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DIREITO CIVIL IV PARTE 1 V1

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DIREITO DAS COISAS
(Direitos Reais)
(Artigo 1.196 até 1.507)
- Gonçalves, Carlos Roberto – Direito Civil – Vol. V
- Venosa, Silvio de Salvo – Direito Civil – Vol. IV
- Farias, Cristiano Chaves; Rosenvald, Nelson – Direitos Reais**
VT – casos práticos 09/03
VT – casos práticos 27/04
Arguição oral – 08/06
AULA 1
INTRODUÇÃO
Função do Direito = Paz social, bem comum. Através da regulação das relações.
Fatos Sociais - Fatos Jurídicos - Relações Jurídicas (relevantes) 
Sujeito (titular de direito sobre a coisa) Sujeito (coletividade)
Função do direito das coisas: visa regular a relação entre o sujeito que exerce poderes sobre
Objeto= Bens(tudo aquilo que tem um valor e é útil ao indivíduo) / Coisas(tem valor é útil e é,apropriável) - apropriáveis(pode vender, comprar,alugar,doar)
Poder Exercido sobre a coisa pode se dar de várias maneiras:
Formas Especiais = Direitos Reais -> Ter a titularidade (poder) sobre uma coisa e receber uma
2) CARACTERÍSTICAS DO DIREITO REAL
-absoluto – porque é um direito que pode ser exercido perante toda a coletividade. Exige o respeito de toda a sociedade indistintamente. É um direito que pode ser oposto perante toda coletividade. (Efeito erga-omnes).
-Sequela =efeito “erga omnes”  a coisa que é objeto do direito pode ser buscada onde quer que esteja e com quem quer que esteja.
-Numerus Clausus = Rol Taxativo (artigo 1.225) – só é direito real o que está no
São Direitos reais: Propriedade; superfície;serividão;uso;usufruto...
-Preferência: é uma característica do Direito Real
3) DIREITO REAL X DIREITO OBRIGACIONAL
Os sujeitos do direito real = Titular da coisa e coletivo
Os sujeitos do direito obrigacional = credor e devedor
Objeto= dar / fazer/ não fazer
Ex: compra e venda de imóvel
4) FUNDAMENTAÇÕES DA REGULAMENTAÇÃO DA MATÉRIA
 Tutela diante da intervenção de terceiro, desde que o titular do direito cumpra
OBS: Evolução no tempo e no espaço
Tutelar o indivíduo que tem poder sobre a coisa
AULA 2
FUNÇÃO DO DIREITO DAS COISAS
Regulamentar a relação do indivíduo que exerce algum tipo de poder sobre uma coisa e a sociedade. (uso, fruição) 
POSSE (1196) 
Exercício de fato de um ou algum dos poderes inerentes a propriedade. O indivíduo que tem a posse é protegido, tutelado pelo ordenamento jurídico. 
- Circunstancias possessórias
JUS POSSIDENDI = POSSE REAL. Decorre da condição de proprietário.
JUS POSSESSIONS 
Obrigacional = É aquela que decorre de um contrato
Fática = Decorre do mero uso, fruição da coisa, independente de propriedade ou contrato.
- Teorias conceituais da posse
SAVIGNY (subjetiva) = Considerava possuidor aquele que tem ingerência material sobre a coisa (CORPUS) e intenção de ser dono dela (ANIMUS).
JHERI3NG (objetiva) = Considerava possuidor aquele que da destinação útil a coisa. Foi adotado pelo CC/02.
- Circunstancias não possessórias
Hipóteses de DETENÇÃO = Nessas situações, por opção do legislador, o exercício de poderes não será tutelado.
Servidor/ Fâmulo (1198) = Exercício de poderes que se dá a mando de outrem, por ordem alheia.
Permissão/ Tolerância (1208) = É a concordância do proprietário de que o outro flua da coisa. Exercício de poderes frágil. Nesta situação, o sujeito pode ser impedido de exercer poderes a qualquer momento. (informal).
 
Violência, clandestinidade, precariedade (1200,1208) = 
A violência será representada pelo emprego de força ou coação física ou moral contra a pessoa. 
