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Resumo IPVA

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IPVA
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
- Art. 155, III, CF: competência dos Estados
Hipótese de incidência: propriedade de veículo automotor.
Conceito de Posse: relação de fato estabelecida entre a pessoa e a coisa. Sendo assim, a posse, nos casos de locação, arrendamento, aquisição de veículo com reserva de domínio, pode se verificar a possibilidade da exação do IPVA, conforme a legislação paulista do IPVA, Lei nº 13.296, de 13/12/2008, Art. 6º, Inciso XI: 
Artigo 6º - São responsáveis pelo pagamento do imposto e acréscimos legais: (...) 
XI - o titular do domínio ou o possuidor a qualquer título.
Veículos Automotores: Veículo significa transportar coisas ou pessoas, de um lugar para outro. 
Artigo 1º - Fica estabelecido, por esta lei, o tratamento tributário do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA.
Parágrafo único - Considera-se veículo automotor aquele dotado de mecanismo de propulsão própria e que sirva para o transporte de pessoas ou coisas ou para a tração de veículos utilizados para o transporte de pessoas ou coisas.
Estão fora da incidência, os veículos movidos por força animal (carroça) e por força natural (barco a remo e vela). A CF não restringiu a ideia de movimentação terrestre, o que significa tanto movimentação pela água e pelo ar. Porém, é entendimento reiterado do STF que não incide IPVA sobre embarcações ou aeronaves.
Veículos Utilitários: aqueles que possuem a autolocomoção como elemento acessório, não são veículos automotores propriamente, pois servem apenas para otimizar os resultados de sua atuação. Ex: escavadeira, guindaste, empilhadeira.
Base de Cálculo: é o valor venal do veículo, ou o valor de mercado. Não se inclui na base de cálculo, elementos acessórios dos veículos, nem certas particularidades do bem.
Veículos Novos: aquele que é objeto de transferência original do fabricante ou vendedor, para o usuário, a base de cálculo, neste caso é o valor constante na Nota Fiscal de venda ao consumidor final.
Veículos Importados: o mesmo critério deve ser adotado, sendo assim valor deve se basear no documento de importação acrescidos dos tributos aduaneiros ou documento expedido pelo órgão federal competente para a cobrança do tributo.
Veículos fora de linha: a Fazenda Estadual deve aferir o valor que este veículo iria obter no caso de alienação, para se verificar o valor venal, e assim determinar a base de cálculo.
Nos Veículos Usados: a base de cálculo, também é o valor venal médio do veículo. 
É dever do Poder Executivo Estadual, apurar no mercado os valores médios de venda dos diversos veículos, e com isso elaborando uma tabela correspondente. Nestes casos a base de cálculo IPVA é definida anualmente, por meio de decreto, que meramente faz a atualização monetária do o valor venal dos veículos, contudo isso não é majoração da base de cálculo, a qual somente compete à Lei. A correção da tabela não modifica a base de cálculo do IPVA, por isso deve ser admitida. 
Alíquota: O IPVA terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal, podendo, ainda, possuir alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do veículo.
No tocante a progressividade das alíquotas de IPVA, tomando por base a capacidade contributiva, resta consignado pelo Supremo Tribunal Federal a interpretação pela expressa ressalva aos impostos submetidos a aplicação do respectivo princípio constitucional. Nesse sentido, o IPVA não pode ter alíquotas progressivas tomando por base o valor venal do veículo automotor, somente a lei pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do tipo e utilização do veículo, em consonância com a Emenda Constitucional nº 42/2003.
Sujeitos: 
Ativo: Estado ou DF
Passivo: proprietário, possuidor (por responsabilidade tributária).
Critério espacial: Estado ou DF
Critério temporal: 1º de janeiro
Temos, então, na prática, com presença em todas as legislações estaduais brasileiras, o benefício fiscal ao contribuinte, no caso da aquisição do veículo ocorrer no curso do exercício fiscal, pelo qual pagará o IPVA proporcional aos meses faltantes para o fim do exercício financeiro em que o veículo automotor for adquirido. Em se tratando de veículo novo, o fato gerador considera-se ocorrido na data de sua primeira aquisição. Em se tratando de veículo de procedência estrangeira, considera - se ocorrido o fato gerador na data do seu desembaraço aduaneiro.
É possível a Dispensa do pagamento do IPVA e a respectiva Devolução do imposto no caso de furto, roubo ou sinistro, conforme a previsão do artigo 14 da Lei nº 13.296/2008.
Lançamento: Ato administrativo que declara a ocorrência de um fato imponível, a exação de uma obrigação tributária, dando-lhe certeza e liquidez. No caso do IPVA é de ofício, pois se emite uma guia a partir das informações mantidas no DETRAN.
ITCMD
Imposto Sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Bens ou Direitos
A CF de 88 dividiu a hipótese de incidência desse imposto em dois núcleos materiais. O primeiro refere-se à competência constitucional para instituir o imposto de transmissão causa mortis de bens móveis e imóveis. O segundo relativo à competência para instituição de imposto incidente sobre a transmissão por doação, de bens móveis e imóveis.
A sujeição ativa está adstrita aos Estados-membros e Distrito Federal.
