Ciências do ambiente online Aula 10

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Aula 10: GESTÃO DO AMBIENTE
CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Profº Fernando Gurgel do Amaral. 
CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Aula 1O: GESTÃO DO AMBIENTE
Conteúdo programático
Reconhecer a complexidade das relações que ocorrem nos diversos ambientes, bem como a sua gestão;
Conhecer a evolução do conceito de Meio Ambiente, desde sua origem na Política Nacional de Meio Ambiente, até os dias atuais no âmbito das organizações;
Compreender os aspectos que envolvem a gestão do desempenho ambiental;
Entender os princípios da Gestão da Sustentabilidade; e
Analisar as vantagens da Gestão Compartilhada nos casos necessários.
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INTRODUÇÃO
	Como já foi abordado em aulas anteriores, o ambiente pode ser definido como qualquer porção da biosfera que resulta de inúmeras relações (físicas, químicas, biológicas, sociais, econômicas e culturais), catalisadas pela energia proveniente do Sol, mantidas pelos fatores ambientais contidos nesse ambiente, ou seja, o ar (atmosfera), a água (hidrosfera), o solo (litosfera), a flora, a fauna e o homem.
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	Devido a complexidade de tais relações, é consenso entre os especialistas e empresários que promover a gestão do ambiente constitui uma tarefa igualmente complexa. 
	Essa tarefa pode ser ainda mais difícil quando o cenário é caracterizado por uma produção elevada e/ou uma economia diversificada, implicando na necessidade de se desenvolver medidas de gestão específicas para cada atividade, principalmente nos setores com maior potencial de gerar danos ao ambiente.
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A função para gerir o ambiente
	Antes mesmo da Constituição Federal (CF) de 1988 ser promulgada, já havia sido instituída a Lei 6.938/1981, onde a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) foi apresentada. Pelo seu conteúdo, com objetivos estabelecidos, ferramentas propostas e outros aspectos definidos, esse instrumento legal acabou por influenciar o início de um debate acerca do que deveria ser e fazer a função ambiental de uma organização.
A PNMA, em seu Artigo 3º, define Meio Ambiente como: “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
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	Embora o conceito de Meio Ambiente estabelecido pela PNMA não tenha perdido sua validade e assertividade, fazem mais de trinta anos que foi proposto e sua evolução é natural e óbvia. 
	No que diz respeito as organizações, podemos destacar: 
o ambiente deve ser considerado numa perspectiva científica e dinâmica, se opondo a perspectiva meramente a partir de diplomas legais; 
as funções de uma organização se fazem a partir de sistemas integrados, sendo inseparáveis, como no caso das funções de Segurança, Ambiente e Saúde (SAS); 
a Gestão da Sustentabilidade se agregando a Gestão Ambiental.
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	A evolução do conceito de Meio Ambiente também resultou em inúmeras propostas de modelos dentro das organizações. As propostas seguem a tendência de integração dos sistemas de Segurança, Ambiente e Saúde, sendo que em alguns casos ainda se agrega a essa função o sistema de Qualidade. Atualmente, já está consolidada a aceitação da integração de mais um sistema, o de Responsabilidade Social.
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	Alguns desses modelos prosperam mais que outros, condição influenciada por vários fatores, como setor econômico de atuação, ambiente regulatório, condições macroeconômicas, tamanho da empresa, nível de relações internacionais da empresa e muitos outros.
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	A gestão desse desempenho ambiental deve seguir uma sistemática e ser permanente, dessa forma desenvolvendo uma competência estratégica para a organização. Para que essa competência seja alcançada, se faz necessário a realização da caracterização ambiental do empreendimento e o diagnóstico ambiental de sua área de influência.
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	Outro aspecto importante desse processo é a escolha dos indicadores para se medir o desempenho ambiental. Podem existir aqueles especificamente relacionados a uma atividade, contudo, podemos classificar esses indicadores como mostrado na tabela a seguir.
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	Para que uma organização possa ter conhecimento do seu desempenho ambiental, de forma clara e permanente, é necessário que desenvolva dois processos importantes:
	(1) Análise de seu processo produtivo e se podem criar ameaças potenciais, prováveis impactos e riscos para o ambiente. Consideram-se os seguintes fatores: 
uso de recursos naturais; 
aquisição, acondicionamento, transporte e transformação dos insumos; 
transporte e distribuição dos produtos; 
cenários de risco; 
consumo de energia e água; e 
relações institucionais de ordem ambiental.
