação
 - Pessoa Jurídica - qualquer de suas repartições
 direito público no território da entidade tributante
 
- domicílio tributário - incabível regras de - local de situação dos bens; ou
 eleição de não-eleição - local de ocorrência dos atos ou fatos que originaram obrigação
 - recusa da eleição - local de situação dos bens; ou
 pela autoridade - local de ocorrência dos atos ou fatos que originaram obrigação
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7. EXERCÍCIOS
7.1. Qual a diferença entre responsabilidade direta e responsabilidade indireta, em matéria de sujeição passiva
Tributária? Justifique:
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7.2. Dois irmãos, A, filho maior, e B, filho menor, recebem um veículo de herança, deixado pelo pai, passando ambos a
titularizar a propriedade do veículo. Em caso de dívidas de IPVA, de qual dos dois poderá ser exigido o tributo?
Justifique:
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7.3. Um cidadão da Alemanha, mas residente em Nova Iorque chega de férias ao Brasil pelo Aeroporto Internacional
de Guarulhos/SP e adquire bens importados em um “Free Shoping”. Onde será considerado seu domicílio para fins de
imposição do Imposto de Importação? Justifique:
R:_____________________________________________________________________________________________
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7.4. O Sr. Alberto e o Senhor Pedro, co-proprietários de um imóvel (apartamento em condomínio vertical), resolvem
locá-lo para recebimento de aluguéis. Para tanto, fazem um contrato de locação com o Senhor Antônio, ajustando
dentre as obrigações do locatário a de pagar o aluguel, o condomínio, o IPTU e a taxa de lixo. Para maior segurança, o
Sr. Alberto e o Senhor Pedro registram o contrato de locação no cartório de títulos e documentos. Entretanto, o Senhor
Antônio deixa de pagar o IPTU e a taxa de lixo, gerando uma cobrança judicial de tais créditos (execução fiscal), pelo
município, contra o Sr. Alberto. Este, em sua defesa (embargos), alega que é pate ilegítima, uma vez que dívida
tributária deve ser cobrada do Sr. Antônio, vez que cabia a ele o recolhimento do tributo. Pergunta-se: a dívida pode ser
cobrada a) do Sr. Alberto? b) do Sr. Pedro? c) do Sr. Antônio? d) que tipo de responsabilidade (exclusiva, solidária,
subsidiária, etc)? Fundamente, inclusive apontando os dispositivos legais pertinentes.
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7.5. Uma pessoa jurídica contrata um empregado, pagando-lhe mensalmente, a título de salário, o valor de
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R$10.000,00 e retendo o imposto de renda no valor de R$1.923,84. Nessas condições, que é sujeito passivo?
Justifique:
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7.6 A e B são proprietários de um imóvel. A paga integralmente a dívida de IPTU do imóvel relativo ao ano de 2015.
Pode o município cobrar o IPTU 2015 de B, tendo em vista que apenas A pagou dívida? Justifique:
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7.7. A e B são proprietários de um imóvel. A recebe uma isenção relativa à dívida de IPTU do imóvel concernente ao
ano de 2015. Pode o município cobrar o IPTU 2015 de B, tendo em vista a isenção de A? Justifique:
R:_____________________________________________________________________________________________
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7.8. Pode um sujeito passivo ter mais de um domicílio tributário? Em que situações pode o Fisco recusar o domicílio
de eleição do sujeito passivo? E onde será considerado o domicílio em caso de recusa pela autoridade fiscal? justifique
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AULA 2 - 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Plano de Aula
1. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
2. CLASSIFICAÇÃO 
2.1. RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO
2.1.1. PARA FRENTE
2.1.2. PARA TRÁS
2.1.3. PURA E SIMPLES
2.2. POR TRANSFERÊNCIA
2.2.1. SUCESSÃO
2.2.1.1. CAUSA MORTIS
2.2.1.2. SUCESSÃO IMOBILIÁRIA E DE MÓVEIS
2.2.1.3. SUCESSÃO EMPRESARIAL 
2.3. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
2.3.1. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
2.3.2. RESPONSABILIDADE PESSOAL
2.3.2.1. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE
2.4. RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
