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PROCESSO CIVIL I 30 QUESTÕES REVISADAS E COMENTADAS CONFORME NOVO CPC

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Prévia do material em texto

Direito Processual Civil I 
Questões revisadas e comentadas de acordo com o Novo CPC 
Organizado por: Thaciane Camilo Santos, 
Aluna de direito, Projeção 
 
Direito Processual Civil I 
P á g i n a | 2 
 
 
Apresentação 
 
De uma simples proposta acadêmica feita pelo professor Erick Vidigal, nasceu a 
vontade de compartilhar este trabalho com os amigos estudantes que, assim como eu, 
sentem muita dificuldade na matéria de Processo Civil I, inclusive se levar em 
consideração a revogação do antigo CPC e o advento do novo. 
A proposta do trabalho era de adaptar as questões e deixá-las em 
conformidade com o novo CPC, ainda que para isso fosse necessário alterar o 
enunciado da questão ou o gabarito. 
As questões que deram origem ao trabalho foram das provas institucionais 
passadas, elaboradas por professores que não integram o quadro de funcionários da 
faculdade Projeção e, portanto com certo grau de complexidade e abrangência. 
Esse trabalho permitiu a mim um estudo do novo CPC e compará-lo com o 
antigo, muita coisa permaneceu inalterada, outras o legislador não abordou, algumas 
partes geram discussão na doutrina e outras apenas foram reorganizadas e colocadas 
em artigos distintos, acredito eu que a finalidade era de facilitar a didática do novo 
código. 
Sei que pode haver equívocos em alguns comentários, mas asseguro, foi um 
trabalho que, como disse, embora simples, tomou noites de sono, horas de estudo e 
muitos “neurônios queimados”, rs. 
Aos que seguirão tentando resolver as questões, desejo que seja um estudo 
compensatório. Caso gostem e queiram aperfeiçoar os comentários, fiquem à vontade. 
Discordou de algum comentário? Mande-me um e-mail, adicione-me no Face e 
vamos bater um papo sobre esse tema tão extenso, fabuloso, trabalhoso e, agora, 
novo que é o CPC. Não garanto resposta para nada, mas toda troca de informação é 
válida, principalmente em tempos de “transição”. 
Bons estudos, foco, força e fé!!! 
 
 
 
thaci001@hotmail.com 
Thacii Camile 
 @thaci001 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
P á g i n a | 3 
 
Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
Prova 01 
 
QUESTÃO 01 
Em razão do falecimento do autor no curso da relação processual, o seu herdeiro, 
pleiteou ao juiz a sua habilitação no feito. Deferido o requerimento, a sua atuação no 
processo se dará a título de: 
a) assistente qualificado; 
b) substituto processual; 
c) representante processual; 
d) sucessor processual; 
e) litisconsorte superveniente. 
COMENTÁRIOS: 
Conforme art. 110, Novo CPC: “Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a 
SUCESSÃO pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 
313, §§ 1º e 2º.” 
Tal dispositivo encontrava-se previsto no art. 43, CPC: 
“Art. 43. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo seu 
espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 265” 
 
 
QUESTÃO 02 
Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem 
autor e réu, até ser proferida a sentença, poderá oferecer: 
a) Oposição. 
b) denunciação à lide 
c) embargos de terceiro 
d) chamamento ao processo 
e) nomeação à autoria 
COMENTÁRIOS: 
A oposição encontrava-se prevista no artigo 56, CPC/1973 e, atualmente, encontra-
se prevista no art. 682, CPC/2015, não havendo alteração em seu conteúdo. 
“Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que 
controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição 
contra ambos.” 
 
QUESTÃO 03 
 "Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em 
juízo". Este conceito é 
a) falso, porque é preciso ser advogado para se ter a capacidade processual e para se 
estar em juízo. 
Direito Processual Civil I 
P á g i n a | 4 
 
 
b) verdadeiro e diz respeito à capacidade postulatória, a ser exercida em regra por 
meio de advogados que representem a parte. 
c) verdadeiro e diz respeito à legitimação processual, conceito que se confunde com o 
de capacidade para estar em juízo. 
d) falso, porque é preciso a maioridade civil para se estar em juízo e poder exercer 
pessoalmente a capacidade postulatória nos autos. 
e) verdadeiro e diz respeito à capacidade processual, que não se confunde com a 
capacidade postulatória. 
COMENTÁRIOS: 
A questão refere-se ao conceito de capacidade processual prevista no Art. 70, NCPC: 
“Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para 
estar em juízo”. Capacidade processual não se confunde com capacidade 
postulatória. 
No antigo CPC encontrava-se previsto no art. 7º e não houve alterações em seu 
texto. 
 
QUESTÃO 04 
O instrumento processual que permite incluir na lide aquele que estiver obrigado pela 
lei a indenizar o réu em ação regressiva denomina-se: 
a) nomeação à autoria 
b) denunciação da lide 
c) assistência litisconsorcial 
d) chamamento ao processo 
e) oposição 
COMENTÁRIOS: 
Art. 125, II, NCPC “É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das 
partes: àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação 
regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.” Anteriormente, essa 
hipótese encontrava-se no art. 70, III, antigo CPC: “A denunciação da lide é 
obrigatória àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em 
ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda.” 
Infere-se dos dispositivos que a denunciação da lide em tal hipótese antigamente era 
obrigatória e no Novo CPC trata-se de uma possibilidade. 
 
 
QUESTÃO 05 
Proprietário de bem imóvel situado em Águas Lindas, constatando ter sido o mesmo 
ocupado por pessoa não autorizada, intentou ação reivindicatória na Comarca de 
Brasília, onde reside. Diante da prova documental que instruiu a petição inicial, o juiz 
deferiu a tutela antecipatória de mérito requerida pelo autor, decretando o imediato 
desalijo da parte ré. Sobre essa decisão interlocutória, é correto afirmar que foi 
proferida por juízo: 
a) relativamente incompetente, devendo o réu suscitar o vício por meio de exceção, 
sob pena de prorrogação da competência; 
b) relativamente incompetente, embora tal vício possa ser reconhecido ex officio; 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
P á g i n a | 5 
 
Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
c) absolutamente incompetente, impondo-se a sua anulação e a remessa dos autos 
para um dos juízos cíveis da Comarca de Águas Lindas; 
d) absolutamente incompetente, embora a sua validade deva ser preservada, em 
homenagem à garantia constitucional da plena efetividade do processo; 
e) absolutamente incompetente, embora o reconhecimento desse vício dependa da 
iniciativa da parte ré no sentido de suscitá-lo. 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa permanece a mesma, a (in)competência absoluta, neste caso, não 
muda. Conforme art. 47, §1º, NCPC: 
“Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro 
de situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o 
litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e 
demarcação de terras e de nunciação de obra nova. 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo 
juízo tem competência absoluta” 
Assim sendo, infere-se do dispositivo que, recaindo o litígio sobre direito de 
propriedade, o foro competente é o de situação da coisa, não podendo ser em foro 
especial(e nem em foro de domicílio do réu- o que não vem ao caso). 
 
