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. AS GLÂNDULAS SEXUAIS OU GÔNADAS MASCULINAS 7.1 AS GÔNADAS MASCULINAS - OS TESTÍCULOS O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos enovelados, cada um tendo em média mais de 0,5m de comprimento, nos quais são formados os espermatozóides. O espermatozóide maduro é formado por uma cabeça, um corpo intermédio e uma cauda. Os espermatozóides podem chegar a viver três dias no interior do aparelho genital feminino. Os testículos começam a fabricar os espermatozóides e este processo continua ao longo da vida. Os espermatozóides são lançados no epidídimo, outro tubo enovelado de cerca de 6 m de comprimento. A hipófíse é a glândula que controla e regula o funcionamento dos testículos. 7.2 OS ANDROGÊNIOS Os testículos secretam vários hormônios sexuais masculinos que são coletivamente chamados de androgênios, compreendendo a testosterona, diidrotestosterona e androstenodiona. Todavia, a testosterona é muito mais abundante que os demais hormônios, a ponto de poder ser considerada o hormônio testicular fundamental. 7.3 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Puberdade: os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e 14 anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária). O hipotálamo secreta fatores liberadores dos hormônios gonadotróficos que fazem a hipófise liberar FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos. Já o LH estimula a produção de testosterona pelas células intersticiais dos testículos e estabelece características sexuais secundárias e elevação do desejo sexual. 7.4 A TESTOSTERONA E OS CARACTERES SEXUAIS MASCULINOS A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete. Após poucas semanas de vida do feto no útero materno, inicia-se a secreção de testosterona. Essa testosterona auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem descer e permanecem na cavidade abdominal. A secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a gravidez. Imediatamente após o nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta remove esse feito estimulador, de modo que os testículos deixam de secretar testosterona. Em conseqüência, as características sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento até à puberdade. Na puberdade, o reaparecimento da secreção de testosterona induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então, aproximadamente 10 vezes. 7.5 CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a testosterona exerce outros efeitos gerais por todo o organismo para dar ao homem adulto suas características distintivas. Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade, fica com a voz mais grave. Estimula, ainda, um aumento na deposição de proteínas nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher. Algumas vezes, a testosterona também promove uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele, fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na face. Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem e o indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil. Hormônios Sexuais Masculinos Glândula - Hormônio - Órgão-alvo - Principais ações Hipófise FSH e LH testículos estimulam a produção de testosterona pelas células de Leydig (intersticiais) e controlam a produção de espermatozóides. Testículos Testosterona diversos estimula o aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Sistema Reprodutor induz o amadurecimento dos órgãos genitais, promove o impulso sexual e controla a produção de espermatozóides 7.6 A VIDA SEXUAL ADULTA E O CLIMATÉRIO MASCULINO Após a puberdade, os hormônios gonadotrópicos são produzidos pela glândula hipófise masculina pelo resto da vida. A maioria dos homens, entretanto, começa a exibir um declínio lento das funções sexuais ao final da década dos 40 ou dos 50 anos. Um estudo mostrou que a média da idade para o término das relações intersexuais era aos 68 anos, apesar da grande variação. Este declínio da função sexual está relacionado com o declínio da secreção de testosterona. A diminuição da função sexual masculina é chamada de climatério masculino. 7.7 ANORMALIDADES DA FUNÇÃO SEXUAL MASCULINA A próstata permanece relativamente pequena durante a infância e começa a crescer na puberdade, sob o estímulo da testosterona. A glândula atinge tamanho quase estacionário por volta dos 20 anos, e não se altera até a idade aproximada dos 50 anos. Nesta época, em alguns homens, começa a involuir, justamente com a produção diminuída de testosterona pelos testículos. Um fibroadenoma benigno prostático freqüentemente se desenvolve na próstata de muitos homens mais velhos, podendo causar obstrução urinária. Esta hipertrofia não é causada pela testosterona. O câncer da glândula prostática é uma causa comum de morte, resultando em cerca de 2 a 3% de todas as mortes masculinas. 7.8 ORQUITE GRANULOMATOSA (AUTO-IMUNE) A orquite granulomatosa não tuberculosa é uma causa rara de aumento unilateral do testículo entre os homens de meia idade. Com freqüência, este aumento de tamanho do testículo desenvolve-se alguns meses após traumatismo. Histologicamente, esta orquite é caracterizada por granulomas, que são encontrados tanto nos túbulos seminíferos como no tecido conjuntivo intertubular. 