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Técnico Judiciário – Área Administrativa Direito do Trabalho – Parte 1 Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br Direito do Trabalho Professor Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br CONTEÚDO DIREITO DO TRABALHO: Dos princípios e fontes do Direito do Trabalho. Dos direitos constitucionais dos trabalhadores (art. 7º da CF/88). Da relação de trabalho e da relação de emprego: requisitos e distinção. Dos sujeitos do contrato de trabalho stricto sensu: do empregado e do empregador: conceito e caracterização; dos poderes do empregador no contrato de trabalho; Trabalhador doméstico: conceituação, direitos e legislação – Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015 (Lei do Trabalhador Doméstico). Do contrato individual de trabalho: conceito, classificação e características. Da alteração do contrato de trabalho: alteração unilateral e bilateral; o jus variandi. Da suspensão e interrupção do contrato de trabalho: caracterização e distinção. Da rescisão do contrato de trabalho: das justas causas; da despedida indireta; da dispensa arbitrária; da culpa recíproca; da indenização. Do aviso prévio. Da duração do trabalho; da jornada de trabalho; dos períodos de descanso; do intervalo para repouso e alimentação; do descanso semanal remunerado; do trabalho noturno e do trabalho extraordinário. Do salário-mínimo; irredutibilidade e garantia. Das férias: do direito a férias e da sua duração; da concessão e da época das férias; da remuneração e do abono de férias. Do salário e da remuneração: conceito e distinções; composição do salário; modalidades de salário; formas e meios de pagamento do salário; 13º salário. Da prescrição e decadência. Da segurança e medicina no trabalho: das atividades perigosas ou insalubres. Da proteção ao trabalho do menor. Da proteção ao trabalho da mulher; da estabilidade da gestante; da licença- maternidade. Do direito coletivo do trabalho: das convenções e acordos coletivos de trabalho. Das comissões de Conciliação Prévia. www.acasadoconcurseiro.com.br 7 Direito do Trabalho DIREITO DO TRABALHO – PARTE 1 • DICAS DE ESTUDO • CLT • SÚMULAS E OJS DO TST • BIBLIOGRAFIA • RESOLVER QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES • GRUPO • DÚVIDAS PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO TRÍPLICE FUNÇÃO INFORMATIVA – norteiam/informam o legislador na elaboração da norma. NORMATIVA ou INTEGRATIVA – integram o ordenamento jurídico, suprindo as suas lacunas. INTERPRETATIVA – auxiliam na interpretação das normas jurídicas. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO Princípio dos Princípios www.acasadoconcurseiro.com.br8 Objetiva conferir ao empregado hipossuficiente uma superioridade jurídica capaz de lhe garantir mecanismos destinados a tutelar direitos mínimos estampados na legislação trabalhista. Finalidade – buscar EQUILÍBRIO. Fundamento – SUBORDINAÇÃO. Ex: Contrato de Direito Civil x Contrato de Trabalho. QUESTÃO DE PROVA No concurso do TRT da 20ª Região, de 2011, foi aplicada pela banca FCC, a questão 46: “O princípio que possui como propósito tentar corrigir desigualdades, criando uma superioridade jurídica em favor do empregado diante da sua condição de hipossuficiente é especificamente?” Resposta correta: princípio da proteção. IN DUBIO PRO MISERO NORMA MAIS FAVORÁVEL CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA IN DUBIO PRO MISERO Norma “a” = 2 interpretações Art. 59 CLT. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 9 ATENÇÃO! A dúvida que enseja essa escolha por uma interpretação da norma que seja mais favorável ao trabalhador tem que ser razoável (aplicação do princípio da razoabilidade), e a interpretação escolhida deve considerar a vontade do legislador, bem como ser compatível com o ordenamento jurídico. O princípio do in dubio pro misero NÃO se aplica no campo PROBATÓRIO (ônus da prova). No campo probatório, aplica-se o princípio da primazia da realidade. DA NORMA MAIS FAVORÁVEL Norma “a” = HE Norma “b” = HE Hierarquia? www.acasadoconcurseiro.com.br10 QUESTÃO DE PROVA (CESPE – 2013 – TRT – 10ª REGIÃO (DF e TO) – Analista Judiciário – Área Administrativa) Em relação ao direito do trabalho, julgue os itens a seguir. No direito do trabalho, aplica-se o princípio da norma mais favorável, que autoriza o intérprete a aplicar a norma mais benéfica ao trabalhador, ainda que essa norma esteja em posição hierárquica inferior no sistema jurídico. Gabarito: Certo Art. 620 CLT. As condições estabelecidas em Convenção quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo. CAIU EM PROVA 1. (FCC – 2013 – TRT – 5ª Região (BA) – Analista Judiciário – Área Judiciária) O artigo 620 da Consolidação das Leis do Trabalho prevê que as condições estabelecidas em Convenção Coletiva de Trabalho, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo Coletivo de Trabalho. Tal dispositivo consagra o princípio da: a) continuidade da relação de emprego. b) primazia da realidade sobre a forma. c) imperatividade das normas trabalhistas. d) norma mais favorável ao empregado. e) irrenunciabilidade de direitos. ATENÇÃO! O problema surge quando duas normas apresentam uma parte mais favorável e outra menos favorável ao trabalhador. TEORIA DA ACUMULAÇÃO TEORIA DO CONGLOBAMENTO TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 11 Princípio ABSOLUTO? Normas de ordem pública ou de caráter proibitivo. Ex: QUESTÃO DE PROVA Esse é o entendimento, por exemplo, do CESPE, que, em 2009, no concurso para o cargo de analista administrativo do TRT da 17ª Região, considerou correta a questão 72, que afirmava: O princípio da norma mais favorável ao trabalhador não deve ser entendido como absoluto, não sendo aplicado, por exemplo, quando existirem leis de ordem pública a respeito da matéria. DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA SÚMULA 51 TST I. As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II. Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. CAIU EM PROVA 2. (FCC – TRT-6ª Região (PE) – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2012) O Regulamento da empresa “BOA” revogou vantagens deferidas a trabalhadores em Regulamento anterior. Neste caso, segundo a Súmula no 51 do TST, “as cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do Regulamento”. Em matéria de Direito do Trabalho, esta Súmula trata, especificamente, do princípio da: a) razoabilidade; b) indisponibilidade dos direitos trabalhistas; c) imperatividade das normas trabalhistas; d) dignidade da pessoa humana; e) condição mais benéfica. www.acasadoconcurseiro.com.br12 PRINCÍPIO DA IMPERATIVIDADE Imperatividade das NORMAS TRABALHISTAS. Há RESTRIÇÕES da autonomia das partes para modificar as cláusulas contratuais. Ex: Alterar a natureza das HE. PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DOS DIREITOS PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DOS DIREITOS Súmula 51 II TST. Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. Súmula nº 276 do TST. O direito ao aviso prévio é irrenunciável peloempregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO Súmula nº 212 do TST. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Art. 10 CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448 CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 13 FIQUE LIGADO! OBS: Suspensão e interrupção. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE Art. 9º CLT. Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. CAIU EM PROVA 3. (FCC – 2014 – TRT – 19ª Região (AL) – Analista Judiciário – Área Judiciária) A relação objetiva evidenciada pelos fatos define a verdadeira relação jurídica estipulada pelos contratantes, ainda que prevista de forma diversa em documento firmado pelas partes. Trata- se do princípio: a) in dubio pro operario. b) primazia da realidade. c) eventualidade. d) dispositivo. e) presunções favoráveis ao trabalhador. www.acasadoconcurseiro.com.br14 PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA Art. 468 CLT. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. CAIU EM PROVA 4. (FCC – 2014 – TRT – 19ª Região (AL) – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador) Só é admissível a alteração do contrato de trabalho quando: a) feita por mútuo acordo entre as partes. b) não seja prejudicial ao empregado. c) feita por mútuo acordo entre as partes e, concomitantemente, não seja prejudicial ao empregado. d) autorizada pelo sindicato, em negociação coletiva. e) autorizada pelo sindicato, mediante homologação do ajuste, se prejudicial ao empregado. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE SALARIAL Em regra, os salários não podem ser reduzidos, salvo, mediante negociação coletiva. Logo, esse princípio é relativo. A CF acabou por flexibilizar esse princípio, pois possibilitou por meio de negociação coletiva, a redução de salários (art.7º VI da CF). CAIU EM PROVA 5. (FCC –TRT-7ª Região (CE) – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2009) Acerca dos princípios que informam o Direito do Trabalho, pode-se afirmar que: a) o empregador pode reduzir o salário de seus empregados, desde que 75% deles concordem com tal redução, independentemente de negociação com a entidade sindical da categoria; b) a irredutibilidade do salário é um princípio absoluto; c) é lícita a redução dos salários dos empregados da empresa, desde que disposta em Convenção ou Acordo Coletivo; d) o empregador pode, livremente, em qualquer hipótese, reduzir o salário do empregado; e) o empregador pode reduzir o salário do empregado, se este firmar por escrito sua concordância. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 15 FONTES DO DIREITO DO TRABALHO FONTE Fontes Obrigatórias? Fase preliminar das normas (movimentos sociais) Fontes obrigatórias? Fase preliminar das normas (movimentos sociais) FONTES MATERIAIS FONTES FORMAIS FONTES MATERIAIS Representa o momento pré-jurídico que leva à formação da norma. São as constantes reivindicações dos trabalhadores e empregadores. Ex: Representa o momento pré-jurídico que levam a formação da norma. São as constantes reivindicações dos trabalhadores e empregadores. Ex: Obrigatoriedade? FONTES MATERIAIS Obrigatoriedade? www.acasadoconcurseiro.com.br16 FONTES FORMAIS Representam o momento jurídico, com as regras plenamente materializada. É a norma já construída, os diplomas que regulam a matéria trabalhista. Obrigatórias? Por sua vez, as fontes formais dividem-se em: FONTES FORMAIS HETERÔNOMAS A formação é materializada com a participação de um terceiro, em geral, o Estado, sem a participação imediata dos destinatários das normas jurídicas. EX: Constituição Federal, emenda à constituição, lei complementar, lei ordinária, medida provisória, decreto. Judiciário? 1 – 2 – Os Tratados e as Convenções Internacionais ratificados pelo Brasil passam a fazer parte do ordenamento jurídico, sendo considerada a partir de sua ratificação como fonte formal heterônoma. FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS A formação caracteriza-se pela imediata participação dos destinatários das regras produzidas, sem a interferência do agente externo, o terceiro. Ex: Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo de Trabalho e costume. OBS: REGULAMENTO EMPRESARIAL? TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 17 TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO LACUNAS Art. 8º CLT. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. CAIU EM PROVA 6. (2015 – FCC – TRT – 9ª REGIÃO (PR) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) Considere: I. As convenções coletivas e os acordos coletivos de trabalho são exemplos de fontes formais autônomas do Direito do Trabalho. II. A legislação trabalhista faz referência aos costumes como fonte integradora do Direito do Trabalho. III. A jurisprudência não é considerada fonte formal de Direito do Trabalho, uma vez que não há previsão legal para sua utilização, bem como se refere apenas a casos concretos e específicos. Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) III, apenas. c) I, II e III. d) I e III, apenas. e) II, apenas. www.acasadoconcurseiro.com.br18 7. (2013 – FCC – TRT – 5ª Região (BA) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) Conforme previsão expressa contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirá conforme o caso, NÃO podendo utilizar como fonte supletiva do Direito do Trabalho: a) a jurisprudência. b) os usos e costumes. c) valores sociais da livre iniciativa. d) os princípios gerais do Direito. e) a analogia e equidade. 8. (2013 – FCC – TRT – 15ª Região – Técnico Judiciário – Área Administrativa) No tocante às fontes do Direito, considere: I. Fontes formais são as formas de exteriorização do direito, como por exemplo, as leis e costumes. II. A sentença normativa é uma fonte heterônoma do Direito do Trabalho, assim como regulamento unilateral de empresa. III. A Convenção Coletiva de Trabalho, quanto à origem, classifica-se como uma fonte estatal. IV. A Convenção Coletiva de Trabalho, quanto à vontade das partes, classifica-se como imperativa. Está correto o que se afirma APENAS em : a) II e IV. b) I e IV. c) I, II e III. d) II, III e IV. e) I e II. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA A CCP foi criada com o advento da Lei nº 9.958/00, que incluiu na CLT os arts. 625-Aa 625-H. Objetivo: desafogar o grande número de ações trabalhistas ajuizadas diariamente no Judiciário Trabalhista. Finalidade: Solução de conflitos – extrajudicial (autocomposição). TRANSAÇÃO = Conflitos INDIVIDUAIS; Art. 625-A CLT. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 19 COMPOSIÇÃO Empresa = CLT = Paritária = Min. 2 Máx.10 Sindicato = Norma Coletiva Mandato = 1 ano (1 recondução). 1 – A tentativa de conciliação extrajudicial somente é possível quando envolver conflitos INDIVIDUAIS do trabalho. 2 – Composição PARITÁRIA, ou seja, idêntico número de representantes dos “e” e “E”. 3 – A criação da CCP é FACULTATIVA. 4 – Poderão ser criadas no âmbito das empresas (ou grupo de empresas) ou na seara dos sindicatos. A CCP constituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas de funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo. A CCP constituída no âmbito da empresa tem as suas regras definidas na própria CLT. Art. 625-B CLT. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: I – a metade de seus membros será indicada pelo empregador e a outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato da categoria profissional; II – haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares; III – o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma recondução. Estabilidade representante dos.................. Os membros da CCP gozam de estabilidade? R: Início: registro, posse ou eleição? FCC ELEIÇÃO Art. 625-B § 1º CLT. É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. § 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa, afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade. Suspensão ou Interrupção? Passagem OBRIGATÓRIA? www.acasadoconcurseiro.com.br20 Art. 625-D CLT. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. STF = ADI 2139 FACULTATIVO § 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. § 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista. § 3º Em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto no caput deste artigo, será a circunstância declarada na petição inicial da ação intentada perante a Justiça do Trabalho. § 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o interessado optará por uma delas para submeter a sua demanda, sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido. Art. 625-E CLT. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. FICA A DICA! Será executado onde?? Art. 877 A CLT. É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. Logo... o local onde o “e” prestou serviços. Art. 625-F CLT. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a que se refere o § 2º do Art. 625-D. Art.625-G CLT. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no Art. 625-F. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 21 CAIU EM PROVA 9. (2015 – FCC – TRT – 9ª REGIÃO (PR) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) João, metalúrgico, após a homologação de sua rescisão do contrato de trabalho celebrado perante órgão sindical de forma idônea, insatisfeito, propôs demanda contra sua ex- empregadora perante Comissão de Conciliação Prévia, instituída na localidade de sua prestação de serviços. Na audiência designada, as partes chegaram a um acordo amigável, ressalvando expressamente que não faria parte do acordo as diferenças de FGTS que João entendia devidas. Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, João: a) não poderá ingressar com reclamação trabalhista, devendo procurar a Justiça Comum para pleitear diferenças de FGTS que entende devidas. b) poderá ingressar com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pleiteando todos os direitos que entende devidos decorrentes de seu extinto contrato de trabalho, uma vez que o acordo perante a Comissão de Conciliação Prévia não possui eficácia liberatória geral para a empresa. c) poderá ingressar com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pleiteando somente os direitos ressalvados no acordo perante a Comissão de Conciliação Prévia, uma vez que o restante dos pedidos possui eficácia liberatória geral para a empresa. d) não poderá ingressar com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pois foi sua a iniciativa de não quitar integralmente os direitos oriundos do extinto contrato de trabalho. e) não poderá ingressar com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pois escolheu uma das formas de solução dos conflitos trabalhistas, que foi a esfera extrajudicial, renunciando ao seu direito de ação. 10. (2013 – FCC – TRT – 18ª Região (GO) – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador) Com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho, a lei instituiu as Comissões de Conciliação Prévia. Sobre elas, é correto afirmar que; a) podem ser constituídas por empresas e os sindicatos, por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. b) terão composição tripartite, com representantes dos empregados, dos empregadores e do governo federal. c) é vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros titulares da Comissão de Conciliação Prévia, até dois anos após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave. d) o termo de conciliação lavrado na Comissão de Conciliação Prévia não constitui um título executivo extrajudicial, bem como não tem eficácia liberatória, seja das parcelas expressamente consignadas ou daquelas ressalvadas. e) o prazo prescricional para ação trabalhista não será suspenso ou interrompido a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia. www.acasadoconcurseiro.com.br22 11. (2013 – FCC – TRT – 9ª REGIÃO – Técnico Judiciário– Área Administrativa) Com fundamento nas regras instituídas pela CLT sobre as Comissões de Conciliação Prévia, é INCORRETO afirmar: a) As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de 10 dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. b) A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de no mínimo cinco e no máximo quinze membros. c) O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo para a realização da sessão de tentativa de conciliação. d) É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. e) O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. 12. (2013 – CESPE – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho) Os acordos realizados no âmbito da comissão de conciliação prévia terão eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. ( )Certo ( )Errado DIREITOS CONSTITUCIONAIS Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III – fundo de garantia do tempo de serviço; IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessi- dades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, ves- tuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 23 X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV – aposentadoria; XXV. assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; www.acasadoconcurseiro.com.br24 XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Art. 7º § único CF. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) CAIU EM PROVA 13. (2013 – FCC – TRT – 5ª Região (BA) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) O artigo 7º da Constituição Federal elenca um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, que visam à melhoria da sua condição social, dentre os quais tem-se a) a proteção em face da automação, na forma da lei. b) a possibilidade de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual. c) a distinção entre os direitos do trabalhador com vínculo empregatício permanente e o avulso. d) o direito de participação na CIPA da empresa, aposentado, desde que filiado ao sindicato. e) a permissão de trabalho insalubre ao menor na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. RELAÇÃO DE TRABALHO & RELAÇÃO DE EMPREGO Relação de trabalho é gênero da qual a relação de emprego é uma espécie. Toda relação de emprego corresponde a uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 25 RELAÇÃO DE TRABALHO RELAÇÃO DE EMPREGO AUTÔNOMO ESTAGIÁRIO VOLUNTÁRIO A EC 45/04 modificou a competência material da Justiça do Trabalho (art. 114, CF) ampliando a competência