 
 
QUESTÃO 06 
A respeito da competência internacional, considere: 
I. Ação relativa a imóvel situado no Brasil. (art. 23, I, NCPC) 
II. Em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmaçãode testamento 
particular e ao inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da 
herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. (art. 23, IX, NCPC) 
III. Ação que se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. (art. 21, III, NCPC) 
IV. Ação em que for ré pessoa domiciliada no Brasil.(art. 21, I, NCPC ) 
 
A competência da autoridade judiciária brasileira é concorrente nos casos indicados 
APENAS em: 
 a) I e II. 
b) III e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I, II e III. 
e) III e IV. 
COMENTÁRIOS: 
O gabarito da questão segue sem alterações. As proposições I e II fazem menção ao 
art. 23, NCPC, que traz um rol de competências exclusivas. Diferentemente das 
assertivas III e IV que estão previstas no art. 21, NCPC e que integram o rol de 
competência concorrente – classificação doutrinária. 
“Outro critério classificatório relevante. Trata-se da concorrência ou exclusividade de 
jurisdição. Os artigos 21 e 22 do CPC desenham a jurisdição concorrente. Nas 
Direito Processual Civil I 
P á g i n a | 6 
 
 
hipóteses que enunciam, o Brasil está apto a realizar o direito, desde que não 
faticamente limitado – hipótese de cooperação internacional, como veremos – 
podendo sempre, minimamente, conhecer do pleito de mérito. Existir jurisdição 
concorrente implica consequências p.51” 
 
 
 
QUESTÃO 07 
De acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar: 
I. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu ou do 
executado.(art. 239, NCPC) 
II. O comparecimento espontâneo do réu supre a falta ou a nulidade da citação. 
III. A citação efetuar-se-á poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, 
o executado ou o interessado. (art. 243, NCPC redação antiga: art. 216) 
IV. Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do 
seu representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado 
legalmente autorizado.(art. 242, NCPC; redação antiga: art. 215) 
a) Apenas II e III estão corretas. 
b) Apenas I, II e III estão corretas. 
c) Apenas I e IV estão corretas. 
d) Todas estão corretas. 
 
QUESTÃO 08 
Na formação do processo, existe a previsão legal de que o aditamento bem como a 
alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese serão permitidos após 
até o saneamento do processo devendo haver consentimento do réu assegurado o 
contraditório mediante manifestação no prazo de 15 dias. Essa situação caracteriza o 
princípio; 
a) da inércia. 
b) da duração razoável do processo. 
 c) da eventualidade. 
d) da adstrição ou congruência. 
 e) da estabilidade da demanda. 
COMENTÁRIOS: 
Artigo 329, NCPC 
Nas palavras da professora Mariângela Milhoranza: “O dispositivo trata da 
possibilidade de aditamento e alteração dos elementos objetivos da demanda 
(pedido e causa de pedir), em vista do princípio da estabilização da demanda. Em 
regra, antes da citação é possível a modificação unilateralmente. Após a citação, 
com a angularização da relação processual, o aditamento e a alteração somente são 
possíveis com o consentimento do réu, em um verdadeiro negócio processual: 
ampliação ou alteração negociada do objeto litigioso do processo”. 
No código anterior havia previsão expressa, em seu art. 264, de que após o 
saneamento, em nenhuma hipótese poderia haver alteração do pedido ou da causa 
de pedir, no entanto, o Novo CPC não reproduziu esse dispositivo, sendo assim, pode-
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
P á g i n a | 7 
 
Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
se inferir que é permitido alteração do pedido mesmo após a fase de saneamento? 
Nas palavras de Daniel Vianna Vargas, mestre em direito da Universidade de 
Barcelona:1 
 
Assim, o autor conclui: 
 
 
 
QUESTÃO 09 
Quando os litisconsortes tiverem procuradores diferentes, os prazos para contestar 
serão contados: 
a) decorridas 24 horas 
b) de forma simples 
c) em quádruplo 
 
1 http://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista71/revista71_71.pdf 
(VARGAS, Daniel Vianna; artigo: Estabilização da demanda e possibilidade de alteração 
da causa de pedir e do pedido até a sentença; visitado em: 07/06/2016) 
 
Direito Processual Civil I 
P á g i n a | 8 
 
 
d) em dobro 
COMENTÁRIOS: 
Mesmo com o advento no Novo CPC, a questão permanece inalterada, conforme 
previsto no art. Art. 229: “Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de 
escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as 
suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de 
requerimento”. Ressalta-se que o prazo só não correrá em dobro quando se tratar 
de processo eletrônico(art. 229, § 2º, NCPC). 
Tal dispositivo, no antigo CPC, encontrava-se previsto no art. 191. 
 
QUESTÃO 10 
A respeito das atribuições de advogados e procuradores, assinale a opção correta. 
a) Todos os advogados, inclusive os procuradores de pessoas jurídicas de direito 
público interno, são obrigados a exibir procuração para legitimar sua atuação em autos 
judiciais 
COMENTÁRIO: Súmula 644 STF: "Ao titular do cargo de procurador de autarquia não 
se exige a apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo." 
 
b) O advogado que detém procuração com poder geral para o foro pode firmar acordo 
e receber citação inicial. 
COMENTÁRIO: Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento 
público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os 
atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do 
pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, 
dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência 
econômica, que devem constar de cláusula específica 
 
c) Os advogados têm assegurada a prerrogativa de examinar, no balcão da vara ou na 
secretaria do tribunal, os autos de qualquer processo, mas necessitam de procuração 
para levá-los em carga. 
COMENTÁRIO: Art. 107, I - exceto em segredo de justiça. 
 
d) A procuração não pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido 
por Autoridade Certificadora credenciada 
COMENTÁRIO: art. 105, § 1º - A procuração pode ser assinada digitalmente, na 
forma da lei, tal previsão encontrava-se, inclusive no antigo CPC, art. 38, p. único 
 
e) Qualquer advogado que tenha procuração nos autos tem direito a requerer vista 
do processo pelo prazo de cinco dias. 
COMENTÁRIO: é a literalidade do art. 107, II, NCPC: “O advogado tem direito a 
requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 
(cinco) dias” 
 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
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Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
Prova 02 
QUESTÃO 01 
Alexandre Câmara define a competência como “um conjunto de limites dentro dos 
quais cada órgão do Judiciário pode exercer legitimamente a função jurisdicional”, 
sobre o assunto marque a resposta ERRADA: 
 
a) As regras de competência absoluta são regras criadas para atender o interesse 
público e, portanto, não podem ser alteradas pela vontade das partes. 
COMENTÁRIO: Conforme art. 62,NCPC: “A competência determinada em razão da 
matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes” trata-se 
de competência absoluta que é aquela prevista em lei e que não pode ser alterada 
ainda que tenha consentimento das partes.(vide art. 64, §1º, NCPC) 
 
b) As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu cônjuge, ascendente ou 
descendente, que é também o competente para a arrecadação, o inventário, a 
partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. 
COMENTÁRIO: Esta é a resposta pois a questão pede a alternativa incorreta.Quando o réu for ausente, o foro competente é o do seu último domicílio, conforme 
previsto no art. 49, NCPC. No antigo CPC essa previsão encontrava-se expressa no 
art. 97. 
 