2.4.1. RESPONSABILIDADE PESSOAL POR INFRAÇÕES 
2.5. DENÚNICA ESPONTÂNEA
2.5.1. REQUISITOS
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1. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – A responsabilidade tributária é
caracterizada como sujeição passiva indireta (já que o diretamente responsável
tributariamente é o contribuinte). De acordo com Luciano Amaro2: “A presença do
responsável como devedor na obrigação tributária traduz uma modificação subjetiva
no pólo passivo da obrigação, na posição que, naturalmente, seria ocupada pela
figura do contribuinte”. Tal modificação tem por escopo a efetividade ou a
comodidade da tributação. Conforme CTN:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
1.1. Temos:
 responsável tributário - - exclusão da responsabilidade do contribuinte; ou
 pessoa vinculada ao fato gerador - subsidiariedade da responsabilidade do contribuinte 
2. CLASSIFICAÇÃO – A responsabilidade tributária pode ser classificada:
 - para frente
 - por substituição - para trás
 - pura e simples
 - causa mortis
Responsabilidade - imobiliária
 - sucessão - mobiliária
 - sucessão empresarial
 - por transferência - pais, tutores, curadores
 - administrador, inventariante, síndico, comissário
 - imputação legal - tabeliães, escrivães, notários
 - mandatários, prepostos
 - diretores, gerentes e empregados de Pessoa Jurídica
2.1. RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO: Ocorre quando a lei elege,
2 AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 15ª edição, p. 303. São Paulo: Saraiva, 2009.
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desde logo, pessoa diferente da figura do contribuinte como responsável tributário.
Pode ser substituição:
2.1.1. PARA FRENTE (progressiva): quando o responsável tem obrigação de pagar
o tributo antes mesmo da ocorrência do fato gerador. Ex ICMS sobre combustível:
CF/88
art. 155 (...)
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a
imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido
 
 
 
DistribuidoraPostos de Combustível Consumidores finais.
a) Na substituição para frente, o pagamento do tributo é devido antes da ocorrência do fato gerador.
b) Sem a substituição tributária, a distribuidora pagaria os ICMS 1, relativo aos fatos geradores de circular mercadoria
(combustíveis) aos postos de gasolina e os postos de gasolina pagariam o ICMS relativo aos fatos de circular
mercadorias (combustíveis) aos consumidores finais. 
c) Com a substituição tributária para frente, a distribuidora paga os ICMS 1 na condição de contribuinte e ICMS 2 na
condição de responsável (substituto), sendo que no caso do ICMS 2 o fato gerador só ocorrerá quando os postos de
gasolina (substituídos) circularem as mercadorias para os consumidores finais.
2.1.2. PARA TRÁS (regressiva): quando o responsável tem obrigação de pagar o
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 ICMS 1
 ICMS 1
 ICMS 1
 ICMS 2
 ICMS 2
 ICMS 2
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tributo após a ocorrência do fato gerador. Ex: suspensão do IPI no setor automotivo:
Lei 9.826/1999
Art. 5 º Os componentes, chassis, carroçarias, acessórios, partes e peças dos produtos
autopropulsados classificados nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11, da TIPI, sairão
com suspensão do IPI do estabelecimento industrial. 
 Fábrica de peças Montadora de veículo Concessionária
a) Na substituição para trás, o pagamento do tributo é devido após a ocorrência do fato gerador.
b) Com a substituição para trás, há diferimento do pagamento do tributo. 
c) O substituto (no caso, a montadora) paga o IPI relativo à industrialização das peças (IPI 1) e da industrialização
(montagem) do veículo (IPI 2)
2.1.3. PURA E SIMPLES: quando na ocorrência do fato gerador, o contribuinte já é
substituído pelo responsável. Ex: retenção na fonte no pagamento de prêmio de
loteria.
Lei 4.506/1964
Art. 14. Ficam sujeitos ao impôsto de 30% (trinta por cento), mediante desconto na fonte pagadora,
os lucros decorrentes de prêmios em dinheiro obtidos em loterias, mesmo as de finalidade
assistencial, inclusive as exploradas diretamente pelo Estado, concursos desportivos em geral,
compreendidos os de turfe e sorteios de qualquer espécie, exclusive os de antecipação nos títulos de
capitalização e os de amortização e resgate das ações das sociedades anônimas.
