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Principais fórmulas usadas na UTI Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia Acadêmica: Marina Soares dos Santos Respiração – somatória de inspiração e expiração que é controlado por um músculo através da diferença de pressão do ar que entra e sai dos pulmões. Ciclo Respiratório - é a somatória do tempo de INS + EXP, sendo que o tempo de EXP fisiologicamente é 2x o tempo de INS. Tins + 2x Texp = FR Ritmo Respiratório: Brapneia : < 12 Irpm Eupneia: 12 a 22 Irpm Taquipneia: > 22 Irpm Alterações do Ciclo Respiratório: Dispneia: disfunção do CR Apneia: interrupção do CR Movimentos de inspiração e expiração. Ilustração: OpenStax College [CC-BY-3.0], via Wikimedia Commons Nomenclaturas Frequência Respiratória (FR) – ciclo INS e EXP. É medida em Irpm (impercussão por minuto 12 a 22). Frequência Cardíaca (FC) – tempo dentro de 1 minuto que o coração bate (bpm). Volume Corrente ou Volume Total (VC ou VT) – quantidade de ar total dentro do pulmão. Em media de 500ml. Sua unidade de medida é ml. É o volume de ar inspirado ou expirado em cada movimento respiratório normal. Volume Minuto (VM) – quantidade de ar que passa no pulmão dentro de um minuto. A unidade de medida é ml/s ou l/s. V ou Fluxo – velocidade que o ar passa pelas estruturas intrapulmonares. A unidade de medida é litros. Fração Inspirada de O² (FiO²) – quantidade de porcentagem de O² que está respirando. Unidade de medida é %. PaCO² - pressão parcial de CO² no sangue arterial. Unidade de medida é mmHg. PaO² - pressão parcial de O² no sangue arterial; reflete a efetividade com que o pulmão oxigena o sangue. Capacidade Vital (CV) – capacidade que o pulmão tem de receber um volume necessário para manter a vida. É o volume que é possível expulsar durante uma expiração forçada consecutiva à inspiração máxima. Capacidade Total (CT) – capacidade máxima de volume que o pulmão pode receber. É o volume máximo de ar que pode ser contido nos pulmões ao final de uma inspiração forçada. Volume Inspiratório (Vins) – volume máximo durante a inspiração. Volume Expiratório (Vexp) – volume máximo durante a expiração. Cins – capacidade máxima que o pulmão tem de estender durante a inspiração forçada. Volume Residual (VR) – é o volume de ar que ainda permanece no pulmão após uma expiração forçada. Rel ins/exp – relação direta entre o tempo inspiratório e expiratório que pode ser mudada ou ... Potencial de Hidrogênio Livre (pH) – corresponde à concentração hidrogeniônica (íons H+) no sangue. Saturação de O² (SaO²) – quanto o corpo esta consumindo. Entre 90 e 100 para pessoas normais. Unidade de medida é %. Pressão de Pico (P. pic) – pressão necessária para abrir ou recrutar uma unidade pulmonar. Pressão de platô (P. platô) – pressão necessária para manter ou evitar colabamento de unidade pulmonar. Alterações do Equilíbrio Ácido-Básico O pH arterial, o CO² e o bicarbonato plasmático (HCO³)são variáveis primarias do equilíbrio ácido-básico. A função respiratória é responsável pelas variações do CO²e, a renal, pelas variações do HCO³. Os distúrbios respiratórios resultam de alterações no sistema HCO³-H²CO³, que está sob controle ventilatório . Estes