para processar e julgar qualquer demanda envolvendo relação de trabalho. Logo, além das demandas oriundas da relação de emprego, passou a Justiça Laboral a ter competência para dirimir conflitos envolvendo trabalho autônomo, eventual, estágio, voluntário, etc. RELAÇÃO DE EMPREGO É relação típica de trabalho subordinado, em que se encontram presentes os requisitos caracterizadores do pacto laboral. Passaremos a analisar os requisitos caracterizadores da relação de emprego. REQUISITOS CARACTERIZADORES TRABALHO PRESTADO POR PESSOA FÍSICA PESSOALIDADE NÃO EVENTUALIDADEONEROSIDADE SUBORDINAÇÃO • ALTERIDADE www.acasadoconcurseiro.com.br26 SHOP Art. 3º CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. CAIU EM PROVA 14. (FCC – 2013 – TRT – 5ª Região (BA) – Analista Judiciário – Área Judiciária) Os salários devem ser pagos ao empregado, independentemente da empresa ter auferido lucros ou prejuízos, uma vez que os riscos da atividade econômica pertencem única e exclusivamente ao empregador. Tal assertiva baseia-se no requisito caracterizador da relação de emprego denominado: a) pessoalidade. b) alteridade. c) não eventualidade. d) onerosidade. e) subordinação. ELEMENTOS NÃO ESSSENCIAIS 1 – Local da prestação de serviços; 2 – Profissionalidade; 3 – Exclusividade. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 27 Art. 6º CLT. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. CAIU EM PROVA 15. (2013 – CESPE – Telebrás – Especialista em Gestão de Telecomunicações – Advogado) Considerando que determinados contratos de trabalho possibilitam o labor em residência, julgue os itens subsequentes. Segundo a legislação consolidada, há diferença entre o trabalho realizado na residência do obreiro ou na sede da empresa contratante para a configuração da relação de emprego. ( )Certo ( )Errado Art. 3º § único CLT. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Art. 3º § único CLT. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. www.acasadoconcurseiro.com.br28 ATENÇÃO! EXCLUSIVIDADE não é requisito para a caracterização da relação de emprego. É comum o trabalhador acumular vários empregos, desde que não sejam no mesmo horário de trabalho. EXCLUSIVIDADE não é requisito para a caracterização da relação de emprego. É comum o trabalhador acumular vários empregos, desde que não sejam no mesmo horário de trabalho. • Documento OBRIGATÓRIO do “e”, mas sua AUDÊNCIA não afasta o vínculo. • Prazo: 48 horas • Prazo para as demais anotações? • Acidente de trabalho. • Requisitos obrigatórios. • Anotações desabonadoras. • Prescrição (art. 11 § 1º CLT) Art. 29 CLT. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. § 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 29 § 3º A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. § 4º É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 5º O descumprimento do disposto no § 4º deste artigo submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo. Art. 30 CLT. Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados, pelo Juízo competente na carteira profissional do acidentado. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Art. 442-A CLT. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. OBSERVAÇÃO A CLT não se aplica aos seguintes empregados: (art. 7º, CLT) Empregado doméstico (LC 150/2015) Empregado rural (Lei 5.889/73) Funcionário público (estatutário) CAIU EM PROVA 16. (2013 – CESPE – TRT – 17ª Região (ES) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) Em relação aos princípios e fontes do direito do trabalho, aos direitos constitucionais dos trabalhadores e à relação de emprego, julgue os itens a seguir. O advogado poderá exercer suas atividades como trabalhador autônomo, mas não como empregado. ( )Certo ( )Errado www.acasadoconcurseiro.com.br30 17. (2013 – FCC – TRT – 5ª Região (BA) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) A relação de trabalho é diversa da relação de emprego, visto que essa última deve conter requisitos previstos na legislação trabalhista para sua configuração. Segundo esses requisitos, haverá relação de emprego, na situação de: a) contrato de estágio. b) empreiteiro de construção civil autônomo. c) trabalho voluntário para instituição de caridade. d) acompanhante de idoso, remunerado e com trabalho diário. e) associado de cooperativa. 18. (2013 – FCC – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) A respeito da relação de emprego e dos seus sujeitos, é INCORRETO afirmar: a) A relação de emprego se desenvolve com pessoalidade, ou seja, o empregado tem que prestar o serviço pessoalmente, não podendo mandar qualquer pessoa trabalhar em seu lugar. b) Empregado é sempre pessoa física. c) Entidade beneficente, sem finalidade lucrativa, pode ser empregadora. d) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. e) Empregador é sempre pessoa jurídica. SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO Art. 3º CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. § único CLT. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. § único CLT. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 31 EMPREGADOR 1 – 2 – 3 – Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. EMPREGADOR Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Art. 2º § 1º CLT. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. Art. 2º § 1º CLT. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. CAIU EM PROVA 19. (2013 – CESPE – TRT – 17ª Região (ES) – Analista Judiciário – Área Administrativa)A respeito das empresas e entidades a ela equiparadas, julgue os itens subsecutivos. Apesar de contratar empregados pelo regime celetista, entidade filantrópica não é considerada empregador, dado que não assume os riscos da atividade e não tem finalidade lucrativa. ( )Certo ( )Errado www.acasadoconcurseiro.com.br32 GRUPO ECONÔMICO Art. 2º § 2º CLT. Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. EMPRESAS LIGADAS ENTRE SI EMPRESA MÃE CNPJ PRÓPRIO QUADRO DE PESSOAL ATIVIDADES ECONÔMICAS DIVERSAS FINALIDADE LUCRATIVA NÃO ACARRETARÁ GRUPO ECONÔMICO A formação do grupo econômico depende da presença de, no mínimo, duas empresas, as quais devem estar sob direção única, existindo sempre uma empresa principal, controladora das demais. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 33 Todas as empresas do grupo deverão exercer atividade econômica, mas não necessariamente a mesma atividade. Ex: uma padaria, uma farmácia, uma indústria. Prevaleceu a teoria do “E” único para definir a responsabilidade solidária passiva do grupo de empresas pelo adimplemento das obrigações trabalhistas. SOLIDARIEDADE ATIVA Todas as empresas do grupo, salvo disposição em contrário, poderão exigir serviços do “e”, durante o mesmo horário de trabalho, sem que isso configure a existência de mais de um pacto de emprego, como preconiza a Súmula 129, TST: “A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário”. CAIU EM PROVA 20. (2013 – FCC – TRT – 15ª Região – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador) Regis é empregado da empresa “FGF Ltda.”