A clandestinidade será representada pelo desconhecimento, por parte do proprietário, ou quem é de direito. 
A precariedade irá acontecer quando o possuidor tem superado o seu tempo de posse e não devolve a coisa. /(não está no CC, é um posicionamento doutrinário). 
Bem público (100) = O bem público não é passível de usucapião. (pode acontecer*).
- Classificação da posse:
Posse desdobrada = Acontece quando o proprietário através de um negocio jurídico transferir parte de seus poderes para 3°.
Direta = Exerce poderes diretos na coisa.
Indireta = Exerce poderes indiretos na coisa. (proprietário).
Composse = Se estabelece quando dois ou mais sujeitos exercem poderes sobre a coisa ao mesmo tempo, e da mesma maneira. 
Posse viciada
Vícios objetivos = INJUSTA. E a injustiça da posse, descaracteriza a posse.
Violência
Clandestinidade
Precariedade
Vícios subjetivos = ILEGÍTIMA. Significa dizer que o indivíduo exerce poderes sobre uma coisa sobre a qual não tem direito. 
Boa-fé = Acredita que tem o direito.
Má-fé = Sabe que não tem o direito e ainda assim o exerce.
AULA 3
Aquisição da posse:
Momento (1204) = A partir do qual o indivíduo inicia o exercício de poderes sobre a coisa.
Modalidades 
Originária = Quando não há transferência da posse por possuidor anterior. 
Derivada = Quando o indivíduo adquire a posse por meio de transferência feita por possuidor anterior.
Transmissão da posse:
Sucessão de um possuidor por outro
À título universal = Quando se transfere uma universalidade de bens não individualizados.
À título singular = Quando se transfere a posse de um bem individualizado.
Por causa mortis (sucessio possessionis – 1207) = A transferência se dá por força da morte do possuidor anterior. 
Por ato inter vivos (acessio possessionis) = A transferência se dá através de negócio jurídico.
Situações Práticas: (5anos)
João vende s/ vício Maria
 (3 anos) (2 anos)
Quando por ato inter vivos se transmite uma posse sem vício, basta somar os tempos de posse.
João vende c/ vício Maria 
 (3 anos) (2 anos)
(clandestina)
Maria não somará ao seu tempo de posse, o tempo de posse viciado por João. (porque na verdade era detenção).
João morre c/ vício Maria
 (3 anos) (2 anos)
Maria receberá a posse viciada, e sua posse continuará com as mesmas características.
João morre s/ vício Maria
 (3 anos) (2 anos) 
Basta somar os tempos de posse. ,
Conservação da posse
Perda da posse
Abandono – Despojamento voluntário da coisa
OBS: Diferente de perda.
Tradição – É a entrega da coisa para o exercício de poderes de outra pessoa, mas por si só, não faz perder a posse. Ex: Quando alugamos um imóvel, a tradição de dá, porém, a posse se desdobra.
Destruição – A destruição que acarreta a perda da posse é a destruição que promove o desaparecimento da coisa. A coisa deixa de existir.
AULA 4
EFEITOS DA POSSE
(ART.S 1210 A 1222)
Posse – Vício subjetivo – Ilegítima = O indivíduo não tem o direito sobre a coisa. Pode ser de boa ou má-fé.
DEFESA (1210 A 1213)
Qualquer possuidor, independente da origem da posse, será tutelado pelo ordenamento jurídico. 
FRUTOS: (1214 A 1217)
Riquezas produzidas pela coisa.
Classificação:
Naturais – Decorrem da natureza. 
Industriais – Sujeitos a manipulação do homem.
Civis – Decorre da exploração econômica da coisa.
Análise prática:
Possuidor
Boa-fé – Fará jus a todos os frutos consumidos e devolverá os frutos pendentes.
Má-fé – Deverá indenizar todos os frutos consumidos.
OBS: Despesas de produção e custeio 
As despesas de produção e custeio serão ressarcidas ao consumidor que seja de boa ou má-fé.
BENFEITORIAS: (1219 A 1222)
Melhoramentos promovidos na coisa.