2.2. POR TRANSFERÊNCIA: Ocorre quando o responsável sucede pessoa
anteriormente responsabilizada pela obrigação tributária.
2.2.1. SUCESSÃO: O responsável sucede o anterior responsabilizado.
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 Suspensão IPI 1
 IPI 1
 IPI 2
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2.2.1.1. CAUSA MORTIS – Ocorre na sucessão hereditária, conforme CTN:
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da
meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
 Abertura da sucessão Espólio contribuinte partilha Herdeiros contribuintes
2.2.1.2. SUCESSÃO IMOBILIÁRIA E DE MÓVEIS: ocorre quando da
transferência de titularidade de bens imóveis e móveis quando pendentes obrigações
tributárias, conforme CTN:
IMÓVEIS MÓVEIS
 Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo
fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse
de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela
prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a
prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta
pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos
bens adquiridos ou remidos
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 Responsabilidade
 do espólio
 Responsabilidade do sucessor a
 qualquer título ou cônjuge meeiro
 Limitada ao montante do quinhão
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2.2.1.2.1. Temos:
a) Em caso de aquisição de imóveis, cessa a responsabilidade do antigo proprietário
relativo aos tributos incidentes sobre o mesmo (IPTU, taxa de lixo, etc); os créditos
tributários transferem-se juntamente com a propriedade imobiliária;
b) em caso de aquisição de móveis, passa a haver responsabilidade pessoal do
adquirente, sem exclusão da responsabilidade do antigo proprietário quanto às
obrigações tributárias originadas antes da transferência
2.2.1.3. SUCESSÃO EMPRESARIAL: ocorre nos casos de sucessão de empresa
ou aquisição de estabelecimento comercial, de acordo com CTN:
SUCESSÃO DE EMPRESA AQUISÇÃO DE ESTABELCIMENTO
 Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar
de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em
outra é responsável pelos tributos devidos até à data do
ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos
casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva atividade seja
continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu
espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma
individual.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado
que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do
comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir
na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da
data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro
ramo de comércio, indústria ou profissão.
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na
hipótese de alienação judicial: 
I – em processo de falência; 
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de
recuperação judicial.
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando
o adquirente for: 
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial,
ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em
recuperação judicial;
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 B
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II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto)
grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em
recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou 
III – identificado como agente do falido ou do devedor
em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a
sucessão tributária.
§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação
judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada
permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo
de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de
alienação, somente podendo ser utilizado para o
pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos quepreferem ao tributário. 
 
a) FUSÃO – Código Civil Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades
que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e
obrigações.
 + = 
b) INCORPORAÇÃO – Código Civil Art. 1.119. Art. 1.116. Na incorporação, uma
ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos
e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos
tipos.
 =
c) TRANSFORMAÇÃO – LEI 6.404/76 Art. 220. A transformação é a operação
pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um
tipo para outro.
 = 
19 Email: fcsantos31@hotmail.com
 A B
 C
Responsável tributária 
pelos tributos devidos 
por A e B até a data de 
fusão.
 A B
Responsável tributária 
pelos tributos devidos 
por A até a data de 
incorporação.
 A B
Responsável tributária 
pelos tributos devidos 
por A até a data de 
transformação.
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d) EXTINÇÃO E CONTINUAÇÃO POR SÓCIO REMANESCENTE – Código
Civil Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização
para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se
conclua. § 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição
da pessoa jurídica.
 
e) AQUISÇÃO DE FUNDO DE COMÉRCIO – Código Civil Art. 1.142. Considera-
se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa,
por empresário, ou por sociedade empresária. 
 
 - integral, se alienante cessar a exploração 
Responsabilidade - prosseguir na exploração
do adquirente - subsidiária com alienante, se alienante 
 - iniciar dentro em 6 meses nova atividade
 empresarial.
