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Apostila de Macroeconomia

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A P O S T I L A D E 
MACROECONOMIA 
Proj. Msc Thiago R. Fabris 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2013 
1 – CONTABILIDADE SOCIAL 
 
A contabilidade social é composta por um conjunto de instrumentos de mensuração 
do comportamento da economia de um país em determinado período de tempo: 
quanto se produziu, quanto se consumiu, quanto se investiu, quanto se vendeu e/ou 
comprou do exterior, etc. A partir da produção de estatísticas sistematizadas sobre 
variáveis agregadas, é possível a verificação empírica das proposições teóricas 
derivadas da Macroeconomia. 
 
 
1.1 - Fluxo Circular da Renda 
 
O fluxo circular de renda mostra o fluxo contínuo de bens (mercadorias e serviços) e 
fatores de produção, entre empresas (unidades produtivas) e famílias (unidades 
consumidoras e detentoras dos direitos de propriedade sobre as firmas) tendo em 
contrapartida um fluxo de pagamentos a bens (preço pago pelas mercadorias e 
serviços) e a fatores de produção (salários alugueis, etc...) entre estas mesmas 
unidades. A partir deste sistema, podemos avaliar o resultado da atividade econômica 
de um país sob três óticas: Ótica do produto e da despesa, que olham para a produção 
de bens finais na economia e a venda de tais bens, e ótica da renda, que foca sobre a 
remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). 
 
 
1.2 Formas de Mensuração do Produto 
 
O produto agregado é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país 
por residentes e não residentes. Ou seja, 
 
A medida mais utilizada do produto agregado nas contas nacionais é o Produto Interno 
Bruto (PIB) ou o Produto Nacional Bruto (PNB). PNB é a renda gerada pelos cidadãos de 
um país. Inclui a renda ganha no estrangeiro, mas não inclui a renda auferida pelos fatores 
de produção existentes no país, que são de propriedade estrangeira; PIB é a renda auferida 
internamente. Inclui a renda ganha internamente por estrangeiros, mas não inclui a renda 
ganha pelos cidadãos do país no estrangeiro. 
 
 
A renda liquida enviada ao exterior (RLEE) é dada pela diferença entre a renda enviado ao 
exterior (REE) e a renda recebida do exterior (RRE): 
 
Quando REE > RRE  PIB > PNB, países em desenvolvimento; 
Quando REE < RRE  PIB< PNB, países desenvolvidos; 
 
O PIB/PNB, quando medido a preço de mercado, considera os impostos e não leva em 
conta os subsídios e transferências ao setor produtivo e as famílias; 
 
 
 
A renda/produto bruto e a renda/produto liquido se diferenciam pelo aspecto da depreciação 
a que estão sujeitas. 
 
 
Uma das noções fundamentais da contabilidade social é a identidade básica: produto ≡ 
renda ≡ dispêndio. Essa identidade significa que o valor do produto gerado na economia 
em um determinado período de tempo será idêntico à soma das remunerações pagas a todos 
os fatores de produção, e ao valor de todos os bens e serviços que não foram destruídos ou 
utilizados como insumo na produção naquele período. Logo, é possível avaliar o produto de 
uma economia em um determinado período, pela ótica do dispêndio, ótica do produto ou 
ótica da renda. 
A ótica da despesa ou ótica do dispêndio avalia o produto de uma economia considerando a 
soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no período que não foram 
destruídos (ou absorvidos como insumos) na produção de outros bens e serviços. 
Pela ótica do produto, a avaliação do produto total da economia consiste na consideração do 
valor efetivamente adicionado pelo processo de produção em cada unidade produtiva. 
E pela ótica da renda, podemos avaliar o produto gerado pela economia num determinado 
período de tempo, considerando o montante total das remunerações pagas a todos os fatores 
de produção nesse período. 
 
Questão Enade – 2009 
 
 
 
 
1.3 Balanço de Pagamentos 
 
O Balanço de Pagamentos registra todas as transações econômicas (comerciais e 
financeiras) do país com o exterior. Tal registro permite a avaliação, quantitativa e 
qualitativa, da situação econômica do país com relação à economia mundial. 
O balanço de pagamentos registra todas as transações entre residentes e não residentes de 
um país num determinado período de tempo. Definem-se como residentes de um país todas 
as pessoas, físicas ou jurídicas, que tenham esse país como seu principal centro de interesse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura do Balanço de Pagamentos 
1. Balança comercial: 
 1.1 Exportações 
 
 
 1.2 Importações 
 
 
2. Balança de serviços 
 2.1Transportes: fretes, seguros, etc 
 
 
 2.2 Turismo e viagens internacionais 
 
 
 2.3 Rendas de capital: remessa de lucros, lucros reinvestidos, juros 
 2.4 Serviços governamentais 
 
 
 2.5 Diversos 
 
 
3. Transferências Unilaterais 
4. Saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (1 +2 +3) 
5. Movimento de capitais 
5.1 Investimentos diretos 
5.2 Reinvestimentos 
5.3 Empréstimos e financiamentos 
5.4 Amortização de empréstimos 
5.5 Capitais de curto prazo 
5.6 Outros capitais 
6. Erros e emissões 
7. Saldo total do balanço de pagamentos (4 + 5 + 6) 
8. Transferências compensatórias 
 8.1 Variação das reservas 
 8.2 Operações de regularização 
 8.3 Atrasados 
 
 
 
 
 
Déficits no balanço de pagamentos em transações correntes devem ser compensados por 
superávits no movimento de capitais. Caso o resultado desse movimento seja insuficiente 
para cobrir o déficit, tem-se um saldo deficitário no balanço de pagamentos, que deverá ser 
compensado (registro no grupo transações compensatórias) pela redução de reservas do 
país, ou por meio de empréstimos de regularização, ou ainda pelo lançamento de atrasados 
(declaração de moratória). 
Enade 2006 
 
 
2 – MACROECONOMIA 
 
Define-se Macroeconomia como a parte de ciência econômica que focaliza o 
comportamento do sistema econômico como um todo. O grande objetivo é estudar as 
grandes relações entre os agregados econômicos, tais como: renda nacional, nível de 
emprego, inflação, consumo, poupança, investimento, etc... 
 