Classificação:
Necessárias – Imprescindíveis para utilização devida da coisa.
Úteis – Facilitam a utilização da coisa.
Voluptuárias – Dispensáveis, pois se referem ao embelezamento, deleite.
Análise prática: 
Possuidor 
Boa-fé – Fará jus ao ressarcimento das benfeitorias úteis e necessárias, poderá levantar (retirar) as voluptuárias (desde que não cause dano a coisa), e poderá exercer o direito de retenção.
Má-fé – Fará jus ao ressarcimento das benfeitorias necessárias, somente.
OBS: Valor atual e de custo. (1222)
O proprietário ressarcirá o possuidor de má-fé pelo valor atual ou de custo da benfeitoria, aseu critério. Ao possuidor de boa-fé, pagará pelo valor atual. (Lembrando que, o legislador teve a intenção de beneficiar o que está de boa-fé. Podendo prejudicá-lo).
PREJUÍZOS: (1217 E 1218)
Privação da coisa – Pode gerar prejuízo indenizável. (art. 186 e 927).
Deterioração/ Perda da coisa
Análise prática:
	
	PERDA/DETERIORAÇÃO DA COISA
	
BOA-FÉ
	C/ CULPA Indenizará
	
	S/ CULPA Não indenizará
	
MÁ-FÉ
	C/ CULPA Indenizará
	
	S/ CULPA Indenizará, salvo se provar que a coisa se perderia da mesma forma se estivesse com o proprietário. (Ex: Chuva – Alagamento - Perda de bois).
Sempre que a coisa se perder culposamente, o possuidor indenizará, estando de boa ou de má-fé.
USUCAPIÃO (*********)
“Posse ad usucapionem” – É aquela que vai gerar o usucapião. Que permite o possuidor se tornar proprietário da coisa.
AULA 5
DEFESA DA POSSE (1210...)
Tutela do possuidor 
Proteção conferida ao possuidor independente da origem de sua posse (real, obrigacional, ou fática)
Aspectos materiais e processuais
Atos ofensivos à posse:
Violência iminente - Ameaça o possuidor tem o justa receio de que sua posse seja violada.
Turbação - O possuidor sofre interferência no exercício de seus poderes, ele e perturbado sem ser privado da coisa.
Esbulho - O possuidor e impedido de exercer postes sobre a casa ele e privado da casa, de forma que não possa mais exercer a posse. 
OBS: Natureza da ofensa - Pode ser que as ofensas sejam confundidas na pratica ou que se sucedam rapidamente no tempo.
TUTELA EXTRAPROCESSUAL
Em regra o ordenamento jurídico não admite a autodefesa mais em se tratando em violação da posse haverá autorização para a mesma.
Autodefesa (exceção)
Legitima defesa - É uma espécie de autodefesa que representa a reação diante da turbação
Desforço imediato - É uma espécie de autodefesa que representa uma reação diante do esbulho
Requisitos de legitimação da autodefesa
Imediatividade
Moderação - É aquele que exige que a reação da autodefesa seja proporcional a ofensa sofrida
TUTELA PROCESSUAL
Interdito Proibitório - A ação será manejada em caso de violência iminente 
Manutenção da posse - Para o caso de turbação
Reintegração da posse - É a ação a ser manejada para o caso de esbulho
Outras ações
 
Embargos de 3° - Tutela buscada diante da intervenção da posse promovida por medida judicial
Nunciação de obra nova - Visa tutela buscada diante dos constrangimentos ocasionados por uma obra
Ação de dano infecto - Buscada diante de perigo iminente representada por uma edificação
Imissão na posse - Visa permitir ao sujeito que exerça sua posse pela primeira vez
CARACTERÍSTICAS DAS AÇÕES PROCESSUAIS
Fungibilidade - Artigo 554 novo CPC – Permitira o juiz julgar a ação atendendo a demanda do caso concreto independente do pedido feito na inicial. (visa atender o principio da economia processual)
Caráter dúplice - Permite ao réu, em sede de contestação a não só se defender, mas também contra tacar.
Pedidos cumulados - Além do pedido principal será possível cumular pedidos relativos a frutos perdas e danos entre outros. 