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	(2) Análise dos resultados ambientais do processo, os que constituem ameaças realizadas, impactos concretos e riscos a estabilidade do ambiente. Consideram-se as seguintes informações a respeito dos resultados ambientais: 
emissões gasosas; 
efluentes líquidos; 
resíduos sólidos; 
escórias e descartes; 
perdas em processos; 
odores; 
ruídos e vibrações; 
radiação e calor; 
iluminação; e 
empregos diretos e indiretos.
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Gestão da sustentabilidade
	O conceito de sustentabilidade não está associado somente aos aspectos ambientais, por isso, no início dessa aula foi colocado que a Gestão da Sustentabilidade está se agregando a Gestão Ambiental. Ou seja, as empresas estão ampliando seus horizontes de gestão quando agregam os demais aspectos ligados a sustentabilidade, principalmente os econômicos e socioculturais. 
	Outra importante perspectiva do conceito de sustentabilidade está relacionada a necessidade de garantir as futuras gerações a possibilidade de obter os mesmos serviços ambientais de que dispomos hoje.
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	As organizações que desejam a integração da Gestão da Sustentabilidade aos seus princípios de governança devem buscar o máximo de informações acerca das respostas do ambiente a presença dessa organização. A partir da obtenção e análise dessas informações, a organização deve estabelecer um planejamento ambiental específico que vise a otimização das respostas ambientais a sua presença, também chamadas de “retroimpactos” (positivos ou negativos). 
	Para obter tais informações, que sejam confiáveis para gerar decisões corretas, a organização deve saber como ambiente de sua área de influência pode responder, qual o seu provável comportamento. Para isso deve efetuar um diagnóstico ambiental dessa área de influência.
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	As empresas devem buscar práticas ambientais que sejam capazes de minimizar as respostas negativas e potencializar as respostas positivas. Existem modelos já consagrados como de sucesso na atenuação ou mesmo anulação das respostas/impactos negativos, as empresas precisam desenvolver a capacidade para adaptá-los a sua realidade.
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A Gestão Compartilhada
	A Gestão Compartilhada diz respeito a organizações que estão instaladas e operando em uma mesma região, com áreas de influência em comum. Mesmo considerando que todas estejam em conformidade com os requisitos legais vigentes, devemos prever que o conjunto delas poderá gerar impactos significativos na área de influência compartilhada. 
	Essa é uma situação cada vez mais comum, ou seja, existe uma tendência de concentrar em determinadas regiões atividades afins, podendo chegar a áreas consideráveis,
como no caso de distritos industriais ou polos petroquímicos.
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	Nesse cenário é importante que as empresas promovam constantemente o monitoramento e a avaliação das respostas ambientais aos seus resultados ambientais, promovendo análises periódicas com essa finalidade.
	Dessa forma, a partir das relações institucionais de parceria e compartilhamento de informações, as empresas podem promover uma gestão compartilhada da região afetada.
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	Cada organização deve desenvolver ações nos seguintes sentidos:
Estabelecer os padrões de sustentabilidade que deseja realizar, tendo como base mínima os requisitos legais vigentes no país em que opera, além de convênios, contratos e eventuais subscrições de normas internacionais.
Implantar Sistemas de Melhoria do Desempenho Ambiental, sempre que necessário.
Realizar e manter a documentação e as informações registradas de todas as respostas do ambiente à sua presença.
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Utilizar indicadores que sejam mensuráveis e capazes de demonstrar a variação do comportamento de cada fator ambiental que possa ser afetado pela organização.
Resguardar as informações consideradas classificadas, a organização comunicará o andamento e o desempenho da monitoração das respostas do ambiente e seus resultados ambientais a todas as partes que possam ser diretamente afetadas.
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	Em alguns casos a quantidade de organizações ocupando a mesma região é grande, o que aumenta ainda mais a importância da Gestão Compartilhada.
	Nesses casos, as empresas podem criar um Comitê de Gestão Compartilhada ou um Comitê Gestão Ambiental e da Sustentabilidade, que tenham como objetivo orientar os seus processos de gestão integrada.
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https://www.youtube.com/watch?v=DbgJRei67E4 
8:12 min.