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Universidade de São Paulo Escola de Educação Física e Esporte Luiz Bozi luizbozi@hotmail.com Exercício Físico e Metabolismo Pontos a serem abordados 1) Exercício físico aeróbio e metabolismo de carboidrato 2) Exercício físico aeróbio e metabolismo de lipídeos 3) Exercício físico aeróbio e metabolismo de proteínas Pontos a serem abordados 1) Exercício físico aeróbio e metabolismo de carboidrato 2) Exercício físico aeróbio e metabolismo de lipídeos 3) Exercício físico aeróbio e metabolismo de proteínas As reações metabólicas que ocorrem no organismo durante o repouso são as mesmas que acontecem durante o exercício físico? Sim, a diferença vai ser a % de participação de uma via ou outra. 4 Controle metabólico durante o exercício 1) Regulação alostérica 2) Modificação covalente 3) Concentração do substrato 4)Concentração da enzima Ex.: Fosforilase kinase a (glicogenólise) Ex.: Complexo piruvato desidrogenase, a fosforilação inibe essa enzima Efeito do EF aeróbio no metabolismo de carboidrato Glicose Sangue Glicogênio (musculo e fígado) Exercício Captação Degradação Glicose intracelular A glicose ela pode ser encontrada na circulação (sangue) e pode ser produzida a partir dos estoques de glicogênio presentes nos músculo e no fígado. Apartir de agora, nós vamos entender com o EF modula esses dois processos 6 2) Aumento dos transportadores de glicose na membrana das fibras musculares Exercício físico aeróbio e captação de glicose: 1) Vaso dilatação nos músculos ativos – aumento do fluxo sanguíneo – mais glicose chega Aumento de IGF-1 (semelhante a insulina)ativação de dos receptores de insulina e translocação de GLUT4. Além disso, há a ativação da translocação de GLUT pelo aumento da [Ca] 7 Glicogênio EF aeróbio Glicose sanguínea Adrenalina Glucagon PKA Glicogênio sintase Fosforilase quinase a Glicose Fosforilase a IP3 Ca Exercício físico aeróbio e degradação do glicogênio: A redução da glicose sanguínea provocada pelo EF faz com que as células alfa do pancreas liberem glucagon. Além disso, durante o exercício físico há um aumento dos níveis de adrenalina. Ambos os hormônios vão atuar no fíguda para garantir a manutenção da glicemia em níveis ótimos. Para tanto, ambos os hormonios se ligam nos seus respectivos receptores ativando a PKA. Essa, por sua vez, inibe a glicogênio glicogênio. Por outro lado, a PKA ativa a fosforilase quinase a, que por sua vez ativa a fosforilase a (glicogênio quinase), a qual quebra o glicogênio em glicose 6-P, a qual por açao de uma fosfatase é desfosforilada, formando glicose, q vai p corrente sanguínea! A adrenalina tb vai estimular a liberação do IP3, o qual se liga a receptores na membrana do RE, promovendo o aumento da [Ca] citosólico q tb ativa a fosforila quinase a. . Isso aumenta a quebra do glicogênio. 8 No ME o EF aeróbio também aumenta a Glicogenólise Glicogênio Glicose 1-fosfato AMP EF aeróbico Adrenalina PKA Ca+2 AMPK Fosforilase quinase a Fosforilase a No músculo esquelético a via é basicamente a mesma. A PKA vai ser ativada pela adrenalina, [Ca]i e AMP (resultante da quebra do ATP e ADP). Uma vez ativada, a PKA ativa a fodforilase quinase a, q por sua vez ativa a fosdorilase a (ou glicogêncio fosforila a) a qual degrada o glicogênio p produzir a glicose 6-fosfato. 