c) A incompetência relativa não pode ser conhecida de ofício, salvo se tratar de 
nulidade de clausula de consumo. 
COMENTÁRIO: Conforme Súmula 33 do STJ: “A incompetência relativa não pode ser 
declarada de ofício”. O Novo CPC foi omisso em relação à exceção prevista no art. 
102, CPC/73. 
 
d) Compete, exclusivamente, ao juiz de direito processar e julgar o processo de 
insolvência e as ações concernentes ao estado e à capacidade da pessoa. 
COMENTÁRIO: Anteriormente, essa hipótese era a literalidade do art. Art. 92, 
CPC/73: “Compete, porém, exclusivamente ao juiz de direito processar e julgar: 
I - o processo de insolvência; 
II - as ações concernentes ao estado e à capacidade da pessoa.” 
No entanto, no NCPC, este dispositivo não foi reproduzido. 
 
e) A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens 
móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu, enquanto nas ações 
fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. 
COMENTÁRIO: Conforme art. 46, NCPC: “A ação fundada em direito pessoal ou em 
direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.” 
E, ainda, conforme Art. 47,NCPC: “Para as ações fundadas em direito real sobre 
imóveis é competente o foro de situação da coisa.” 
Direito Processual Civil I 
P á g i n a | 10 
 
 
 
QUESTÃO 02 
O processo tem uma configuração tríplice: Estado, autor e réu, o que não impede de 
outros adentrarem ao processo, como no litisconsórcio, em que ocorre o fenômeno da 
pluralidade das partes. Dessa forma, marque a alternativa CORRETA: 
 
a) na assistência simples são eficazes os atos maléficos ou de disposição praticados 
pelo assistido, mas não são eficazes esses mesmos atos quando praticados pelo 
assistente. 
COMENTÁRIO: É a literalidade do que diz a Daniel Amorim Assumpção Neves, 
Rodrigo da Cunha Lima Freire e Ana Paula Santos Diniz no Código de Processo Civil 
Para Concursos - Ano 2010: Na assistência simples são eficazes os atos maléficos ou 
de disposição praticados pelo assistido, mas não são eficazes esses mesmos atos 
quando praticados pelo assistente. 
Tal conceito, ainda que com o advento do novo CPC não sofreu alterações, os artigos 
nos confirmam isso: 
“Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os 
mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. 
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o 
assistente será considerado seu substituto processual. 
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a 
procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a 
ação ou transija sobre direitos controvertidos. 
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o 
assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, 
salvo se alegar e provar que: 
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do 
assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; 
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo 
ou culpa, não se valeu”. 
 
b) o litisconsórcio multitudinário, aquele cujo excessivo número de litisconsortes 
obrigatórios, compromete a rápida solução do litígio ou dificulta a defesa, pode ser 
limitado de oficio ou a requerimento do réu. 
COMENTÁRIO: Conceito doutrinário define que litisconsórcio multitudinário é aquele 
com excessivo número de litisconsortes facultativos, sendo assim a alternativa fica 
incorreta ao afirmar que o litisconsórcio multitudinário está ligado a número 
excessivo de litisconsortes obrigatórios. 
 
c) a oposição, oferecida antes da audiência, será processada nos autos principais e 
correrá simultaneamente com a ação. 
COMENTÁRIO: no antigo CPC Art. 61. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a 
ação e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar. 
Questão prevista atualmente no art. 686, NCPC, não havendo alteração na redação 
do artigo. 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
P á g i n a | 11 
 
Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
 
d) com a nomeação à autoria haverá a suspensão do prazo de resposta, que será 
reiniciado de onde parou ao nomeado, caso não ocorra a dupla aceitação, ou seja, 
autor e nomeado aceitarem a nomeação. 
COMENTÁRIO: O novo CPC não traz mais a nomeação à autoria com esses termos, 
mas sua essência permanece nos arts. 338 e 339, NCPC 
 
e) A correção do polo passivo da demanda é feita através do chamamento ao processo 
daquele que nela deve figurar como réu. Tal conceito faz menção à nomeação à 
autoria, previsto no antigo CPC, arts. 62 e 67. O Novo CPC traz a essência desse 
dispositivo nos arts. 338 e 339, no entanto, não faz menção ao termo “nomeação à 
autoria” 
COMENTÁRIO: A questão torna-se incorreta ao afirmar que a correção do polo 
passivo da demanda é feita através de chamamento ao processo, o que é um 
equívoco. Chamamento ao processo será feito conforme art. 130, NCPC: 
“É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: 
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; 
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; 
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o 
pagamento da dívida comum.” 
 
 
QUESTÃO 03 
As regras de competência são largamente previstas no Código de Processo Civil, sobre 
modificação de competência marque a alternativa CORRETA: 
 
a) reputam-se conexas duas ou mais ações sempre que há identidade quanto ás partes 
e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. 
COMENTÁRIO: Ainda que como o advento do Novo CPC tal hipótese continua 
incorreta por se tratar do conceito de Continência – prevista no art. 56 – e não de 
conexão. 
“Art. 56 - Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade 
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, 
abrange o das demais.”. 
No antigo CPC, esse dispositivo encontrava-se no artigo 104. 
 
b) são relevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas 
posteriormente à fixação da competência. 
COMENTÁRIO: A alternativa continua incorreta, não havendo alteração nos 
dispositivos. E as modificações do estado de fato ou de direito são irrelevantes para o 
direito processual civil. Conforme o artigo 43 do NCPC: “Determina-se a competência 
no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as 
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando 
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.” 
A exceção do referido artigo era prevista também no CPC/73, no entanto, ao invés de 
Direito Processual Civil I 
P á g i n a | 12 
 
 
usar o termo “competência absoluta”, o termo usado era outro, a saber: “competência 
em razão da matéria ou da hierarquia”. 
 
c) correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma 
competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro 
lugar. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde 
serão decididas simultaneamente.(art. 58,NCPC ) 
 
COMENTÁRIO: A essência da alternativa continua a mesma, entretanto o artigo 58 do 
NCPC aborda de forma diferente: “A reunião das ações propostas em separado far-se-
á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.” Ressalta-se que o novo 
CPC nada disse sobre a necessidade ou não da mesma competência territorial, 
diferentemente do antigo CPC: 
“Art. 106. Correndo em separado ações conexasperante juízes que têm a mesma 
competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro 
lugar”. 
 
d) havendo conexão, o juiz não pode conhecer de ofício, visto tratar-se de interesse 
particular só podendo ser alegada pelas partes. 
COMENTÁRIO: Para Daniel A. Assumpção Neves, Fredie Didier Jr. e Ravi Peixoto este 
artigo não possui correspondência com o CPC/1973. No entanto, no antigo CPC, a 
alternativa estaria incorreta em decorrência do art. 105: 
“Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer 
das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que 
sejam decididas simultaneamente.” 
Alguns doutrinadores, entretanto, defendem que o artigo 57 faz relação com esse 
dispositivo: “Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta 
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem 
resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas”. 
 
e) quando ocorre modificação da competência afronta o princípio da inafastabilidade 
da jurisdição. 
COMENTÁRIO: A alternativa continua incorreta pois, o que importa é que seja 
exercida a jurisdição, conforme art. 5º, XXV, CF: “ a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. E a alteração de competência não 
configura a inobservância do princípio abordado acima. 
 