. Regis presta serviços, durante a mesma jornada de trabalho, para a empresa empregadora e para a empresa “FTT Ltda.”, empresa esta pertencente ao mesmo grupo econômico da empresa “FGF Ltda.”. De acordo com entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, a prestação de serviços de Regis para a empresa “FGF Ltda.” e para a empresa “FTT Ltda.”, durante a mesma jornada de trabalho, a) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte e cinco horas semanais para a empresa “FTT Ltda.”, havendo controle de horário. b) caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho em razão da simultaneidade na prestação de serviços. c) só caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte horas semanais para a empresa “FTT Ltda.”, havendo controle de horário. d) não configura a coexistência de dois contratos de trabalho. e) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis receber ordens direta de superior hierárquico contratado pela empresa “FTT Ltda.”, bem como houver controle de horário. SUCESSÃO DE EMPREGADOR Alteração do polo SUBJETIVO do contrato de trabalho. Com a TRANSFERÊNCIA da TITULARIDADE (SUCEDIDO) do negócio de um proprietário para outro, o NOVO PROPRIETÁRIO (SUCESSOR) ASSUME TODOS os DIREITOS e DÍVIDAS existentes. Art. 10 CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. www.acasadoconcurseiro.com.br34 Art. 448 CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalhos dos respectivos empregados. REQUISITOS FICA A DICA! TRANSFERÊNCIA DO NEGÓCIO PARA OUTRO TITULAR CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO OJ 261 SDI-I TST. BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA (inserida em 27.09.2002) As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e os deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. SALVO OJ 92 SDI-I TST. DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RESPONSABILIDADE TRABALHISTA (inserida em 30.05.1997) Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador. A B TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 35 Privatização = Sucessão? Súmula nº 430 do TST Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. Privatização = Sucessão? Súmula nº 430 do TST Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. FIQUE LIGADO! HIPÓTESES DE EXCEÇÃO A SUCESSÃO DE EMPREGADORES: ENTES DE DIREITO PÚBLICO (OJ 92) FALÊNCIA e RECUPERAÇÃO JUDICIAL Art. 60 Lei 11.105/05. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 desta Lei. Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o disposto no § 1º do art. 141 desta Lei. Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este artigo: II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. www.acasadoconcurseiro.com.br36 PODERES DO EMPREGADOR Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Atenção! Poderes ABSOLUTOS? Direito de resistência do empregado = jus resistentiae. PODER DE ORGANIZAÇÃO Consiste na distribuição de tarefas aos empregados, na fixação da jornada, no uso de uniformes, crachás, etc. Por meio desse poder poderá o empregador expedir ORDENS GERAIS, por meio do regulamento empresarial (PODER REGULAMENTAR). Súmula nº 51 do TST I – As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. PODER DE CONTROLE O empregador fiscaliza as tarefas executadas, verifica o cumprimento da jornada de trabalho, fiscaliza e protege o seu patrimônio, etc. Art. 373-A CLT. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: VI – proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. PODER DISCIPLINAR Como sabemos, o empregado está SUBORDINADO às ordens dadas pelo empregador. Se ocorrer a desobediência ou o descumprimento às ordens impostas, poderá o “E” aplicar as seguintes penalidades: 1 – advertência verbal ou escrita. 2 – suspensão disciplinar, de no máximo, 30 dias. 3 – demissão por justa causa. TRT-Brasil– Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 37 ADVERTÊNCIA SUSPENSÃO JUSTA CAUSA CAIU EM PROVA 21. (2013 – FCC – TRT – 5ª Região (BA) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) O poder de direção do empregador pode se manifestar de algumas formas: (1) criação de um quadro de carreira; (2) a exigência de marcação de ponto pelos empregados; (3) aplicação de advertência e suspensão ao empregado desidioso. Estes exemplos aplicam-se, respectivamente, nas seguintes modalidades: a) poder de controle; poder de organização; poder disciplinar. b) poder de organização; poder de controle; poder disciplinar. c) poder de controle; poder disciplinar; poder de organização. d) poder disciplinar; poder de organização; poder de controle. e) poder de organização; poder disciplinar; poder de controle. 22. (2010 – FCC – TRT – 8ª Região (PA e AP) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) Considerando que ocorreu a fusão da empresa A com a empresa B formando-se a empresa AB e que a empresa C foi adquirida pela empresa D, os empregados a) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. b) apenas da empresa AB preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. c) da empresa AB e da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. d) da empresa AB e da empresa D não preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, devendo ser elaborado obrigatoriamente novos contratos, dispensada a experiência. e) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, exclusivamente para efeitos presentes e futuros. www.acasadoconcurseiro.com.br38 23. (2015 – FCC – TRT – 3ª Região (MG) – Analista Judiciário – Área Judiciária) A solidariedade quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas exige a) a existência de empresas com a mesma personalidade jurídica. b) a existência de direção, controle ou administração de uma empresa em relação a outras, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer atividade econômica, embora cada uma com personalidade jurídica própria. c) a existência de empresas com personalidade jurídica e direção diferentes, mas com unidade de objeto social. d) a existência de previsão nos contratos sociais das empresas, pois a lei civil dispõe que a solidariedade decorre da lei ou do contrato. e) acordo entre empregado e o empregador, não bastando a simples configuração de grupo de empregadores. 24. (2013 – FCC – TRT – 15ª Região – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador) Regis é empregado da empresa “FGF Ltda.”. Regis presta serviços, durante a mesma jornada de trabalho, para a empresa empregadora e para a empresa “FTT Ltda.”, empresa esta pertencente ao mesmo grupo econômico da empresa “FGF Ltda.”. De acordo com entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, a prestação de serviços de Regis para a empresa “FGF Ltda.” e para a empresa “FTT Ltda.”, durante a mesma jornada de trabalho, a) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte e cinco horas semanais para a empresa “FTT Ltda”, havendo controle de horário. b) caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho em razão da simultaneidade na prestação de serviços. c) só caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte horas semanais para a empresa “FTT Ltda”, havendo controle de horário. d) não configura a coexistência de dois contratos de trabalho. e) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis receber ordens direta de superior hierárquico contratado pela empresa “FTT Ltda”, bem como houver controle de horário. 