valores são refletidos na PaCO² vista na gasometria. A compensação pulmonar através da maior ou menor eliminação do CO² (hiper ou hipoventilação) é muito mais rápida que a compensação renal. Acidose: ocorre quando a concentração de íons de hidrogênio livre nos líquidos do organismo está elevada. Em consequência o pH medido no sangue arterial está abaixo de 7,35. Alcalose: quando a concentração de íons de hidrogênio livre nos líquidos do organismo está reduzida. Em consequência, o pH medido no sangue arterial está acima de 7,45. Alguns exemplos de distúrbios respiratórios mais frequentes: Acidose respiratória: hipoventilação Alcalose respiratória: estados hiperventilatórios (exercício, ansiedade). Acidose não respiratória: insuficiência renal. Alcalose não respiratória: ingestão alcalina, perda de suco gástrico. Distúrbiosde Equilíbrio Ácido-Básico Anormalidade pH PaCO² HCO³ Distúrbios Simples Acidosemetabólica Baixo Normal Baixo Alcalose metabólica Alta Normal Alta Acidose respiratória Baixo Alto Normal Alcalose respiratória Alto Baixo Normal DistúrbiosCompensados Acidose respiratória Normal Alto Alto Alcalosemetabólica Normal Alto Alto Alcalose respiratória Normal Baixo Baixo Acidosemetabólica Normal Baixo Baixo DistúrbiosCombinados Acidose respiratória/ metabólica Baixo Alto Baixo Alcalose respiratória/ metabólica Alto Baixo Alto Valores de normalidade nagasometria arterial Parâmetro Valor de referência Alteração Elevação Diminuição pH 7,35– 7,45 Alcalose Acidose PaCO² 35 – 45 mmHg Hipercapnia (acidoserespiratória) Hipocapnia (alcalose respiratória) PaO² 60 – 100mmHg Hiperoxia (aumento do percentual de O² na artéria) Hipóxia (diminuição do percentual de O² na artéria) HCO³ 19 – 25 mEq/L Alcalose metabólica Acidosemetabólica BE (excesso de base) +2a -2 compensatória Não compensatória SaO² 90 – 100% Hipermetabolia Hipometabolia Casos Clínicos pH – 7,48 PaCO² - 34 PaO² - 101 HCO³ - 24 BE – (-1) SaO² - 98% IPC (importante pra caralho) – PaCO² é inversamente proporcional ao pH, já o HCO³ é diretamente proporcional ao pH. pH – 7,48 PaCO² - 34 PaO² - 101 HCO³ - 16 BE – (-4) SaO² - 98% Casos Clínicos pH – 7,31 PaCO² - 48 PaO² - 60 HCO³ - 15 BE – (+4) SaO² - 81% pH – 7,31 PaCO² - 48 PaO² - 60 HCO³ - 15 BE – (-3) SaO² - 81% Casos Clínicos pH – 7,27 PaCO² - 65 PaO² - 68 HCO³ - 38,1 BE – (+6,8) SaO² - 81% pH – 7,47 PaCO² - 42 PaO² - 68 HCO³ - 38 BE – (+6,8) SaO² - 81% Oxigenioterapia Existem 3 tipos de tratamento com O²: Ventilação espontânea (VE) – não necessita do uso de equipamentos. Ventilação não invasiva (VNI) – necessita do uso de equipamentos respiratórios sem procedimento invasivo. Ventilação mecânica invasiva (VMI) - necessita do uso de equipamentos respiratórios invasivo. Ventilação Espontânea Fluxometrô Fluxo de O² FiO² 1l/min. 25% 2l/min. 29% 3l/min. 33% 4l/min. 37% 5l/min. 41% 6l/min. 45% Suporte de O²: Cateter nasal – 4l/min Mascara Venture – 4 a 15l/min Mascara de reserva de oxigênio – 15l/min Exemplo: PaO² = 109 – (idade x 0,43) PaO² = 109 – (24 x 0,43) PaO² = 109 – 10,32 PaO² = 98,68 ideal PaO² Ideal PaO² = 109 – (idade x 0,43) PaO² = 99,97 SaO² = 70% = 29,99 – déficit PaO² = 69,98 FiO²% = (Fluxo x 4) + 21 (pra saber qual a