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____________________________________________________________________________________ UNIDADE 6 – Poder Legislativo O poder legislativo pode ser unicameral (Estados, DF e Municípios) ou bicameral (União). O número de integrante de cada órgão é definido na Constituição Federal (Senadores= 3 por Estado / Deputados na proporção 8<70, total 513) – art. 45 e LC 78/93. Estadual/Distrital (3x o número de deputados federais. Acima de 12 Deputados Federais utiliza-se a fórmula y=(x-12)+36 ou y=x+24, até o máximo de 94) – art. 27 (x – nº de deputados federais). Município (art. 29 IV da CF/88) Congresso Nacional (competências: art. 48 e 49) Câmara dos Deputados (representantes do povo) O congressista é eleito pelo voto proporcional, que equivale ao número da população de cada Estado (art. 45, §1º da CF/88), com mandato de 4 anos. Competência privativa – art. 51 Senado Federal (representantes dos Estados) O Senador é eleito pelo voto majoritário, com mandato de 8 anos, renovando-se o Senado de quatro em quatro anos na proporção de 1/3 e 2/3 a cada legislatura. Competência privativa – art. 52 Reuniões (Sessão Legislativa) Ordinária (art. 57) Extraordinária (art. 57, §6º) Sessões conjunta (art. 57, §3º) Preparatória (art. 57, §4º) Comissões temáticas ou em razão da matéria (art. 58, §2º) Comissões especiais ou temporárias (Regimento Interno) Comissões Comissões mistas (comissão mista de orçamento) Parlamentares Comissão representativa (recesso) – art. 58, §4º (art. 58) CPI (Art. 58, §3º) Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI (Regimento Interno). Comissão temporária para investigar fato certo de determinado, com poderes próprios do poder judiciário. Requerimento subscrito por 1/3 dos Parlamentares Criação Indicação do fato a ser investigado Prazo (120 dias prorrogável – RICD) Quebra de sigilo fiscal Poderes quebra de sigilo bancário Quebra de sigilo de dados (inclusive telefônico) Interceptação telefônica Busca domiciliar Vedações ordem de prisão (salvo flagrante delito) Medidas assecuratórias Encerrada a CPI o relatório deve ser encaminhado às seguintes autoridades: a) Mesa da casa; b) MP ou AGU; c) Comissão Permanente; d) TCU e e) Poder Executivo. Congressista Federal – Imunidade A imunidade parlamentar é uma prerrogativa inerente à função parlamentar, garantidora do exercício do Mandado. É irrenunciável. Material / Real (inviolabilidade de opinião) – art. 53 caput ou substantiva Imunidades Processual / Formal Prisão (art. 53, §2º) e execução penal ou adjetiva Processo (art. 53, §3º ao 5º Estadual: Aplicam-se as mesmas regras (art. 27, §1º) Municipal: Apenas imunidade material Incompatibilidades e Impedimentos (art. 54, I e II) Perda do Cargo (art. 55) Processo Legislativo Regras procedimentais, constitucionais, previstas para elaboração das espécies normativas previstas no art. 59 da Constituição Federal. Eventual descumprimento do rito determinado na Constituição gera um vício formal na norma. Emenda Constitucional Realizada pelo poder constituinte derivado e tem limites implícitos e explícitos no texto constitucional. Formais (art. 60, I, II e III e §§2º, 3º e 5º) Expressos Circunstanciais (art. 60, §1º) Materiais (art. 60, §4º) Limites Implícitos (dupla revisão e alteração do titular do Poder Constituinte originário e derivado). Lei Complementar e Lei Ordinária Geral (art. 61) Concorrente (LOMP – art. 61, §1º, II “d” c/c 128, §5º) Privativa (art. 61, §1º, 93 e 96, II) - emenda Iniciativa Popular Conjunta (art. 48, XV redação original) Fases Art. 67 (maioria absoluta) Parlamentar ou extraparlamentar Deliberação parlamentar (discussão e votação) Constitutiva Deliberação executiva (sanção e veto) Promulgação Complementar Publicação 1º passo: Início do projeto de Lei: Deve sempre iniciar na Câmara dos Deputados os projetos de iniciativa do Presidente da República, do STF, dos Tribunais Superiores, do PGR, Deputados, Comissões da Câmara e iniciativa popular. A casa revisora será o Senado. Já no Senado Federal iniciam os projetos de lei de iniciativa dos Senadores e Comissões do Senado. A casa revisora será a Câmara. 2º passo: Análise pela comissão temática e, após, pela comissão de constituição e justiça. Se envolver aspectos financeiros, antes de ir para a CCJ será analisado pela Comissão de Finanças e Tributação. Dentro da comissão o projeto poderá ser de plano aprovado (art. 58, §2º, I). Pedro Lenza 516. 