Impede discussão da propriedade - Nas ações possessórias o juiz analisara quem tem a melhor posse justa mais antiga ou que da mais destinação útil à coisa não sendo levado em consideração o titulo da propriedade.
RITO PROCESSUAL 
Especial - caso a ação possessória seja ajuizada antes de um ano e um dia, o que confere ao autor da ação a liminar - Ação de força nobre – um ano e um dia.
Ordinária - Caso a ação possessória seja ajuizada depois de um ano e um dia ação de força velha.
AULA 6
PROPRIEDADE
Poder de fato e poder de direito
 (posse) (propriedade)
Domínio – Propriedade
Domínio é o poder do proprietário que é também possuidor.
Breve histórico
CC. Francês (1804) – Código de Napoleão – Estado Liberal (falta de gerencia estatal).
CC/16 Brasileiro – A propriedade era tratada de forma a atender exclusivamente o interesse do particular.
CR/88 (art.5°, XXIII) – Interesse direto do Estado.
O trato da propriedade sofre a interferência dos principio da dignidade da pessoa humana, solidariamente e função social.
Código Civil 
Art. 1228 – Exteriorizar a obediência aos preceitos constitucionais.
Parágrafo 1° ao 5°.
FUNÇÃO SOCIAL – Instituto jurídico que representa princípio constitucional, onde o interesse coletivo deverá ser observado e priorizado mais relevante.
Função Dinâmica – Limite positivo imposto ao proprietário, na medida em que se estabelece com o que se deve fazer.
Função Controle – Limite negativo imposto ao proprietário na medida em que se estabelece o que não pode ser feito mesmo.
A função social não é requisito para que o indivíduo seja o proprietário, mas somente um limitador de seus poderes.
Uso – Ter a coisa a disposição. Ter ingerência sobre a coisa.
Fruição – Percepção de frutos, vantagens.
Dispor – Transferir para terceiro, gravar a coisa em garantia, deixar de exercer poderes sobre a coisa. (Este poder é sempre do proprietário).
Reivindicação – Defender a propriedade da violação de terceiros, através da ação reivindicatória. (Só o proprietário tem).
Propriedade é um direito fundamental ou uma garantia?
É um direito fundamental pois através da propriedade o sujeito tem viabilizados vários direitos como a liberdade, privacidade ...
Não é garantia fundamental, pois o Estado não garante a aquisição da propriedade e sim sua defesa.
Absoluto
Pode ser oposta a toda a sociedade perante toda a coletividade (erga omnes).
Perpetuidade – É uma característica que a propriedade não se perde só pelo não uso.
Propriedade Elástica – Hora o proprietário detém todos os poderes (propriedade plena) ora ele dispõe de alguns desses poderes transferidos para terceiro (NU PROPRIETÁRIO).
 
AULA 7
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
FORMAS DE AQUISIÇÃO:
Originária – Aquisição que se da independente de transferência por proprietário anterior. (ex: usucapião, formas de ascensão). 
Derivada – Aquisição que se dá por força da transferência por proprietário anterior.
MODALIDADES DE AQUISIÇÃO:
Registro Público (1245 – 1247) – Solenidade exigida por lei para que o individuo se torne proprietário de um imóvel.
- LRP – 6.015/73 (Lei de registros públicos).
- Sistemas de Aquisição:
Francês – Não é necessária escritura pública A aquisição da propriedade imóvel se dá através da entrega do bem (tradição).
Alemão – A aquisição da propriedade imóvel exige o registro. O registro cria presunção absoluta de propriedade. Não permite discussão.
Brasileiro – A aquisição da propriedade exige o registro, mas, esse registro cria presunção relativa de propriedade. Permite discussão. Não basta contrato, não basta escritura. O registro é imprescindível.
- Contrato particular (preliminar) -> Escritura pública (contrato definitivo. Feita no cartório de notas (de qualquer lugar, não precisa necessariamente ser onde se encontra o imóvel)) -> Registro (é o que atribui à propriedade. Feito no cartório de registro de imóveis, na comarca onde o imóvel se localiza).