 
QUESTÃO 04 
Quanto às funções exercidas pelo juiz, julgue os seguintes itens: 
I) O princípio da indeclinabilidade determina que o juiz não pode deixar de decidir, 
seja questão incidental por meio de decisão interlocutória, seja questão principal 
por meio de sentença, decisão monocrática ou acórdão. 
COMENTÁRIO: A alternativa está correta, conforme disposto no artigo 140 do NCPC: 
“O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
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Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
ordenamento jurídico.”. 
No antigo CPC, essa hipótese encontrava-se no art. 126, CPC/73. E não houve 
alterações. 
 
II) O princípio da demanda, também conhecido como princípio da inércia da 
jurisdição consagra que o juiz não pode conceder ou a mais do que for pedido pelo 
autor e decidirá a lide nos limites em que foi proposta. 
COMENTÁRIO: Conforme disposto no artigo 141 do NCPC: “O juiz decidirá o mérito 
nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não 
suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.”. 
Previsto anteriormente no art. 128, tal dispositivo segue sem alterações em relação ao 
NCPC. 
 
III) O princípio da persuasão racional do juiz, também conhecido por livre 
convencimento motivado do juiz, foi adotado no nosso ordenamento jurídico e 
disciplina que o juiz é livre para formar seu convencimento, dando às provas 
produzidas o peso que entender cabível em cada processo, não havendo uma 
hierarquia entre os meios de prova. 
COMENTÁRIO: Conforme art. 371, NCPC: “O juiz apreciará a prova constante dos 
autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido e indicará na decisão as 
razões da formação de seu conhecimento.”. 
 
IV) O princípio da identidade física do juiz relata que o juiz, titular ou substituto, que 
concluir a audiência, julgará a lide. 
COMENTÁRIO: Tal dispositivo era previsto no art. 132, CPC/73, contudo, no Novo CPC, 
este perdeu a correspondência deixando assim a alternativa incorreta. Nas palavras 
do mestre Fernando Rubim, em seu artigo “Polêmicas Supressões no Novo CPC”2 : 
 “O Novo CPC, Lei n. 13.105/2015, causa ainda maior perplexidade ao suprimir do sistema o art. 
132, caput do Código Buzaid, a explicitar o princípio da identidade física do juiz. Entendemos que se 
trata de verdadeiro princípio, a favor da oralidade, da colaboração e da aproximação do julgador da 
realidade da causa concreta, razão pela qual não pode simplesmente ser afastado, pelo operador do 
direito, em face de inexistência de previsão legal. 
 A ratio do novo sistema adjetivo se coloca, em linhas gerais, justamente no sentido de nivelamento 
e aproximação do magistrado para com as partes, sugerindo inclusive a realização de três audiências 
antes da prolação de sentença – (a) audiência inicial para acordo e contestação; (b) audiência de 
saneamento – para prosseguimento da lide nos termos ajustados; e (c) audiência de instrução e 
julgamento – para coleta, especialmente, da prova oral. Mais adequado, assim, que o mesmo 
magistrado realize tais movimentos em busca da cognição exauriente da causa, mantendo-se no 
controle do feito (ao menos a partir do saneamento), com postura ativa, até a prolação da decisão 
final e encerramento da sua jurisdição. 
 Se se trata realmente de princípio, como acreditamos, e não de uma mera técnica processual, como 
pode ser simplesmente suprimido do sistema processual? O instituto da identidade física é relevante 
para o regular fechamento da atividade jurisdicional de primeiro grau e, por isso então deve ser 
confirmado como verdadeiro princípio processual, ao passo que considerado não em si mesmo, mas 
no seu complexo, organizado em sistema dentro da estrutura processual, decorrente de uma 
 
2 RUBIN, Fernando, Polêmicas Supressões no Novo CPC, http://portalprocessual.com/polemicas-
supressoes-no-novo-cpc/(último acesso em: 13/06/16) 
Direito Processual Civil I 
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evolução (processual) histórica, com vista ao direito e precípuo funcionamento desta estrutura, 
garantindo às partes uma solução razoavelmente rápida e coerente da causa posta. 
 A surpresa com a exclusão do conhecido art. 132 do Código Buzaid vem sendo anunciada pela 
doutrina, a qual indica, ao menos, que é possível extrair do art. 366 do Novo Codex fundamento para 
a sua manutenção no ordenamento infraconstitucional. Trata-se de comando que prevê que 
encerrados os debates na audiência de instrução, deve o juiz proferir sentença imediatamente ou em 
trinta dias. 
 Por derradeiro, interessante reparar que o art. 132, par. único também não foi repisado pela Lei n. 
13.105/2015, mesmo assim é evidente que o juiz poderá repetir as provas que entender necessário, 
conforme regula o aludido dispositivo infraconstitucional do modelo de 73 – diante do fato da 
matéria ser de ordem pública, de acordo com o que já colocamos neste breve ensaio, e de acordo 
com o art. 130, ab initio do Código Buzaid, repetido, aqui sim, no art. 370 do Novo CPC.” 
 
 
Dadas as assertivas, assinalar a alternativa correta. 
a) Apenas os itens I, II e IV III são verdadeiros. 
b) Apenas os itens II e III são verdadeiros. 
c) Apenas os itens II e IV são verdadeiros.. 
d) Todos os itens são verdadeiros. 
e) Todos os itens são falsos 
COMENTÁRIOS: O gabarito inicial da questão havia sido a alternativa “D”, no entanto, 
como o NCPC foi omisso em relação ao princípio da identidade física do juiz, o item IV 
não se torna passível de ser julgado verdadeiro(vide anotação anterior), ficando o 
gabarito alterado para a alternativa “A”. 
 
QUESTÃO 05 
É sabido que ao fato jurídico (stricto sensu) que exerce influência no processo dá-se o 
nome de fato processual e ao ato jurídico que exerce influência no processo se deve 
dar a designação de ato do processo. Sobre atos processuais, marque a resposta 
correta: 
 
a) os prazos peremptórios são fixados por norma dispositiva e podem ser modificados 
pela vontade das partes. 
COMENTÁRIO: Nas palavras da advogada Emanuelle Monteiro3: Peremptórios são os 
prazos que não podem ser modificados pela vontade das partes ou por 
determinação judicial. 
Conforme artigo 139, VI: 
“O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe 
dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, 
adequando-osàs necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à 
tutela do direito.” 
No entanto, ainda que a alteração de prazos seja dever do juiz, deverá haver a 
anuência das partes, conforme preleciona o art. 222, §1º, NCPC: “Ao juiz é vedado 
reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes”. 
 