9 Exercício físico aeróbio e Glicólise [Substrato] – glicose intramuscular Atividade enzimática Glicose Glicose 6-P Piruvato Fosfofrutoquinase Piruvato Quinase ATP CP AMP ATP CP ADP EF Aeróbio 3 10 Exercício físico aeróbio e CK Formação Acetil-CoA Piruvato Acetil-CoA Comp. piruvato desidrogenase + - Fosfatase Piruvato desidrogenase kinase Comp. piruvato desidrogenase P EF aeróbio Ca+2, Mg+2 - + ADP, NAPH, Acetil-CoA Citrato sintase α-cetoglurato desidrogenase Isocitrato desidrogenase EF aeróbio ADP Ca+2 Exercício físico aeróbio e CK 12 Cadeia transportadora de e- Se a atividade desses dois processos é tempo-dependente ([O2]i VS superprodução de NADH), como ocorre a regeneração do NADH produzido durante a glicólise se a intensidade do exercício for aumentada (aumento da produção de NADH pela glicólise)? Lactato desidrogenase C O CH3 COO- + NADH + H+ Piruvato HO C COO- CH3 H + NAD+ Lactato ? Cadeia transportadora de e- e fosforilação oxidativa são processos q, à princípio, não são modulados pelo exercício físio isso pq esse processo é tempo-dependente. Alguns autores argumentam q a [O2] no citoplasma mesmo durante o exercício máximo é suficiente para promover a ressíntese do ATP, porém há uma superprodução de NADH. Em contra partida há aqueles que acreditam na limitação O2, ou seja, não chega O2 suficiente para essa ressíntese. Porém, o real mecanismo ainda não é conhecido. Mas reação inversa, ou seja, a produção de piruvato a partir de Lactato é verdadeira!?!? Sim, isso pode acontecer, mas não no músculo em atividade. Pq? Pelo fato do NAD ser necessário e como o músculo ativo precisa produzir mais energia para manter essa atividade esse lactato tem q ir para outro lugar, como musculos menos ativos, fígado e coração. 13 Lactato Fígado Coração Músculo esquelético Músculo esquelético Glicose Lactato Ciclo de Core Estão ativos – não conseguem resintetisar piruvato O lactato produzido pode ir para o fígado coração ou músculo esquelético, onde ele será convertido novamente em piruvato (é necessário NAD), o qual pode ser usado para produzir energia, seguindo pelo CK, ou produzir glicose (gliconeogênese, não ocorre no músculo pois o não tem a enzima glicose 6-phosphatase). 14 Caso 1 1) Qual o comportamento da glicemia durante o EF? Exercício (ciclo) até exaustão, à 65% VO2máx. 2) Qual o comportamento da insulina durante o EF? 3) Qual o comportamento do glucagon durante o EF? 4) Qual o comportamento da adrenalina durante o EF? 5) Qual o comportamento do lactato durante o EF? Pontos a serem abordados 1) Exercício físico aeróbio e metabolismo de carboidrato 2) Exercício físico aeróbio e metabolismo de lipídeos 3) Exercício físico aeróbio e metabolismo de proteínas Efeitos do EF aeróbio na lipólise EF aeróbio EF aeróbio (ME e adipócitos) O EF através do aumento dos níveis de catecolaminas (nora e adrenalina) aumentam a lipólise. O aumento dos níveis de AMPc ativa a PKA que por sua vez ativa duas outras proteínas envolvidas na lipólise. A perilipin a, quando ativada atraia a triacylclicerol para os estoques de lipídios nos adipócitos. Já a triacilglycerol lipase promove a hidrólise dos triglicerídeos (processo semelhante acontece no músculo). 21 Triglicerídeo Glicerol + Ác. Graxo Triglicerídeo Ác. Graxo + Glicerol Ác. Graxo Albumina Glicerol Glicerol Ác. Graxo Triglicerídeo Glicose Lipólise O glicerol e o ac graxo resultande da lipólise sem do adipócito e vão p corrente sanguínea, dai o ac graxo pode ir para o músculo (ser utilizado p ressintese do ATP) ou ir p fígado onde será armazenada na forma de triglicerideo. O ac graxo prodizido no músculo nao sai, ele vai ser usado como fonte de energia. Já o glicerol resultante da lipolise no músculo e adipócito vai para o fígado para participar do processo de gliconeogênese. 