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25/06/2015 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/4 Módulo 7 Ação Revocatória: Dependendo da espécie, o meio processual adequado para a declaração da ineficácia varia. Quando é objetiva, ela pode ser inicialmente declarada de ofício pelo juiz, por mero despacho, nos autos da falência. Se não houver tais provas reunidas no processo falimentar, a ineficácia deverá ser buscada pela ação própria ou mediante exceção, em processo autônomo ou incidente ao da falência. Já, a ineficácia subjetiva do ato deve ser declarada pelo juiz da falência numa ação falimentar específica, a revocatória. A ação revocatória é específica do processo falimentar e, julgada procedente, autoriza a inclusão na massa falida dos bens correspondentes ao ato ineficaz. O administrador judicial tem legitimidade ativa para essa ação, concorrente com qualquer credor e o Ministério Público no prazo de 3 anos contados da decretação da falência (art. 132 da LF). Têm legitimidade passiva todos os que figuraram no ato ou que, em decorrência deste, foram pagos, garantidos ou beneficiados, além dos terceiros contratantes. Os herdeiros e legatários dessas pessoas também têm legitimidade passiva para esta ação (art. 133). O juiz competente é o da falência, e a ação processa‐se pelo rito ordinário. Ocorre a decadência do direito à ação revocatória em 3 anos a contar do aviso de início da liqüidação. Da decisão que julga a ação revocatória cabe recurso de apelação (art. 135, parágrafo único, da LF). A ineficácia de atos anteriores à sentença de decretação da falência não se confunde com a nulidade de atos praticados após a decisão de quebra. Estes últimos, são aqueles atos que a sociedade falida não poderia mais praticar porque já se encontrava dissolvida e em processo de liqüidação falimentar. O juiz pode desconstituir os seus efeitos de ofício, mediante simples despacho, independente de ação revocatória. Os Crimes no âmbito da lei de recuperação de empresas: Introdução A LRE modificou o universo dos crimes falimentares. Novas condutas penais substituem condutas típicas previstas na LFC que estavam completamente obsoletas. Altera‐se o critério de aferição do lapso prescricional, e as sanções previstas para os diversos crimes falimentares são majoradas. Os crimes falimentares não são mais apurados em inquérito supervisionado pelo órgão judiciário. Como os demais delitos, observam na fase investigatória os ditames do inquérito policial, se e quando necessário. A persecução criminal não se desenvolve mais perante o juízo da falência, porque foi deslocada para o juízo criminal. Os crimes praticados nos processos de recuperação judicial ou de falência ofendem, imediatamente, o patrimônio em crise, mas também agridem a administração da justiça, a 25/06/2015 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/4 propriedade, a fé pública e o crédito. Assim, o critério mais razoável para a alocação de tais crimes é o que os qualifica como delitos pluriojetivos. O elenco do art. 168 e seguintes da LRE contém crimes de dano e crimes de perigo. O perigo pode ser presumido ou concreto. Perigo presumido é o que a lei reconhece abstratamente, inserto em determinada ação ou omissão. Perigo concreto, ao contrário, é o que deve ser demonstrado caso a caso sua efetividade, ou, quando presumido juris tantum, admite prova em sentido contrário. A LRE define os dois. De perigo presumido é o crime de mera escrituração e, de perigo concreto, a fraude. A maioria dos crime tratados na lei admite a forma tentada. É o caso do delito do art. 173, quando o devedor, sentindo próxima e inevitável a quebra, tenta ocultar ou desviar bens pertencentes à empresa, só não logrando êxito porque o administrador judicial obsta o transporte da mercadoria em trânsito. Os delitos previstos na LRE comportam, em regra, a co‐autoria. O art. 179 equipara ao falido ou devedor, para todos os efeitos penais, sócios, diretores, gerentes, administradores e conselheiros das sociedades empresárias. Na medida de sua culpabilidade. Os crimes praticados na recuperação judicial ou na falência conhecem diversas classificações: quanto ao agente; quanto ao tempo da ação; quanto à espécie de sanção. Quanto ao agente, podem ser próprios ou impróprios. Os próprios são os cometidos pelo empresário individual devedor, sócios ou administradores da sociedade empresária devedora. Os impróprios são os praticados por outras pessoas vinculadas à falência, tais como o juiz, o representante do Ministério Público, o escrivão, o administrador judicial etc. Também incidem nas mesmas penas do devedor os contadores, auditores e outros profissionais que concorrem para a prática do estelionato falimentar tratado no art. 168 e seus incisos. Quanto ao tempo de sua prática, há crimes cometidos antes da decretação judicial da falência (crimes pré‐falimentares), outros praticados no curso do processo de falência e outros, ainda, cometidos durante a fase de recuperação judicial. Por exemplo, o crime do art. 