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Direio Processo Penal Aula 2 04 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Processo Penal 
 Professor: Guilherme Madeira 
Aula: 04 | Data: 20/03/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
PROCEDIMENTOS 
1. Citação 
2. Resposta à acusação 
3. Audiência de instrução debates e julgamento 
4. Audiência de instrução debates e julgamento 
5. Procedimento Comum Sumário 
6. Sentença 
 
 
PROCEDIMENTOS 
 
1. Citação (art. 351 a 369, CPP) 
Premissa1: A citação é o ato pelo qual o processo tem completada a sua formação (art. 363, CPP). 
Premissa2: A ausência de citação gera nulidade absoluta, e a deficiência na citação gera nulidade relativa (HC 
109.577/MT, min Teori Zavascki, j. 17.12.13). 
 
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. 
PACIENTE PROCESSADO E CONDENADO POR 
ESTELIONATO CONTRA A PREVIDÊNCIA SOCIAL, 
CORRUPÇÃO PASSIVA, FORMAÇÃO DE QUADRILHA E 
LAVAGEM DE DINHEIRO. NULIDADE DA CITAÇÃO. 
NÃO OCORRÊNCIA. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA 
DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE E 
RECEIO DE REITERAÇÃO. CUSTÓDIA CAUTELAR 
MANTIDA NA SENTENÇA CONDENATÓRIA. DIREITO 
DE RECORRER EM LIBERDADE. INVIABILIDADE. 
AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM 
DENEGADA. 1. À luz da norma inscrita no art. 563 do CPP e 
da Súmula 523/STF, a jurisprudência desta Corte firmou o 
entendimento de que, para o reconhecimento de nulidade dos 
atos processuais exige-se, em regra, a demonstração do efetivo 
prejuízo causado à parte. Precedentes. 2. Embora do mandado 
de citação tenha constado, por equívoco, referência ao 
art.514 do CPP, que trata da notificação para apresentação de 
defesa preliminar nos processos em que se apura crimes 
afiançáveis de responsabilidade dos funcionários públicos, nas 
defesas apresentadas, o paciente teve a chance de defender-se de 
todos os fatos que lhe eram imputados na denúncia, inclusive 
por mais de uma vez. Assim, ponderável exigir da parte, para 
 
 
 
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que se proclame a nulidade do ato processual, a demonstração 
inequívoca de prejuízo concreto à defesa técnica. O impetrante 
sequer indicou de que modo a renovação de todo o 
procedimento poderia beneficiá-lo, limitando-se a tecer 
considerações genéricas sobre cerceamento de defesa e de 
nulidade processual. 3. Os fundamentos utilizados revelam-se 
idôneos para manter a Supremo Tribunal Federal. 
 
. Citação Circunduta: É a citação que foi anulada por algum vício. 
 
 
– Modalidades de citação 
 
a) Citação Real 
 
Regra geral: A citação é por mandado. 
 
Citação especial1: Militar é citado pelo chefe do respectivo serviço (art. 358 do CPP).. 
 
Citação especial2: Réu preso será citado sempre pessoalmente (art. 360, CPP). 
A violação dessa regra é causa de nulidade relativa. 
 
Citação especial3: Se o réu morar em outra comarca será expedida carta precatório (art. 354 e 355, CPP). 
Se o réu mora em outro país é expedida carta rogatória – Enquanto não cumprido o ato a prescrição está 
suspensa. 
 
Citação especial4: Citação por hora certa surge no Processo Penal em 2008 nos termos do art. 362. Ocorre 
quando o Réu se oculta para não ser citado. No CPP não tem regulamentação própria, ou seja, segue o rito do 
Código de Processo Civil. Além disso não se aplica o art. 366. O STF admitiu repercussão geral sobre a citação por 
hora certa no processo penal (RE 635145/RS, min, Marco Aurélio, j. 08.11.12) 
 
 
b) Citação Ficta: Pode ser feita tanto por edital quanto por hora certa. 
 
Citação por edital 
É exceção a regra. O prazo é de 15 dias. art. 366 do CPP. 
 
Art. 366, CPP. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo 
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das 
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão 
preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
 
 
 
 
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Na citação por hora certa e na citação por mandado se o réu não comparecer nem constituir advogado o juiz 
nomeia defensor dativo. 
 
A suspensão da prescrição é feita nos termos da Súmula 455, STJ e vencido o prazo ali mencionado ela voltará a 
correr, mas não o processo. 
 