 - Falência
 Não se aplica em casos de 
 - Recuperação judicial 
2.3. EXERCÍCIOS
2.3.1. Qual a diferença entre responsabilidade por transferência e responsabilidade por sucessão?
R:_____________________________________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________________________________
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 A Responsável tributária pelos tributos devidos por A 
até a data de extinção, quando a exploração da 
respectiva atividade seja continuada por qualquer 
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou 
outra razão social, ou sob firma individual
Direito Tributário – Prof. Fabrizio 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
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2.3.2. Qual a diferença entre responsabilidade por substituição para frente e responsabilidade por substituição para
trás?
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2.3.3. Um contribuinte falece deixando dívidas tributárias. Quem responderá pelas dívidas? Justifique:
R:_____________________________________________________________________________________________
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2.3.4. A cervejaria Ambev incorpora a cervejaria Antártica. Esta, antes da incorporação, tinha dívidas tributárias. Fica a
Ambev responsável pelas dívidas tributárias da Antártica? Justifique: 
R:_____________________________________________________________________________________________
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2.3.5. A Farmácia ABC LTDA vende seu estabelecimento empresarial à Farmácia XYZ LTDA em 14/03/2014. O
trespasse ocorreu, entretanto, com a existência de dívidas tributárias relativas ao estabelecimento. A Farmácia ABC, em
01/06/2014 procede à alteração de seu contrato social, modificando seu objeto de exploração (venda de brinquedos) e
com modificação de seu nome empresarial para Brinquedos ABC LTDA, inciando no dia seguinte suas atividades.
Quem poderá ser responsabilizado pelas dívidas? Que tipo de responsabilidade (integral, pessoal, subsidiária, solidária,
etc). Fundamente, inclusive apontando os dispositivos legais pertinentes: 
R:_____________________________________________________________________________________________
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2.3.6. O Senhor Agripino compra uma fazenda do Senhor Sebastião em 2014. Entretanto, após a compra, sobrevém
uma execução fiscal cobrando do Senhor Agripino dívidas de ITR relativos à fazenda referentes aos anos de 2010,
2011, 2012 e 2013. O Senhor Agripino, em sua defesa, alega que não era proprietário à época das dívidas. Quem deve
ser responsabilizado pelas dívidas? O Senhor Agripino? Senhor Sebastião? Ambos? A responsabilidade é exclusiva,
solidária, subsidiária, pessoal? Justifique:
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R:_____________________________________________________________________________________________
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2.3.7. O Senhor Agripino compra uma motocicleta do Senhor Sebastião em 2014. Entretanto, após a compra,
sobrevém uma execução fiscal cobrando do Senhor Agripino dívidas de IPTU relativos à motocicleta referentes aos
anos de 2010, 2011, 2012 e 2013. O Senhor Agripino, em sua defesa, alega que não era proprietário à época das
dívidas. Quem deve ser responsabilizado pelas dívidas? O Senhor Agripino? Senhor Sebastião? Ambos? A
responsabilidade é exclusiva, solidária, subsidiária, pessoal? Justifique:
R:_____________________________________________________________________________________________
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2.4. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS – A responsabilidade de terceiros
alcança pessoas que originariamente não estavam vinculados à obrigação tributária,
mas que são responsabilizados nas situações previstas no CTN. Há duas disposições
2.4.1. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA: no caso de impossibilidade de
exigência do cumprimento de obrigação principal pelo contribuinte - nos atos em
que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, inclusive quanto a
multas de mora:
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que
forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
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praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
 - impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte
 - respondem solidariamente atos em que intervierem ou omissões de que forem responsáveis
 - só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório
Responsabilidade - pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores
subsidiária de 3º - tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados
 - administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes
 - casos - inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio
 - índico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário
 - tabelião, escrivão, demais serventuários, tributos sobre atos praticados por/perante eles
 - sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas
2.4.1.1. Destarte, se o pai de um menor intervier na venda de imóvel de propriedade
do filho, poderá ser responsabilizado pelo ITBI, em caso de impossibilidade de o
Fisco municipal exigi-lo do filho.