3 Monteiro, Emanuelle, Quadro de prazos no Novo CPC. http://emanuellemonteiro.com.br/quadro-de-
prazos-do-novo-cpc/ (último acesso em 13/06/16) 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
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Ressalta-se que poderá haver modificação do prazo peremptório nos casos 
excepcionais de dificuldade de transporte, para comarcas localizadas em local de 
difícil acesso, ou na ocorrência de calamidade pública, por exemplo, o § 1º do art. 222 
e art. 223, CPC/2015. 
 
b) computa-se em dobro o prazo para contestar e em quádruplo para recorrer quando 
a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. 
COMENTÁRIO: A alternativa está incorreta, conforme o artigo 180 do NCPC: “O 
Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá 
inicio a partir de sua intimação pessoal, nos termos do artigo 183, § 1º.”, portanto, os 
prazos não serão quádruplos, e sim, duplos. 
 
c) consideram-se válidas as comunicações e intimações dirigidas aos endereços 
indicados pelas partes nos autos. Caso haja mudança de endereço, sem a 
comunicação de tal fato ao juiz, presumem-se válidas a intimação e a comunicação 
encaminhadas pela via postal ao endereço constante dos autos. 
COMENTÁRIO: A alternativa trata sobre a citação, conforme o artigo 238, do NCPC: 
“Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para 
integrar a relação processual.”. 
Quanto à mudança de domicílio, o novo CPC diz em seu art. 274, p. único: 
“Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda 
que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou 
definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir 
da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo 
endereço.”. 
 
d) em relação aos atos das partes, a desistência da ação produzirá efeito 
imediatamente. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 200 do NCPC: “Os atos das partes consistentes em 
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a 
constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.”, portanto só produzirá 
efeitos depois de homologada por sentença. Então, a alternativa continua incorreta. 
 
e) No nosso ordenamento jurídico as cartas precatórias, rogatórias e de ordem não 
podem ser expedidas por meio eletrônico, tendo em vista a facilidade de fraudar tais 
documentos. 
COMENTÁRIO: A alternativa continua incorreta. Conforme o artigo 263 do NCPC: “As 
cartas deverão, preferencialmente, ser expedidas por meio eletrônico, caso em que a 
assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.”. 
 
 
QUESTÃO 06 
I) Abiel deu entrada em um processo de divórcio, porém peticionou em tribunal 
errado, recebendo o indeferimento da petição inicial pelo juiz. 
COMENTÁRIO: Trata-se de hipótese de extinção do processo. 
Direito Processual Civil I 
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Conforme o artigo 485, I, NCPC: “O juiz não resolverá o mérito quando indeferir a 
petição inicial”, sendo assim, a assertiva está correta. 
Tal hipótese encontrava-se prevista no art. 267, I, CPC /73. 
 
II) Bruna (autora) faleceu durante o processo de execução que se iniciou no ano de 
2010. 
COMENTÁRIO: A assertiva está incorreta por não se tratar de hipótese de extinção do 
processo, mas sim de suspensão. Conforme o artigo 313, I, NCPC: “Suspende-se o 
processo: pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, 
de seu representante legal ou de seu procurador” 
Tal hipótese encontrava-se prevista no art. 265, I, CPC/73. 
 
III) Carlos possui um processo na 2ª Vara de Família de Taguatinga, mas não pode ter 
acesso aos autos, por causa de um dilúvio. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 313, VI, NCPC: “Suspende-se o processo por motivo 
de força maior”, sendo assim, trata-se de suspensão do processo e não de extinção. 
Portanto a assertiva está incorreta. 
Tal hipótese encontrava-se prevista no art. 265, V, CPC/73. 
 
IV) Daniela ingressou na justiça para processar um restaurante, porém desistiu da 
ação. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 485, VIII do NCPC: “O juiz não resolverá o mérito 
quando homologar a desistência da ação.”, tratando-se assim de hipótese de 
extinção do processo, portanto, a assertiva está correta. 
Tal hipótese encontrava-se prevista no art. 267, VIII, CPC/73. 
 
Em regra, extinguir-se-á o(s) processo(s) de: 
a) B e D 
b) B e C 
c) A e B 
d) A e C 
e) Abiel e Daniela 
 
QUESTÃO 07 
Maria é ré em uma ação monitória, porém compareceu em juízo apenas para arguir a 
nulidade da citação e esta foi decretada, é correto afirmar que a citação válida 
considerar-se-á feita: 
 
a) na data em que a ré ou seu advogado for intimado da decisão que decretou a 
nulidade. 
b) no comparecimento espontâneo da ré aos autos. 
c) quando efetivada nova citação, pelo oficial de justiça. 
d) na juntada aos autos do mandado de nova citação. 
e) quando da citação feita por edital. 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
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Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
COMENTÁRIO: Ocorre a unificação dos institutos dispostos no artigo 213, §§ 1º e 2º, 
do CPC/73,previsto atualmente no artigo 238, §1º do NCPC: “O comparecimento 
espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a 
partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à 
execução.”. 
 
 
 
QUESTÃO 08 
O artigo 264 do CPC O artigo 329, NCPC, trata sobre o Princípio da Estabilização da 
Demanda, analise as hipóteses e marque a alternativa correta: 
 
a) Até a citação, é possível o autor aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, 
independentemente de consentimento do réu. 
COMENTÁRIOS: Esse dispositivo encontrava-se previsto no art. 294, CPC/73. 
Atualmente, encontra-se previsto no art. 329, NCPC. Antes da citação, o autor poderá 
modificar sem o consentimento do réu, no entanto, após a citação – e até a fase de 
saneamento - , o autor somente poderá modificar havendo o consentimento do réu. 
 
b) os elementos da ação podem ser alterados após o saneamento do processo, só com 
a concordância do réu. 
COMENTÁRIOS: Conforme art. 329, II: O autor poderá até o saneamento do processo, 
aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado 
o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 
15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. 
 
c) os elementos da ação não podem ser alterados após a citação. 
COMENTÁRIOS: Existe, sim, a possibilidade de ser alterados os elementos da ação, 
uma das hipóteses é a prevista no art. 329, II, NCPC(Sobre esse tema: vide anotação 
da alternativa “b”). 
 
d) os elementos objetivos da ação não podem ser alterados após o saneamento do 
processo. 
COMENTÁRIOS: Tal alternativa foi dada como gabarito da questão, no entanto, 
consideramos por bem alterar a resposta para a letra “A” por ser mais compatível com 
o novo CPC. O novo código foi omisso quanto a alteração dos elementos objetivos da 
ação após o saneamento do processo, diferentemente do CPC/73, art. 264, Parágrafo 
único: “A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será 
permitida após o saneamento do processo”. 
 
e) pode ocorrer em qualquer momento desde que exista o consenso entre as partes e 
comuniquem ao Juiz. 
DireitoProcessual Civil I 
P á g i n a | 18 
 
 
COMENTÁRIOS: Nem sempre será necessário o consenso entre as partes. Por 
exemplo, art. 329, I, NCPC: “O autor poderá até a citação, aditar ou alterar o pedido 
ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu”. 
 