- PRINCÍPIOS:
Vinculação ao título – Reza que, qualquer vício que macule o título que deu origem ao registro, irá contaminá-lo ensejando o seu cancelamento. 
Conservação – Reza que todas as informações relativas à vida do imóvel serão conservadas em seu registro. (É como se fosse uma biografia do imóvel. Tudo irá constar, como um histórico).
Publicidade – Todas as informações são públicas. 
Fé-pública – Todas as informações fornecidas pelo Cartório são tidas como verdadeiras. A fé-pública cria a presunção de veracidade das informações.
Responsabilidade – Qualquer informação inverídica gera responsabilidade civil para o cartório. (que é o dever que o Cartório terá de indenizar pelo erro).
 Acessão (1248)
Aumento, acréscimo verificado na coisa. Pode se da de duas maneiras: natural ou artificial. 
Natural (1249-1252) – Quando o aumento ou acréscimo se dá por força da natureza. Institutos jurídicos que promovem a aquisiçãoda propriedade imóvel em razão de um aumento ou acréscimo decorrente da natureza.
Formação de ilhas – (águas privadas- são aquelas não navegáveis) Atribui a propriedade aos proprietários ribeirinhos de acordo com a testada (extensão da terra ribeirinha) de cada terreno.
Aluvião – Haverá atribuição à propriedade da parte que se juntou ao terreno principal ao(s) proprietário(s) ribeirinho(s). Acontece imperceptivelmente.
 
Avulsão – Uma força abruta (violenta) da natureza provoca o destacamento da porção de terra de um prédio (imóvel) que irá se juntar a outro. Haverá indenização para aquisição. Salvo se em um ano aquele que perdeu a terra não reclamar.
Álveo abandonado – A aquisição da propriedade se dá em razão da seca do leito, atribuindo à propriedade da terra remanescente aos proprietários ribeirinhos.
Artificial (1253 – 1259) – Decorrente da conduta humana. Representada segundo a lei por plantações e construções.
PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES:
Em imóvel alheio: (1255)
Boa-fé – O indivíduo que construiu em imóvel alheio acreditando ter direito sobre a coisa. Ele perderá a construção e a plantação e é indenizado. 
Boa-fé (acessão inversa) – O indivíduo acredita ter direito sobre a coisa, entretanto, o valor da construção ou plantação é consideravelmente superior ao valor do terreno.
Má-fé – Construiu em imóvel alheio sabendo que não é dele. Tem ciência de 	que não possui direitos sobre a coisa. Perde a construção e a plantação sem indenização.
Má-fé recíproca - O individuo tem ciência que não possui direito sobre a coisa e o proprietário não se opõe. Perde construção e plantação e é indenizado. 
INVASÃO DE PARTE DE IMÓVEL ALHEIO
ATÉ 5% (1258)
Boa-fé – Você pode adquirir a porção invadida.
REQUISITOS:
O valor da construção deve ser superior ao valor da parte invadida.
Indenização – O valor da área perdida + a desvalorização da área remanescente.
Má-fé – A primeira opção é a demolição. Se não for possível a demolição sem comprometer a estrutura da construção, poderá adquirir pagando 10x o valor que pagaria se estivesse de boa-fé. 
SUPERIOR A 5% (1259)
Boa-fé – Ele adquire mediante indenização, que consiste o valor da fração da área invadida ou perdida + a desvalorização da área remanescente + a valorização que a invasão acresceu a construção. 
Má-fé – Demolição + perdas e danos devidos em dobro. Não tem opção de aquisição.
A Usucapião (1238 – 1244) - Instituto que permite a aquisição de propriedade. (A lei prevê a possibilidade de usucapir bens móveis).
Prescrição aquisitiva – Porque a passagem do tempo (que é a prescrição) promoverá a aquisição do direito de propriedade. 
Fundamento – Punir o proprietário desidioso e prestigiar o possuidor que deu destinação útil a coisa.
Requisitos gerais
Posse – Requisito básico da usucapião. A única posse que gera usucapião é a posse fática. A posse real não gera usucapião, porque não faz sentido o proprietário usucapir aquilo que é dele.