22 Oxidação de ác. graxos no músculo também é aumentada pelo EF aeróbio EF aeróbio Estimula lipólise no tecido adiposo e ME Vasodilatação local – aumenta chega de ác. graxo Aumenta a translocação de FAT/CD36 Redução da [ ] de acetil CoA, FADH2 e NADH – acelera o CK, CE e a β oxidação. O EF aeróbio aumenta a oxidação dos ác. Graxo, pois, primeiro, ele aumenta a quantidade de substrato (ac graxo) nas fibras musculares. Isso ocorre por um aumento da lipólise no TA e ME, aumento fluxo sanguíneo nos músculos ativos e aumento da translocação de FAT/CD36 para membrana (a regulação desse translocador de AG é semelhante a do GLUT4). Além disso, o EF reduz os níveis de acetil CoA, FADH2 e NADH, fato q estimula enzimas do ciclo de krebs (CK), da cadeia transportadora de e (CE)e a Beta oxidação. 23 Qual a ideia/lógica de usar a L-carnitina como ergogênico? O AG quando livre no citosol é primeiramente ativado, ou seja, é ligado ao composto CoA. Quando isso ocorre ele consegue consegue atravessar a membrana externa da mitocondria, mas não a interna. A carnitina então faz esse transporte se ligando a esses grupos acil. Para isso o grupo CoA é desligado e o AG é ligado então a carnitina. Esse então é capaz de atravessar a membrana interna. Na matriz pela ação da carnitina aciltransferase II o AG é ligado novamente ao CoA, podendo assim seguir para B-oxidação. A raciocínio para a utilização da carnitina para aumentar o consumo de AG como substrato é perfeito, ou seja, aumentar a sua entrada na matriz mitocondrial. O problema é q os dois principais fatores até hoje sugeridos na literatura para produção de energia pela via aeróbia são a [O2] e o tempo gasto para o transporte de e-. Este ultimo pode ser o verdadeiro pois apesar da [O2] em exercicio intensos diminuir no citosol, essa [O2] parece ainda ser suficiente p atuar na produção de energia. 24 Caso 2 25% VO2máx Como a intensidade do EF aeróbica afeta a [AG] plasmática Caso A, há uma aumento da [AG], pois o consumo é baixo (intensidade de EF é baixa), mas a mobilização é alta. Caso B, há uma ligeira queda no início, em decorrência degração do AG que aumenta de forma mais rápida quando comparada a estimulação da lipólise pelo hormônio. Contudo, após certo período os níveis de AG começão a subir. Caso C - A [AG] apesar do estímulo para lipólise. Isso acontece devido a vasoconstrição (induzida pela adrenalina-lembrar mecanismo de luta ou fuga) e pelo próprio lactato. No fim do exercício a [AG] sempre sobe, pois o estímulo hormonal p lipólise leva alguns minutos para cessar enquanto o uso de AG pelo musculo cai bruscamente com a interrupção da atividade. 25 65% VO2máx 85% VO2máx Pontos a serem abordados 1) Exercício físico aeróbio e metabolismo de carboidrato 2) Exercício físico aeróbio e metabolismo de lipídeos 3) Exercício físico aeróbio e metabolismo de proteínas EF aeróbio e metabolismo de proteína Síntese protéica Degradação EF aeróbio Essa situação é revertida poucas horas após o exercício No músculo as proteínas ficam em um equilíbrio entre sínte e degradação. Porém durante o EF aeróbico há um aumento da degradação em detrimento a síntese, a qual em sua não é estimulada de forma relevante. Essa situação de predomiínio de degradação é reestabelecida em poucas horas pós exercício. 29 Sistemas de degradação de proteína Autofagia Sistema ubq-proteassoma Calpainas Obs.: a degradação de proteína durante o EF não necessariamente não é para servir como substrato energético! Obrigado!!!
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