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Desnaturação Protéica Aula 2 Caracteriza-se: Qualquer modificação na conformação (estrutura secundária, terciária ou quartenária) sem rompimento das ligações peptídicas envolvidas na estrutura primária Principais efeitos: Atividade biológica Solubilidade Sensibilidade a proteases Cristalinização Aspectos positivos Processamento de alimentos Proteínas de leguminosas Desnaturação térmica melhora acentuadamente a digestibilidade das proteínas, o que resulta da inativação de inibidores de tripsina (enzima que age na proteína) Aspectos negativos Perda de algumas propriedades Muitas proteínas biologicamente ativas perdem sua atividade após desnaturação Proteínas alimentares: Perda de solubilidade e de algumas propriedades funcionais Estrutura nativa de uma proteína Resultado líquido de várias interações atrativas e repulsivas que emanam forças intramoleculares variadas, bem como da interação de vários grupos proteicos com a agua como solvente circundante. Tambem depende do ambiente da proteína. Estado Nativo É o mais estável Mudança no ambiente pH, força iônica, temperatura, composição de solvente FORÇARÁ A MOLÉCULA A ASSUMIR UMA NOVA ESTRUTURA DE EQUILÍBRIO Desnaturação É um fenômeno no qual o estado inicial bem definido de uma proteína formada sob condições fisiológicas é transformada em uma estrutura final mal definida sob condições não fisiológicas, usando-se um agente desnaturante. Não envolve nenhuma mudança química na proteína Reversível Depende das ligações que estabilizam sua conformação, da intensidade e do tipo de agente desnaturante Desnaturação pelo calor: Irreversível Desnaturação por Uréia: comumente reversível Agentes de Desnaturação Físicos Temperatura, Pressão hidrostática, cisalhamento Químicos pH, solventes orgânicos, solutos orgânicos Agentes de físicos Calor Calor não muda a carga das proteínas (cargas ficam mais na superfície – ligação com a agua). Rompem as ligações de Hidrogênio e ligações eletrostáticas – que estabilizam a sua conformação causando também o desenrolamento da cadeia. Velocidade de desnaturação – depende da temperatura Temperaturas: 50 e 100°C – vibrações com rompimento de ligações – Desnaturação é irreversível Calor É o agente desnaturante mais utilizado no processamento e preservação de alimentos. Isso pode afetar suas propriedades funcionais em alimentos, sendo, por isso, importante que se entendam os fatores que afetam a desnaturação protéica. Temperaturas -10ºC e -40ºC – desnaturação é irreversível Nem sempre quanto menor a temperatura maior a estabilidade Exceto: Enzima (galactosidase) – conserva a sua atividade a -40ºC Glicinina – proteína de armazenamento da soja Agrega-se e precipita-se quando armazenada a 2ºC, tornando-se então solúvel quando retorna a temperatura ambiente Pressão hidrostática Desnaturação induzida pela pressão pode ocorrer a 25ºC. (relação Temperatura X pressão) A desnaturação de proteínas por pressão ocorre porque as proteínas são flexíveis e compressíveis. Proteínas globulares: espaços vazios no interior da proteína. Proteínas fibrosas: em sua maioria desprovidas de espaços vazios, são mais estáveis a altas pressões. Cisalhamento Cisalhamento mecânico Agitação, amassamento, batimento, etc. Causa a desnaturação de proteínas Agentes de químicos Envolve o rompimento ou formação de ligações covalentes e é geralmente irreversível; Reações mais usadas são as de oxidação que agem sobre os grupos –SH e S-S. Agentes de químicos Ph As proteínas são mais estáveis a desnaturação em seus pontos isoelétricos Energia repulsiva eletrostática líquida é pequena – proteína é estável em ph neutro Em valores de ph extremos: Forte repulsão eletrostática intramolecular resulta em expansão e desdobramento Ph – desnaturam em valores extremos (maiores que 10 e menores que 3) Solventes Orgânicos Força Iônica – alteram a constante dielétrica e portanto, as forças eletrostáticas que contribuem para estabilização das proteínas. Substâncias que rompem interações hidrofóbicas Solventes apolares penetram nas regiões hidrofóbicas , rompendo essas interações – Desnaturação. Aditivos de Baixo peso molecular Sais Neutros (Brometo, Iodeto, perclorato e tiocianato) denominados CAOTRÓPICOS, desestabilizam a estrutura protéica. Concentrações > 1mol\L, sais tem efeitos iônicos específicos que influenciam a estabilidade estrutural das proteínas. Estes sais diminuem a hidratação protéica e ligam-se fortemente as proteínas. Salting-out : Maior atração entre as moléculas protéicas e formação de precipitados MÉTODOS MÉTODO DE KJELDAHL Mais usado Determina N orgânico total Em alimentos o teor de N não proteico é baixo Todos os tipos de alimentos Relativamente simples e barato Demorado e trabalhoso Exato nas mãos de analistas experientes Método oficial (serve como padrão para novos métodos) Uso de fator de conversão MÉTODOS MÉTODO DE KJELDAHL Erros inerentes do método Assume que todo N da amostra é proteico; Considera que toda proteína tem em média 16% de N. ETAPAS: % proteina = % N organico total x Fator - Digestão, Destilação, Titulação Método de Biureto Princípio: Substâncias contendo 3 ou + ligações peptídicas formam complexo de cor violeta-púrpura ao reagirem com sais de em meio alcalino A absorbância é lida a 540nm A intensidade da cor é proporcional ao teor de proteína Reagente: CuSO4.5h20 + NaOH + Tartarato de Na e K Amostra: solução contendo 1-10mg\ml de proteína Aplicação: Proteína de soja, cereais, carne e frações protéicas Método de Biureto Vantagens: Rápido, simples e Barato Poucos interferentes (pigmentos, altas concentrações de sais de amônia) Não detecta N não-protéico Método de Biureto Desvantagens: Presença de lipídios ou carboidratos pode tornar a solução opaca; Não é um método absoluto – cor varia com proteínas diferentes (deve ser padronizada com proteína conhecida – Soroalbumina bovina BSA ou com proteína determinada por Kjeldahl); Usa curva de calibração Método de Lowry Combina a reação de Biureto com a redução de Folin-Ciocalteau Princípio: substâncias contendo 3 ou mais ligações peptídicas formam complexo colorido com sais de Cu2+ em meio alcalino e se contiverem grupamentos aromáticos, reduzem o reagente fosfomolibdato-fosfotungstato resultando num complexo azul. A absorbância pode ser lida a 750 nm (Quanto menor a concentração de proteína maior a sensibilidade) Amostra: conter de 10 a 100 ug de proteína Aplicação: em bioquímica (proteína pura ou frações). Método de Lowry 50 – 100x mais sensível que Biureto 10 – 20 x mais sensível que método por leitura direta a 280 nm Pouco afetado por turbidez da amostra Específico, poucos interferentes (quanto maior a concentração de açucares redutores, sulfato de amônia e compostos sulfidrilas) Relativamente simples Cor varia com proteínas diferentes A cor não é estritamente proporcional ao teor de proteína Usa curva de calibração Método por UV 280 nm Proteínas absorvem radiação UV a 280 nm devido a presença de TRP, TYR e PHE Devido a ligação peptídica Pouco usado em alimentos: purificação e separação de proteínas e peptídeos bioativos Rápido, relativamente sensível, não destrói as proteínas. Ácidos nucléicos também absorvem a 280 nm Solução não deve ter nem cor nem turbidez Requer solução relativamente pura Usa curva de calibração Método de Bradford Detecta a concentração de proteínas de 1-1,5 ug/ml; Ready-to-use dye-binding reagent formulation Fast (almost immediate) color development; read at 595 nm compatible Refrigerated reagent is stable for 2 years Superior linear response over the range of 125-1,500 ug/ml Adaptable to microplates Micro protocol useful for protein concentrations from 1-25 ug/ml
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