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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

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INTRODUÇÃO
Acidente Vascular Encefálico se caracteriza pelo entupimento ou rompimento de algum vaso sanguíneo no cérebro, que pode estar relacionado com alguns fatores como má alimentação, hipertensão, problemas cardíacos, diabetes, o uso de álcool e drogas, estresse e o uso de anticoncepcionais. Existem dois tipos de AVE o hemorrágico e Isquêmico. Em torno de 25% das pessoas que se recobram do primeiro acidente vascular encefálico terão outro dentro de cinco anos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVE é a terceira maior causa de morte no mundo, ocorrendo predominantemente em adultos de meia idade e idosos. Em 2005, a doença foi responsável por 5,7 milhões de mortes em todo mundo, equivalendo a 9,9% de todas as mortes. A maioria dessas mortes ocorreu em habitantes de países de baixa e média renda e 2/3 ocorreram em pessoas acima de 70 anos de idade.
No Brasil, atualmente, constitui a principal causa de morte, sendo responsável por mais de 90mil óbitos/ano, considerada a maior taxa da América Latina. Além da elevada mortalidade, é uma doença altamente incapacitante, sendo responsável por seqüelas motoras, de fala e de deglutição.
DESENVOLVIMENTO
O acidente vascular encefálico (AVE), conhecido popularmente como derrame, ocorre quando o suprimento de sangue a parte do cérebro é subitamente interrompido, ou quando um vaso sanguíneo no cérebro estoura derramando sangue nos espaços ao redor das células cerebrais. As células do cérebro morrem quando não mais recebem oxigênio e nutrientes do sangue, ou quando há sangramento súbito no cérebro ou ao redor dele. Sendo mais presente em idosos.
O acidente vascular encefálico é dividido em dois tipos hemorrágico e Isquêmico.
- Tipo hemorrágico subdivide-se em:
Hemorragias Intracerebrais (Cerebral): hemorragia dentro do cérebro, com grande probabilidade de haver sequelas.
Hemorragias Subaracnóides (Meníngeo): hemorragia em volta do cérebro que leva ao rápido aumento da pressão intracraniana.
- Tipo isquêmico subdivide-se em:
Trombótico: É o tipo de AVE mais frequente. Ocorre quando a interrupção na irrigação sanguínea no cérebro é causada por um trombo ou coágulo sanguíneo.
Embólico: Este tipo de AVE ocorre quando a falta de sangue no cérebro é causada pela presença de algum êmbolo, ar, gordura, tecido ou qualquer corpo estranho nas artérias.
Lacunar: Ocorre poucas vezes quando há infarto das artérias cerebrais.
Embora acidente vascular encefálico seja uma doença do cérebro, ele pode afetar todo o corpo. Uma incapacidade comum resultante do AVE, é paralisia completa de um lado do corpo, chamada hemiplegia. Existindo também a hemiparesia que é a fraqueza em um lado do corpo.
SINTOMAS
O acidente vascular encefálico pode causar problemas com o raciocínio, atenção, aprendizado, julgamento e memória. Sobreviventes de acidente vascular encefálico freqüentemente têm problemas de compreensão e fala. 
Pode resultar em problemas emocionais. Esse tipo de pacientes podem ter dificuldade de controlar suas emoções ou a expressar de maneira inapropriada. Assim também em alguns casos podendo haver a depressão.
Outros sintomas como tontura, desequilíbrio, fraqueza muscular, visão embaçada, dormência numa parte do corpo, incontinência urinária e convulsões, são encontrados em pacientes com AVE.
CONSEQUÊNCIAS
As consequências dependerão do tipo de AVE, da sua localização, do tamanho da área acometida, da idade do paciente, do nível de suporte sócio-econômico e dos fatores de risco precedentes (hipertensão arterial, doenças cardíacas, tabagismo, alcoolismo, diabetes, obesidade, stress). Geralmente o paciente apresenta déficits motores, redução da resistência para atividades do dia a dia, fraqueza muscular, redução da flexibilidade, distúrbios no equilíbrio e mobilidade, dentre outros. É comum que esses sintomas sejam apenas em um lado do corpo.
