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Agentes Econômicos

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CAPÍTULO II – AGENTES ECONÔMICOS
2.1 – A ATIVIDADE ECONOMICA E OS AGENTES ECONOMICOS
A atividade econômica concretiza-se na produção de ampla gama de bens e serviços, destinados para a satisfação das necessidades humanas. O homem devido a sua capacidade de trabalho, é o organizador e executor da produção. 
As atividades produtivas realizam-se por meio de numerosas unidades de produção ou empresas, cada uma das quais emprega os fatores de produção – capital, trabalho e recursos naturais – procurando obter bens e serviços. Por meio das unidades de produção se faz possível o fenômeno da divisão do trabalho.
A organização dos fatores produtivos dentro das empresas, assim como a direção de suas atividades, recai sobre pessoas ou grupos de caráter privado ou público. Na economia os diversos papéis que desempenham os agentes econômicos – as famílias ou unidades familiares, as empresas e o setor público podem ser agrupados em 3 grandes setores:
Setor primário – Abrange as atividades que ser realizam próximas às bases dos recursos naturais, isto é as atividades agrícolas, pesqueiras, pecuárias, extrativas e mineração;
Setor Secundário – Inclui as atividades industriais, mediante as quais são transformados os bens. Exemplos: Industria de transformação, construção.
Setor Terciário – Reúne atividades direcionadas à satisfazer as necessidades por serviços produtivos que não se transformam em algo material. Exemplo: comércio, transportes, bancos, profissionais liberais, etc...
 
2.2 – AS EMPRESAS 
A empresa é a unidade básica de produção. Com seu capital contrata trabalho e ou bens naturais a fim de fazer e vender bens e serviços.
Nas sociedades primitivas a produção era individual e artesanal. Hoje ela se dá através das empresas. Somente elas são capazes de obter as vantagens da produção em massa. Somente elas podem reunir grandes quantidades de recursos financeiros e físicos necessários para construir as instalações, comprar os equipamentos e tecnologia necessárias atualmente. Somente elas tem capacidade de organizar os complexos processos de produção e distribuição exigidos pela sociedade moderna. 
O exemplo mais famoso foi citado por Adam Smith, no final do século XVIII. Ao visitar uma fábrica de alfinetes, notou que um operário desenrolava o arame, outro esticava, outro cortava-o, outro fazia a ponta, outro preparava-o para receber a cabeça. Assim, verificou que com a divisão das tarefas os operários tinham um rendimento médio de 5000 alfinetes por homem por dia. Quando trabalhavam individualmente executando todas as tarefas a produção era de 12 alfinetes por homem por dia.
Por exemplo: antes da divisão do trabalho, a indústria automobilística levava muitos dias para produzir um automóvel. Com a divisão do trabalho e especialização das funções, a empresa conseguiu aumentar em 60 vezes a velocidade de fabricação deste mesmo carro, ou seja, consegue produzir muitos automóveis por dia
Outro exemplo: Atualmente para produzir automóveis de maneira eficiente o tamanho da fábrica deve ser tal que tenha condições de produzir cerca de 250.000 unidades ao ano.
 