2.4.2. RESPONSABILIDADE PESSOAL: quanto a obrigações decorrentes de atos
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
 
 - art. 134 CTN
Responsabilidade - mandatários, prepostos em empregados
pessoal de 3º - diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado
2.4.2.1. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE: Com base no art. 135
do CTN, a jurisprudência pátria tem admitida a responsabilização do sócio de pessoa
jurídica limitada, desde que:
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a) ostente a condição de sócio-gerente.
b) tenha cometido infração à lei ou contrato social, não bastando o mero
inadimplemento de obrigação tributária principal: Súmula STJ 430 (24/03/2010) -
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente.
c) constitui infração, por exemplo, a dissolução irregular da sociedade, sem reserva
de bens para pagamento dos tributos:
STJ AgRg no Ag 1247879 / PR- AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO 2009/0215129-5 
Relator(a) Ministro BENEDITO GONÇALVES 
Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA 
Data do Julgamento: 18/02/2010 Data da Publicação/Fonte DJe 25/02/2010 
Ementa 
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO
FISCAL. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE. ART. 135, III, DO CTN. NÃO
LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA. DISSOLUÇÃO IRREGULAR.
1. O posicionamento desta Corte é no sentido de que a não localização de empresa executada
em endereço cadastrado junto ao Fisco, atestada nacertidão do oficial de justiça, representa
indício de dissolução irregular, o que possibilita e legitima o redirecionamento da execução
fiscal ao sócio-gerente. Esse foi o entendimento fixado pela Primeira Seção por ocasião do
julgamento dos Embargos de Divergência n. 716.412/PR, em 12.9.2008, sob a relatoria do
Ministro Herman Benjamin (DJe de 22.9.2008).
2. Na hipótese dos autos, o Tribunal a quo asseverou que existem indícios de dissolução
irregular da sociedade, o que permite o redirecionamento da execução fiscal. 
2.5. RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES – De acordo com o CTN, art.
136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da
legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da
efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato”. Ou seja, ao contrário do Direito
Penal, os tipos infracionais tributários responsabilizam o agente tanto pelo dolo,
como também pela culpa em sentido estrito.
 - independe da intenção do agente ou do responsável
Responsabilidade 
infrações - independe da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato
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2.5.1. RESPONSABILIDADE PESSOAL POR INFRAÇÕES – O CTN
estabelece casos em que terceiros são responsabilizados pessoalmente em caso de
infrações por eles cometidas:
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas
no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de
ordem expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
2.5.1.1. Em resumo:
 - exercício regular administração, mandato, função, cargo ou emprego
 - crimes e contravenções, salvo - cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito
Responsabilidade pessoal 
Infrações Tributárias - dolo específico seja elementar 
 - infração decorra direta e exclusiva mente de dolo específico – arrolados no art. 135 do CTN
2.6. DENÚNICA ESPONTÂNEA: A denúncia espontânea é causa de exclusão de
responsabilidade, mediante retificação da conduta e pagamento do tributo devido,
nos termos do CTN:
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o
caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada
pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
2.6.1. REQUISITOS: para surtir efeitos, a denúncia demanda:
a) informação e retificação da infração.
25 Email: fcsantos31@hotmail.com
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b) pagamento integral do tributo devido, acrescido de juros ou depósito do montante
integral arbitrado. O parcelamento não constitui pagamento integral3.
c) seja feita antes do início de procedimento fiscal.
RESPONSABILIDADE
EXCLUSIVA Somente um sujeito passivo responde pela dívida
tributária
SOLIDÁRIA Mais de um sujeito passivo responde
simultaneamente pela dívida
PESSOAL Sujeito passivo principal
SUBSIDIÁRIA Sujeito passivo subsidiário, respondendo apenas em
caso de impossibilidade de cobrança do sujeito
passivo principal
3. EXERCÍCIOS
3.1. A Sociedade Limitada X tem como sócios-gerentes Antônio e Bruno. A Sociedade X declara uma dívida de IRPJ
no valor de R$10.000,00, mas não paga o crédito tributário. Pode a dívida ser cobrada de Antônio e Bruno?
R:_____________________________________________________________________________________________
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3.2. 2) A Sociedade Limitada X tem como sócios-gerentes Antônio e Bruno. A Sociedade X declara uma dívida de
IRPJ no valor de R$10.000,00, mas não paga o crédito tributário. Interposta execução fiscal para cobrança da dívida, o
oficial de justiça, ao tentar citar a Sociedade para pagamento do crédito tributário, constata que a mesma não está
operando no local onde ela declara ser o seu endereço? Pode a dívida ser cobrada de Antônio e Bruno?