porcentagem de O² que você vai dar p paciente..) FiO²% = (2 x 4) + 21 FiO²% = 8 + 21 FiO²% = 29% 2l/min – cateter nasal Caso Clínico Paciente 52 anos em ventilação espontânea necessita de suporte de O² para reverter uma baixa saturação de 63%. Calcule o PaO² ideal a FiO² para esse paciente e quantos litros minutos para reverter. Peso Ideal Homem 50 +0,91 (altura em cm– 152,4) Mulher 45 +0,91 (altura em cm– 152,4) PaCO² Ideal AcidoseMetabólica PaCO² = 1,5 x (HCO³ +8) AlcaloseMetabólica PaCO² = 0,9 x (HCO³ +10) Pode ser usada em ventilação espontânea Pode ser usada em ventilação espontânea e ventilação mecânica invasiva Volume Corrente (VC) = 6 à 8l x peso ideal (Pode ser usado em ventilação espontânea e ventilação mecânica invasiva) Volume Minuto (VM) = VC x FR Complacência Definida como a capacidade que o pulmão tem de distender. Complacência = variação de volume/ variação de pressão Complacência dinâmica (Cdin) – é a complacência que acompanha todo o trajeto do ar. Complacência estática (Cest) – momento de equilíbrio em determinadas áreas. R = P.pico – P.platô Fluxo Equação para calculo da complacência dinâmica do sistema respiratório: ComplacênciaEstática Cest=volumecorrente Pressão de platô - PEEP Volume normal entre 80 e 100ml/cmH²O ComplacênciaDinâmica Cdin=volumecorrente Pressão de pico - PEEP Volumenormal entre 100 e 120ml/ cmH²O PEEP: Pressão Positiva Expiratória Final Para obter a pressão de platô é necessáriorealizar pausa no final da inspiração de pelo menos 2 segundos. Caso Clínico Paciente 82 anos, DPOC grave, saturando a 63% em ventilação espontânea. Apresentou dispneia e foi levado ao CTI onde foi determinado o uso de mascara venture para suporte de O². Não sendo suficiente foi transferido, foi entubado e indicado para VMI após 2 horas de VMI foi constatada a seguinte gasometria: pH – 7,52, PaCO² - 50, PaO² - 68, HCO³ - 30, BE – (+5), SaO² - 90%. Após analizar a gasometria foram feitas alterações para melhor ventilar o paciente. Qual o VC, peso, VM, CD, resistência, PaO², PaCO². Sendo no momento apresentava P.pico – 40 , P.platô 32cmH²O, PEEP – 12, Floxo – 52. Ventilação Mecânica Invasiva FR (ideal) = PaCO² (compensada) x FR (compensada) PaCO² (desejada) FiO² = PaO² (desejada) x FiO² (conhecida) PaO² (conhecida) Índice de Oxigênio (IO) = PaCO² FiO² PaO²/FiO²: < 200 VMI PaO²/FiO²: > 300 – 400 ideal PaO²/FiO²: > 400 normal Caso Clínico pH – 7,52 PaCO² - 61 PaO² - 88 HCO³ - 28 BE – (-2) SaO² - 92% Perguntas: PaCO² ideal HCO³ ideal FR ideal VC ideal FiO² ideal Resultado da gasometria e como reverter Mulher - 1,65 de altura. 72 anos FR – 14 FiO² - ofertada VMI 25% PaO² = 300 FiO² Referencias Bibliográficas Manual prático de ventilação mecânica em pronto-socorro e UTI / editores Priscila Sandri... [et al.]. – São Paulo: Editora Atheneu, 2014. Condutas em Pneumologia Volume I/ Carlos Corrêa da Silva, Luiz – Rio de Janeiro Editora Revinter, 2001. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Jornal Brasileiro de Pneumologia, vol. 33, Supl. 2, p. 54 – 70, 2007. Relação das Principais Formulas e Tabelas para avaliação do Paciente Internado em UTI – ASSOBRAFIR Regional – Goiás.
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