25. (2015 – FCC – TRT – 9ª REGIÃO (PR) – Analista Judiciário – Área Administrativa) A Empresa Leia Mais, editora de livros, admitiu e dispensou Arnaldo como empregado na função de jornalista, que nada recebeu a título de verbas rescisórias. O sócio de Leia Mais também dirige a Empresa Tô Seguro, que explora o ramo de vigilância e segurança. Considerando que Arnaldo nunca prestou qualquer tipo de serviço para a empresa Tô Seguro, ao ingressar com reclamação trabalhista, terá direito a mover ação contra a) a Empresa Leia Mais apenas, por serem empresas com objetos sociais distintos, não podendo se caracterizarem como grupo econômico. b) ambas as empresas, alegando grupo econômico e responsabilidade subsidiária da Empresa Tô Seguro no pagamento de suas verbas trabalhistas. c) a Empresa Leia Mais apenas, sua empregadora, sendo que em caso de inadimplência, poderá ingressar novamente contra a Empresa Tô Seguro. d) a Empresa Leia Mais apenas, pois nunca ativou-se na Empresa Tô Seguro, não podendo responsabilizá-la por suas verbas trabalhistas. e) ambas as empresas, alegando grupo econômico e responsabilidade solidária entre elas no pagamento de suas verbas trabalhistas. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 39 EMPREGADO DOMÉSTICO LEGISLAÇÃO ART. 7º § único da CF/88 (alterado pela EC 72/13). LC 150/2015 (revoga a Lei 5.859/1972). Doméstico não é regido pela CLT (art. 7º). NOVIDADE! Art. 19 LC 150/2015. Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele também se aplicam as Leis nº 605, de 5 de janeiro de 1949, no 4.090, de 13 de julho de 1962, no 4.749, de 12 de agosto de 1965, e no 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e, subsidiariamente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto- Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Art. 1º. LC 150/2015. Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. www.acasadoconcurseiro.com.br40 TOME NOTA! Anotação na CTPS: Prazo: Requisitos: Art. 9º A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo empregado ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e, quando for o caso, os contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º. NOVIDADE! Art. 42. É de responsabilidade do empregador o arquivamento de documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, enquanto essas não prescreverem. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 41 Art. 1º § único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008. JORNADA DE TRABALHO Art. 2º. A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei. § 1º A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior ao valor da hora normal. Art. 12. É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo. Art. 74 § 2º CLT. Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.COMPENSAÇÃO DE JORNADA Art. 2º § 4º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário e instituído regime de compensação de horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, se o excesso de horas de um dia for compensado em outro dia. Compensação de Jornada: Para que haja a compensação de jornada para os domésticos basta um simples acordo escrito entre empregado e empregador; as primeiras 40 horas extras prestadas no mês devem ser pagas em dinheiro ao empregado e, somente as demais poderão ser compensadas em até 1 ano com folgas ou redução de jornada. § 5º No regime de compensação previsto no § 4º: I – será devido o pagamento, como horas extraordinárias, na forma do § 1º, das primeiras 40 (quarenta) horas mensais excedentes ao horário normal de trabalho; II – das 40 (quarenta) horas referidas no inciso I, poderão ser deduzidas, sem o correspondente pagamento, as horas não trabalhadas, em função de redução do horário normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado, durante o mês; III – o saldo de horas que excederem as 40 (quarenta) primeiras horas mensais de que trata o inciso I, com a dedução prevista no inciso II, quando for o caso, será compensado no período máximo de 1 (um) ano. www.acasadoconcurseiro.com.br42 § 6º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do § 5º, o empregado fará jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data de rescisão. § 8º O trabalho não compensado prestado em domingos e feriados deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. FIQUE LIGADO! O artigo 10 permitiu que seja instituído para o empregado doméstico o regime de escala de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso, mediante acordo escrito entre empregado e empregador. Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas, estabelecer horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. § 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o art. 9º da Lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949. Súmula nº 444 do TST É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. ADICIONAL NOTURNO Art. 14. Considera-se noturno, para os efeitos desta Lei, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. § 1º A hora de trabalho noturno terá duração de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 43 § 2º A remuneração do trabalho noturno deve ter acréscimo de, no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna. NOVIDADE! Em seu art. 11, a LC nº 150/2015 determina a necessidade de realização prévia de acordo escrito entre empregado e empregador doméstico como condição para que essa categoria acompanhe os patrões em viagens, com direito a receber um adicional de 25% por hora trabalhada. A LC esclarece, também, que o empregado somente receberá o adicional pelas horas efetivamente trabalhadas e não sobre todo o período da viagem. Art. 11. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, observado o art. 2º. § 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes. § 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal. § 3º O disposto no § 2º deste artigo poderá ser, mediante acordo, convertido em acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado. NOVIDADE! TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL Lembrem-se de que o trabalho em regime de tempo parcial é de, no máximo, 25 horas semanais, e o salário a ser pago ao empregado que trabalha em regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada. FIQUE LIGADO! A LC nº 150/2015 implementou uma diferença substancial para o trabalho em regime tempo parcial aplicável ao empregado doméstico, pois permite a realização de até 1 hora extra diária, desde que não ultrapasse 6 horas diárias, mediante simples acordo escrito entre empregado e empregador. www.acasadoconcurseiro.com.br44 Art. 3º Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais. § 1º O salário a ser pago ao empregado sob regime de tempo parcial será proporcional a sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, nas mesmas funções, tempo integral. § 2º A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo parcial poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a 1 (uma) hora