R:_____________________________________________________________________________________________
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3 TFR Súmula nº 208 - A simples confissão da dívida, acompanhada do seu pedido de parcelamento, não configura
denúncia espontânea.
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3.3. A Sociedade Limitada X tem como sócios-gerentes Antônio e Bruno. A Sociedade X declara uma dívida de IRPJ
no valor de R$10.000,00 no mês de março de 2013, mas não paga o crédito tributário. Em abril de 2013 o sócio-
gerente Bruno retira-se da Sociedade e ingressa o sócio Cláudio, na condição de sócio-gerente, juntamente com o
sócio-gerente Antônio. Em junho de 2013 a sociedade é dissolvida irregularmente. Pode a dívida ser cobrada de
Antônio, Bruno e Cláudio?
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3.4. A Sociedade Limitada X tem como sócios-gerentes Antônio e Bruno. Antônio, sem conhecimento de Bruno,
realiza uma operação comercial em nome da Sociedade X, mas não escritura a operação para sonegar o tributo. A
Fiscalização, entretanto, descobre a sonegação, lavra um auto de infração constituindo o crédito tributário e impondo
multa por sonegação. Pode a dívida (tributo e multa) ser cobrada de Antônio e Bruno e da Sociedade X? 
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3.5. A Sociedade Limitada X tem como sócio-gerente Antônio e sócio minoritário Bruno. A sociedade é dissolvida
irregularmente. Pode a dívida ser cobrada de Antônio e Bruno?
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3.6. A Sociedade Limitada X tem como sócio-gerente Antônio e como sócio minoritário Bruno. Embora Bruno não
seja formalmente designado sócio-gerente no contrato social, exercia de fato a gerência e, no exercício da gerência de
fato, realizou diversas operações com sonegação de tributos, valendo-se da convalidação formal dos atos de sonegação
por Antônio. A Fiscalização, entretanto, descobre a sonegação, lavra um auto de infração constituindo o crédito
tributário e impõe multa por sonegação. Pode a dívida (tributo e multa) ser cobrada de Antônio e Bruno e da Sociedade
X? 
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R:_____________________________________________________________________________________________
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3.7. O ator-mirim João, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, estava obrigado a prestar declaração de
imposto de renda (DIRPF) à Receita Federal (União), no exercício de 2013 (ano-base de 2012), em razão de
rendimentos recebidos pela sua atuação em propagandas. Como João é menor, seu pai, Sr. Roberto, costumava efetuar
as declarações para seu filho, mas, por esquecimento, não o fez no exercício de 2013 (ano-base de 2012) . A
Fiscalização da Receita Federal, em 25/01/2014, notificou João, por intermédio do Sr. Roberto, sobre o início de
procedimento fiscal para apuração do Imposto de Renda menor João relativo aos últimos cinco anos, inclusive o
referente ao exercício de 2013 (ano-base de 2012). Para tentar escapar da punição, o Senhor Roberto, em 01/02/2014,
emite a declaração (DIRPF) pela qual informa não haver imposto devido no exercício de 2013 (ano-base de 2012).
Ainda assim, a Fiscalização, mesmo constatando que não havia tributo devido, lavra auto de infração impondo multa
de R$ 165,74 em razão do atraso na declaração (multa prevista na Lei Federal 8.981/95) a que estava obrigado o
menor João. O Sr. Roberto, em nome de seu filho, impugna o auto de infração e alega: a) que houve denúncia
espontânea, por isso não pode haver punição; b) que não havia tributo devido (IRPF), logo não houve prejuízo ao
Fisco em razão da não declaração no prazo; c) que não houve dolo no cometimento da infração; d) que o filho, por ser
menor, não pode responder pela dívida. Analise os argumentos e esclareça se estão corretos. Fundamente, inclusive
apontando os dispositivos legais pertinentes.