7.9 SÍFILIS O testículo e o epidídimo são lesados tanto na sífilis congênita como na adquirida, mas, quase invariavelmente, o testículo é o primeiro a ser lesado. Às vezes pode haver orquite sem epididimite concomitante. Microscopicamente, há dois tipos de reação: a produção de gomas ou uma inflamação intersticial difusa, esta caracterizada por edema, infiltração de linfócitos e plasmócitos. Nos casos incipientes, as gomas podem produzir um aumento nodular e os focos de necrose branco-amarelados característicos. A reação difusa causa edema e endurecimento. Na evolução, seja a reação inicial gomosa ou difusa, segue-se uma cicatrização fibrótica progressiva, a qual, por sua vez, conduz a uma atrofia tubular considerável e, em alguns casos, à esterilidade. Geralmente o testículo diminui de tamanho, torna-se pálido e fibrótico. As células intersticiais de Leydig são poupadas e a potência não está alterada. Entretanto, quando o processo é muito extenso, as células de Leydig podem ser destruídas, produzindo-se perda de libido. A esterilidade ocorre menos freqüentemente quando a lesão é gomosa e não difusa. 7.10 CÂNCER DE PRÓSTATA Não é nosso objetivo neste caderno abordar o tema com profundidade. A idéia é dar uma visão geral para que nosso praticante possa tomar as providências necessárias assim que tiver um sintoma inquietante. O câncer de próstata (câncer prostático) é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, depois do câncer de pele, e a segunda causa principal de morte por câncer nos homens, depois do câncer de pulmão. A próstata é uma das glândulas sexuais masculinas. É uma glândula pequena (do tamanho de uma noz) e produz uma substância que, juntamente coma secreção da vesícula seminal e os espermatozóides produzidos pelos testículos, formam o esperma (sêmen). Está localizada em cima do reto e embaixo da bexiga. A próstata rodeia a uretra (tubo que leva a urina desde a bexiga até o pênis). Com o crescimento da próstata aparecem dificuldades em urinar e em manter relações sexuais. Só os homens possuem próstata e seu desenvolvimento é estimulado pela testosterona, o hormônio masculino. O câncer de próstata se dá com maior freqüência em homens adultos. A próstata segue crescendo durante toda vida de um homem, e muitos deles, com idades próximas a 60 anos, apresentam uma condição chamada hipertrofia prostática benigna (HPB), muito mais comum que o câncer de próstata. Muitos dos sintomas do HPB são os mesmos do câncer de próstata. Como ocorre em muitos tipos de câncer, a detecção e o tratamento antecipados aumentam a perspectiva de cura. Além do mais, o câncer de próstata é um tipo de câncer que cresce lentamente. 7.11 SINTOMAS DO CÂNCER DE PRÓSTATA No seu estágio mais inicial, o câncer de próstata pode não produzir sintomas. Com o crescimento do tumor, nota-se certos sintomas como: • Dificuldades em começar e terminar de urinar. • Reduzido jato da urina. • Gotejo no final da urinação. • Micção dolorosa. • Urinar pouca quantidade de cada vez e freqüentemente, especialmente à noite. • Ejaculação dolorosa. • Sangue na urina. • Incapacidade de urinar. • Dores contínuas. Fase pré-analítica Anatomia Patológica Amostras Técnicas de coloração Citopatologia Imuno-Histoquímica Bioquímica Exames Endocrinologia Hipófise Tireóide Supra-renal Gônadas Metabolismo ósseo Pâncreas Tubo digestivo Renal Gravidez Rastreamento Neonatal Fluidos Biológicos Urinálise Análise do líquido seminal Liquor Líquido pleural Líquido ascítico Líquido sinovial Hematologia Estudo da hemoglobina Hematologia Geral Hemostasia, coagulação e trombose Imuno-Hematologia Citoquímica Patologias hematopoiéticas Painel fenótipo para imunodeficiência Imunologia Exames Microbiologia Bacteriemia e septicemia Infecções intestinais Infecções em líquidos cavitários Infecções oculares Infecções do ouvido Infecções de pele, secreções e abscessos Infecções sistema nervoso Infecções do trato genital Infecções do trato respiratório inferior Infecções do trato respiratório superior Infecções do trato urinário Teste de sensibilidade a agentes antimicrobianos Micologia Parasitologia Exame Parasitológico Química e Toxicologia Química Monitoramento de drogas Toxicologia Ocupacional Valores de Referência Genética – Biologia Molecular e Citogenética Citogenética Doenças infecciosas Doenças genéticas e aconselhamento genético Estudos pré-natais Paternidade Sexagem fetal Genética e Câncer Genética das neoplasias hematológicas Genética na anatomo-patologia dos tumores sólidos Dihidrotestosterona (DHT) A dihidrotestosterona (DHT) provém da transformação periférica da testosterona no homem e da androstenediona na mulher, pela ação da enzima 5-alfa-redutase. Pequenas quantidades são secretadas pelos testículos. É um potente androgênio, importante para o desenvolvimento da genitália masculina externa, crescimento prostático e metabolismo da pele. Nos casos de pseudo-hermafroditismo masculino por deficiência desta enzima, a testosterona mostra-se normal ou elevada, a DHT baixa ou normal e a relação entre testosterona e DHT bem maior que o normal (normal após puberdade: menor que 20; casos de deficiência de 5-alfa-redutase: maior que 35). Em indivíduos pré-puberais, esta relação não é tão confiável devido aos baixos níveis de testosterona e DHT, aconselhandose a realização de um teste de estímulo com hCG, com análise posterior da relação testosterona/DHT. Em alguns casos de hirsutismo, a DHT pode estar elevada, sugerindo maior conversão periférica de testosterona.
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