2.1 – Classificação e Objetivo das Políticas Macroeconômicas 
 
A existência de políticas econômicas, ou a discussão sobre elas traz implícita a 
admissão de que existe intervenção do Estado na economia. A maneira como ela se dá 
é objeto de intermináveis discussões, nas quais as principais diferenças referem-se à 
profundidade e instrumentos. Apesar do tamanho da controvérsia, há consenso de que 
a atuação do Estado é indispensável para o funcionamento da economia. Mesmo os 
mais ferrenhos defensores do livre mercado concordam que não há possibilidade de a 
economia funcionar sem que haja alguma ação governamental além das tradicionais 
funções de administração da justiça, segurança e educação. 
2.1.1 – Classificação das Políticas 
 
De modo geral pode-se classificar as políticas econômicas em quatro grandes grupos 
e seus respectivos desdobramentos: 
1) Política Fiscal
 
• Política Tributária 
• Gastos Públicos 
2) Política Monetária
 
• Depósito Compulsório
 
• Mercado Aberto 

 • Assistência Financeira de Liquidez 
• Crédito 
3) Política Externa 
• Cambial 

 • Comercial 
4) Política de Rendas 
• Preços
 
• Salários 
2.1.2 – Objetivos das Políticas 
 
Os objetivos gerais a serem alcançados pelas políticas econômicas confundem- se 
com os próprios objetivos da sociedade: 
1)Desenvolvimento econômico 
2) Estabilidade do nível de atividade 
3) Pleno emprego
 
4) Estabilidade de preços
 
5) Equilíbrio do balanço de pagamentos 
6) Distribuição de renda 
2.2 Política Fiscal e Monetária 
 
A política fiscal diz respeito diretamente à arrecadação e gastos do governo. No caso 
da política tributária, definem-se os impostos, as alíquotas dos impostos, quem os 
pagará e quem estará isento. Também são determinados os incentivos fiscais, setores 
e regiões geográficas abrangidas, o tamanho desta renúncia fiscal e suas 
diferenciações. A política tributária envolve, portanto, os aspectos relativos à 
arrecadação efetiva do governo bem como as suas desistências de arrecadação, 
caracterizadas pelos incentivos fiscais, que na realidade são subsídios aos setores que 
deles se beneficiam. Os gastos públicos são os que o governo tem com o seu custeio, 
seus investimentos e transferências ao setor privado (aposentadorias, pensões, juros). 
Por ambos os lados da política fiscal, os membros da sociedade serão afetados: 
pagarão ou deixarão de pagar impostos, serão beneficiados ou não pelos gastos 
efetuados pelo governo. 
Diferentemente da política fiscal, a política monetária pode ser usada para atingir 
objetivos de curto prazo, o que é evidenciado pelas constantes mudanças das taxas de 
juros, seja no Brasil, seja no resto do mundo. A política monetária relaciona-se com as 
variáveis que influenciam a quantidade de dinheiro em circulação na economia. A 
importância deste aspecto já pode ser vislumbrada se lembrarmos que o preço das 
mercadorias é influenciado pela quantidade disponível. O preço neste caso é a taxa de 
juros, uma das principais variáveis a ser considerada no funcionamento da economia. 
Quem utiliza crédito paga por esse adiantamento de dinheiro. Não devemos esquecer, 
também, que em todos os países do mundo a emissão de moeda é controlada pelo 
Estado, seja diretamente pelo poder executivo, seja através de um banco central 
independente do executivo, mas integrante da estrutura estatal. 
 
2.2.1 – Modelo IS-LM 
 
Interpretação formal da teoria geral de Keynes, as curvas IS-LM representadas em 
diagramas mostram: a primeira delas, a Curva IS, as combinações possíveis entre 
taxas de juros e renda nacional, que mantêm em equilíbrio o mercado de bens e 
serviços (mercadorias). A segunda, a Curva LM, representa as combinações possíveis 
entre taxas de juros e renda nacional, que mantêm o mercado monetário em equilíbrio. 
A curva IS representa a esfera dos gastos, ou o setor real da economia, e mostra que 
os gastos de consumo, de investimento ou as despesas do governo se elevam quando 
as taxas de juros diminuem. A curva LM, por outro lado, mostra que, no âmbito 
financeiro, um aumento nos gastos só é viabilizado com um deslocamento para cima 
das taxas de juros. 
 
 
2.2.1.1 – Deslocamentos da Curva 
O quadro abaixo mostra o impacto dos deslocamentos da curva IS-LM sobre a renda e 
a taxa de juros. 
DESLOCAMENTO RENDA TAXA DE JUROS 
CURVA IS – MERCADO DE BENS 
Esquerda – Política Fiscal Restritiva Diminui Diminui 
Direita – Política Fiscal Expansionista Aumenta Aumenta 
CURVA LM – MERCADO FINANCEIRO 
Esquerda – Política Monetária Restritiva Diminui Aumenta 
Direita – Política Monetária Expansionista Aumenta Diminui 
 
 
O equilíbrio do mercado de bens implica que um aumento da 
taxa de juros leva a uma diminuição do produto. Portanto, a 
curva IS é negativamente inclinada. 
O equilíbrio dos mercados financeiros implica que um aumento 
de renda leve a um aumento da taxa de juros. A curva LM é, 
portanto, positivamente inclinada.

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