2.3 - TIPOS DE EMPRESAS SEGUNDO SUA NATUREZA JURÍDICA:
Existem 2 diferentes tipos de empresas segundo sua natureza jurídica: individual e social.
Empresa Individual – São empresas que pertencem a apenas 1 indivíduo e por ele são dirigidas. É a forma mais simples de se estabelecer um negócio. Ex: banca de jornal, borracharia, etc...
Empresa social – A propriedade divide-se entre diversos sócios, e divide-se em: 
Sociedades Limitadas – O capital social é integralizado desde o momento da constituição da empresa. O capital é dividido em partes iguais chamadas cotas. Nestas empresas os sócios respondem apenas ate o limite do capital aplicado.
Sociedades Anônimas – Somente se pode ser sócio investindo dinheiro. O capital está dividido entre os acionistas sob a forma de ações. Uma ação é a mínima fração do capital social. Com um pequeno capital pode-se ser sócio de uma empresa sociedade anônima. A responsabilidade dos acionistas também limita-se ao capital aplicado na empresa, o que proporciona menor proteção legal aos credores à quem ela deve dinheiro. As ações eventualmente são negociadas na bolsa de valores de São Paulo. 
Nas sociedades anônimas, especialmente nas grandes empresas, existe uma clara separação entre a propriedade – que é dos acionistas – e a direção – que é exercida pelo conselho de administração. 
Sociedades Cooperativas – São associações criadas para satisfazer as necessidades comuns dos associados. Estes sim respondem com o capital social integralizado e solidariamente pelas dívidas excedentes, relativo à sua participação na cooperativa.
2.3 – O FINANCIAMENTO DA EMPRESA
Para promover o crescimento das empresas é necessário o investimento de capital. Assim, os empresários podem reinvestir parte do lucro obtido ou então buscar estes recursos junto às instituições financeiras sob a forma de empréstimos ou créditos. Podem ainda consegui-los vendendo ações ou lançando obrigações (debêntures ou comercial papers)
No caso de empréstimo a empresa recebe de imediato o valor total financiado, apesar de em alguns casos haver o desconto antecipado dos juros.
No caso de crédito, a empresa tem um valor máximo contratado a sua disposição e o faz através de várias retiradas e pagamentos, recaindo sob si apenas os juros dos valores efetivamente utilizados a partir da data de utilização. A forma típica de instrumentalizar os créditos é por meio de títulos de créditos.
No caso de venda de ações, a empresa estará diminuindo o poder de controle dos sócios atuais através da admissão de novos sócios, pois cada ação representa uma fração do capital social da empresa. Somente empresas Sociedades Anônimas podem vender ações. 
Elas podem ser de capital fechado ou de capital aberto. È a forma mais barata de financiamento conseguido pela empresa, pois os acionistas são remunerados pelos dividendos (parte do lucro destinado à remuneração dos acionistas). Para os acionistas é um investimento de renda variável e portanto um investimento de risco.
No caso de lançamento de obrigações, não haverá aumento do número de acionistas, pois uma obrigação é uma dívida da empresa para com terceiros, incidindo sobre este valor um a serem pagos em datas certas, podendo ser feito em pagamento único ou em diversas parcelas. Os principais tipos de obrigações são as debêntures e os Commercial papers. 
Debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras de capital aberto para obtenção de recursos de médio e longo prazos, para financiar suas atividades ou mesmo para liquidar dívidas existentes. Remuneram o investidor de duas formas: juros pagos e valorização do título no momento de resgate. Podem ser conversíveis em ações na data de sua liquidação ou não. Podem oferecer um ou mais tipos de garantias na operação: 
Garantia real – Os direitos do investidor são garantidos por um ativo da empresa que não podem ser negociados até que não sejam quitadas as debêntures. O valor da emissão está limitada a 80% do valor do ativo que a garante;
Garantia flutuante – O investidor tem privilégio sobre um ativo da empresa, sem que com isso este deixe de ser negociado. O valor da emissão está limitado a 70% do valor do bem dado em garantia;
Garantia sem preferência – Não há qualquer garantia real para o investidor. Em caso de falência, concorrem em pé de igualdade com os demais credores sem preferência da empresa. Emissão limitada ao valor do capital da empresa que a emitiu.
Garantia subordinada – Totalmente sem garantias, mas com cláusula de subordinação, garantindo a preferência somente em relação aos acionistas com relação ao recebimento dos seus direitos. Não há limites para o valor da emissão.
Commercial Papers também são títulos de renda fixa emitidos por empresas financeiras ou não para a obtenção de créditos de curtoprazo. O mínimo é de 30 e o máximo de 360 dias. Os recursos obtidos são usados geralmente para financiar atividades de curto prazo ou capital de giro. A rentabilidade se dá através do pagamento de juros, que podem ser pré ou pós-fixados. Podem também ser emitidos em dólares. Não há garantias efetivas. Apenas a situação da empresa é considerada. Podem ser vendidos para outro investidor até 30 dias antes do vencimento. Assim como as debêntures, devem ser registrados na CVM e contratar uma instituição financeira para a intermediação. 
2.4 – FAMÍLIAS OU UNIDADES FAMILIARES
Os agentes econômicos podem ser divididos em privados e públicos. Dentre os agentes privados encontram-se as famílias. As funções da família consistem em consumir bens e serviços e por outro lado oferecer seus recursos, isto é, trabalho e capital às empresas. As famílias pretendem maximizar a satisfação obtida no consumo, mas são limitadas pelas restrições orçamentárias às quais estão sujeitas. 
 
Comportamento similar aos das famílias é o dos indivíduos, grupos esportivos, culturais, associações beneficentes e religiosas, etc. A atividade econômica destes grupos atrai sujeitos com intenção mercantil ou empresarial.
2.5 – O SETOR PÚBLICO 
Entende-se por setor público mais do que o Estado-Nação das organizações políticas atuais. Os órgãos e administrações que compõem o setor público possuem alguns níveis de governo, conforme abaixo:
Daqui por diante chamaremos os sujeitos públicos indistintamente de Estado ou setor público.
2.6 – O DESENVOLVIMENTO DO SETOR PÚBLICO
Em qualquer sociedade moderna, seja qual for a sua configuração política, o setor público realiza funções econômicas fundamentais para a sociedade. 
Até o início do século XX se afirmava que ao governo cabia o atendimento às necessidades de segurança e defesa do cidadão, bem como a garantia à propriedade de seus bens. Acreditava-se ainda que deveria garantir as condições para que as atividades puramente econômicas se desenvolvessem sem obstáculos. Em resumo, acreditava-se que a função do Estado consistia apenas no estabelecimento de um marco jurídico-institucional e regulador. Porém, as atividades econômicas deveriam ser implementadas pelos indivíduos e grupos privados. 
Ao longo do século XX as funções públicas do Estado ampliaram-se e este passou a atuar em setores como saúde, educação, transportes, etc. Passou assim de guardião do desenvolvimento da atividade econômica para se converter em um verdadeiro agente econômico, através das estruturas públicas criadas para este fim. Hoje, o Estado permeia o meio econômico oferecendo bens e serviços públicos, diretamente como empresário. Exemplo: Petrobrás.
Exemplos de atividades estratégicas ou setores onde o Estado tem forte presença como agente econômico:
- Setor energético, setor rodoviário, setor petrolífero, setor de aviação, setor de energia nuclear 
Bens públicos – são bens proporcionados a todas as pessoas a um custo que não é maior que o necessário para fornecimento a uma só pessoa. Exemplo: defesa nacional. Só é feita pelo governo, por questão de segurança e soberania nacional.

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