QUESTÃO 09 
Quando o responsável pelo prejuízo, ao ser demandado em ação de indenização, 
alegar que praticou o ato por ordem ou em cumprimento de instruções de terceiro, 
haverá a chamada: 
 
a) denunciação à lide. 
b) nomeação à autoria. 
c) oposição. 
d) chamamento ao processo. 
e) assistência 
COMENTÁRIO: A nomeação à autoria era um procedimento previsto no rol de 
intervenção de terceiros do CPC/73. No entanto, no novo CPC, esta passa a ser uma 
alegação genérica de ilegitimidade passiva prevista nos arts. 338 e 339. Devendo ser 
alegada na contestação. 
 
QUESTÃO 10 
Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em 
juízo é o que relata o Código de Processo Civil, sobre capacidade processual marque a 
alternativa correta: 
 
a) A representação e a substituição processual são institutos equivalentes, em ambos 
precisa da autorização legal para, em processo alheio, litigar em nome próprio, mas na 
defesa de direito alheio. 
COMENTÁRIO: A substituição(art. 18NCPC) é que deverá ser feita em nome próprio 
quando a parte pleiteia um direito alheio e não se confunde com 
representação(art.75,NCPC). 
Substituto é o titular da ação que é parte no processo e age em nome próprio 
defendendo direito material do substituído. 
Representante não é titular da ação, ou seja, não é parte no processo. Quem é parte 
no processo é o representado. 
 
“Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando 
autorizado pelo ordenamento jurídico.” 
“Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; 
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; 
III - o Município, por seu prefeito ou procurador; 
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado 
designar; 
V - a massa falida, pelo administrador judicial; 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
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Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
VII - o espólio, pelo inventariante; 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não 
havendo essa designação, por seus diretores; 
IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem 
personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua 
filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.”. 
 
b) verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das 
partes, o juiz, interromperá o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o 
defeito. 
COMENTÁRIO: A questão está incorreta, pois não ocorre a interrupção do processo, 
mas sim a suspensão. Conforme o art.76, do NCPC: Verificada a incapacidade 
processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o 
processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
 
c) Não sendo cumprido o despacho de regularidade de representação ou capacidade 
processual proferido pelo juiz as consequências serão: se couber ao autor, o juiz 
decretará a nulidade processual; se couber ao réu, reputar-se-á revel e se couber a 
terceiro, será excluído do processo, 
COMENTÁRIO: Conforme o art.76, do NCPC: Verificada a incapacidade processual ou 
a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará 
prazo razoável para que seja sanado o vício. 
 
d) As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, poderão opor a 
irregularidade de sua constituição. 
COMENTÁRIO: Conforme o art.75,§2° do NCPC: 
“ A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a 
irregularidade de sua constituição quando demandada.” A alternativa está incorreta, 
pois diz que poderão opor irregularidade, quando, na verdade, é o contrário. 
 
e) o cônjuge sempre precisa do consentimento do outro para propor ações, tendo em 
vista a necessidade do litisconsorte obrigatório. 
COMENTÁRIO: A alternativa permanece incorreta. Conforme art. 73, NCPC: “O 
cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre 
direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de 
bens.”. 
 
 
 
 
 
 
Direito Processual Civil I 
P á g i n a | 20 
 
 
Prova 03 
 
QUESTÃO 01 
Mariovaldo, com dezessete anos de idade, apesar de ter capacidade de direito, 
necessita ser assistido para poder ajuizar qualquer ação. Isso se deve pois: 
a) Ainda não é considerado pessoa no exercício de seus direitos 
COMENTÁRIO: Conforme art. 70, NCPC: 
“Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar 
em juízo.” Portanto, alternativa incorreta. 
 
b) Não possui capacidade processual 
COMENTÁRIO: Conforme o art.71 do NCPC: 
 “O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na 
forma da lei.” 
 
c) Precisa de alguém que o assista, necessariamente com capacidade postulatória 
COMENTÁRIO: Capacidade postulatória refere-se à capacidade do advogado de 
representar seu cliente e não assistir. A pessoa que for assistir o menor não necessita 
ter capacidade postulatória. 
 
d) Não há legitimidade por parte de Mariovaldo 
COMENTÁRIO: Não se pode falar se tem ou se não tem legitimidade pois não possui 
relação com a capacidade processual, mas sim com as condições da ação 
 
e) Não possui capacidade de ser parte. 
COMENTÁRIO: Possui sim, ver comentário da alternativa “A”. 
 
QUESTÃO 02 
A cláusula ad judicia existente no instrumento de mandato conferido pelo cliente ao 
seu advogado o habilita a praticar todos os atos do processo, salvo alguns poderes 
específicos que necessitam estar expressos. Desta forma, qual ou quais dos poderes 
abaixo precisam constar expressamente no referido instrumento? 
I – Receber citação inicial 
II – Reconhecer a procedência do pedido 
III – Dar quitação 
IV - Transigir 
a) Apenas os itens I, II e IV são verdadeiros. 
b) Apenas os itens II e III são verdadeiros. 
c) Apenas os itens I e III são falsos. 
d) Todos os itens são verdadeiros. 
e) Todos os itens são falsos. 
COMENTÁRIO: Todos os itens abordados na questão acima são justificados com 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
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Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
embasamento no artigo 105 do NCPC: “A procuração geral para o foro, outorgada por 
instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar 
todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a 
procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a 
ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de 
hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.” 
Tal hipótese encontrava-se prevista no art. 38 do antigo CPC. 
 
 
QUESTÃO 03 
Do ponto de vista da uniformidade das decisões por sentença perante os 
litisconsortes, pode-se dizer que quando esta decisão for uniforme em relação a todos 
os litisconsortes, estaremos falando de um litisconsórcio: 
a) Unitário 
b) Necessário 
c) Facultativo 
d) Ativo 
e) Misto 
COMENTÁRIO: Conceito altamente doutrinário, conforme Fredie Diddier Júnior4: “Há 
litisconsórcio unitário quando o órgão jurisdicional tiver de decidir o mérito de modo 
uniforme para todos os litisconsortes.”. 
 