Contínua – A continuidade se dá no sentido de que a posse não pode ser interrompida. O exercício de poderes deve ser ininterrupto.
Incontestada – A posse deve ser mansa e pacífica (significa que o proprietário não contestou o meu exercício de poder sobre a coisa). A única ação que para é a judicial.
Boa-fé (justo título) – Situação em que o individuo acredita que esteve este tempo inteiro no imóvel tendo direito sobre ele. O justo título é o documento ou a circunstancia que caracteriza a boa-fé, ou seja, que faz o individuo acreditar que tinha direto.
Animus domini – Intenção de domínio. Intenção de se tornar dono da coisa.
OBS1: Usucapião no cartório – Lei 6.015/76 – Conteúdo inserido pelo novo CPC. Art. 216ª. Traz todo o procedimento administrativo da usucapião.
OBS2: Em 2011 foi criada a modalidade de usucapião familiar. Lei 12.424.
AULA 8
AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE MÓVEL
MODALIDADES:
Ocupação (1263) – Com intenção de se apropriar.
Aquisição pelo assenhoramento (com animus (intenção) de coisa sem dono)
rés nullius - nunca teve dono
rés delericta - coisa que foi abandonada
CC/16 x CC/02
OBS: Invenção ou descoberta (1233) – Achado de coisa perdida (ainda tem dono).
Obrigação de restituir (ao dono).
Recompensa (mínimo 5% do valor da coisa) = Ressarcimento de despesas O ressarcimento de despesas será pago a parte, além da recompensa.
Entrega a autoridade competente – Caso o dono não seja encontrado.
Publicidade – Será feita pela autoridade convocando o comparecimento do dono.
Hasta Pública (leilão) – Venda do bem por meio de leilão, caso o dono não reivindique a propriedade.
Achado de Tesouro (1264)
Achado de coisa “preciosa”, ocultada e de cujo dono não se tem notícias.
REGRAS:
O tesouro será dividido entre o dono do imóvel e aquele que o encontrou.
O tesouro será do dono do imóvel se encontrado por alguém que fora contratado para tal fim, ou se encontrará no imóvel sem autorização. 
Especificação (1269)
Transformação de matéria prima em espécie nova.
REGRAS:
Boa-fé – Porque ele acredita ter direito sobre a matéria prima. A espécie nova será do especificador, que deverá indenizar o dono da matéria prima.
Má-fé – Sabe que a matéria prima não lhe pertence. A espécie nova pertencerá ao dono da matéria prima. O especificador de má-fé não será ressarcido pelo trabalho executado.
Valor excedente – Quando o valor da espécie nova for consideravelmente superior ao da matéria prima, o especificador adquirirá a propriedade, esteja de boa ou má-fé. Haverá indenização da matéria prima.
Contusão, comissão/comistão, adjunção (1272)
Mistura de coisas de donos diversos.
Contusão: Mistura líquidos
Comissão/Comistão: Mistura sólidos
Adjunção: Sobreposição de coisas
Proposital – Mistura convencionada entre os donos
Fortuita – Mistura não convencionada
REGRAS:
Separação – Se é possível à separação
Não separação – Se não é possível fisicamente ou é onerosa à separação.
Condomínio – Os proprietários serão danos do todo, cada qual com sua proporção.
Aquisição pelo dono do principal – Dono mais valioso ou em maior quantidade.
Usucapião (1260)
Fundamento – O exercício continuo incontestado com (animus domini).
Modalidades:
Ordinária – 3 anos (boa-fé e justo título)
Extraordinária – 5 anos.
Tradição (1267)
Entrega de coisa móvel com animus de transferir a propriedade.
AULA 9 
PERDA DA PROPRIEDADE
CC/02 (art.1275)
Voluntária – Deixa de ser proprietário por vontade própria.
Involuntária – Deixa de ser proprietário sem sua vontade.
HIPÓTESES DE PERDA
ALIENAÇÃO:
Transferência voluntária para terceiro através de negócio jurídico. (oneroso/gratuito).