3º Passo: Votação na casa que inicia o projeto. Quorum: Lei Complementar (maioria absoluta – art. 69), Lei Ordinária (maioria simples ou relativa – art. 47). 4º passo: Aprovado o projeto é encaminhado para casa revisora. Rejeitado, arquiva-se. Na casa revisora o projeto segue o mesmo trâmite a partir do passo 2. 5º passo: Rejeitado na casa revisora, arquiva-se. Emendado o projeto retorna para a casa em que iniciou, esta poderá acatar ou rejeitar a emenda. Aprovado é encaminhado para sanção/veto do Presidente da República. 6º passo: O projeto pode ser sancionado de forma expressa ou tácita (transcurso do prazo legal – 15 dias, art. 66, §1º). Os projetos de competência exclusiva do congresso nacional (art. 49, 51 e 52) independem de sanção. O Presidente poderá no prazo de 15 dias vetar, total ou parcialmente, o projeto. Deve comunicar o Presidente do Senado no prazo de 48 horas. O Congresso apreciará no prazo de 30 dias em escrutínio secreto. 7º passo: Sancionado ou derrubado o veto, o projeto é encaminhado para promulgação e publicação. Regime de urgência: O PR pode solicitar regime de urgência nos projetos de lei de sua iniciativa (art. 64, §1º). Hierarquia: Lei Complementar e Lei Ordinária. LEI DELEGADA Exceção ao princípio da indelegabilidade das atribuições. O Congresso Nacional através de uma resolução autoriza o Presidente da República a editar lei delegada. Caso o presidente ultrapasse o ato de delegação, o Congresso, através de decreto legislativo pode cassar a validade da lei (art. 49, V). Algumas matérias não podem ser delegadas (art. 68, §1º). Espécies de delegação: Típica: Sem apreciação do Congresso. Atípica com apreciação do congresso (art. 68, §3º) em votação única. Medida Provisória A medida provisória é ato exclusivo do Presidente da Republica, podendo ser editada em caso de relevância e urgência. O prazo de validade da MP é de 60 dias podendo ser prorrogada uma vez por igual período. O prazo fica suspenso durante o período do recesso parlamentar. Tramitação Editada a MP será submetida ao Congresso Nacional (comissão mista sobre aspectos constitucionais, inclusive relevância e urgência, mérito e orçamento). Após será encaminhada ao Plenário de cada uma das casas, iniciando na Câmara dos Deputados. É vedada a reedição de medida provisória rejeitada ou não apreciada, na mesma sessão legislativa. (art. 62, § 10º). Aprovada a MP sem alteração será ela promulgada pelo presidente do Congresso Nacional (presidente do Senado). Se for alterada deverá ser encaminhada ao Presidente da República para sanção ou veto. Em caso de rejeição simplesmente perde o efeito. Os atos praticados na época de sua vigência serão regulados por decreto legislativo. Matérias vedadas (art. 62, § 1º e 2º). Decreto legislativo (art. 49) - aprovado por maioria simples e promulgado pelo Presidente do Senado. Se for decreto sobre direitos humanos deve observar o rito da emenda constitucional. Resolução – Matérias privativas da câmara e do Senado (art. 51 e 52). É votado em cada casa por maioria simples. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (9 ministros art. 73) – art. 71. É órgão de auxílio do Poder legislativo, mas não órgão deste. É um órgão com autonomia prevista na Constituição. Uma das funções do PoderLegislativa é a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e entidades da administração direta e indireta (art. 70 e 71). Assim, além do controle interno de cada órgão, existe o controle externo (art. 74). Atribuições: (processos – súmula vinculante 3). - apreciar as contas do Presidente da República - Julgar contas dos administradores dos recursos federais, bens e valores - apreciar a legalidade de atos de admissão; - realizar inspeções e auditorias. - fiscalizar contas nacionais de empresa supranacionais, com participação da União. - fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União. - prestar informações ao Congresso Nacional. - aplicar penalidades - sustar a execução de ato impugnado. (ato x contrato) - representar aos Poderes competente qualquer irregularidade apurada. - apreciar alegação de inconstitucionalidade (sumula 347 STF).
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