diária, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, aplicando-se-lhe, ainda, o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 2º, com o limite máximo de 6 (seis) horas diárias. As FÉRIAS do empregado doméstico contratado sob o regime de trabalho em tempo parcial serão concedidas na mesma proporção prevista ao empregado celetista no art. 130-A da CLT. INTERVALO INTRAJORNADA O art. 13 traz duas regras interessantes para essa categoria no tocante ao intervalo para repouso e alimentação. Primeira: o intervalo para repouso ou alimentação dos domésticos pelo período mínimo de 1 hora poderá, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ser reduzido para 30 min. E, ainda, para o empregado que reside no local de trabalho, o intervalo poderá ser desmembrado em 2 períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo 1h, até o limite de 4hs ao dia. Art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos. § 1º Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de intervalo poderá ser desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo, 1 (uma) hora, até o limite de 4 (quatro) horas ao dia. § 2º Em caso de modificação do intervalo, na forma do § 1º, é obrigatória a sua anotação no registro diário de horário, vedada sua prenotação. FICA A DICA! Essas regras são aplicadas às jornadas superiores a 6 horas diárias. Para as demais jornadas, vale a regra prevista na CLT. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 45 Art. 15. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho deve haver período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. DESCANSO SEMANAL REMUNERADO Art. 19. Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele também se aplicam as Leis nº 605, de 5 de janeiro de 1949, no 4.090, de 13 de julho de 1962, no 4.749, de 12 de agosto de 1965, e no 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e, subsidiariamente, a Consolidaçãodas Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. FÉRIAS O artigo 17 determina que o empregado doméstico poderá, a critério do empregador, fracionar as férias em 2 períodos, sendo um deles de, no mínimo, 14 dias corridos. Mas fique atento: é uma faculdade do empregado doméstico converter um terço de férias em abono pecuniário. Logo, a conversão do terço de férias é um direito potestativo do empregado, e o empregador não poderá a ele se opor. Art. 17. O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, salvo o disposto no § 3º do art. 3º, com acréscimo de, pelo menos, um terço do salário normal, após cada período de 12 (doze) meses de trabalho prestado à mesma pessoa ou família. § 1º Na cessação do contrato de trabalho, o empregado, desde que não tenha sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, na proporção de um doze avos por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. § 2º O período de férias poderá, a critério do empregador, ser fracionado em até 2 (dois) períodos, sendo 1 (um) deles de, no mínimo, 14 (quatorze) dias corridos. § 3º É facultado ao empregado doméstico converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. § 4º O abono de férias deverá ser requerido até 30 (trinta) dias antes do término do período aquisitivo. § 5º É lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecer durante as férias. § 6º As férias serão concedidas pelo empregador nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. www.acasadoconcurseiro.com.br46 O artigo 4º torna lícita a contratação do empregado domestico por prazo determinado em três hipóteses: a) Contrato de experiência. b) Para atender necessidades familiares de natureza transitória. c) Substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. Art. 4º. É facultada a contratação, por prazo determinado, do empregado doméstico: I – mediante contrato de experiência; II – para atender necessidades familiares de natureza transitória e para substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. Parágrafo único. No caso do inciso II deste artigo, a duração do contrato de trabalho é limitada ao término do evento que motivou a contratação, obedecido o limite máximo de 2 (dois) anos. Art. 5º. O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias. § 1º O contrato de experiência poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, desde que a soma dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 90 (noventa) dias. § 2º O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado. ATENÇÃO! No curso do contrato por prazo determinado o empregado doméstico, somente poderá ser dispensado por justa causa, sob pena de receber, a título de indenização, a metade da remuneração a que teria direito até o fim do contrato. Art. 6º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado é obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, metade da remuneração a que teria direito até o termo do contrato. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 47 Art. 7º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, o empregado não poderá se desligar do contrato sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. Parágrafo único. A indenização não poderá exceder aquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. Art. 8º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, não será exigido aviso prévio. FIQUE LIGADO! Art. 481 CLT. Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Art. 9º A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo empregado ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e, quando for o caso, os contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º. REMUNERAÇÃO Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem. NOVIDADE! No parágrafo primeiro, temos a questão da permissão, mediante acordo escrito, dos descontos pelo empregador, limitado a 20% do salário, para inclusão do empregado em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de previdência privada. § 1º É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em caso de adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusão do empregado em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de previdência privada, não podendo a dedução ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário. O artigo 4º torna lícita a contratação do empregado domestico por prazo determinado em três hipóteses: a) Contrato de experiência. b) Para atender necessidades familiares de natureza transitória. c) Substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. Art. 4º. É facultada a contratação, por prazo determinado, do empregado doméstico: I – mediante contrato de experiência; II – para atender necessidades familiares de natureza transitória e para substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. Parágrafo único. No caso do inciso II deste artigo, a duração do contrato de trabalho é limitada ao término do evento que motivou a contratação, obedecido o limite máximo de 2 (dois) anos. Art. 5º. O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias. § 1º O contrato de experiência poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, desde que a soma dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 90 (noventa) dias. § 2º