Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
História dos Povos Indígenas e Afrodescendentes Karen Bortoloti Fernando Balieiro Aula 7 * Fraturas na unicidade nacional Brasil como um “país mestiço” e uma democracia racial. Políticas de assimilação; Reconhecimento do racismo; Reconhecimento das diferenças étnico-raciais. * * Brasil descobre-se racista Mundo posterior à Segunda Guerra Mundial; (1951) Programa de pesquisas sobre relações raciais no Brasil (UNESCO); Desigualdades raciais: perpetuação dos negros nos estratos socioeconômicos mais baixos da sociedade. * * O Brasil descobre-se racista “Raça” como categoria de análise social (representação/ marcador social); “Ciclo cumulativo de desvantagens”; Escola, mercado de trabalho, expectativa de vida, mortalidade infantil, padrões de matrimônio e, por fim, nas práticas policiais e penais brasileiras (desigualdades raciais). * * Discriminações e desigualdades raciais no Brasil Carlos Hasenbalg e Nelson do Valle Silva. Livro de 1979. Estudos quantitativos, empíricos, de âmbito nacional (pioneirismo); Controle da variável classe. Diferenças de desempenhos entre brancos e não brancos em igualdade de condições (origem familiar, nível educacional e renda familiar); * Discriminações e desigualdades raciais no Brasil Desvantagem entre os não-brancos. Acesso e trajetória escolar/ mobilidade social; Acesso indireto à determinação da discriminação racial. * “Racismo à brasileira” O racismo não se define necessariamente pela segregação, ou seja, pela separação racial comumente elaborada legalmente, restringindo o acesso a pessoas "de cor" a determinados espaços sociais; A ausência de tensões abertas e conflitos explícitos não é necessariamente sinal de relações raciais positivas. * * Reconhecimento da diversidade étnico-cultural 1949: Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI). Museu do Índio, em 1953. “Marcha para o Oeste”. “Expedição Roncador-Xingu”. Demarcação do Parque Nacional do Xingu (1961). * * Xingu (2011) * * Políticas integracionistas Criação da FUNAI, a Fundação Nacional do Índio (1967); Convenção 107, Organização Internacional do Trabalho (OIT) de1957; Estatuto do Índio (1973). * * Outras perspectivas indigenistas Criação, por Darcy Ribeiro, do curso de Pós-Graduação em Antropologia, dentro do museu do Índio (1955); Criação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI); Valorização da diversidade . * * Bibliografia GOMES, Mércio Pereira. Por que sou rondoniano. Estudos Avançados (USP. Impresso), v. 23, p. 173-191, 2009. GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Classes, Raças e Democracia. São Paulo: Editora 34, 2002. OLIVEIRA, João Pacheco de; FREIRE, Carlos Augusto da Rocha. A presença indígena no Brasil. Brasília, MEC/Secad, 2006. SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012. * História dos Povos Indígenas e Afrodescendentes Karen Bortoloti Fernando Balieiro Atividade 7 * A Unesco patrocinou pesquisas sobre as relações raciais brasileiras em 1951. Sobre as conclusões que a organização chegou, é possível dizer: que no Brasil as populações indígenas eram tidas como modelo de civilização a ser adotado. que o Brasil era, de fato, uma democracia racial. que o preconceito racial é uma realidade estrutural da sociedade brasileira. que o preconceito racial no Brasil é algo isolado e individual, não corresponde a uma característica social fundamental. *
Compartilhar