- Alienação fiduciária – Negócio jurídico através do qual a propriedade será transferida de um sujeito para outro. Podendo ser gratuita ou onerosa.
Alienação (transferência): 
Móvel: Tradição
Imóvel: Registro
Animus (vontade): Imóvel – Exige o registro. Móvel – Exige tradição.
RENUNCIA: (FORMALIZA)
Disposição voluntária dos poderes sobre a coisa.
Ato unilateral – Não depende de outra vontade.
Formalização (CRI) (Tem que ser formalizado).
Impossibilidade diante do prejuízo de terceiro – Se a renuncia caracterizar fraude, será anulada.
ABANDONO: (NÃO FORMALIZA)
Disposição voluntária dos poderes sobre a coisa.
Ato unilateral 
Não formalizado = Presumido (1276) – Esta é a diferença básica entre renuncia e abandono.
Arrecadação o bem como vago – Pode o Estado arrecadar o bem pelo processo administrativo
Após 3 anos (se o proprietário não reclamar a propriedade) -> Propriedade do poder público
Presunção relativa de abandono – O Estado acha que o individuo não quer o bem.
Quando se presume que o bem foi dado como vago o poder público será proprietário.
OBS: Presunção absoluta (quando não há direito de defesa. Não tem como reclamar. Viola os princípios da ampla defesa e do contraditório): Abandono e não satisfazer os ônus fiscais.
PERECIMENTO:
Desaparecimento da coisa por força natural ou conduta humana.Ocorre o perecimento quando a coisa ou o bem deixa de existir para o proprietário.
DESAPROPRIAÇÃO:
Acontece quando o individuo perde a propriedade coativamente por um ente publico.
CC/02 e leis administrativas
Aquisição coativa pelos entes públicos (U (União), E (Estados) M (Municípios)).
Modalidades: ********PROVA
NÃO PUNITIVA:
Necessidade pública – Que é de suma importância para a sociedade.
Utilidade pública – Ex: praças
Interesse social – Aquela que se dá para fins de reforma agrária.
Declaração do poder executivo
Indenização prévia (porque é destinada ao individuo antes de sua retirada) e justa em dinheiro (porque compreende as benfeitorias e os acessórios também).
Quando é por necessidade, utilidade ou interesse, a modalidade não é punitiva. Pois a intenção do poder público não é punir o proprietário, porque ele exerce a função social. Mas havendo essa necessidade, utilidade ou interesse, será necessário tirar o proprietário do imóvel. (Ex: Passar uma avenida, Construção de uma escola, viadutos, etc.).
Só é desapropriado, quem é proprietário.
PUNITIVA:
Visa punir o proprietário que não está exercendo a função social.
Não exercício da função social
URBANA
Parcelamento do solo – O proprietário será notificado pelo poder público para dar destinação útil à coisa.
IPTU progressivo (5 anos até 15%) – Não dando destinação útil a coisa, o Município aumentará a alíquota do IPTU progressivamente. Durante 5 anos, até que o valor devido de IPTU corresponda a 15% do valor imóvel. É uma forma de pressionar o individuo a dar destinação útil à coisa.
 
Desapropriação – A desapropriação será efetivada somente após estes dois procedimentos anteriores (parcelamento do solo, e IPTU progressivo), como forma de punir o proprietário negligente.
Indenização com TDP – Recebe através de titulo da dívida pública, aos poucos.
RURAL 
O critério de diferenciação entre área rural e urbana é o tipo de imposto pago. Se for urbano paga-se IPTU, se é Rural paga-se através do imposto rural.
Desapropriação indenizada com TODA.
V1 SERÁ ATÉ A AULA 9.
AULA 10
DEFESA DA PROPRIEDADE
Juízo possessório – Trata de questões possessórias. Servem para ajuizar o interdito proibitório, a manutenção de posse, e a reintegração de posse. O que se discute é a melhor posse, ou seja, aquele que não tem a posse viciada, aquele que da destinação útil à coisa, posse mais antiga...
Juízo petitório – Trata da questão proprietária. 
AÇÃO REIVINDICATÓRIA 
Visa tratar da propriedade. O direito de propriedade. Na ação reivindicatória, se discute a titularidade da propriedade.