QUESTÃO 04 
Em relação à intervenção de terceiros,considere a questão hipotética: Adroaldo, 
caseiro de um sítio localizado no estado de Goiás, de propriedade de seu patrão, 
Fortunato Ventura, foi surpreendido quando estava pintando a sede do sítio pela 
chegada de um Oficial de Justiça, que lhe citou para se defender em uma ação 
reivindicatória de propriedade do sítio onde trabalhava, sendo este colocado no pólo 
passivo da demanda por um grupo de pessoas que se intitulavam os verdadeiros 
proprietários. Você, como advogado, apresentará qual intervenção de terceiros para 
defender Adroaldo o que faria para defender Adroaldo? 
a) Chamamento ao Processo 
b) Denunciação da Lide 
c) Nomeação à autoria. Alegaria na contestação a ilegitimidade de Adroaldo e 
indicaria o sujeito passivo da relação jurídica discutida. 
d) Oposição 
e) Assistência 
COMENTÁRIOS: A nomeação à autoria era um procedimento previsto no rol de 
intervenção de terceiros do CPC/73. No entanto, no novo CPC, esta passa a ser uma 
alegação genérica de ilegitimidade passiva prevista nos arts. 338 e 339. Devendo ser 
alegada na contestação. 
“Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o 
 
4DIDIER, Jr. Fredie, Litisconsórcio Unitário E Litisconsórcio Necessário, 
http://www.frediedidier.com.br/artigos/litisconsorcio-unitario-e-litisconsorcio-necessario/(último acesso 
em: 14/06/16) 
Direito Processual Civil I 
P á g i n a | 22 
 
 
responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a 
alteração da petição inicial para substituição do réu. 
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará 
os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por 
cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8º. 
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da 
relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as 
despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de 
indicação ”. 
 
QUESTÃO 05 
 Segundo Humberto Theodoro Junior, a competência é justamente o critério de 
distribuir entre os vários órgãos judiciários as atribuições relativas ao desempenho da 
jurisdição. Referente à competência, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Argúi-se, por meio de exceção, A incompetência relativa será alegada como questão 
de preliminar de contestação. 
 
COMENTÁRIO: Anteriormente, a alternativa estava plenamente correta, com base no 
artigo 112 do antigo CPC. Atualmente, o NCPC foi alterado e a resposta só continuará 
correta, realizada as devidas modificações, conforme disposto no arigo 64, do NCPC: 
“A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de 
contestação.”. 
 
b) A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada em 
qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. 
 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 64, §1º do NCPC: “A incompetência absoluta pode 
ser alegada e qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de oficio”, 
portanto a alternativa continua correta, precisando ocorrer a simples modificação no 
final do artigo, pois o legislador foi omisso quanto ao quesito das exceções. 
 
c) A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens 
móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu. 
 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 46, do NCPC: “A ação fundada em direito pessoal ou 
em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicilio do 
réu.”, portanto a alternativa continua correta. 
 
d) É competente a autoridade judiciária brasileira quando o réu, qualquer que seja a 
sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil. 
 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 21, I do NCPC: “Compete à autoridade judiciária 
brasileira processar e julgar as ações em que: o réu, qualquer que seja sua 
nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil.”, a alternativa continua correta. 
 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
P á g i n a | 23 
 
Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
e) Compete à autoridade judiciária brasileira, bem como qualquer outra, conhecer de 
ações relativas a imóveis situados no Brasil. 
 
COMENTÁRIO: A alternativa continua incorreta. Conforme o artigo 23, I do NCPC: 
“Compete a autoridade judiciaria brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil.” 
 
QUESTÃO 06 
Em relação ao tempo e ao lugar dos atos processuais, traz o Código de Processo Civil 
regras a serem observadas. Dentre essas regras assinale a correta: 
a) Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas, não 
podendo haver a sua conclusão após as 20 (vinte) horas. 
COMENTÁRIO: A questão continua incorreta, conforme o art. 212, §1°, do 
NCPC: “Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o 
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.”. 
 
b) A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, serem realizadas em 
domingos e feriados, sem a necessidade de autorização expressa do juiz. 
COMENTÁRIO: Conforme o art.212, §2° do NCPC: “Independentemente de 
autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no 
período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário 
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição 
Federal.” 
Não são nos casos excepcionais e sim em casos de períodos de férias forenses. 
Portanto, alternativa incorreta. 
 
c) Durante os feriados não se praticarão atos processuais, nem mesmo a citação, ainda 
que para evitar o perecimento de direito. 
COMENTÁRIO: vide comentário da alternativa “B”, segunda parte. Alguns atos 
poderão ser praticados durante feriados ... 
 
d) Os atos processuais realizam-se somente na sede do juízo. 
COMENTÁRIO: Conforme o art.217 do NCPC: “Os atos processuais realizar-se-ão 
ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de 
deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo 
interessado e acolhido pelo juiz.” 
 
e) Durante os feriados, o prazo para a resposta do réu só começará a correr no 
primeiro dia útil seguinte ao feriado. 
COMENTÁRIO: No antigo CPC a resposta encontrava-se expressamente prevista no 
art. 173. No entanto, com o advento do NCPC, para responder a assertiva é necessário 
combinar os arts. 214 e 219, NCPC: 
“Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais 
excetuando-se: 
I - os atos previstos no art. 212, § 2o; 
Direito Processual Civil I 
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II - a tutela de urgência. 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-
se-ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.” 
 
QUESTÃO 07 
José e Pedro foram citados para compor a lide de um processo de Reintegração de 
Posse, na data de 17/03 03/03, tendo sido juntado aos autos o mandado de José no 
dia 18/03 04/03 e de Pedro no dia 20/03 05/03. O advogado de José, Dr. Amâncio, e o 
advogado de Pedro, Dr. Rocha, deverão apresentar a contestação em qual prazo final, 
considerando que o prazo para contestar o pedido nesta ação é de 15 dias? Ressalta-se 
que há feriados nos dias 27 e 28 de março, bem como nos dias 04 e 21 de abril, não 
havendo desta forma funcionamento do Tribunal local. Utilize o calendário abaixo. 
 
MARÇO 
Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom 
 1 2 
3 4 5 6 7 8 9 
10 11 12 13 14 15 16 
17 18 19 20 21 22 23 
24 25 26 27 28 29 30 
31 
 
 
ABRIL 
Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom 
 1 2 3 4 5 6 
7 8 9 1011 12 13 
14 15 16 17 18 19 20 
21 22 23 24 25 26 27 
28 29 30 
 
a) 07 (sete) de abril 
b) 08 (oito) de abril 
c) 19 (dezenove) de abril 
d) 22 (vinte e um) de abril 
e) 24 (vinte e quatro) de abril 
COMENTÁRIO: aa 
“Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de 
advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas 
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.” 
 
Conforme art. 564, NCPC, o prazo para contestação de reintegração de posse correrá 
em 15 dias. 
“Art. 564. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o 
autor promoverá, nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, 
contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias.” 
 