A transmissão causa mortis de bens móveis e imóveis significa a transmissão do referido móvel e imóvel, direitos ou a cessão de direitos a eles inerentes em razão da morte do de cujus aos sucessores herdeiros e legatários. A transmissão de bens móveis e imóveis por cessão de direitos engloba a prerrogativa que tem o credor de ceder o seu crédito a outrem em relação ao devedor da obrigação.
Fato gerador: a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou domínio útil de bens imóveis, por natureza ou acessão física, como definidos na lei civil.
Também será hipótese de incidência do ITCMD a transmissão por morte da cessão dos direitos de propriedade sobre os imóveis, bem como a cessão dos direitos reais sobre os imóveis.
Desse modo, a cessão de direito de herança, que significa a cessão aos direitos inerentes ao herdeiro ou legatário de receber seu quinhão ou legado sofre incidência do imposto sobre doação e não a incidência do imposto sobre causa mortis, isto porque a cessão importa em ato de vontade do herdeiro ou legatário, que abdicando de sua relação jurídica determinada pela sucessão hereditária cede seu direito em ato inter vivos a outrem.
Com efeito, ainda que a cessão de direitos de herança seja tributada por ato inter vivos por meio da doação a cessão de direitos de móveis e imóveis como hipótese de incidência do ITCM não tem previsão em lei estadual, estando dessa forma desobrigados os contribuintes paulistas de recolher o referido tributo no tocante a esta circunstância da realidade por se tratar de caso típico de não incidência.
Outro ponto de destaque é o instituto do fideicomisso como hipótese de incidência do ITCMD previsto na Lei Paulista (art. 2º, § 2º da Lei 10.705/00 com a redação dada pela Lei 10.992/01), que significa a substituição fideicomissária em que o testador impõe a um herdeiro, ou legatário, chamado fiduciário a obrigação de, por sua morte, a certo tempo, ou sob condição transmitir a outro, que se qualifica como fideicomissário, a herança ou o legado.
A desigualdade nas partilhas realizadas em processos de separação, divórcio, inventário ou arrolamento, conforme o § 5º do art. 2º da Lei 10.705 sofrem a incidência do ITCMD. 
Nesse sentido, a partilha celebrada em processo de inventário ou arrolamento conferindo a algum dos herdeiros bens acima do quinhão respectivo ou a divisão a maior em processos de separação de bens favorecendo-se alguns dos cônjuges ou conviventes sofre a incidência do imposto de doação.
Critério espacial: 
Bem Imóvel: É de competência do Estado onde está situado o bem imóvel, por força da orientação da Constituição
Bem móvel: compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento
O aspecto temporal da ocorrênciaa hipótese de incidência do ITCMD na causa mortis é o momento da abertura da sucessão com o evento morte do de cujus.
Relativamente aos bens imóveis e respectivos direitos, o imposto é de competência do Estado da situação do bem (ou do DF, caso o bem lá esteja localizado). Quanto aos bens móveis, títulos e créditos, o imposto é de competência do local (Estado ou DF) onde se processar o inventário ou arrolamento (sucessão causa mortis). No caso de sucessão processada por escritura pública (Lei n. 11.441/2007), o ITCMD é devido para o Estado do domicílio do transmissor, aplicando-se a regra do art. 96 do Código de Processo Civil, ainda que admitida a lavratura do ato em local diverso. Caso seja decorrente de doação, o imposto sobre bens móveis, títulos e créditos é de competência do local onde o doador tiver seu domicílio (Estado ou DF).
Sujeito ativo: Estado-membro e Distrito Federal.
Sujeito passivo: herdeiro, legatário, cessionário e o fiduciário.
Base de cálculo: É o valor venal dos bens móveis e imóveis ou direito transmitidos.
Nos casos de promessa de compra e venda, o valor que deverá ser considerado é o saldo credor do contrato quando falecimento do promitente vendedor.
No caso de transmissão causa mortis o valor venal dos bens deve ser declinado em primeiras declarações nos processos de inventário e arrolamento, conforme o CPC, devendo respectivamente a Fazenda Pública informar ao juízo, de acordo com os dados que constam em seu cadastro imobiliário, o valor dos bens de raiz descritos.
O cálculo na transmissão causa mortis é feito sobre o valor dos bens na data da avaliação (Súmula 113 do STF), ou da declaração (se a avaliação for dispensada), observada a alíquota vigente na data da abertura da sucessão (Súmula 112 do STF).
Alíquota: o ITCMD terá sua alíquota máxima fixada pelo Senado Federal. Assim pela Resolução 09/92 do Senado Federal, a alíquota máxima a ser fixada é 8%, tanto para a transmissão causa mortis de bens móveis e imóveis, bem como os direitos e a cessão desses direitos. A Lei Paulista indica que a alíquota do ITCMD no Estado é de 4%.
A orientação jurisprudencial do STF em recente julgado em repercussão geral entende que é constitucional a progressividade das alíquotas do ITCMD.
A progressividade do ITCMD é objeto de debates no RE 562.045, mas por ora prevalece que impostos reais não autorizam a progressividade da alíquota, salvo quando há expressa autorização constitucional em sentido diverso (RE 234.105-3).

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