As condutas que o juiz pode tomar exigem motivação idônea, não são automáticas. Para o STJ não é idônea a 
motivação de antecipação da prova baseada na possibilidade de esquecimento da testemunha (STJ, 455). 
Guilherme Madeira discorda dessa súmula sustentando que para o legislador a prova testemunhal é urgente nos 
termos dos art. 92 e 93 do CPP (questão prejudicial). 
 
STJ, 455. A DECISÃO QUE DETERMINA A PRODUÇÃO ANTECIPADA DE 
PROVAS COM BASE NO ART. 366 DO CPP DEVE SER CONCRETAMENTE 
FUNDAMENTADA, NÃO A JUSTIFICANDO UNICAMENTE O MERO 
DECURSO DO TEMPO. 
 
2. Resposta à acusação (art. 396 e 396-A, CPP) 
É obrigatória e tem o prazo de 10 dias. O termo inicial é a data da citação (não é a data da juntada do mandado 
aos autos), com base na súmula 710 do STF e art. 406, §1º do CPP. 
 
STF, 710. NO PROCESSO PENAL, CONTAM-SE OS PRAZOS DA DATA DA 
INTIMAÇÃO, E NÃO DA JUNTADA AOS AUTOS DO MANDADO OU DA 
CARTA PRECATÓRIA OU DE ORDEM. 
 
Para o CPP a réplica só existirá na primeira fase do júri, com prazo de 5 dias (art. 409, CPP). No entanto a 
jurisprudência entende que não há nulidade quando for mandado o processo para réplica do MP no 
procedimento comum (RHC 31.932/SP, min. Maria Thereza, j. 12.03.13). 
 
PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ART. 
12, CAPUT, DA LEI 10.826/03. NULIDADE. MANIFESTAÇÃO DO 
PARQUET APÓS A APRESENTAÇÃO DA DEFESA PRÉVIA. AUSÊNCIA DE 
RÉPLICA. POSSIBILIDADE. OBJEÇÃO AO NÃO OFERECIMENTO DE 
TRANSAÇÃO PENAL. FALTA DE REQUISITO SUBJETIVO (ART. 76. § 2.°, 
III, DA LEI 9.099/95). RECURSO NÃO PROVIDO 1. A Suprema Corte, no 
 
 
 
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julgamento do HC 105.739, esposou o entendimento de que 
"apresentada defesa prévia em que são articuladas, até mesmo, 
preliminares, é cabível a audição do Estado-acusador, para haver 
definição quanto à sequência, ou não, da ação penal". Assim, tendo a 
defesa suscitado nulidade, diante da ausência de oferecimento de 
transação penal ao recorrente, de rigor a manifestação do Ministério 
Público, já que o oferecimento do aludido benefício é sua atribuição. 
2. O oferecimento da transação penal revela-se poder-dever do 
Parquet. Na espécie, a negativa ministerial foi suficientemente 
fundamentada, destacando-se a ausência do requisito subjetivo 
previsto no art. 76, § 2.°, III, da Lei 9.099/95, diante da existência de 
outra ação penal em curso. 3. Recurso não provido. 
3. Absolvição Sumária 
Não confundir com rejeição da denúncia (art. 395, CPP), nem com absolvição sumária do júri (art. 415, CPP). A 
absolvição sumária também pode ser chamada de Julgamento Antecipado “pro reo”. Não vale o “in dubio pro 
reo”. 
 
1) Cabimento 
 
I) Existe manifesta causa excludente de ilicitude 
 
II) Existe manifesta causa excludente de culpabilidade, salvo inimputabilidade 
Cuidado, pois no júri a absolvição sumária pode gerar medida de segurança se for a única tese defensiva (art. 415, 
CPP). 
 
III) Fato evidentemente não é crime 
 
IV) Excludente de punibilidade 
Se a extinção da punibilidade ocorrer a partir da citação e até a resposta, o juiz irá absolver sumariamente. Para 
Madeira, Nucci e Badaró a decisão é nominalmente de absolvição mas o conteúdo é de declaração de extinção da 
punibilidade. 
 
Para o STJ a motivação sobre a não absolvição sumária do Réu pode ser sucinta (RHC 44.634/SP, min. Jorge Mussi, 
j. 12.08.14). 
 