Considerando que prazos processuais correm apenas em dias úteis no Novo CPC, em 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
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Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
conformidade com o art. 219: 
“Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-
se-ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais” 
 
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do 
começo e incluindo o dia do vencimento. 
§ 1o Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia 
útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes 
ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação 
eletrônica. 
§ 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da 
disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. 
§ 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação” 
 
Assim sendo, começa a correr o prazo após a juntada do último mandado 
citatório(05/03) e a data final do prazo será no dia 19/04 ficando correta a 
alternativa “C” e não mais a alternativa “D”. 
 
 
QUESTÃO 08 
Você ingressou em juízo, na data de 25/04/2014, requerendo danos materiais da 
Empresa de Cartões de Crédito VISTA. No dia 30/04/2014, o juiz despachou ordenando 
a citação da referida empresa, ora ré. No dia 07/05/2014, a então empresa ré foi 
citada para que apresentasse contestação a qual foi apresentada tempestivamente no 
dia 22/05. Diante do exposto, caso você quisesse modificar o pedido sem a 
autorização da parte ré poderia fazê-lo até quando? 
 
a) Poderia modificar o pedido até o momento de ser feita a citação, mas em nenhuma 
hipótese poderia ser modificado após o saneamento do processo. 
COMENTÁRIO: Conforme Art. 329. 
“ O autor poderá: 
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de 
consentimento do réu; 
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com 
consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de 
manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de 
prova suplementar.” 
 
Quanto à modificação até o saneamento do processo, hipótese trazida anteriormente 
pelo art. 264, CPC/73, o novo CPC foi omisso. 
(Sobre o tema ver: QUESTÃO 08, PROVA 01) 
 
b) O pedido não pode ser modificado, apenas a causa de pedir. 
COMENTÁRIO: Errado, vide comentário anterior. É possível modificar o pedido e a 
Direito Processual Civil I 
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causa de pedir, nos termos do art. 329, II, NCPC. 
 
c) Tanto se você quisesse modificar o pedido como desistir da ação sem a autorização 
do réu, o prazo máximo seria até ter decorrido o prazo para resposta. 
COMENTÁRIO: Errado, conforme art. 329: “O autor poderá até a citação, aditar ou 
alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu” 
ou seja, o prazo para alterar sem o consentimento do réu seria até a citação e não até 
decorrido o prazo para resposta. 
 
 
 d) Após ter ingressado com a ação, para se modificar o pedido, somente ingressando 
com outra ação. 
COMENTÁRIO: aa Errado, haverá dois momentos para se modificar o pedido, 
conforme art. 329, I, II, NCPC: 
 
“Art. 329. O autor poderá: 
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente 
de consentimento do réu; 
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com 
consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de 
manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de 
prova suplementar.” 
 
e) Não se pode modificar o pedido sem autorização da parte ré. 
COMENTÁRIO: Errado, ver comentário da alternativa anterior(art. 329, II, NCPC). 
 
 
QUESTÃO 09 
O processo pode ser suspenso em algumas situações previstas na lei. Esta suspensão 
pode ocorrer quando um acontecimento, seja voluntário ou não, venha a provocar 
temporariamente a paralisação dos atos processuais. Assinale abaixo a alternativa 
INCORRETA, no que tange a essas regras: 
a) Poderá haver a suspensão do processo pela morte ou perda da capacidade 
processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 313, I do NCPC: “Suspende-se o processo pela 
morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu 
representante legal ou de seu procurador.”, a alternativa continua correta. 
 
b) No caso de morte do procurador do réu, o juiz marcará, a fim de que a parte 
constitua novo mandatário, o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguirá o 
processo sem julgamento do mérito, se o réu não nomear novo mandatário. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 313, §3º do NCPC: “No caso de morte do 
procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e 
julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 
(quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o 
Novo CPC – Questões revisadas e comentadas 
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Organizado por: Thaciane Camilo Santos 
autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à 
revelia do réu, se falecido o procurador deste”, portanto a alternativa permanece 
incorreta, avaliando-se as mudanças no novo código e também, as que já tinham no 
antigo CPC e permaneceram. 
 
 
c) Pode-se suspender pela convenção das partes, nunca excedendo 6 (seis) meses 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 313, II, §4ª: “Suspende-se o processo pela 
convenção das partes, o prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 6 
(seis) meses na hipótese prevista no inciso II.”, portanto a alternativa continua 
correta. 
 
d) Será suspenso quando a sentença de mérito depender do julgamento de outra 
causa, ou da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua 
o objeto principal de outro processo pendente, nunca podendo exceder a 01 (um) ano 
esta suspensão. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 313, V, “a” do NCPC: 
“Suspende-se o processo quando a sentença de mérito depender do julgamento de 
outra causa, ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que 
constitua o objeto principal de outro processo pendente.” 
E ainda, avaliando o artigo 313, §4ª: “O prazo de suspensão do processo nunca 
poderá exceder 1(um) ano nas hipóteses do inciso v”, portanto a alternativa continua 
correta. 
 
e) Durante a suspensão é defeso praticar qualquer ato processual; poderá o juiz, 
todavia, determinar a realização de atos urgentes, a fim de evitar dano irreparável. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 314 do NCPC: “Durante a suspensão é vedado 
praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de 
atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de 
impedimento e suspeição.”,portanto a alternativa continua correta. 
 
 
 
QUESTÃO 10 
Américo ingressou com Ação de Reparação de Danos em face de Vespúcio, na data de 
29/05/2014. Ocorre que o juiz, ao receber a petição inicial, pronunciou a prescrição da 
pretensão de Américo, uma vez que a violação de seu direito havia ocorrido em 
15/04/2011, perfazendo assim mais de 03 (três) anos para o exercício da sua 
pretensão, tendo como consequência a prescrição. Referente ao caso em tela: 
a) O processo será extinto com resolução do mérito. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 487, IV do NCPC: “Haverá resolução de mérito 
quando o juiz: decidir, de oficio ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência 
ou a prescrição.”, portanto a alternativa continua correta, pois foi exatamente isso 
que ocorreu no caso 
 
Direito Processual Civil I 
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b) O processo será extinto sem resolução do mérito. 
COMENTÁRIO: Vide comentários da alternativa “a”. A questão continua incorreta, 
pois o processo será extinto com resolução de mérito. 
 
c) O juiz não poderia pronunciar de ofício a prescrição. 
COMENTÁRIO: 
 
d) O juiz ordenará o arquivamento dos autos, mas não declarará a extinção do 
processo, com ou sem resolução do mérito. 
COMENTÁRIO: Conforme o artigo 485, §1º do NCPC: “O juiz não resolverá o mérito 
quando nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente 
para suprir a falta no prazo de 5 (cinco} dias.”, infere-se portanto que a alternativa 
está incorreta, pois nesse quesito, o antigo CPC foi totalmente modificado. 
 
e) Não é caso de extinção do processo sem resolução do mérito, pois ocorreu a 
perempção. 
COMENTÁRIO: A alternativa continua incorreta, com base no artigo 485, V do NCPC: 
“O juiz não resolverá o mérito quando reconhecer a existência de perempção, de 
litispendência ou de coisa julgada.”. 
 
 
Fim

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