- Art. 1228 – “O proprietário tem o direito de usar, fruir e reivindicar a coisa”. 
Características:
Direito de Sequela – Representa o direito que o proprietário tem de defender sua propriedade perante qualquer um que venha violar. 
Busca da coisa diante da posse injusta de terceiros. – “ILEGITIMA”
 
Titularidade da ação – A regra é que a titularidade da ação será do proprietário, isso irá exigir a prova através do Registro do imóvel.
Rito comum – A ação seguirá o rito comum. Quando o rito não é especial, ele é comum. Quando a ação é ajuizada depois de um ano e um dia. Rito demorado, que vai passar por todos os procedimentos.NESTE RITO NÃO CABE LIMINAR! Liminar (é o que antecipa a decisão do juiz). Pode ser que se consiga antecipação de tutela, mas liminar não.
Cumulação de pedidos – Além da ação, pedir perdas e danos, ressarcimento pelos frutos, etc.
Defesa do réu
Legitimidade da posse – Ato de provar que a posse não é ilegítima. Dizer que a posse é legitima, é dizer que ela é obrigacional.
Usucapião ******PROOOOOOVA****** 
OBS: Registro da sentença que reconhece a usucapião 
SIM – Dizem que SIM, para preservar o principio da economia processual. 
NÃO – Dizem que NÃO, para preservar o principio do devido processo legal. Seria necessário o ajuizamento de ação autônoma de usucapião. Prevalece esta hipótese, processual.
OBS: Adequação dos juízos
Proprietário s/ posse = Neste caso, é mais adequado a ajuizamento da ação reivindicatória. Porque em sede da ação reivindicatória o que se discute é o título (quem é o proprietário, quem é o dono).
Proprietário c/ posse = Quando o individuo é proprietário e possuidor deverá ser analisado o momento do ajuizamento da ação. Porque se, antes de um ano e um dia o rito é especial se for ação possessória. Se, depois de um ano e um dia, o rito é comum, e ai pode ser tanto possessório quanto reivindicatória.
ANTES DE ANO E DIA – ESPECIAL (POSSESSÓRIA) -> LIMINAR.
DEPOIS DE ANO E DIA – COMUM (POSSESSÓRIA OU REIVINDICATÓRIA)
OBS: Outras ações: (Ainda com relação ao proprietário).
Declaratória = Quando se pretende discutir a titularidade da propriedade. Busca-se que se declare que determinada pessoa é, ou não proprietário.
Negatória = Visa negar a terceiro o exercício de direitos sobre a coisa. Impedir que terceiros exercessem poder sobre a sua coisa. Também pode ser ajuizada ação de manutenção de posse, devido à perturbação.
Retificação do Registro = Visa retificar dados imprecisos constantes do Registro.
Cancelamento do Registro = Visa cancelar o Registro diante dos vícios verificados no título que lhe deu origem.
Imissão na posse = Visa conceder ao proprietário a posse pela primeira vez. 
AULA 11
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
TEMPORARIEDADE
Por condição ou termo: (1359)
Condição ou termo constante em título 
Propriedade se extingue para um em beneficio de outro (alteração subjetiva)
Registro 
Sujeitos:
Proprietário Resolúvel (presente)
Proprietário diferido (futuro)
Direitos do proprietário resolúvel.
OBS: Clausula de inalienabilidade.
Direitos do proprietário diferido.
Por causa superveniente:
A resolubilidade não consta de um título. A propriedade se resolve para o proprietário em razão da configuração de hipótese legal. Ex: 557, 1814.
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
CC/02 (Geral) -> Bem móvel
Espécie de propriedade resolúvel constituída através de negócio jurídico em que se transfere a propriedade de um bem ao credor em um contrato, para garantir a satisfação de seu crédito.
Sujeitos:
Credor fiduciário
Devedor fiduciário (depositário?) 
OBS: 
Veículos (Registro CRV)
Dados 1362
Extinção da obrigação
Inadimplemento (credor não pode ficar com a coisa)
Alienação da coisa
Não entrega da coisa. PRISÃO?

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