O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado. ATENÇÃO! No curso do contrato por prazo determinado o empregado doméstico, somente poderá ser dispensado por justa causa, sob pena de receber, a título de indenização, a metade da remuneração a que teria direito até o fim do contrato. Art. 6º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado é obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, metade da remuneração a que teria direito até o termo do contrato. www.acasadoconcurseiro.com.br48 Já em relação à moradia do empregado, destacamos os seguintes pontos: a) Desde que previamente acordado por escrito entre as partes, pode o empregador cobrar do empregado as despesas com a moradia em local diverso da residência em que ocorrer a prestação do serviço doméstico. Logo, a regra é a do caput, ou seja, que é vedado o desconto pelo fornecimento de moradia. § 2º Poderão ser descontadasas despesas com moradia de que trata o caput deste artigo quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes. § 3º As despesas referidas no caput deste artigo não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração para quaisquer efeitos. § 4º O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na própria residência ou em morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer direito de posse ou de propriedade sobre a referida moradia. Art. 462 § 1º CLT. Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. A LC nº 150/2015 regularizou o que já ocorria na prática, ou seja, agora é expressamente permitido que o empregador doméstico faça o ressarcimento em dinheiro, mediante recibo, dos valores pagos pelo empregado a titulo de transporte. Art. 19 § único. A obrigação prevista no art. 4º da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, poderá ser substituída, a critério do empregador, pela concessão, mediante recibo, dos valores para a aquisição das passagens necessárias ao custeio das despesas decorrentes do deslocamento residência-trabalho e vice-versa. PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER Art. 25. A empregada doméstica gestante tem direito a licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário, nos termos da Seção V do Capítulo III do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943. Parágrafo único. A confirmação do estado de gravidez durante o curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea “b” do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Artigos 31 a 35 – Do Simples Doméstico A LC nº 150/2015 instituiu o regime unificado de pagamentos de tributos e encargos do empregador doméstico, o Simples Doméstico. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 49 O Simples Doméstico é um sistema eletrônico de registro das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais, que gera um único documento (guia única) para que o empregador possa, sobre o cálculo ali realizado, realizar mensalmente o recolhimento dos tributos e encargos trabalhistas. Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores: ... IV – 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; Art. 22. O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, não se aplicando ao empregado doméstico o disposto nos §§ 1º a 3º do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990. § 1º Nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, de término do contrato de trabalho por prazo determinado, de aposentadoria e de falecimento do empregado doméstico, os valores previstos no caput serão movimentados pelo empregador. § 2º Na hipótese de culpa recíproca, metade dos valores previstos no caput será movimentada pelo empregado, enquanto a outra metade será movimentada pelo empregador. Art. 26. O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus ao benefício do seguro-desemprego, na forma da Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, no valor de 1 (um) salário- mínimo, por período máximo de 3 (três) meses, de forma contínua ou alternada. Art. 28. Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador doméstico deverá apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego: I – Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo empregatício, como empregado doméstico, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses; II – termo de rescisão do contrato de trabalho; www.acasadoconcurseiro.com.br50 III – declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e IV – declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família. Art. 29. O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias contados da data de dispensa. Art. 26. § 2º O benefício do seguro-desemprego será cancelado, sem prejuízo das demais sanções cíveis e penais cabíveis: I – pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior; II – por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; III – por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro- desemprego; ou IV – por morte do segurado. AVISO PRÉVIO Art. 23. Não havendo prazo estipulado no contrato, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindi- lo deverá avisar a outra de sua intenção. § 1º O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias ao empregado que conte com até 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador. § 2º Ao aviso prévio previsto neste artigo, devido ao empregado, serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado para o mesmo empregador, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. § 3º A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período ao seu tempo de serviço. § 4º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. Art. 24. O horário normal de trabalho do empregado durante o aviso prévio, quando a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas no caput deste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 7 (sete) dias corridos, na hipótese dos §§ 1º e 2º do art. 23. TRT-Brasil – Direito do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti www.acasadoconcurseiro.com.br 51 TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO Além das hipóteses previstas no art. 482 da CLT, uma nova conduta que justifica o término do contrato por culpa do EMPREGADO. Art. 27. Considera-se justa causa para os efeitos desta Lei: I – submissão a maus tratos de idoso, de enfermo, de pessoa com deficiência ou de criança sob cuidado direto ou indireto do empregado; NOVIDADE! IX – abandono de emprego, assim considerada a ausência injustificada ao serviço por, pelo menos, 30 (trinta) dias corridos; No tocante à RESCISÃO INDIRETA, além dos casos previstos no art. 483 da CLT, a LC 150/2015 criou uma NOVA hipótese que justifica o término do contrato de trabalho por culpa do empregador: Art. 27 § único. O contrato de trabalho poderá ser rescindido por culpa do empregador quando: VII – o empregador praticar qualquer das formas de violência doméstica ou familiar contra mulheres de que trata o art. 5º da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. No Capítulo V da LC nº 150/2015, que trata das Disposições Finais, encontramos duas inovações legislativas importantes,
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