170, consistente em alardear falsa informação sobre empresa em recuperação judicial, com o fim de levá‐la a falência ou de obter vantagem, é crime pré‐falimentar. Em regra, os crimes falimentares próprios são realizados pelo falido até que se promova a arrecadação do ativos. A partir daí, com a perda da administração e disponibilidade dos bens da empresa, dificilmente ocorrem esses crimes. Em compensação, é justamente nessa fase que eclodem os delitos falimentares impróprios, por exemplo, o de aquisição de bens da massa falida por leiloeiro via interposta pessoa ou, ainda, a especulação de lucro cometida pelo administrador judicial que intenta negociar com alguns credores formas pouco ortodoxas de solução de algumas obrigações. Quanto à sanção, inexiste hoje, a distinção entre falência dolosa e falência culposa, a LRE trata, simplesmente, de crimes de reclusão e de detenção, todos acrescidos de multa. Com exceção do art. 178 (crime de detenção), todos os demais são punidos com pena de reclusão. Como já ocorria na LFC, a sentença declaratória de falência é condição objetiva de punibilidade das infrações penais previstas no art. 168 e seguintes. 25/06/2015 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/4 Exercício 1: Quanto aos crimes falimentares, previstos na Lei n.º 11.101/2005, assinale a opção correta. A Os efeitos da condenação, tais como inabilitação para o exercício de atividade empresarial, impossibilidade de gerir empresa por mandato, entre outros, devem ser aplicados automaticamente com a sentença condenatória. B A fraude contra credores, descrita como conduta criminosa, só poderá ocorrer antes da sentença que decretar a falência. C A redução ou substituição da pena privativa de liberdade prevista na lei dos crimes falimentares só poderá ser aplicada às microempresas e às empresas de médio porte. D Praticam crime falimentar o juiz, o representante do Ministério Público, o administrador judicial, o gestor judicial, o perito, o avaliador, o escrivão, o oficial de justiçaou o leiloeiro, por si ou por interposta pessoa, que adquiram bens da massa falida ou de devedor em recuperação judicial. E Não praticam crime falimentar o juiz, o representante do Ministério Público, o administrador judicial, o gestor judicial, o perito, o avaliador, o escrivão, o oficial de justiça ou o leiloeiro, por si ou por interposta pessoa, que adquiram bens da massa falida ou de devedor em recuperação judicial. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A ..................... B ..................... C ..................... D ..................... Exercício 2: Não são crimes previstos na LRE nos artigos 168 a 178: A fraude a credores; B violação de sigilo empresarial; C divulgação de informações falsas; D indução a erro; E furto. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: A ............... B ............... C ............... D ............... E ............... Exercício 3: A respeito da ação revocatória, podese dizer que: A não é o meio processual adequado para declaração da ineficácia de atos considerados ineficazes; 25/06/2015 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/4 B o administrador judicial falimentar não tem legitimidade ativa para essa ação; C somente o falido que tem legitimidade passiva para essa ação; D é um meio processual adequado para declaração da ineficácia de atos considerados ineficazes; E da decisão que julga a ação revocatória procedente não caberá recurso de apelação. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A ................ B ................ C ........................... D ........................... Exercício 4: Os crimes praticados na recuperação judicial ou na falência podem ser: A próprios, quando cometidos pelo empresário individual devedor, sócios ou administradores da empresa devedora; B impróprios, quando praticados somente pelo devedor falido; C próprios, quando praticados, por exemplo, pelo juiz, representante do Ministério Público e o escrivão D contadores, auditores e outros profissionais que concorrem para a pratica do crime falimentar não respondem por tais crimes; E Os crimes impróprios são cometidos pelo devedor falido até que se promova a arrecadação dos ativos. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: D .............. E .............. A .............. Exercício 5: Os crimes praticados na recuperação judicial ou na falência podem ser: A próprios, quando cometidos pelo empresário individual devedor, sócios ou administradores da empresa devedora; B impróprios, quando praticados somente pelo devedor falido; C próprios, quando praticados, por exemplo, pelo juiz, representante do Ministério Público e o escrivão D contadores, auditores e outros profissionais que concorrem para a pratica do crime falimentar não respondem por tais crimes; E Os crimes impróprios são cometidos pelo devedor falido até que se promova a arrecadação dos ativos. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: B ............... A ...............
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