TRATAMENTO
Geralmente há três estágios de tratamento para o AVE:
- Prevenção do acidente vascular encefálico
- Terapia imediatamente após o AVE
- Reabilitação após acidente vascular encefálico.
Envolve o uso de remédios para coagulação sanguínea e para controlar a pressão arterial. Em alguns casos é necessária uma cirurgia no cérebro.
Após um derrame cerebral é normal haver sequelas e o paciente ficar bastante irritado ou entrar em depressão, e por isso é muito importante o apoio dos amigos e familiares e realizar sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos perdidos.
A reabilitação é lenta e demorada, mas quando não é realizada leva a deformidades que podem se tornar permanente levando o paciente a ficar totalmente dependente da ajuda de outros para realizar suas atividades diárias.
No período de reabilitação sessões de fisioterapia são necessárias para fortalecer os músculos e melhorar a coordenação motora, caso essas capacidades tenham sido comprometidas pelo derrame. Para ajudar o paciente a se comunicar melhor podem ser necessárias sessões de fonoaudiologia.
Para evitar um outro derrame cerebral é preciso evitar o consumo de alimentos ricos em gordura, praticar exercícios regularmente, controlar a hipertensão e a diabetes, e diminuir o consumo de álcool e cigarros.
Medicação é a forma mais comum de tratamento para acidente vascular encefálico. As classes de medicamentos mais usadas para prevenir ou tratar o derrame são antitrombóticos (antiplaquetários e anticoagulantes) e trombolíticos.
FISIOTERAPIA NO AVE
Um treinamento fisioterápico deve ser iniciado imediatamente e deve ser voltado ao convívio e atividades usuais do paciente. O tratamento irá abordar principalmente a reabilitação funcional e logicamente a independência deste paciente. Séries com alongamento, força, treino de equilíbrio, treino funcional, socialização e práticas que ajudarão a adaptar o corpo à nova condição. Vale lembrar a importância de um tratamento global com demais profissionais da saúde e a contribuição da família para maior sucesso na reabilitação.
CONCLUSÃO
Sem dúvida, o tratamento mais eficaz para esta doença é a prevenção. Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento, alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. Todos estes fatores têm tratamento eficaz, seja ele medicamentoso ou por mudanças nos hábitos de vida.
A redução da incidência de AVE com o controle dos fatores de risco, principalmente a hipertensão arterial, já está comprovada em diversos estudos epidemiológicos. A visita regular ao consultório de um clínico geral é fundamental para a identificação destes fatores, tendo em vista que podemos ter pressão alta sem sintomas, assim como diabetes e dislipidemia. 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Figueiredo, Thaissa G.B.; Silva, Vanessa B.; Figueiredo, Fernanda C. A.; Rodrigues, Miria I. S.; Junior, Mario A. G. P.; Brant, Nikolas D. C.; Marotta, Rômulo G. – Relato de Caso – Acidente Cascular Encefálico Isquêmico: do diagnostico à terapêutica – Revista Med Minas Gerais – 2010.
Novais, Sergio P.; Novais, Ricardo F. – Acidente Vascular Encefálico: texto de apoio ao curso de especialização, atividade física adaptada e saúde.
http://www.medicinaatual.com.br/doencas/ave-isquemico--hifen--patogenia-e-fatores-de-risco.html acessado em 29 de Novembro de 2014
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/avc acessado em 29 de Novembro de 2014
http://www.medicinaatual.com.br/doencas/ave-isquemico--hifen--patogenia-e-fatores-de-risco.html acessado em 29 de Novembro de 2014
Trabalho acadêmico apresentado a Faculdade Pitágoras Betim – Acidente Vascular Encefálico: Terapia Intensiva Adulto– Profª Daniele Rezende

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