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. 
INCÊNDIO (ARTIGO 250, INCISOS I E II, ALÍNEA H, DO CÓDIGO 
PENAL). FALTA DE MOTIVAÇÃO DA DECISÃO QUEDEU PROSSEGUIMENTO À AÇÃO PENAL. AFASTAMENTO 
DASHIPÓTESES DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA DO 
ARTIGO 397 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. DESNECESSIDADE 
DE MOTIVAÇÃO COMPLEXA. NULIDADE NÃO 
CARACTERIZADA. RECURSO IMPROVIDO. 1. Esta Corte Superior de 
Justiça firmou o entendimento de que a motivação acerca das teses 
defensivas apresentadas por ocasião da resposta escrita deve ser 
sucinta, limitando-se à admissibilidade da acusação formulada pelo 
 
 
 
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órgão ministerial, evitando-se, assim, o prejulgamento da demanda. 
Precedentes. 2. Tendo o magistrado singular afirmado, ainda que 
sucintamente, que não se encontram presentes quaisquer das 
hipóteses previstas no artigo 397 do Código de Processo 
Penal, consideram-se afastadas as teses defensivas ventiladas na 
resposta à acusação, não havendo que se falar em falta 
de fundamentação da decisão, pois atende, nos limites que lhe 
são próprios, o preceito contido no artigo 93, inciso IX, 
da Constituição Federal. 3. Recurso improvido. 
 
 
 
4. Audiência de instrução debates e julgamento (art. 400 a 405) 
 
– Sequência de atos 
. Ofendido 
. Testemunha de acusação 
. Testemunha de defesa 
. Antes do assistente técnico vem o perito 
. Acareação 
. Reconhecimento 
. Interrogatório 
. O juiz delibera sobre diligências 
. Debates 
. Sentença 
 
O juiz delibera sobre diligências 
Só pode ser requerida diligência cuja necessidade surja na audiência, nos termos do art. 402, CPP. 
 
Debates 
A acusação fala por 20 minutos prorrogados por mais 10 minutos. Após a defesa fala por 20 minutos prorrogados 
por mais 10 minutos. O assistente de acusação fala por 10 minutos sem prorrogação, e se ele falar são acrescidos 
10 minutos no tempo da defesa. 
 
Conversão dos debates orais em memoriais escritos (art. 403, CPP) 
Os debates orais serão convertidos em memoriais escritos quando: 
a) Causa for complexa 
b) Vários réus 
c) Deferida diligência (art. 404, CPP) 
 
 
 
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A acusação fala no prazo de 5 dias, após a defesa se manifesta no prazo de 5 dias, e por fim o juiz se manifesta no 
prazo de 10 dias. Guilherme Madeira em sua tese de doutorado (A flexibilização do processo penal), sustenta ser 
possível alterar esse prazo. 
 
Para o STF não há nulidade se o juiz ouvir o MP sobre as alegações finais da defesa e depois julgar (RHC 
104.261/ES, Dias Toffoli, j. 15.03.12). 
 
São obrigatórias as alegações finais da defesa (HC 95.667/AM, min. Ricardo Lewandowski, j. 16.06.10) 
 
 
 
 
 
5. Procedimento Comum Sumário 
 
PCO – Procedimento Comum Ordinário PCS – Procedimento Comum Sumário 
8 testemunhas 5 testemunhas 
60 dias para AIDJ 30 dias para AIDJ 
Pode requerer diligências ao final da audiência 
Não há previsão expressa 
Pode converter os debates em memoriais escritos 
 
 
6. Sentença 
 
– Estrutura da sentença 
 
1º) Relatório (no JECRIM não precisa ter relatório). 
 
2º) Fundamentação 
 
3º) Dispositivo 
 
 
 Principio da identidade física do juiz (art. 399, §2º, CPP) 
O juiz que presidiu a instrução deve proferir sentença. As exceções do CPC, previstas no art. 132, podem ser 
aplicadas ao CPP (Resp 1.309.966/RJ, min. Laurita Vaz, j. 26.08.14): 
. Juiz convocado 
. Juiz licenciado 
. Juiz afastado pro qualquer motivo, promovido ou aposentado 
 
 
 
 
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 Correlação entre a acusação e a sentença 
Como regra o juiz está adstrito a imputação, mas há três exceções: 
 
Exceção1: O juiz pode conhecer de agravantes ou atenuantes não requeridas (art. 385, CPP). 
Exceção da exceção: Cuidado, pois no plenário do júri só podem ser conhecidas agravantes ou 
atenuantes que tenham sido sustentadas em plenário nos termos do art. 492, inciso I, “b”, CPP.

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