R:_____________________________________________________________________________________________
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Direito Tributário – Prof. Fabrizio 
AULA 3 - 
CRÉDITO TRIBUTÁRIOPlano de Aula
1. CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1.1. INDEPENDÊNCIA CRÉDITO TRIBUTÁRIO x OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
2. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
2.1. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO E A QUESTÃO TEMPORAL
3. MODIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO 
4. MODALIDADES DE LANÇAMENTO
4.1. LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO
4.2. LANÇAMENTO DE OFÍCIO
4.3. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO
5. EXERCÍCIOS
6. SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO
6.1. MORATÓRIA 
6.2. PARCELAMENTO
6.3. DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL
6.4. LIMINAR E ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
6.5. RECLAMAÇÕES E RECURSOS DE OFÍCIO
7. EXERCÍCIOS
29 Email: fcsantos31@hotmail.com
Direito Tributário – Prof. Fabrizio 
1. CRÉDITO TRIBUTÁRIO – De acordo com Paulo de Barros Carvalho4, o
crédito tributário “(...) nada mais é que o direito subjetivo de que o sujeito ativo se
vê investido de exigir a prestação, enquanto debito, seu contraponto, é o dever
jurídico de cumprir aquela conduta”. O crédito representa a obrigação tributária em
seu estágio formalizado, após efetuado o lançamento tributário. Conforme CTN:
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
1.1. INDEPENDÊNCIA CRÉDITO TRIBUTÁRIO x OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA – Não obstante decorrer da obrigação tributária e ter mesma
natureza dessa (obrigação patrimonial, pecuniária, pretensão de direito público),
esses dois estágios obrigacionais são independentes de modo que “As circunstâncias
que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou
os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a
obrigação tributária que lhe deu origem” (CTN, art. 140).
 - modificam o crédito
 - circunstâncias que - modificam sua extensão ou seus efeitos
- crédito tributário - - modificam suas garantias ou privilégios
não afetação da - isenção
obrigação tributária - circunstâncias que excluam sua exigibilidade 
 - anistia
1.2. O CTN ainda reforça o princípio da legalidade tributária, revelada pela
indisponibilidade do interesse público, ao encartar que “Art. 141. O crédito
tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua
exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais
não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da
lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias”.
4 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21 edição, p. 399. São Paulo: Saraiva, 2009
30 Email: fcsantos31@hotmail.com
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2. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO – O lançamento tributário é o ato
administrativo que formaliza a obrigação tributária, declarando formalmente a
incidência da lei tributária no fato gerador e a geração da obrigação tributária,
constituindo, dessa forma, o crédito tributário. Conforme CTN:
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim
entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e,
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade
funcional. 
 - declaratório da obrigação tributária
 - constitutivo do crédito tributária
 - Lançamento - ato privativo da autoridade fiscal 
 - vinculado e obrigatório - verificar a ocorrência do fato gerador
 - calcular montante do tributo
 - funções do lançamento - determinar matéria tributável
 - identificar sujeito passivo
 - propor penalidade
 
2.1. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO E A QUESTÃO TEMPORAL – O
lançamento tributário é ato que se refere a fato (o fato gerador), mas que se rege por
disposições legislativas. Disso decorrem questões relacionadas ao tempo: quando o
fato gerador ocorreu, qual a lei regente? Há duas disposições no CTN acerca do
assunto:
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no
lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
 Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,
ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha
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instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das
autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para
o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
 § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva
lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.
2.1.1. Exemplo
Fato Gerador Lançamento 
2.1.2. Temos:
a) aplica-se a lei 1 ao fato gerador, pelo princípio do tempus regit actum.
b) não aplicação retroativa da lei 2 ao fato gerador.
c) aplicação da lei 3 ao lançamento, aumentando os poderes de fiscalização, também
pelo princípio do tempus regit actum.
d) se o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-
á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador
da obrigação.
3. MODIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO: O ato do lançamento adquire
estabilidade após a notificação (intimação do contribuinte) e não pode ser alterado, a
não ser nos casos especificados pelo CTN:
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
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Lei 1
Alíquota 2%
Lei 2
Alíquota 1%
Lei 3
Ampliado poder
de investigação
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I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
 - impugnação do sujeito passivo
- Modificação do lançamento - recurso de ofício
após notificação - revisão de ofício
4. MODALIDADES DE LANÇAMENTO: existem três tipos de lançamento,
previstos no CTN: por declaração, de ofício e por homologação:

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